28/12/2010 16h54 - Atualizado em 28/12/2010 16h58
'The fame monster', de Lady Gaga, é o disco mais vendido de 2010
Ela vendeu 6 milhões de CDs em todo o mundo, 300 mil a mais que Eminem.
Cantora vai anunciar lançamento de novo disco no primeiro minuto de 2011.
A cantora Lady Gaga (Foto: AP)"The fame monster", segundo trabalho de Lady Gaga, se tornou o álbum mais vendido de 2010, segundo nota publicada nesta terça-feira (28) pelo site do semanário britânico "NME".
O álbum é uma versão estendida do seu primeiro CD "The fame" (2008). Ao todo, foram comercializados seis milhões de discos em todo o mundo neste ano.
A cantora americana terminou 2010 seguida pelo rapper Eminem. Ele conseguiu vender 5,7 milhões de cópias de "Recovery".
Gaga planeja fazer um anúncio especial sobre o seu próximo álbum, "Born this way". Segundo ela, será o melhor disco da década. A popstar disse em entrevistas recentes que falará mais sobre o novo trabalho a partir do primeiro minuto de 2011.
PUBLICADOS BRASIL - DOCUMENTARIOS E FILMES... Todo conteúdo divulgado aqui é baseado em compilações de assuntos discutidos em listas de e-mail, fóruns profissionais, relatórios, periódicos e notícias. Caso tenha algo a acrescentar ou a retirar entre em contato. QSL?
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Blaster Master - 1988 - Sunsoft - Nintendo 8 bits
Blaster Master - 1988 - Sunsoft - Nintendo 8 bits
Blaster Master é um jogo lançado pela Sunsoft em 1988 no Japão e nos Estados Unidos para o Nintendo Entertainment System. No Japão teve o nome de Chô Wakusei Senki Metafight (traduzido literalmente para Super Recordes de Guerras Planetárias: Metafight). Apesar dos jogos serem idênticos nos gráficos e na jogabilidade, a sinopse muda completamente na versão americana.
Blaster Master é citado freqüentemente como um dos melhores jogos para o NES, e pertence a uma combinação de sucesso do gênero plataforma e de visão panorâmica. Como em The Legend of Zelda, Blaster Master possui a mecânica de jogo que permite que se revisite áreas já ultrapassadas à vontade; e na verdade isso é necessário para avançar no jogo. Outro notável aspecto do jogo é a habilidade de se ganhar poderes ao destruir os chefes, aparentemente inspirado na série Megaman. Blaster Master também é citado como um dos jogos mais difíceis para o NES, juntamente com Battletoads e Ninja Gaiden.
Blaster Master é uma das franquias mais bem sucedidas da Sunsoft, uma empresa conhecida por produzir jogos baseados em licenças populares. É o primeiro de uma sequência de 5 jogos(Blaster Master boy, Blaster Master 2, Blaster Blaster enemy below e Blaster Master blasting again). Elevado ao nível de cult pelos seus fãs, Blaster Master teve seu reconhecimento pela crítica especializada alguns anos após seu lançamento; a 100ª edição da revista Nintendo Power o colocou em 63º como o Melhor Jogo (NES) de Todos os Tempos, e a Eletronic Gaming Monthly o elegeu como 184º melhor jogo de seu tempo.
[editar]Enredo
A sinopse de Metafight é sobre Kane Gardner, piloto de um tanque de guerra "Metal Attacker", que pousa no planeta Sophia o 3º para liderar um ataque contra o invasor, o imperador Goez.
Em Blaster Master (a versão americana de Metafight), o jogador controla Jason Frudnick, um adolescente que vai em uma caverna subterrânea após perseguir seu sapo de estimação, Fred, que se tornou gigante após uma exposição à radiação. Lá ele descobre um tanque de guerra com o nome SOPHIA, que em inglês significa "Subatomic Omni-directional Probative Hyper-responsive Indomitable Abdicator (3rd Design) Nora MA-01". Enquanto ele explora o mundo subterrâneo ele deve encontrar os chefes das 8 fases e destruí-los. Se for bem sucedido, ele recebe um equipamento para melhorar seu tanque. Quando ele chega ao final ele descobre que os chefes de fase eram comandados pelo Chefe Plutonium, uma criatura que planejava invadir o mundo.
Jogabilidade
Jason inicia o jogo em seu tanque, Sophia o 3º, com uma seleção limitada de habilidades. Ele pode se mover horizontalmente, pular, atirar ou usar ataques especiais ao encontrar a munição respectiva. Enquanto o jogo progride, Jason adquire novas habilidades para o tanque ao destruir os chefes de cada fase. Cada habilidade nova muda alguma característica do tanque, por exemplo, é possível receber uma habilidade para se locomover na água, o que permite que o veículo se mova em qualquer ambiente aquático. ; com outro módulo especial, Sophia o 3º tem a capacidade de voar para alcançar plataformas que antes ele não conseguiria.
Além disso Jason pode sair de seu tanque em qualquer momento para explorar outras regiões. Sua armadura e seu ataques são mais fracos fora do tanque, e cair de longas distâncias pode danificar Jason seriamente. No entanto, sair do veículo é a única alternativa para muitas passagens e portas em todo o jogo.
Quando Jason entra em alguma dessas portas, o jogo muda para um modo de visão panorâmica. Nesse local Jason pode utilizar duas de suas armas, sua pistola ou as granadas. Enquanto as granadas tem mais poder de fogo e são requeridas pra derrotar alguns chefes, elas são complicadas pra acertar o alvo. A pistola de Jason é fraca no começo, mas encontrando certos itens ela fica mais forte e ganha um alcance maior. Em algumas dessas portas possuem itens importantes, mas apenas uma delas leva ao chefe da fase.
O truque da granada
Quando estiver enfrentando os chefes das fases 2, 4, 6 e 7, os jogadores podem se aproveitar de um famoso defeito para derrotar esses chefes em um só golpe. Se o jogador acertar a granada no chefe e pausar o jogo no momento do impacto, o som da granada explodindo se repetirá indefinidamente e o jogo registrará o dano por todo o tempo em que o jogo estiver parado. Após algum tempo quando o jogador continuar o jogo, o chefe morrerá instantaneamente. O truque também funciona para os inimigos, se Jason for atingido e pausar o jogo. O truque também funciona no chefe da 3ª fase, mas cada cubo deve ser destruído individualmente.
VEJA O JOGO NO YOUTUBE:
http://www.youtube.com/watch?v=WPNPtukJdyE
Blaster Master é um jogo lançado pela Sunsoft em 1988 no Japão e nos Estados Unidos para o Nintendo Entertainment System. No Japão teve o nome de Chô Wakusei Senki Metafight (traduzido literalmente para Super Recordes de Guerras Planetárias: Metafight). Apesar dos jogos serem idênticos nos gráficos e na jogabilidade, a sinopse muda completamente na versão americana.
Blaster Master é citado freqüentemente como um dos melhores jogos para o NES, e pertence a uma combinação de sucesso do gênero plataforma e de visão panorâmica. Como em The Legend of Zelda, Blaster Master possui a mecânica de jogo que permite que se revisite áreas já ultrapassadas à vontade; e na verdade isso é necessário para avançar no jogo. Outro notável aspecto do jogo é a habilidade de se ganhar poderes ao destruir os chefes, aparentemente inspirado na série Megaman. Blaster Master também é citado como um dos jogos mais difíceis para o NES, juntamente com Battletoads e Ninja Gaiden.
Blaster Master é uma das franquias mais bem sucedidas da Sunsoft, uma empresa conhecida por produzir jogos baseados em licenças populares. É o primeiro de uma sequência de 5 jogos(Blaster Master boy, Blaster Master 2, Blaster Blaster enemy below e Blaster Master blasting again). Elevado ao nível de cult pelos seus fãs, Blaster Master teve seu reconhecimento pela crítica especializada alguns anos após seu lançamento; a 100ª edição da revista Nintendo Power o colocou em 63º como o Melhor Jogo (NES) de Todos os Tempos, e a Eletronic Gaming Monthly o elegeu como 184º melhor jogo de seu tempo.
[editar]Enredo
A sinopse de Metafight é sobre Kane Gardner, piloto de um tanque de guerra "Metal Attacker", que pousa no planeta Sophia o 3º para liderar um ataque contra o invasor, o imperador Goez.
Em Blaster Master (a versão americana de Metafight), o jogador controla Jason Frudnick, um adolescente que vai em uma caverna subterrânea após perseguir seu sapo de estimação, Fred, que se tornou gigante após uma exposição à radiação. Lá ele descobre um tanque de guerra com o nome SOPHIA, que em inglês significa "Subatomic Omni-directional Probative Hyper-responsive Indomitable Abdicator (3rd Design) Nora MA-01". Enquanto ele explora o mundo subterrâneo ele deve encontrar os chefes das 8 fases e destruí-los. Se for bem sucedido, ele recebe um equipamento para melhorar seu tanque. Quando ele chega ao final ele descobre que os chefes de fase eram comandados pelo Chefe Plutonium, uma criatura que planejava invadir o mundo.
Jogabilidade
Jason inicia o jogo em seu tanque, Sophia o 3º, com uma seleção limitada de habilidades. Ele pode se mover horizontalmente, pular, atirar ou usar ataques especiais ao encontrar a munição respectiva. Enquanto o jogo progride, Jason adquire novas habilidades para o tanque ao destruir os chefes de cada fase. Cada habilidade nova muda alguma característica do tanque, por exemplo, é possível receber uma habilidade para se locomover na água, o que permite que o veículo se mova em qualquer ambiente aquático. ; com outro módulo especial, Sophia o 3º tem a capacidade de voar para alcançar plataformas que antes ele não conseguiria.
Além disso Jason pode sair de seu tanque em qualquer momento para explorar outras regiões. Sua armadura e seu ataques são mais fracos fora do tanque, e cair de longas distâncias pode danificar Jason seriamente. No entanto, sair do veículo é a única alternativa para muitas passagens e portas em todo o jogo.
Quando Jason entra em alguma dessas portas, o jogo muda para um modo de visão panorâmica. Nesse local Jason pode utilizar duas de suas armas, sua pistola ou as granadas. Enquanto as granadas tem mais poder de fogo e são requeridas pra derrotar alguns chefes, elas são complicadas pra acertar o alvo. A pistola de Jason é fraca no começo, mas encontrando certos itens ela fica mais forte e ganha um alcance maior. Em algumas dessas portas possuem itens importantes, mas apenas uma delas leva ao chefe da fase.
O truque da granada
Quando estiver enfrentando os chefes das fases 2, 4, 6 e 7, os jogadores podem se aproveitar de um famoso defeito para derrotar esses chefes em um só golpe. Se o jogador acertar a granada no chefe e pausar o jogo no momento do impacto, o som da granada explodindo se repetirá indefinidamente e o jogo registrará o dano por todo o tempo em que o jogo estiver parado. Após algum tempo quando o jogador continuar o jogo, o chefe morrerá instantaneamente. O truque também funciona para os inimigos, se Jason for atingido e pausar o jogo. O truque também funciona no chefe da 3ª fase, mas cada cubo deve ser destruído individualmente.
VEJA O JOGO NO YOUTUBE:
http://www.youtube.com/watch?v=WPNPtukJdyE
A Vida era doce - Kioea
A VIDA ERA DOCE - Kioea
Eles vivem do néctar das flores, daí o nome: meliphagidae, ou "comedores de mel". Trata-se de uma família de pássaros australianos que, ao longo dos tempos, foi ampliando seu habitat para o norte e para o leste, chegando à Nova Guiné e a várias ilhas do Pacífico. Das dezenas de espécies de meliphagidae existentes no mundo, cinco alçaram vôo para terras mais distantes - o arquipélago do Havaí -, mas não conseguiram se preservar. Estão todas extintas há mais de um século: o kioea é uma delas.
O comprimento das pernas lhe rendeu o nome, que, para os havaianos, significa "estar no alto sobre longas pernas". Segundo registros históricos, o kioea era um belo pássaro, grande, com cerca de 33 centímetros de comprimento e asas que atingiam 14 centímetros. Tinha o alto da cabeça e o pescoço da cor marrom-escura, com listras amarelo-esverdeadas, efeito que se repetia no peito, onde também exibia listras longitudinais brancas. A cauda era formada por penas marrom-escuras, contornadas por penas amarelas. Bicos, pés e pernas eram quase negros.
Ao que tudo indica, os únicos especialistas que viram o pássaro vivo foram os naturalistas americanos Charles Pickering e Titan Ramsay Peale. Eles coletaram um exemplar em 1840, durante uma expedição ao Havaí. "É muito ativo e gracioso em seus movimentos. Tende a ser musical e freqüenta as áreas das matas; geralmente é encontrado em árvores floridas", registraram os cientistas em suas anotações.
Embora eles não tenham esclarecido em qual região avistaram o kioea, há evidências de fósseis indicando que ele viveu em várias ilhas do arquipélago havaiano. Seu desaparecimento é atribuído à destruição do habitat, possivelmente em conseqüência do desmatamento. A última prova da existência desse pássaro se deu em 1859.
Kioea
Nome científico: Chaetoptila angustipluma
Ano da extinção: 1859
Habitat: arquipélago do Havaí
Eles vivem do néctar das flores, daí o nome: meliphagidae, ou "comedores de mel". Trata-se de uma família de pássaros australianos que, ao longo dos tempos, foi ampliando seu habitat para o norte e para o leste, chegando à Nova Guiné e a várias ilhas do Pacífico. Das dezenas de espécies de meliphagidae existentes no mundo, cinco alçaram vôo para terras mais distantes - o arquipélago do Havaí -, mas não conseguiram se preservar. Estão todas extintas há mais de um século: o kioea é uma delas.
O comprimento das pernas lhe rendeu o nome, que, para os havaianos, significa "estar no alto sobre longas pernas". Segundo registros históricos, o kioea era um belo pássaro, grande, com cerca de 33 centímetros de comprimento e asas que atingiam 14 centímetros. Tinha o alto da cabeça e o pescoço da cor marrom-escura, com listras amarelo-esverdeadas, efeito que se repetia no peito, onde também exibia listras longitudinais brancas. A cauda era formada por penas marrom-escuras, contornadas por penas amarelas. Bicos, pés e pernas eram quase negros.
Ao que tudo indica, os únicos especialistas que viram o pássaro vivo foram os naturalistas americanos Charles Pickering e Titan Ramsay Peale. Eles coletaram um exemplar em 1840, durante uma expedição ao Havaí. "É muito ativo e gracioso em seus movimentos. Tende a ser musical e freqüenta as áreas das matas; geralmente é encontrado em árvores floridas", registraram os cientistas em suas anotações.
Embora eles não tenham esclarecido em qual região avistaram o kioea, há evidências de fósseis indicando que ele viveu em várias ilhas do arquipélago havaiano. Seu desaparecimento é atribuído à destruição do habitat, possivelmente em conseqüência do desmatamento. A última prova da existência desse pássaro se deu em 1859.
Kioea
Nome científico: Chaetoptila angustipluma
Ano da extinção: 1859
Habitat: arquipélago do Havaí
Era um sino ou um passarinho ? Saí-Preto
ERA UM SINO OU UM PASSARINHO? Saí-Preto
O saí-preto (black mamo, em inglês) foi observado pela primeira vez em 1893 e, 14 anos depois, já era considerado extinto. A introdução de veados e da criação de gado na Ilha de Molokai, no arquipélago do Havaí, onde o pássaro vivia, alterou profundamente o meio ambiente local, tirando a fonte de sobrevivência da delicada ave. Para piorar, os navios americanos chegavam ao Havaí (anexado aos Estados Unidos em 1898) com ratos e também com o mangusto, um roedor que tinha a fama de comer serpentes e, por isso, era levado para os pastos recém-formados. Esses dois roedores passaram a se alimentar também de passarinhos como o saí-preto, que em poucos anos desapareceu da ilha.
O passarinho de penas pretas e canto melodioso já era um velho conhecido dos havaianos, mas o primeiro ocidental a descrever o saí-preto foi o ornitólogo inglês Robert Perkins, em junho de 1893. Ele ficou tão impressionado com a descoberta que anotou a experiência em seu diário. "Estava no meio da floresta em Molokai quando, de repente, escutei um som que parecia ser de um sino. Mas isso era impossível, pois onde eu estava só havia árvores, plantas e bichos. O sino tocou uma, duas, dez vezes, em intervalos de cinco segundos. Só podia ser um passarinho. Fui silenciosamente atrás dele, até conseguir mirar e atirar. Com a criatura caída na terra, vi que era muito semelhante ao Drepanis que já conhecia, de penas amarelas, só que esse tinha penas pretas e devia ser muito mais raro", escreveu o cientista. Como que antevendo o triste destino da ave que acabara de descobrir, Perkins sugeriu o nome científico funerea.
O saí-preto chamava a atenção não só pelo seu canto, mas também por suas penas totalmente pretas e o bico longo e curvado. Outra peculiaridade era o cheiro forte que exalava assim que pressentia a presença de possíveis predadores. Uma característica bem interessante, mas que não foi suficiente para evitar sua extinção.
Saí-Preto
Nome científico: Drepanis funerea
Ano da extinção: 1907
Habitat: Ilha de Molokai, no Havaí
O saí-preto (black mamo, em inglês) foi observado pela primeira vez em 1893 e, 14 anos depois, já era considerado extinto. A introdução de veados e da criação de gado na Ilha de Molokai, no arquipélago do Havaí, onde o pássaro vivia, alterou profundamente o meio ambiente local, tirando a fonte de sobrevivência da delicada ave. Para piorar, os navios americanos chegavam ao Havaí (anexado aos Estados Unidos em 1898) com ratos e também com o mangusto, um roedor que tinha a fama de comer serpentes e, por isso, era levado para os pastos recém-formados. Esses dois roedores passaram a se alimentar também de passarinhos como o saí-preto, que em poucos anos desapareceu da ilha.
O passarinho de penas pretas e canto melodioso já era um velho conhecido dos havaianos, mas o primeiro ocidental a descrever o saí-preto foi o ornitólogo inglês Robert Perkins, em junho de 1893. Ele ficou tão impressionado com a descoberta que anotou a experiência em seu diário. "Estava no meio da floresta em Molokai quando, de repente, escutei um som que parecia ser de um sino. Mas isso era impossível, pois onde eu estava só havia árvores, plantas e bichos. O sino tocou uma, duas, dez vezes, em intervalos de cinco segundos. Só podia ser um passarinho. Fui silenciosamente atrás dele, até conseguir mirar e atirar. Com a criatura caída na terra, vi que era muito semelhante ao Drepanis que já conhecia, de penas amarelas, só que esse tinha penas pretas e devia ser muito mais raro", escreveu o cientista. Como que antevendo o triste destino da ave que acabara de descobrir, Perkins sugeriu o nome científico funerea.
O saí-preto chamava a atenção não só pelo seu canto, mas também por suas penas totalmente pretas e o bico longo e curvado. Outra peculiaridade era o cheiro forte que exalava assim que pressentia a presença de possíveis predadores. Uma característica bem interessante, mas que não foi suficiente para evitar sua extinção.
Saí-Preto
Nome científico: Drepanis funerea
Ano da extinção: 1907
Habitat: Ilha de Molokai, no Havaí
Soho já descobriu 2 mil cometas com ajuda de astrônomos amadores
29/12/2010 08h46 - Atualizado em 29/12/2010 08h51
Soho já descobriu 2 mil cometas com ajuda de astrônomos amadores
Segundo a Nasa, sonda é a maior reveladora de cometas que existe.
Análise de imagens é feita por voluntários espalhados pelo mundo.
A agência espacial norte-americana (Nasa) informou que a nave Soho (Observatório Solar e Heliosférico, na sigla em inglês) já registrou a existência de 2 mil cometas no espaço, desde o lançamento em dezembro de 1995. Para atingir a marca, o instrumento da parceria entre Nasa e a agência espacial europeia (ESA) contou com a ajuda de astrônomos amadores na Terra, que analisam diariamente as informações enviadas à Terra.
Os últimos dois foram catalogados por Marcin Kusiak, um estudante de astronomia de uma universidade da cidade de Cracóvia, na Polônia no dia 26 de dezembro. Ele já encontrou mais de 100 cometas desde que começou a colaborar com a equipe do Soho, em 2007. Durante os 15 anos, cerca de 70 pessoas de 18 países já ajudaram no trabalho de registros dos astros.
De acordo com a Nasa, a Soho é a maior reveladora de cometas que existe. Após receber análises dos voluntários e confirmar as descobertas, a equipe responsável pela sonda envia os dados para catálogo no Minor Planet Center, em Cambridge, no estado norte-americano de Massachusetts. O local mantém um registro de corpos celestes pequenos e de suas respectivas órbitas.
Imagens divulgadas pela sonda espacial Soho permitem a descoberta de novos cometas no Sistema Solar. Até agora, 2 mil já foram catalogados graças às câmeras da nave e ao trabalho de astrônomos amadores, que analisam os dados divulgados publicamente. (Foto: Soho / Nasa / ESA)Segundo Joe Gurman, um projetista da sonda do Instituto Goddard, da Nasa, as descobertas possibilitadas pela Soho desde 1995 dobraram o número de órbitas conhecidas dos cometas na comparação com o que se conhecia nos últimos 300 anos. Nos primeiros dez anos de atividade, foram 1000 cometas descobertos. A outra metade foi revelada nos últimos cinco anos.
Originalmente criada para monitorar o Sol, a sonda fornece dados sobre cometas por meio de um instrumento chamado Lasco, que monitora a coroa solar, camada que reveste a estrela. Os voluntários estudam as imagens geradas pelas câmeras do dispositivo, que estão disponíveis para acesso público. O Lasco bloqueia a luminosidade da parte mais brilhante do Sol, permitindo a identificação de novos corpos celestes.
Soho já descobriu 2 mil cometas com ajuda de astrônomos amadores
Segundo a Nasa, sonda é a maior reveladora de cometas que existe.
Análise de imagens é feita por voluntários espalhados pelo mundo.
A agência espacial norte-americana (Nasa) informou que a nave Soho (Observatório Solar e Heliosférico, na sigla em inglês) já registrou a existência de 2 mil cometas no espaço, desde o lançamento em dezembro de 1995. Para atingir a marca, o instrumento da parceria entre Nasa e a agência espacial europeia (ESA) contou com a ajuda de astrônomos amadores na Terra, que analisam diariamente as informações enviadas à Terra.
Os últimos dois foram catalogados por Marcin Kusiak, um estudante de astronomia de uma universidade da cidade de Cracóvia, na Polônia no dia 26 de dezembro. Ele já encontrou mais de 100 cometas desde que começou a colaborar com a equipe do Soho, em 2007. Durante os 15 anos, cerca de 70 pessoas de 18 países já ajudaram no trabalho de registros dos astros.
De acordo com a Nasa, a Soho é a maior reveladora de cometas que existe. Após receber análises dos voluntários e confirmar as descobertas, a equipe responsável pela sonda envia os dados para catálogo no Minor Planet Center, em Cambridge, no estado norte-americano de Massachusetts. O local mantém um registro de corpos celestes pequenos e de suas respectivas órbitas.
Imagens divulgadas pela sonda espacial Soho permitem a descoberta de novos cometas no Sistema Solar. Até agora, 2 mil já foram catalogados graças às câmeras da nave e ao trabalho de astrônomos amadores, que analisam os dados divulgados publicamente. (Foto: Soho / Nasa / ESA)Segundo Joe Gurman, um projetista da sonda do Instituto Goddard, da Nasa, as descobertas possibilitadas pela Soho desde 1995 dobraram o número de órbitas conhecidas dos cometas na comparação com o que se conhecia nos últimos 300 anos. Nos primeiros dez anos de atividade, foram 1000 cometas descobertos. A outra metade foi revelada nos últimos cinco anos.
Originalmente criada para monitorar o Sol, a sonda fornece dados sobre cometas por meio de um instrumento chamado Lasco, que monitora a coroa solar, camada que reveste a estrela. Os voluntários estudam as imagens geradas pelas câmeras do dispositivo, que estão disponíveis para acesso público. O Lasco bloqueia a luminosidade da parte mais brilhante do Sol, permitindo a identificação de novos corpos celestes.
Qual é a Graça ? Coruja risonha
QUAL É A GRAÇA? Coruja risonha
A coruja-risonha viveu em paz na Nova Zelândia por um tempo estimado em 20 milhões de anos. Mas, a partir de 1840, quando os primeiros colonizadores europeus chegaram à ilha, o som estridente que a ave emitia, parecido ao de uma risada, começou a ser ouvido com menos freqüência. A situação ficou crítica no início do século 20, e, em 1914, uma equipe de ornitólogos deparou pela última vez com uma coruja-risonha - já morta - nas proximidades da cidade de Canterbury. Após anos de buscas infrutíferas, a espécie foi declarada extinta, em 1960.
Aparentemente, a coruja-risonha não conseguiu resistir ao novo estilo de vida trazido pelos colonizadores. Os navios levaram para a Nova Zelândia uma grande quantidade de ratos, que logo começaram a se reproduzir. Também começaram a chegar muitos gatos, então um animal desconhecido no país e, a exemplo do rato, um predador natural das corujas. Algumas espécies, como a risonha, eram as preferidas desses animais. Ela também era muito procurada pelos caçadores, por ser bastante rara.
A coruja-risonha gostava de ficar em cavernas ou entre fendas de rochas, de onde só saía para caçar. Ela comia besouros, passarinhos bem pequenos e lagartos. Quando via seu almoço, ficava bem quieta, observando a vítima, até o momento ideal para o bote. A coruja então começava a correr em grande velocidade, para pegar o bicho de surpresa. A espécie, que raramente voava, desenvolveu pernas fortes e assim garantiu sua sobrevivência durante milhões de anos. Muitas vezes, o macho é que saía para caçar, enquanto a fêmea ficava tomando conta do ninho. Essas corujas formavam casais por toda a vida - só a morte os separava.
Elas eram uma das aves de rapina mais bonitas da Oceania. Suas penas tinham uma cor única, que misturava amarelo e marrom-claro. A cabeça era branca ao redor dos olhos, o que os destacava. A íris era famosa por seu tom de laranja intenso. A cor das penas chamava a atenção dos colonizadores, e também dos gatos e ratos, que se transformaram em seus maiores predadores.
Os machos foram sendo dizimados primeiro, já que as fêmeas sempre foram mais tímidas e arredias. "Elas se escondem ao ouvir o menor barulho. Preferem ficar dentro das cavernas, enquanto seus parceiros se mostram bem menos ariscos", anotou em seu diário o ornitólogo britânico Thomas Henry Potts, que esteve na Nova Zelândia em 1853. Ele foi um dos poucos cientistas a ver de perto a coruja-risonha. Potts e outros ornitólogos enviaram alguns exemplares da ave para o Museu Britânico, em Londres, único lugar do mundo em que ela pode ser vista hoje - empalhada.
Coruja-Risonha
Nome científico: Sceloglaux albifacies
Ano da extinção: 1960
Habitat: Nova Zelândia
A coruja-risonha viveu em paz na Nova Zelândia por um tempo estimado em 20 milhões de anos. Mas, a partir de 1840, quando os primeiros colonizadores europeus chegaram à ilha, o som estridente que a ave emitia, parecido ao de uma risada, começou a ser ouvido com menos freqüência. A situação ficou crítica no início do século 20, e, em 1914, uma equipe de ornitólogos deparou pela última vez com uma coruja-risonha - já morta - nas proximidades da cidade de Canterbury. Após anos de buscas infrutíferas, a espécie foi declarada extinta, em 1960.
Aparentemente, a coruja-risonha não conseguiu resistir ao novo estilo de vida trazido pelos colonizadores. Os navios levaram para a Nova Zelândia uma grande quantidade de ratos, que logo começaram a se reproduzir. Também começaram a chegar muitos gatos, então um animal desconhecido no país e, a exemplo do rato, um predador natural das corujas. Algumas espécies, como a risonha, eram as preferidas desses animais. Ela também era muito procurada pelos caçadores, por ser bastante rara.
A coruja-risonha gostava de ficar em cavernas ou entre fendas de rochas, de onde só saía para caçar. Ela comia besouros, passarinhos bem pequenos e lagartos. Quando via seu almoço, ficava bem quieta, observando a vítima, até o momento ideal para o bote. A coruja então começava a correr em grande velocidade, para pegar o bicho de surpresa. A espécie, que raramente voava, desenvolveu pernas fortes e assim garantiu sua sobrevivência durante milhões de anos. Muitas vezes, o macho é que saía para caçar, enquanto a fêmea ficava tomando conta do ninho. Essas corujas formavam casais por toda a vida - só a morte os separava.
Elas eram uma das aves de rapina mais bonitas da Oceania. Suas penas tinham uma cor única, que misturava amarelo e marrom-claro. A cabeça era branca ao redor dos olhos, o que os destacava. A íris era famosa por seu tom de laranja intenso. A cor das penas chamava a atenção dos colonizadores, e também dos gatos e ratos, que se transformaram em seus maiores predadores.
Os machos foram sendo dizimados primeiro, já que as fêmeas sempre foram mais tímidas e arredias. "Elas se escondem ao ouvir o menor barulho. Preferem ficar dentro das cavernas, enquanto seus parceiros se mostram bem menos ariscos", anotou em seu diário o ornitólogo britânico Thomas Henry Potts, que esteve na Nova Zelândia em 1853. Ele foi um dos poucos cientistas a ver de perto a coruja-risonha. Potts e outros ornitólogos enviaram alguns exemplares da ave para o Museu Britânico, em Londres, único lugar do mundo em que ela pode ser vista hoje - empalhada.
Coruja-Risonha
Nome científico: Sceloglaux albifacies
Ano da extinção: 1960
Habitat: Nova Zelândia
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Robôs substituem professores em salas de aula
28/12/2010 17h17 - Atualizado em 28/12/2010 17h17
Robôs substituem professores em salas de aula da Coreia do Sul
Projeto piloto levou 29 robôs para ensinar inglês a jovens.
Robôs são controlados remotamente por professores humanos.
Uma cidade da Coreia do Sul está testando o uso de robôs em salas de aula. O projeto piloto levou 29 robôs que medem 1 metro de altura para ensinar inglês a jovens. Os robôs são controlados remotamente por professores que ficam nas Filipinas.
Robôs ensinam inglês a crianças em cidade da Coreia do Sul. (Foto: AFP)Como os robôs dispõem de uma TV que exibe o rosto de uma mulher, câmeras detectam as expressões faciais dos professores e as refletem nesse rosto. Além disso, os professores conseguem ver e ouvir os estudantes por meio de um sistema remoto.
Além da leitura de livros, os robôs usam um software pré-programado para cantar músicas e jogar games com os alunos. Segundo uma porta-voz da Secretaria de Educação da cidade, os robôs ainda estão sendo testados, mas o governo estuda contratá-los por um período maior.
“Ter os robôs em sala de aula deixa os alunos mais participativos, especialmente os tímidos que têm medo de falar”, explicou a porta-voz. Ela também afirmou que a ideia não é substituir os professores humanos, e, sim, atualizar o sistema de ensino e dar aos alunos formas mais interessantes de aprendizado.
Robôs substituem professores em salas de aula da Coreia do Sul
Projeto piloto levou 29 robôs para ensinar inglês a jovens.
Robôs são controlados remotamente por professores humanos.
Uma cidade da Coreia do Sul está testando o uso de robôs em salas de aula. O projeto piloto levou 29 robôs que medem 1 metro de altura para ensinar inglês a jovens. Os robôs são controlados remotamente por professores que ficam nas Filipinas.
Robôs ensinam inglês a crianças em cidade da Coreia do Sul. (Foto: AFP)Como os robôs dispõem de uma TV que exibe o rosto de uma mulher, câmeras detectam as expressões faciais dos professores e as refletem nesse rosto. Além disso, os professores conseguem ver e ouvir os estudantes por meio de um sistema remoto.
Além da leitura de livros, os robôs usam um software pré-programado para cantar músicas e jogar games com os alunos. Segundo uma porta-voz da Secretaria de Educação da cidade, os robôs ainda estão sendo testados, mas o governo estuda contratá-los por um período maior.
“Ter os robôs em sala de aula deixa os alunos mais participativos, especialmente os tímidos que têm medo de falar”, explicou a porta-voz. Ela também afirmou que a ideia não é substituir os professores humanos, e, sim, atualizar o sistema de ensino e dar aos alunos formas mais interessantes de aprendizado.
Rede on-line do PS3 tem prejuízo mesmo com 60 milhões de usuários
25/12/2010 18h50 - Atualizado em 25/12/2010 18h53
Rede on-line do PS3 tem prejuízo mesmo com 60 milhões de usuários
Afirmação foi feita por Kaz Hirai, presidente da divisão de videogames da Sony.
Executivo acredita em projeção positiva de lucro para 2011.
Rede on-line do PS3 não teve bons resultados para
a Sony. (Foto: Divulgação)Ao mesmo tempo em que a Sony comemora o número de 60 milhões de usuários na PlayStation Network (PSN), rede on-line do PlayStation 3 e do portátil PSP, a empresa alega que o serviço que permite jogar games pela internet e comprar novos títulos por download está no vermelho.
De acordo com o presidente da Sony Computer Entertainment (SCE), Kaz Hirai, a rede arrecadou 36 bilhões de ienes (cerca de US$ 434 milhões) em 2009, valor que se repetiu em 2010 levando a empresa a entrar no ano fiscal de 2011 no vermelho.
Entretanto, Hirai se diz confiante com a projeção de lucro da PSN em 2011 que é de 300 bilhões de ienes (US$ 3,5 bilhões), além acreditar na venda de 15 milhões de PlayStation 3 até o dia 31 de abril do próximo ano.
Rede on-line do PS3 tem prejuízo mesmo com 60 milhões de usuários
Afirmação foi feita por Kaz Hirai, presidente da divisão de videogames da Sony.
Executivo acredita em projeção positiva de lucro para 2011.
Rede on-line do PS3 não teve bons resultados para
a Sony. (Foto: Divulgação)Ao mesmo tempo em que a Sony comemora o número de 60 milhões de usuários na PlayStation Network (PSN), rede on-line do PlayStation 3 e do portátil PSP, a empresa alega que o serviço que permite jogar games pela internet e comprar novos títulos por download está no vermelho.
De acordo com o presidente da Sony Computer Entertainment (SCE), Kaz Hirai, a rede arrecadou 36 bilhões de ienes (cerca de US$ 434 milhões) em 2009, valor que se repetiu em 2010 levando a empresa a entrar no ano fiscal de 2011 no vermelho.
Entretanto, Hirai se diz confiante com a projeção de lucro da PSN em 2011 que é de 300 bilhões de ienes (US$ 3,5 bilhões), além acreditar na venda de 15 milhões de PlayStation 3 até o dia 31 de abril do próximo ano.
Preço do conversor para TV digital cai 84%
29/12/2010 15h19 - Atualizado em 29/12/2010 15h19
Preço do conversor para TV digital cai 84% desde 2007, diz Ministério
No lançamento, equipamento custava R$ 1 mil, contra R$ 200 atualmente.
Digitalização completa está prevista para 2016, com fim do sinal analógico.
Conversores estão presentes em TVs com mais de
32 polegadas. (Foto: Bom Dia Brasil)Os preços dos conversores para TV digital caíram 84% desde o lançamento do sinal digital, em 2007, segundo o Ministério das Comunicações. No início, o equipamento era comercializado por mais de R$ 1 mil. Atualmente o preço médio é de R$ 200.
O ministério divulgou nesta quarta-feira (29) um comunicado onde afirma que a produção brasileira de TVs com o conversor digital integrado deve ultrapassar a marca de 6 milhões de aparelhos neste ano.
A partir de 2011, o número deve ser ainda maior, já que todas as televisões com tela maior ou igual a 26 polegadas terão de chegar às lojas com o conversor integrado. Em 2010, a obrigatoriedade valia para as TVs com tela maior ou igual a 32 polegadas.
Atualmente, o sinal digital está disponível para cerca de 90 milhões de consumidores, em 425 municípios espalhados por todos os Estados do Brasil. A digitalização completa está prevista para 2016, quando deve ser desligado o sinal analógico.
Preço do conversor para TV digital cai 84% desde 2007, diz Ministério
No lançamento, equipamento custava R$ 1 mil, contra R$ 200 atualmente.
Digitalização completa está prevista para 2016, com fim do sinal analógico.
Conversores estão presentes em TVs com mais de
32 polegadas. (Foto: Bom Dia Brasil)Os preços dos conversores para TV digital caíram 84% desde o lançamento do sinal digital, em 2007, segundo o Ministério das Comunicações. No início, o equipamento era comercializado por mais de R$ 1 mil. Atualmente o preço médio é de R$ 200.
O ministério divulgou nesta quarta-feira (29) um comunicado onde afirma que a produção brasileira de TVs com o conversor digital integrado deve ultrapassar a marca de 6 milhões de aparelhos neste ano.
A partir de 2011, o número deve ser ainda maior, já que todas as televisões com tela maior ou igual a 26 polegadas terão de chegar às lojas com o conversor integrado. Em 2010, a obrigatoriedade valia para as TVs com tela maior ou igual a 32 polegadas.
Atualmente, o sinal digital está disponível para cerca de 90 milhões de consumidores, em 425 municípios espalhados por todos os Estados do Brasil. A digitalização completa está prevista para 2016, quando deve ser desligado o sinal analógico.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Vida de Bibelô - Arara de Cuba
VIDA DE BIBELÔ - Arara de Cuba
Colorida e barulhenta, a arara-de-cuba (cuban macaw, em inglês) deixou de fazer parte da natureza latino-americana por volta de 1885, segundo alguns registros, ou de 1864, de acordo com outros relatos. Até então, a ave podia ser encontrada facilmente em Cuba. Anotações do século 16 sugerem que essa arara ou uma espécie muito parecida teria habitado a Jamaica e a ilha caribenha de Hispaniola, mas sabe-se que ela sumiu cedo dessas regiões. Porém as descrições feitas na época não ajudam a identificar com exatidão a que tipo de arara os registros se referiam.
Acredita-se que no início da colonização espanhola, no século 16, a arara-de-cuba se distribuía por toda Cuba, mas desapareceu da maior parte da ilha antes que se tornasse objeto de interesse de ornitologos. As principais causas de sua extinção foram a caça e a destruição de seu habitat. As regiões em que essas aves viviam foram devastadas pela intervenção humana e também por furacões. Segundo relatos de habitantes de Pinar del Río, região situada na parte leste de Cuba, depois do grande furacão de 1844, nunca mais foi visto nenhum exemplar da espécie nos bosques locais - que eram seu abrigo preferido.
Menos protegida, a ave se tornou presa fácil dos nativos. Para eles, o interesse pela arara não era usá-la como alimento, até porque sua carne tinha sabor e odor desagradáveis. O que eles queriam era capturá-la ainda filhote e vendê-la a fazendeiros ricos que pagavam bem para manter a arara como um bicho de estimação - e de ostentação, pois era uma ave de beleza inquestionável.
A arara atingia em média 55 centímetros de altura, suas penas eram predominantemente vermelho-escuras, mescladas aos tons de amarelo, verde e marrom. As asas e a cauda eram cobertas por uma plumagem azul-violeta. Seu bico era forte, curvado, de cor negra. Essa exuberância atraiu a atenção de zoológicos do mundo inteiro, principalmente da Europa, que importavam com freqüência exemplares da ave para criação em cativeiro. Todo esse esplendor pode ser observado em vários desenhos e em exemplares conservados que estão espalhados em museus nos quatro cantos do planeta
De acordo com os estudos do naturalista alemão Johann Gundlach, as araras-de-cuba se alimentavam do fruto do cedro branco e de outras árvores. Elas faziam seus ninhos no alto de palmeiras, normalmente sobre partes ocas de troncos, onde colocavam seus ovos. Registros antigos sugerem que elas passavam a maior parte do tempo em pares ou em pequenos grupos, tanto para comer quanto para dormir. Quase nada mais existe de informação a respeito de seus hábitos. O último espécime conhecido foi morto a tiros na região do Pântano de Zapata, em Cuba, em 1864. Alguns registros sugerem, contudo, que exemplares dessa magnífica espécie tenham conseguido sobreviver na região por pelo menos mais 20 anos. Não chega a ser exatamente um consolo.
Arara-de-Cuba
Nome científico: Ara tricolor
Ano da extinção: 1864 (ou 1885)
Habitat: Cuba e Caribe
Colorida e barulhenta, a arara-de-cuba (cuban macaw, em inglês) deixou de fazer parte da natureza latino-americana por volta de 1885, segundo alguns registros, ou de 1864, de acordo com outros relatos. Até então, a ave podia ser encontrada facilmente em Cuba. Anotações do século 16 sugerem que essa arara ou uma espécie muito parecida teria habitado a Jamaica e a ilha caribenha de Hispaniola, mas sabe-se que ela sumiu cedo dessas regiões. Porém as descrições feitas na época não ajudam a identificar com exatidão a que tipo de arara os registros se referiam.
Acredita-se que no início da colonização espanhola, no século 16, a arara-de-cuba se distribuía por toda Cuba, mas desapareceu da maior parte da ilha antes que se tornasse objeto de interesse de ornitologos. As principais causas de sua extinção foram a caça e a destruição de seu habitat. As regiões em que essas aves viviam foram devastadas pela intervenção humana e também por furacões. Segundo relatos de habitantes de Pinar del Río, região situada na parte leste de Cuba, depois do grande furacão de 1844, nunca mais foi visto nenhum exemplar da espécie nos bosques locais - que eram seu abrigo preferido.
Menos protegida, a ave se tornou presa fácil dos nativos. Para eles, o interesse pela arara não era usá-la como alimento, até porque sua carne tinha sabor e odor desagradáveis. O que eles queriam era capturá-la ainda filhote e vendê-la a fazendeiros ricos que pagavam bem para manter a arara como um bicho de estimação - e de ostentação, pois era uma ave de beleza inquestionável.
A arara atingia em média 55 centímetros de altura, suas penas eram predominantemente vermelho-escuras, mescladas aos tons de amarelo, verde e marrom. As asas e a cauda eram cobertas por uma plumagem azul-violeta. Seu bico era forte, curvado, de cor negra. Essa exuberância atraiu a atenção de zoológicos do mundo inteiro, principalmente da Europa, que importavam com freqüência exemplares da ave para criação em cativeiro. Todo esse esplendor pode ser observado em vários desenhos e em exemplares conservados que estão espalhados em museus nos quatro cantos do planeta
De acordo com os estudos do naturalista alemão Johann Gundlach, as araras-de-cuba se alimentavam do fruto do cedro branco e de outras árvores. Elas faziam seus ninhos no alto de palmeiras, normalmente sobre partes ocas de troncos, onde colocavam seus ovos. Registros antigos sugerem que elas passavam a maior parte do tempo em pares ou em pequenos grupos, tanto para comer quanto para dormir. Quase nada mais existe de informação a respeito de seus hábitos. O último espécime conhecido foi morto a tiros na região do Pântano de Zapata, em Cuba, em 1864. Alguns registros sugerem, contudo, que exemplares dessa magnífica espécie tenham conseguido sobreviver na região por pelo menos mais 20 anos. Não chega a ser exatamente um consolo.
Arara-de-Cuba
Nome científico: Ara tricolor
Ano da extinção: 1864 (ou 1885)
Habitat: Cuba e Caribe
A pequena notável - Codorna da nova Zelândia
A PEQUENA NOTÁVEL
Quando os primeiros europeus chegaram à Nova Zelândia, por volta de 1840, viram na codorna local uma rica fonte de alimentação e passaram a caçá-la indiscriminadamente. A ave era apreciada por sua carne saborosa e por seus ovos em tons de bege e amarelo, que também iam para a mesa do jantar. Por algumas décadas ela foi a refeição principal dos imigrantes, já que existia em grande quantidade em todo o país. Segundo relatos dos primeiros colonizadores, era comum ver homens voltando das caçadas às codornas carregando pelo menos 20 exemplares. Alguns conseguiam matar até 40 em um simples passeio pelas áreas próximas às cidades. É verdade que os maoris, os primeiros habitantes da Nova Zelândia, também caçavam a codorna, mas com menos freqüência do que os europeus.
A ave sofreu não só com a caça intensa na segunda metade do século 19, mas também com doenças transmitidas por pássaros introduzidos na Nova Zelândia pelos imigrantes britânicos. Quando pegavam essas moléstias, as codornas não resistiam mais do que alguns dias e, muitas vezes, infectavam todo o grupo. Outra ameaça: os cães e gatos, antes desconhecidos na região, chegaram com os primeiros colonizadores e passaram a perseguir as codornas. Com tantos novos predadores, a ave foi se tornando cada vez mais rara, até seu desaparecimento completo, declarado oficialmente em 1875.
A codorna era monogâmica, formando casais para a vida toda. A ave se destacava em meio às pradarias em que vivia, apesar do seu pequeno porte - media no máximo 22 centímetros. Suas penas tinham um tom único de amarelo e bege, que se intercalavam. No peito, a cor tendia para o marrom, e no abdome predominava uma tonalidade mais clara. As asas eram ainda mais bonitas, com uma coloração dourada. A codorna corria pouco e, por ser pequena, era facilmente abocanhada pelos cães e gatos, servindo de alvo também para os caçadores.
Codorna-da-Nova-Zelândia
Nome científico: Coturnix novaezelandiae
Ano da extinção: 1875
Habitat: Nova Zelândia
Quando os primeiros europeus chegaram à Nova Zelândia, por volta de 1840, viram na codorna local uma rica fonte de alimentação e passaram a caçá-la indiscriminadamente. A ave era apreciada por sua carne saborosa e por seus ovos em tons de bege e amarelo, que também iam para a mesa do jantar. Por algumas décadas ela foi a refeição principal dos imigrantes, já que existia em grande quantidade em todo o país. Segundo relatos dos primeiros colonizadores, era comum ver homens voltando das caçadas às codornas carregando pelo menos 20 exemplares. Alguns conseguiam matar até 40 em um simples passeio pelas áreas próximas às cidades. É verdade que os maoris, os primeiros habitantes da Nova Zelândia, também caçavam a codorna, mas com menos freqüência do que os europeus.
A ave sofreu não só com a caça intensa na segunda metade do século 19, mas também com doenças transmitidas por pássaros introduzidos na Nova Zelândia pelos imigrantes britânicos. Quando pegavam essas moléstias, as codornas não resistiam mais do que alguns dias e, muitas vezes, infectavam todo o grupo. Outra ameaça: os cães e gatos, antes desconhecidos na região, chegaram com os primeiros colonizadores e passaram a perseguir as codornas. Com tantos novos predadores, a ave foi se tornando cada vez mais rara, até seu desaparecimento completo, declarado oficialmente em 1875.
A codorna era monogâmica, formando casais para a vida toda. A ave se destacava em meio às pradarias em que vivia, apesar do seu pequeno porte - media no máximo 22 centímetros. Suas penas tinham um tom único de amarelo e bege, que se intercalavam. No peito, a cor tendia para o marrom, e no abdome predominava uma tonalidade mais clara. As asas eram ainda mais bonitas, com uma coloração dourada. A codorna corria pouco e, por ser pequena, era facilmente abocanhada pelos cães e gatos, servindo de alvo também para os caçadores.
Codorna-da-Nova-Zelândia
Nome científico: Coturnix novaezelandiae
Ano da extinção: 1875
Habitat: Nova Zelândia
O Periquito Solidário - Periquito Carolina
O PERIQUITO SOLIDÁRIO - Periquito Carolina
O periquito-carolina era um passarinho delicado, com cerca de 30 centímetros de altura e um colorido encantador - a maior parte das penas, principalmente as do peito, era verde, enquanto o topo da cabeça e a região em volta dos olhos tinham um forte tom de laranja. As asas tendiam para o amarelo. Não era uma ave migratória: vivia sempre na mesma área, com outras de sua espécie. À noite, dividiam os galhos de árvores próximas a rios ou pântanos, em grupos de 15 ou 20 passarinhos. A fêmea colocava, por vez, de um a quatro ovos, que eram incubados por cerca de 20 dias. Em média 18 dias após saírem dos ovos, os filhotes ensaiavam os primeiros vôos. Pouco depois, eles já partiam em busca do próprio alimento, um calvário que acabaria levando o pássaro à extinção.
Muito parecido com os periquitos brasileiros, o periquito-carolina vivia tranqüilamente nos pântanos e nas margens dos rios dos Estados americanos sulistas. Ele sempre se alimentou de sementes, mas, com a expansão da agricultura, teve de mudar a sua dieta, buscando as frutas plantadas pelos fazendeiros. Bandos dessa ave sobrevoavam as colheitas, comendo o que conseguiam. Para os agricultores, o periquito era uma praga. Logo eles pegaram em armas, atirando em todo pássaro que se aproximasse das plantações. Solidários, os periquitos voavam para o lugar onde caíra o companheiro abatido - um ritual que lembrava um velório. Os fazendeiros aproveitavam para matar todo o bando, o que contribuiu para acelerar a extinção do pássaro.
E não era só. O periquito ainda tinha de escapar dos caçadores que queriam matá-lo para arrancar suas penas. Na época, as senhoras elegantes gostavam de enfeitar seus chapéus com as penas de forte colorido. A beleza do passarinho também atraía as crianças, que o prendiam em gaiolas. A sobrevivência do periquito-carolina foi ficando cada vez mais difícil. Por fim, em 1904, os últimos exemplares da ave foram coletados nas proximidades do lago Okeechobee, na Flórida. No cativeiro, o último periquito-carolina morreu em 1918, no Zoológico de Cincinnati, em Ohio.
Periquito-Carolina
Nome científico: Conuropsis carolinensis
Ano da extinção: 1918
Habitat: sudeste dos Estados Unidos
O periquito-carolina era um passarinho delicado, com cerca de 30 centímetros de altura e um colorido encantador - a maior parte das penas, principalmente as do peito, era verde, enquanto o topo da cabeça e a região em volta dos olhos tinham um forte tom de laranja. As asas tendiam para o amarelo. Não era uma ave migratória: vivia sempre na mesma área, com outras de sua espécie. À noite, dividiam os galhos de árvores próximas a rios ou pântanos, em grupos de 15 ou 20 passarinhos. A fêmea colocava, por vez, de um a quatro ovos, que eram incubados por cerca de 20 dias. Em média 18 dias após saírem dos ovos, os filhotes ensaiavam os primeiros vôos. Pouco depois, eles já partiam em busca do próprio alimento, um calvário que acabaria levando o pássaro à extinção.
Muito parecido com os periquitos brasileiros, o periquito-carolina vivia tranqüilamente nos pântanos e nas margens dos rios dos Estados americanos sulistas. Ele sempre se alimentou de sementes, mas, com a expansão da agricultura, teve de mudar a sua dieta, buscando as frutas plantadas pelos fazendeiros. Bandos dessa ave sobrevoavam as colheitas, comendo o que conseguiam. Para os agricultores, o periquito era uma praga. Logo eles pegaram em armas, atirando em todo pássaro que se aproximasse das plantações. Solidários, os periquitos voavam para o lugar onde caíra o companheiro abatido - um ritual que lembrava um velório. Os fazendeiros aproveitavam para matar todo o bando, o que contribuiu para acelerar a extinção do pássaro.
E não era só. O periquito ainda tinha de escapar dos caçadores que queriam matá-lo para arrancar suas penas. Na época, as senhoras elegantes gostavam de enfeitar seus chapéus com as penas de forte colorido. A beleza do passarinho também atraía as crianças, que o prendiam em gaiolas. A sobrevivência do periquito-carolina foi ficando cada vez mais difícil. Por fim, em 1904, os últimos exemplares da ave foram coletados nas proximidades do lago Okeechobee, na Flórida. No cativeiro, o último periquito-carolina morreu em 1918, no Zoológico de Cincinnati, em Ohio.
Periquito-Carolina
Nome científico: Conuropsis carolinensis
Ano da extinção: 1918
Habitat: sudeste dos Estados Unidos
Grupo desmente dicas de saúde dadas por celebridades
29/12/2010 13h20 - Atualizado em 29/12/2010 13h20
Grupo desmente dicas de saúde dadas por celebridades
Sugestões incluem técnica de reabsorção de esperma, criada por lutador.
Sarah Harding, ex-Girls Aloud, disse que polvilha carvão na comida.
O jogador David Beckham é um dos palpiteiros
(Foto: Darren Staples/Reuters)Um grupo de campanha revelou nesta quarta-feira (29) a verdade sobre algumas das mais duvidosas dicas de saúde e boa forma feitas por artistas, pondo fim a ideias como a reabsorção de esperma e o uso de braceletes de plástico para aumentar a energia do organismo.
Em lista anual de abusos contra a ciência, o Sense About Science (SAS) desmentiu sugestões feitas por atores e estrelas do pop sobre dieta e exercícios, um esforço "para ajudar as celebridades a perceber onde estão errando e para ajudar o público a entender as alegações".
Na seção de saúde e fitness, o SAS notou que o jogador de futebol David Beckham e a noiva do príncipe William, Kate Middleton, foram vistos usando braceletes com hologramas que, segundo os fabricantes, podem melhorar a energia da pessoa.
O grupo também mencionou uma dieta usada pela top model Naomi Campbell e os atores Ashton Kutcher e Demi Moore. Na rotina da dieta, os seguidores sobrevivem apenas com maple syrup, limão e pimenta por duas semanas. Em entrevista concedida à apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, em maio, Campbell disse: "É bom limpar seu corpo de vez em quando."
"Muitas dessas alegações promovem teorias, terapias e campanhas que não fazem sentido científico", disse o SAS.
A pop star Sarah Harding, ex-Girls Aloud, disse à revista "Now" que ela polvilha carvão vegetal na comida, declarando: "Não tem gosto de nada e aparentemente absorve todas as coisas ruins e prejudiciais do corpo."
O ator Ashton Kutcher já seguiu dieta em que se alimentava apenas de maple syrup, limão e pimenta por duas semanas (Foto: AFP)
John Elmsley, cientista da área de química e escritor, disse que o carvão vegetal absorve moléculas tóxicas quando usado em máscaras de gás e tratamento de esgoto, mas que é "desnecessário quando se trata de uma dieta, porque o corpo já é bem capaz de remover qualquer 'coisa ruim e prejudicial'".
Uma colher de sopa de sêmen tem o equivalente de bife, ovos, limões e laranjas. Eu estou reabsorvendo isso no meu corpo, isso me faz gritar 'raaaaaah'"Alex Reid, lutadorUm dos destaques do SAS foi a dica do lutador de vale-tudo Alex Reid, que disse ao tabloide "The Sun" que costuma "reabsorver" seu esperma para se preparar para uma luta importante.
"É muito bom para um homem fazer sexo sem proteção desde que não ejacule. Porque eu acredito que todo aquele sêmen tem muita nutrição. Uma colher de sopa de sêmen tem o equivalente de bife, ovos, limões e laranjas. Eu estou reabsorvendo isso no meu corpo, isso me faz gritar 'raaaaah'", disse Reid.
John Aplin, cientista que pesquisa reprodução da Universidade de Manchester, disse que o esperma não pode ser reabsorvido quando já se formou nos testículos.
"Na verdade, o esperma morre após alguns dias, e o conteúdo nutricional da ejaculação é realmente pequeno", disse Aplin ao grupo SAS.
Para tentar combater os efeitos de algumas das mais ousadas dicas de saúde, o grupo de campanha SAS publicou suas próprias sugestões, "fáceis de lembrar para comentários de celebridades":
1) Nada está livre de componentes químicos. Tudo é feito de substâncias químicas, é só uma questão de elementos.
2) Desintoxicação é um mito de marketing. Nosso corpo se basta sem poções caras e dietas desintoxicantes.
3) As funções do organismo ocorrem sem estímulos externos.
4) Energia e boa forma vem de alimentos e exercícios. Não há atalhos.
Grupo desmente dicas de saúde dadas por celebridades
Sugestões incluem técnica de reabsorção de esperma, criada por lutador.
Sarah Harding, ex-Girls Aloud, disse que polvilha carvão na comida.
O jogador David Beckham é um dos palpiteiros
(Foto: Darren Staples/Reuters)Um grupo de campanha revelou nesta quarta-feira (29) a verdade sobre algumas das mais duvidosas dicas de saúde e boa forma feitas por artistas, pondo fim a ideias como a reabsorção de esperma e o uso de braceletes de plástico para aumentar a energia do organismo.
Em lista anual de abusos contra a ciência, o Sense About Science (SAS) desmentiu sugestões feitas por atores e estrelas do pop sobre dieta e exercícios, um esforço "para ajudar as celebridades a perceber onde estão errando e para ajudar o público a entender as alegações".
Na seção de saúde e fitness, o SAS notou que o jogador de futebol David Beckham e a noiva do príncipe William, Kate Middleton, foram vistos usando braceletes com hologramas que, segundo os fabricantes, podem melhorar a energia da pessoa.
O grupo também mencionou uma dieta usada pela top model Naomi Campbell e os atores Ashton Kutcher e Demi Moore. Na rotina da dieta, os seguidores sobrevivem apenas com maple syrup, limão e pimenta por duas semanas. Em entrevista concedida à apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, em maio, Campbell disse: "É bom limpar seu corpo de vez em quando."
"Muitas dessas alegações promovem teorias, terapias e campanhas que não fazem sentido científico", disse o SAS.
A pop star Sarah Harding, ex-Girls Aloud, disse à revista "Now" que ela polvilha carvão vegetal na comida, declarando: "Não tem gosto de nada e aparentemente absorve todas as coisas ruins e prejudiciais do corpo."
O ator Ashton Kutcher já seguiu dieta em que se alimentava apenas de maple syrup, limão e pimenta por duas semanas (Foto: AFP)
John Elmsley, cientista da área de química e escritor, disse que o carvão vegetal absorve moléculas tóxicas quando usado em máscaras de gás e tratamento de esgoto, mas que é "desnecessário quando se trata de uma dieta, porque o corpo já é bem capaz de remover qualquer 'coisa ruim e prejudicial'".
Uma colher de sopa de sêmen tem o equivalente de bife, ovos, limões e laranjas. Eu estou reabsorvendo isso no meu corpo, isso me faz gritar 'raaaaaah'"Alex Reid, lutadorUm dos destaques do SAS foi a dica do lutador de vale-tudo Alex Reid, que disse ao tabloide "The Sun" que costuma "reabsorver" seu esperma para se preparar para uma luta importante.
"É muito bom para um homem fazer sexo sem proteção desde que não ejacule. Porque eu acredito que todo aquele sêmen tem muita nutrição. Uma colher de sopa de sêmen tem o equivalente de bife, ovos, limões e laranjas. Eu estou reabsorvendo isso no meu corpo, isso me faz gritar 'raaaaah'", disse Reid.
John Aplin, cientista que pesquisa reprodução da Universidade de Manchester, disse que o esperma não pode ser reabsorvido quando já se formou nos testículos.
"Na verdade, o esperma morre após alguns dias, e o conteúdo nutricional da ejaculação é realmente pequeno", disse Aplin ao grupo SAS.
Para tentar combater os efeitos de algumas das mais ousadas dicas de saúde, o grupo de campanha SAS publicou suas próprias sugestões, "fáceis de lembrar para comentários de celebridades":
1) Nada está livre de componentes químicos. Tudo é feito de substâncias químicas, é só uma questão de elementos.
2) Desintoxicação é um mito de marketing. Nosso corpo se basta sem poções caras e dietas desintoxicantes.
3) As funções do organismo ocorrem sem estímulos externos.
4) Energia e boa forma vem de alimentos e exercícios. Não há atalhos.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Estudo revela que neandertais cozinhavam e consumiam vegetais
Estudo revela que neandertais cozinhavam e consumiam vegetais
Segundo pesquisadores americanos, dieta de homem pré-histórico era mais sofisticada do que se supunha.
Ancestrais humanos cozinhavam vegetais e tinham
dieta sofisticada, diz estudo. (Foto: SPL / BBC)Pesquisadores dos Estados Unidos afirmam que os neandertais cozinhavam e consumiam vegetais, seguindo uma dieta bem mais sofisticada do que se supunha. Cientistas da Universidade George Washington pesquisaram fósseis de neandertais e encontraram grãos e material vegetal cozido entre seus dentes.
A crença até então, apoiada por algumas provas circunstanciais, era de que os neandertais tinham sido grandes consumidores de carne. Análises químicas dos seus ossos sugeriam que eles comiam pouco ou até nenhum vegetal.
Essa suposta predominância da carne na dieta foi apresentada por alguns pesquisadores como uma das razões de os neandertais terem sido extintos, à medida que o número de grandes animais como mamutes também diminuía na chegada da Era do Gelo.
O estudo da Universidade George Washington é o primeiro a confirmar que a dieta dos neandertais não era restrita à carne. A pesquisa foi publicada na revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.
Nova análise
A nova análise de restos de neandertais descobertos em várias partes do mundo encontrou provas diretas que contradizem a imagem de consumidores de carne, com a descoberta de grãos fossilizados e material vegetal em seus dentes e de que parte deste material teria sido cozido.
Escavações tinham revelado previamente a presença de grãos de pólen em locais habitados por neandertais, mas apenas agora foram encontradas provas claras de que vegetais foram realmente consumidos por eles.
"Encontramos grãos de pólen nos locais (onde havia) neandertais, mas você nunca sabe se eles estavam comendo a planta, dormindo em cima dela ou outra coisa", disse Alison Brooks, professora da Universidade George Washington, à BBC.
'Mas aqui nós temos um caso no qual um pouco de planta está na boca, então sabemos que os neandertais estavam consumindo o alimento', afirmou.
Proteína
De acordo com a professora Alison Brooks os exames prévios realizados nos ossos dos neandertais eram baseados em medições de níveis de proteína e, por isso, muitos concluíram que essas proteínas vinham apenas da carne consumida.
"Nossa tendência é pensar que, se você tem um valor muito alto de proteína na dieta, deve vir da carne. Mas é possível que alguma proteína da dieta deles tenha vindo de plantas", afirmou.
O último estudo sugere que, em vez de serem selvagens embrutecidos, os neandertais teriam sido mais parecidos com o homem moderno do que se pensava anteriormente.
Segundo pesquisadores americanos, dieta de homem pré-histórico era mais sofisticada do que se supunha.
Ancestrais humanos cozinhavam vegetais e tinham
dieta sofisticada, diz estudo. (Foto: SPL / BBC)Pesquisadores dos Estados Unidos afirmam que os neandertais cozinhavam e consumiam vegetais, seguindo uma dieta bem mais sofisticada do que se supunha. Cientistas da Universidade George Washington pesquisaram fósseis de neandertais e encontraram grãos e material vegetal cozido entre seus dentes.
A crença até então, apoiada por algumas provas circunstanciais, era de que os neandertais tinham sido grandes consumidores de carne. Análises químicas dos seus ossos sugeriam que eles comiam pouco ou até nenhum vegetal.
Essa suposta predominância da carne na dieta foi apresentada por alguns pesquisadores como uma das razões de os neandertais terem sido extintos, à medida que o número de grandes animais como mamutes também diminuía na chegada da Era do Gelo.
O estudo da Universidade George Washington é o primeiro a confirmar que a dieta dos neandertais não era restrita à carne. A pesquisa foi publicada na revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.
Nova análise
A nova análise de restos de neandertais descobertos em várias partes do mundo encontrou provas diretas que contradizem a imagem de consumidores de carne, com a descoberta de grãos fossilizados e material vegetal em seus dentes e de que parte deste material teria sido cozido.
Escavações tinham revelado previamente a presença de grãos de pólen em locais habitados por neandertais, mas apenas agora foram encontradas provas claras de que vegetais foram realmente consumidos por eles.
"Encontramos grãos de pólen nos locais (onde havia) neandertais, mas você nunca sabe se eles estavam comendo a planta, dormindo em cima dela ou outra coisa", disse Alison Brooks, professora da Universidade George Washington, à BBC.
'Mas aqui nós temos um caso no qual um pouco de planta está na boca, então sabemos que os neandertais estavam consumindo o alimento', afirmou.
Proteína
De acordo com a professora Alison Brooks os exames prévios realizados nos ossos dos neandertais eram baseados em medições de níveis de proteína e, por isso, muitos concluíram que essas proteínas vinham apenas da carne consumida.
"Nossa tendência é pensar que, se você tem um valor muito alto de proteína na dieta, deve vir da carne. Mas é possível que alguma proteína da dieta deles tenha vindo de plantas", afirmou.
O último estudo sugere que, em vez de serem selvagens embrutecidos, os neandertais teriam sido mais parecidos com o homem moderno do que se pensava anteriormente.
Em 20 anos no país, celular se torna amigo inseparável do brasileiro
28/12/2010 08h14 - Atualizado em 28/12/2010 08h36
Em 20 anos no país, celular se torna amigo inseparável do brasileiro
Hoje o Brasil tem mais celular que gente. São 190 milhões de brasileiros e 197,5 milhões de celulares.
O telefone celular está fazendo 20 anos de idade no Brasil. Já foi artigo de luxo para pouquíssima gente. Mas, duas décadas depois, já são 197,5 milhões de aparelhos no país. E pensar que muitas gerações já viveram sem ele. Como?
No Brasil de 1990, quando os primeiros celulares chegaram no país, 700 brasileiros se tornaram os primeiros assinantes da telefonia móvel. Eram proprietários de um aparelho que de portátil só tinha mesmo o nome, com uma bateria enorme e uma antena que não pegava na maioria dos lugares. Mas eram os pioneiros de uma nova forma de comunicação que ia revolucionar o jeito de falar ao telefone.
Em 1997, começaram as privatizações da telefonia. Surgiram várias operadoras no mercado, mais concorrência e tecnologia. A revolução nas comunicações já não tinha mais como parar. “Agora eu dependo do celular, estou com ele na mão porque eu estou trabalhando”, comentou uma senhora.
Hoje o Brasil tem mais celular que gente. São 190 milhões de brasileiros e 197,5 milhões de celulares. “Brasileiro virou dependente de celular, infelizmente”, diz uma carioca.
Na Região Sul, são 105 celulares por cem habitantes; no Sudeste, 111; e no Centro-Oeste, 121 aparelhos por cem habitantes . A maioria (82%) são pré-pagos e funcionam com créditos.
Até bem pouco tempo atrás, entrava-se em uma casa e via logo aquela mesinha com o telefone fixo. Hoje isso está caindo em desuso. A família da administradora imobiliária Ana Lúcia Araújo Victor há dois anos aboliu o telefone fixo e hoje tem cinco aparelhos celulares.
“As pessoas me encontram em qualquer lugar do mundo. Falo dentro do banco, falo na rua, tenho uma irmã que mora na Alemanha”, conta Ana Lúcia. “Eu falo no dia a dia com minha mãe e minhas amigas”, diz a filha.
Dos primeiros “tijolões” aos mais modernos que mandam mensagens, recebem e-mails e estão sempre conectados à internet e às redes sociais, 20 anos se passaram. Uma geração inteira se criou convivendo com essa forma de se comunicar.
“O celular acabou virando indispensável. Eu uso tem uns sete ou oito anos, ou seja, cresci com o aparelho. Então, fica mais fácil de pai e mãe encontrar”, comenta uma estudante.
“Não consigo sair de casa e deixar o celular. Eu volto para pegar, não tem como. Nem passear com cachorro eu vou sem celular”, confessa uma jovem.
“É uma joia, eu acho uma verdadeira joia”, compara um carioca. “Isso aqui é o meu amigo inseparável, amigo de bolso”, brinca um senhor.
Em 20 anos no país, celular se torna amigo inseparável do brasileiro
Hoje o Brasil tem mais celular que gente. São 190 milhões de brasileiros e 197,5 milhões de celulares.
O telefone celular está fazendo 20 anos de idade no Brasil. Já foi artigo de luxo para pouquíssima gente. Mas, duas décadas depois, já são 197,5 milhões de aparelhos no país. E pensar que muitas gerações já viveram sem ele. Como?
No Brasil de 1990, quando os primeiros celulares chegaram no país, 700 brasileiros se tornaram os primeiros assinantes da telefonia móvel. Eram proprietários de um aparelho que de portátil só tinha mesmo o nome, com uma bateria enorme e uma antena que não pegava na maioria dos lugares. Mas eram os pioneiros de uma nova forma de comunicação que ia revolucionar o jeito de falar ao telefone.
Em 1997, começaram as privatizações da telefonia. Surgiram várias operadoras no mercado, mais concorrência e tecnologia. A revolução nas comunicações já não tinha mais como parar. “Agora eu dependo do celular, estou com ele na mão porque eu estou trabalhando”, comentou uma senhora.
Hoje o Brasil tem mais celular que gente. São 190 milhões de brasileiros e 197,5 milhões de celulares. “Brasileiro virou dependente de celular, infelizmente”, diz uma carioca.
Na Região Sul, são 105 celulares por cem habitantes; no Sudeste, 111; e no Centro-Oeste, 121 aparelhos por cem habitantes . A maioria (82%) são pré-pagos e funcionam com créditos.
Até bem pouco tempo atrás, entrava-se em uma casa e via logo aquela mesinha com o telefone fixo. Hoje isso está caindo em desuso. A família da administradora imobiliária Ana Lúcia Araújo Victor há dois anos aboliu o telefone fixo e hoje tem cinco aparelhos celulares.
“As pessoas me encontram em qualquer lugar do mundo. Falo dentro do banco, falo na rua, tenho uma irmã que mora na Alemanha”, conta Ana Lúcia. “Eu falo no dia a dia com minha mãe e minhas amigas”, diz a filha.
Dos primeiros “tijolões” aos mais modernos que mandam mensagens, recebem e-mails e estão sempre conectados à internet e às redes sociais, 20 anos se passaram. Uma geração inteira se criou convivendo com essa forma de se comunicar.
“O celular acabou virando indispensável. Eu uso tem uns sete ou oito anos, ou seja, cresci com o aparelho. Então, fica mais fácil de pai e mãe encontrar”, comenta uma estudante.
“Não consigo sair de casa e deixar o celular. Eu volto para pegar, não tem como. Nem passear com cachorro eu vou sem celular”, confessa uma jovem.
“É uma joia, eu acho uma verdadeira joia”, compara um carioca. “Isso aqui é o meu amigo inseparável, amigo de bolso”, brinca um senhor.
Doador de 1º transplante de órgão bem-sucedido morre aos 79 anos
29/12/2010 16h36 - Atualizado em 29/12/2010 16h40
Doador de 1º transplante de órgão bem-sucedido morre aos 79 anos
Ronald Lee Herrick doou um rim ao seu irmão gêmeo.
Operação foi realizada no dia 23 de dezembro de 1954.
Richard Herrick, à esquerda, recebeu o rim do seu
irmão gêmeo, Ronald, em 1954. (Foto: AP)O homem que doou um rim no primeiro transplante de órgão bem-sucedido no mundo morreu na segunda-feira (27) aos 79 anos no estado americano de Maine. A saúde de Ronald Lee Herrick se deteriorou depois de uma cirurgia cardíaca realizada em outubro.
Herrick doou um rim ao seu irmão gêmeo, Richard, há 56 anos. Como eles eram gêmeos idênticos, não houve problema de rejeição.
A operação foi realizada no dia 23 de dezembro de 1954 e fez com que o irmão de Herrick vivesse por mais oito anos. O cirurgião responsável pelo transplante, Joseph Murray, ganhou um Prêmio Nobel.
Doador de 1º transplante de órgão bem-sucedido morre aos 79 anos
Ronald Lee Herrick doou um rim ao seu irmão gêmeo.
Operação foi realizada no dia 23 de dezembro de 1954.
Richard Herrick, à esquerda, recebeu o rim do seu
irmão gêmeo, Ronald, em 1954. (Foto: AP)O homem que doou um rim no primeiro transplante de órgão bem-sucedido no mundo morreu na segunda-feira (27) aos 79 anos no estado americano de Maine. A saúde de Ronald Lee Herrick se deteriorou depois de uma cirurgia cardíaca realizada em outubro.
Herrick doou um rim ao seu irmão gêmeo, Richard, há 56 anos. Como eles eram gêmeos idênticos, não houve problema de rejeição.
A operação foi realizada no dia 23 de dezembro de 1954 e fez com que o irmão de Herrick vivesse por mais oito anos. O cirurgião responsável pelo transplante, Joseph Murray, ganhou um Prêmio Nobel.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Prato cheio - Palla's Cormorant
PRATO CHEIO - Pallas's Cormorant
O pallas’s cormorant (ou spectacled cormorant) era uma ave da família dos biguás e pertencia à mesma ordem dos pelicanos. Vivia em algumas ilhas pequenas e desabitadas no extremo oeste do Mar de Bering, na costa asiática da Rússia. Desajeitado, grande, com asas pequenas, era um pássaro lento, que voava pouco e tinha dificuldade para se locomover em terra. Na água, porém, era bastante rápido. Com uma plumagem verde-bronze e reflexos azul-prateados, tinha a fronte pelada e a cabeça coberta por penas de um tom azul-escuro-esverdeado.
O naturalista alemão Georg Wilheim Steller teve contato com a ave em 1741, durante uma expedição ao Alasca. Na época, ainda era comum encontrá-la nas ilhas do Mar de Bering. Quando navios de sua expedição encalharam na região, em novembro de 1741, a tripulação e o próprio Steller capturaram a ave e a comeram. Mais tarde, Steller registrou: "Pesava de sete a oito quilos, de modo que um único pássaro era suficiente para alimentar três homens famintos".
A principal causa da extinção do pallas’s cormorant foi, sem dúvida, a caça promovida pelo homem e a dificuldade da ave em fugir de seus predadores. Dócil, amigável e indefesa, era uma presa fácil. A ave já fazia parte, havia bastante tempo, da alimentação dos nativos da península de Kamchatka. Ela era abatida e colocada inteira - com penas e tudo - em um pote de argila. Depois, os aborígines enterravam o pote sob uma camada de carvão quente, até que a ave ficasse totalmente cozida. A carne era considerada uma iguaria, tanto que chegou a ser importada e comercializada por uma empresa russo-americana. Não por muito tempo. Desde 1850, o pallas’s cormorant não é visto em seu habitat.
Pallas’s Cormorant
Nome cientifico: Phalacrocorax perspicillatus
Ano da extinção: 1850
Habitat: Rússia
O pallas’s cormorant (ou spectacled cormorant) era uma ave da família dos biguás e pertencia à mesma ordem dos pelicanos. Vivia em algumas ilhas pequenas e desabitadas no extremo oeste do Mar de Bering, na costa asiática da Rússia. Desajeitado, grande, com asas pequenas, era um pássaro lento, que voava pouco e tinha dificuldade para se locomover em terra. Na água, porém, era bastante rápido. Com uma plumagem verde-bronze e reflexos azul-prateados, tinha a fronte pelada e a cabeça coberta por penas de um tom azul-escuro-esverdeado.
O naturalista alemão Georg Wilheim Steller teve contato com a ave em 1741, durante uma expedição ao Alasca. Na época, ainda era comum encontrá-la nas ilhas do Mar de Bering. Quando navios de sua expedição encalharam na região, em novembro de 1741, a tripulação e o próprio Steller capturaram a ave e a comeram. Mais tarde, Steller registrou: "Pesava de sete a oito quilos, de modo que um único pássaro era suficiente para alimentar três homens famintos".
A principal causa da extinção do pallas’s cormorant foi, sem dúvida, a caça promovida pelo homem e a dificuldade da ave em fugir de seus predadores. Dócil, amigável e indefesa, era uma presa fácil. A ave já fazia parte, havia bastante tempo, da alimentação dos nativos da península de Kamchatka. Ela era abatida e colocada inteira - com penas e tudo - em um pote de argila. Depois, os aborígines enterravam o pote sob uma camada de carvão quente, até que a ave ficasse totalmente cozida. A carne era considerada uma iguaria, tanto que chegou a ser importada e comercializada por uma empresa russo-americana. Não por muito tempo. Desde 1850, o pallas’s cormorant não é visto em seu habitat.
Pallas’s Cormorant
Nome cientifico: Phalacrocorax perspicillatus
Ano da extinção: 1850
Habitat: Rússia
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Preciosidade perdida - Kosrae Staling
PRECIOSIDADE PERDIDA - Kosrae Staling
A plonis corvina foi o nome dado pelo biólogo polonês Friedrich Heinrich von Kittlitz a um dos pássaros que coletou durante sua viagem às Ilhas Carolinas, na Micronésia, em 1827. Nas visitas que fez a algumas das cerca de 600 ilhas que formam o arquipélago, von Kittlitz encontrou algumas espécies nunca antes vistas. Entre elas um pássaro que vivia nas florestas, tinha olhos vermelhos, penas negras e brilhantes, bico longo e curvado, rabo triangular e cerca de 20 centímetros de comprimento.
A ave recebeu, mais tarde, o nome popular de kosrae starling ("estorninho-de-kosrae"), numa referência à Ilha de Kosrae, onde foi encontrada. Von Kittlitz levou três exemplares e entregou-os à Academia Russa de Ciências, em São Petersburgo, um dos poucos lugares no mundo que hoje dispõem de informações a respeito do pássaro. Na época, já era uma ave rara. Além desses três exemplares, foram identificados apenas mais dois. Mas não há registros de que outro cientista, além de von Kittlitz, tenha visto a ave viva em seu habitat natural.
Segundo o biólogo, o kosrae starling se alimentava de pequenos insetos e répteis, como a lagartixa, que conseguia engolir de uma só vez. Jovens e adultos pareciam pertencer a famílias diferentes. Enquanto o kosrae adulto tinha penas negras com reflexos de cor púrpura, os mais novos exibiam uma mistura de branco com amarelo, com listras pretas ou marrons. Os motivos de sua extinção são pouco conhecidos. Entre as hipóteses mais prováveis está a de que tenham sido vítimas da enorme população de ratos na ilha. Durante os primeiros anos do século 19, Kosrae era o local favorito dos baleeiros, pois tinha um farol que os ajudava no trabalho de manutenção das embarcações. É provável que, nessas paradas, os ratos tenham fugido para a floresta, onde proliferaram de tal forma que acabaram dizimando várias espécies nativas - entre elas, o kosrae.
Considera-se que a data de extinção oficial foi o ano de 1880, quando o naturalista Otto Finsch visitou a ilha de Kosrae e não conseguiu encontrar nenhum pássaro dessa espécie. Nos anos 30, colecionadores japoneses também procuraram a preciosa ave durante meses, igualmente sem sucesso.
Kosrae Starling
Nome científico: Aplonis corvina
Ano da extinção: 1880
Habitat: Ilha de Kosrae, na Micronésia
A plonis corvina foi o nome dado pelo biólogo polonês Friedrich Heinrich von Kittlitz a um dos pássaros que coletou durante sua viagem às Ilhas Carolinas, na Micronésia, em 1827. Nas visitas que fez a algumas das cerca de 600 ilhas que formam o arquipélago, von Kittlitz encontrou algumas espécies nunca antes vistas. Entre elas um pássaro que vivia nas florestas, tinha olhos vermelhos, penas negras e brilhantes, bico longo e curvado, rabo triangular e cerca de 20 centímetros de comprimento.
A ave recebeu, mais tarde, o nome popular de kosrae starling ("estorninho-de-kosrae"), numa referência à Ilha de Kosrae, onde foi encontrada. Von Kittlitz levou três exemplares e entregou-os à Academia Russa de Ciências, em São Petersburgo, um dos poucos lugares no mundo que hoje dispõem de informações a respeito do pássaro. Na época, já era uma ave rara. Além desses três exemplares, foram identificados apenas mais dois. Mas não há registros de que outro cientista, além de von Kittlitz, tenha visto a ave viva em seu habitat natural.
Segundo o biólogo, o kosrae starling se alimentava de pequenos insetos e répteis, como a lagartixa, que conseguia engolir de uma só vez. Jovens e adultos pareciam pertencer a famílias diferentes. Enquanto o kosrae adulto tinha penas negras com reflexos de cor púrpura, os mais novos exibiam uma mistura de branco com amarelo, com listras pretas ou marrons. Os motivos de sua extinção são pouco conhecidos. Entre as hipóteses mais prováveis está a de que tenham sido vítimas da enorme população de ratos na ilha. Durante os primeiros anos do século 19, Kosrae era o local favorito dos baleeiros, pois tinha um farol que os ajudava no trabalho de manutenção das embarcações. É provável que, nessas paradas, os ratos tenham fugido para a floresta, onde proliferaram de tal forma que acabaram dizimando várias espécies nativas - entre elas, o kosrae.
Considera-se que a data de extinção oficial foi o ano de 1880, quando o naturalista Otto Finsch visitou a ilha de Kosrae e não conseguiu encontrar nenhum pássaro dessa espécie. Nos anos 30, colecionadores japoneses também procuraram a preciosa ave durante meses, igualmente sem sucesso.
Kosrae Starling
Nome científico: Aplonis corvina
Ano da extinção: 1880
Habitat: Ilha de Kosrae, na Micronésia
Dublê de corpo - Alca Gigante
DUBLÊ DE CORPO - Alca Gigante
Seu dorso era coberto por uma plumagem negra. Tinha o peito branco e duas grandes manchas ovaladas também brancas entre o bico e os olhos, além de pequenos pontos marrons na cabeça e no pescoço. Embora ela fosse alta, suas asas eram pequenas e não lhe permitiam voar. Na água elas funcionavam como excelentes nadadeiras, ajudando-a escapar de seus predadores. Em terra, em posição ereta, sobre as patas, parecia desengonçada. Graças a uma densa capa de gordura subcutânea, vivia sem problema em lugares muito frios. Embora essa descrição lembre muito a aparência e o comportamento dos pingüins, a alca-gigante não tem parentesco direto com as simpáticas aves que até hoje habitam as regiões mais geladas do planeta.
A alca-gigante (great auk, em inglês) é, provavelmente, a mais conhecida das aves extintas nos últimos três séculos. Ficou tão famosa que, à época da Primeira Guerra Mundial, havia um cigarro chamado Great Auk. O nome Great Auk Head também foi marca de vinho. Membro da família alcidae, a alca se destacava pelo tamanho: tinha cerca de 75 centímetros de altura e suas asas atingiam em torno de 16 centímetros. Todas as outras espécies eram bem menores. Assim como os pingüins, alimentava-se de peixes e crustáceos. Quase não emitia sons e, quando o fazia, grunhia baixinho. Para proteger os filhotes, as fêmeas punham os ovos (que tinham o formato de pêra) nas rochas.
A alca-gigante viveu numa vasta área do Atlântico Norte. Por causa de sua pele, ovos, carne e gordura, foi sempre alvo de pescadores e colecionadores. A caça à ave ganhou força com o avanço dos colonizadores europeus. Em 1534, o explorador francês Jacques Cartier descobriu o grande reduto da ave - a Ilha Funk, perto da província canadense de Newfoundland. Logo depois, pescadores de bacalhau e lagosta passaram a usar as alcas como iscas. Nessa época, elas eram tão comuns que as pessoas enchiam um barco inteiro com suas carcaças. No início do século 19, porém, as alcas-gigantes passaram a ser vistas apenas em alguns pontos da costa da Islândia.
O pintor britânico Errol Fuller, autor de vários livros sobre aves extintas, diz que o desaparecimento da alca-gigante é uma prova da ignorância e crueldade humanas. Há relatos de que um dos últimos exemplares capturados vivos foi espancado até a morte, por ter sido considerado um espírito mau, causador de fortes ventos que castigaram a região na noite seguinte à sua captura. A última alca-gigante de que se tem notícia foi abatida em 1844, na Islândia. Da pobre ave restam hoje cerca de 80 peles e 75 ovos em coleções e museus espalhados pelo mundo.
Alca-gigante
Nome científico: Alca impennis ou Pinguinus impennis
Ano da extinção: 1844
Habitat: Atlântico Norte
Seu dorso era coberto por uma plumagem negra. Tinha o peito branco e duas grandes manchas ovaladas também brancas entre o bico e os olhos, além de pequenos pontos marrons na cabeça e no pescoço. Embora ela fosse alta, suas asas eram pequenas e não lhe permitiam voar. Na água elas funcionavam como excelentes nadadeiras, ajudando-a escapar de seus predadores. Em terra, em posição ereta, sobre as patas, parecia desengonçada. Graças a uma densa capa de gordura subcutânea, vivia sem problema em lugares muito frios. Embora essa descrição lembre muito a aparência e o comportamento dos pingüins, a alca-gigante não tem parentesco direto com as simpáticas aves que até hoje habitam as regiões mais geladas do planeta.
A alca-gigante (great auk, em inglês) é, provavelmente, a mais conhecida das aves extintas nos últimos três séculos. Ficou tão famosa que, à época da Primeira Guerra Mundial, havia um cigarro chamado Great Auk. O nome Great Auk Head também foi marca de vinho. Membro da família alcidae, a alca se destacava pelo tamanho: tinha cerca de 75 centímetros de altura e suas asas atingiam em torno de 16 centímetros. Todas as outras espécies eram bem menores. Assim como os pingüins, alimentava-se de peixes e crustáceos. Quase não emitia sons e, quando o fazia, grunhia baixinho. Para proteger os filhotes, as fêmeas punham os ovos (que tinham o formato de pêra) nas rochas.
A alca-gigante viveu numa vasta área do Atlântico Norte. Por causa de sua pele, ovos, carne e gordura, foi sempre alvo de pescadores e colecionadores. A caça à ave ganhou força com o avanço dos colonizadores europeus. Em 1534, o explorador francês Jacques Cartier descobriu o grande reduto da ave - a Ilha Funk, perto da província canadense de Newfoundland. Logo depois, pescadores de bacalhau e lagosta passaram a usar as alcas como iscas. Nessa época, elas eram tão comuns que as pessoas enchiam um barco inteiro com suas carcaças. No início do século 19, porém, as alcas-gigantes passaram a ser vistas apenas em alguns pontos da costa da Islândia.
O pintor britânico Errol Fuller, autor de vários livros sobre aves extintas, diz que o desaparecimento da alca-gigante é uma prova da ignorância e crueldade humanas. Há relatos de que um dos últimos exemplares capturados vivos foi espancado até a morte, por ter sido considerado um espírito mau, causador de fortes ventos que castigaram a região na noite seguinte à sua captura. A última alca-gigante de que se tem notícia foi abatida em 1844, na Islândia. Da pobre ave restam hoje cerca de 80 peles e 75 ovos em coleções e museus espalhados pelo mundo.
Alca-gigante
Nome científico: Alca impennis ou Pinguinus impennis
Ano da extinção: 1844
Habitat: Atlântico Norte
Cientistas pretendem criar simulador da vida na Terra
28/12/2010 16h50 - Atualizado em 28/12/2010 17h18
Cientistas pretendem criar simulador da vida na Terra
Sistema seria capaz de prever a disseminação de epidemias e identificar crises financeiras incipientes.
LES pretende simular todos os acontecimentos da
Terra. (Foto: BBC)Um grupo internacional de cientistas está tentando criar um simulador para recriar tudo o que acontece na Terra, desde os padrões do clima global à disseminação de doenças, passando por transações financeiras internacionais ou mesmo os congestionamentos nas ruas de uma cidade.
Batizado de Living Earth Simulator (LES, ou Simulador da Terra Viva), o projeto tem como objetivo ampliar o entendimento científico sobre o que acontece no planeta, encapsulando as ações humanas que moldam as sociedades e as forças ambientais que definem o mundo físico.
'Muitos problemas que temos hoje - incluindo as instabilidades sociais e econômicas, as guerras, a disseminação de doenças - estão relacionados ao comportamento humano, mas há aparentemente uma séria falta de entendimento sobre como a sociedade e a economia funcionam', afirma Dirk Helbing, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia, que dirige o projeto FuturICT, que pretende criar o simulador.
Graças a projetos como o Grande Colisor de Hádrons, o acelerador de partículas construído na Suíça pela Organização Européia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês), os cientistas sabem mais sobre o início do universo do que sobre nosso próprio planeta, diz Helbing.
Segundo ele, necessita-se de um acelerador de conhecimento, para fazer colidir diferentes ramos do conhecimento.
'A revelação das leis e dos processos ocultos sob as sociedades constitui o grande desafio mais urgente de nosso século', afirma.
O resultado disso seria o LES. Ele seria capaz de prever a disseminação de doenças infecciosas, como a gripe suína, descobrir métodos para combater as mudanças climáticas ou mesmo identificar pistas de crises financeiras incipientes.
Supercomputadores
Mas como funcionaria esse sistema colossal? Para começar, seria necessário inserir grandes quantidades de dados, cobrindo toda gama de atividades no planeta, explica Helbing.
Ele também teria que ser movido pela montagem de supercomputadores que ainda estão para ser construídos, com a capacidade de fazer cálculos em uma escala monumental.
Apesar de os equipamentos para o LES ainda não terem sido construídos, muitos dos dados para alimentá-lo já estão sendo gerados, diz Helbing.
Por exemplo, o projeto Planetary Skin (Pele Planetária), da Nasa (agência espacial americana), verá a criação de uma vasta rede de sensores coletando dados climáticos do ar, da terra, do mar e do espaço.
Para completar, Helbing e sua equipe já começaram a identificar mais de 70 fontes de dados online que eles acreditam que possam ser usadas pelo sistema, incluindo Wikipedia, Google Maps e bases de dados governamentais.
A integração de milhões de fontes de dados - incluindo mercados financeiros, registros médicos e mídia social - geraria o poder do simulador.
O próximo passo é criar uma base para transformar esse pântano de dados em modelos que recriam com precisão o que está ocorrendo hoje na Terra.
Isso só será possível com a coordenação de cientistas sociais, especialistas em computação e engenheiros para estabelecer as regras que definirão como o LES vai operar.
Segundo Helbing, esse trabalho não pode ser deixado para pesquisadores de ciências sociais tradicionais, que tipicamente trabalham por anos para produzir um volume limitado de dados.
Também não é algo que poderia ter sido conseguido antes - a tecnologia necessária para fazer funcionar o LES somente estará disponível na próxima década, observa Helbing.
Por exemplo, o LES precisará ser capaz de assimilar vastos oceanos de dados e ao mesmo tempo entender o que significam esses dados.
Isso só será possível com a maturação da chamada tecnologia de web semântica, diz Helbing.
Hoje, uma base de dados sobre poluição do ar seria percebida por um computador da mesma maneira que uma base de dados sobre transações bancárias globais - essencialmente apenas uma grande quantidade de números.
Mas a tecnologia de web semântica será capaz de trazer um código de descrição dos dados junto com os próprios dados, permitindo aos computadores entendê-los dentro de seu contexto.
Além disso, nossa abordagem sobre a coleta de dados deve enfatizar a necessidade de limpá-los de qualquer informação que se relacione diretamente a um indivíduo, explica Helbing.
Segundo ele, isso permitirá que o LES incorpore grandes quantidades de dados relacionados à atividade humana sem comprometer a privacidade das pessoas.
Uma vez que uma abordagem para lidar com dados sociais e econômicos em larga escala seja acertada, será necessário construir centros com supercomputadores necessários para processar os dados e produzir a simulação da Terra, diz Helbing.
Capacidade de processamento
A geração de capacidade de processamento para lidar com a quantidade de dados necessários para alimentar o LES representa um desafio significativo, mas está longe de ser um impedimento.
Para Peter Walden, fundador do projeto OpenHeatMap e especialista em análise de dados, se olharmos a capacidade de processamento de dados do Google, fica claro que isso não será um problema para o LES.
Apesar de o Google manter segredo sobre a quantidade de dados que é capaz de processar, acredita-se que em maio de 2010 o site usava cerca de 39 mil servidores para processar um exabyte (1.000.000.000.000.000.000 bytes) de dados por mês - quantidade de dados suficientes para encher 2 bilhões de CDs por mês.
Se aceitarmos que apenas uma fração das 'várias centenas de exabytes de dados sendo produzidos no mundo a cada ano seriam úteis para uma simulação do mundo, o gargalo do sistema não deverá ser sua capacidade de processamento', diz Warden.
'O acesso aos dados será um desafio muito maior, além de descobrir como usá-los de forma útil', afirma.
Warden argumenta que simplesmente ter grandes quantidades de dados não é suficiente para criar uma simulação factível do planeta.
'A economia e a sociologia falharam consistentemente em produzir teorias com fortes poderes de previsão no último século, apesar da coleta de muitos dados. Eu sou cético de que grandes bases de dados farão uma grande mudança', diz.
'Não é que não sabemos o suficiente sobre muitos dos problemas que o mundo enfrenta, mas é que não tomamos nenhuma medida a partir das informações que temos', argumenta.
Independentemente dos desafios que o projeto enfrenta, o maior perigo não é tentar usar as ferramentas computacionais que temos hoje e que teremos no futuro para melhorar nosso entendimento das tendências socioeconômicas, diz Helbing.
'Nos últimos anos, tem ficado óbvio, por exemplo, que necessitamos de indicadores melhores que o Produto Interno Bruto (PIB) para julgar o desenvolvimento social e o bem-estar', argumenta.
No seu âmago, ele diz, o objetivo do LES é usar métodos melhores para medir o estado da sociedade, o que poderia então explicar as questões de saúde, educação e ambiente. 'E por último, mas não menos importante, (as questões) de felicidade', acrescenta.
Cientistas pretendem criar simulador da vida na Terra
Sistema seria capaz de prever a disseminação de epidemias e identificar crises financeiras incipientes.
LES pretende simular todos os acontecimentos da
Terra. (Foto: BBC)Um grupo internacional de cientistas está tentando criar um simulador para recriar tudo o que acontece na Terra, desde os padrões do clima global à disseminação de doenças, passando por transações financeiras internacionais ou mesmo os congestionamentos nas ruas de uma cidade.
Batizado de Living Earth Simulator (LES, ou Simulador da Terra Viva), o projeto tem como objetivo ampliar o entendimento científico sobre o que acontece no planeta, encapsulando as ações humanas que moldam as sociedades e as forças ambientais que definem o mundo físico.
'Muitos problemas que temos hoje - incluindo as instabilidades sociais e econômicas, as guerras, a disseminação de doenças - estão relacionados ao comportamento humano, mas há aparentemente uma séria falta de entendimento sobre como a sociedade e a economia funcionam', afirma Dirk Helbing, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia, que dirige o projeto FuturICT, que pretende criar o simulador.
Graças a projetos como o Grande Colisor de Hádrons, o acelerador de partículas construído na Suíça pela Organização Européia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês), os cientistas sabem mais sobre o início do universo do que sobre nosso próprio planeta, diz Helbing.
Segundo ele, necessita-se de um acelerador de conhecimento, para fazer colidir diferentes ramos do conhecimento.
'A revelação das leis e dos processos ocultos sob as sociedades constitui o grande desafio mais urgente de nosso século', afirma.
O resultado disso seria o LES. Ele seria capaz de prever a disseminação de doenças infecciosas, como a gripe suína, descobrir métodos para combater as mudanças climáticas ou mesmo identificar pistas de crises financeiras incipientes.
Supercomputadores
Mas como funcionaria esse sistema colossal? Para começar, seria necessário inserir grandes quantidades de dados, cobrindo toda gama de atividades no planeta, explica Helbing.
Ele também teria que ser movido pela montagem de supercomputadores que ainda estão para ser construídos, com a capacidade de fazer cálculos em uma escala monumental.
Apesar de os equipamentos para o LES ainda não terem sido construídos, muitos dos dados para alimentá-lo já estão sendo gerados, diz Helbing.
Por exemplo, o projeto Planetary Skin (Pele Planetária), da Nasa (agência espacial americana), verá a criação de uma vasta rede de sensores coletando dados climáticos do ar, da terra, do mar e do espaço.
Para completar, Helbing e sua equipe já começaram a identificar mais de 70 fontes de dados online que eles acreditam que possam ser usadas pelo sistema, incluindo Wikipedia, Google Maps e bases de dados governamentais.
A integração de milhões de fontes de dados - incluindo mercados financeiros, registros médicos e mídia social - geraria o poder do simulador.
O próximo passo é criar uma base para transformar esse pântano de dados em modelos que recriam com precisão o que está ocorrendo hoje na Terra.
Isso só será possível com a coordenação de cientistas sociais, especialistas em computação e engenheiros para estabelecer as regras que definirão como o LES vai operar.
Segundo Helbing, esse trabalho não pode ser deixado para pesquisadores de ciências sociais tradicionais, que tipicamente trabalham por anos para produzir um volume limitado de dados.
Também não é algo que poderia ter sido conseguido antes - a tecnologia necessária para fazer funcionar o LES somente estará disponível na próxima década, observa Helbing.
Por exemplo, o LES precisará ser capaz de assimilar vastos oceanos de dados e ao mesmo tempo entender o que significam esses dados.
Isso só será possível com a maturação da chamada tecnologia de web semântica, diz Helbing.
Hoje, uma base de dados sobre poluição do ar seria percebida por um computador da mesma maneira que uma base de dados sobre transações bancárias globais - essencialmente apenas uma grande quantidade de números.
Mas a tecnologia de web semântica será capaz de trazer um código de descrição dos dados junto com os próprios dados, permitindo aos computadores entendê-los dentro de seu contexto.
Além disso, nossa abordagem sobre a coleta de dados deve enfatizar a necessidade de limpá-los de qualquer informação que se relacione diretamente a um indivíduo, explica Helbing.
Segundo ele, isso permitirá que o LES incorpore grandes quantidades de dados relacionados à atividade humana sem comprometer a privacidade das pessoas.
Uma vez que uma abordagem para lidar com dados sociais e econômicos em larga escala seja acertada, será necessário construir centros com supercomputadores necessários para processar os dados e produzir a simulação da Terra, diz Helbing.
Capacidade de processamento
A geração de capacidade de processamento para lidar com a quantidade de dados necessários para alimentar o LES representa um desafio significativo, mas está longe de ser um impedimento.
Para Peter Walden, fundador do projeto OpenHeatMap e especialista em análise de dados, se olharmos a capacidade de processamento de dados do Google, fica claro que isso não será um problema para o LES.
Apesar de o Google manter segredo sobre a quantidade de dados que é capaz de processar, acredita-se que em maio de 2010 o site usava cerca de 39 mil servidores para processar um exabyte (1.000.000.000.000.000.000 bytes) de dados por mês - quantidade de dados suficientes para encher 2 bilhões de CDs por mês.
Se aceitarmos que apenas uma fração das 'várias centenas de exabytes de dados sendo produzidos no mundo a cada ano seriam úteis para uma simulação do mundo, o gargalo do sistema não deverá ser sua capacidade de processamento', diz Warden.
'O acesso aos dados será um desafio muito maior, além de descobrir como usá-los de forma útil', afirma.
Warden argumenta que simplesmente ter grandes quantidades de dados não é suficiente para criar uma simulação factível do planeta.
'A economia e a sociologia falharam consistentemente em produzir teorias com fortes poderes de previsão no último século, apesar da coleta de muitos dados. Eu sou cético de que grandes bases de dados farão uma grande mudança', diz.
'Não é que não sabemos o suficiente sobre muitos dos problemas que o mundo enfrenta, mas é que não tomamos nenhuma medida a partir das informações que temos', argumenta.
Independentemente dos desafios que o projeto enfrenta, o maior perigo não é tentar usar as ferramentas computacionais que temos hoje e que teremos no futuro para melhorar nosso entendimento das tendências socioeconômicas, diz Helbing.
'Nos últimos anos, tem ficado óbvio, por exemplo, que necessitamos de indicadores melhores que o Produto Interno Bruto (PIB) para julgar o desenvolvimento social e o bem-estar', argumenta.
No seu âmago, ele diz, o objetivo do LES é usar métodos melhores para medir o estado da sociedade, o que poderia então explicar as questões de saúde, educação e ambiente. 'E por último, mas não menos importante, (as questões) de felicidade', acrescenta.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Sobrou menos de uma orelha - Cabra selvagem dos Pirineus
SOBROU MENOS DE UMA ORELHA - Cabra selvagem dos Pirineus
Um pedaço da orelha de Célia, a última cabra-selvagem-dos-pireneus, é tudo o que sobrou de um dos mais belos animais que já viveram na Europa. Em 1999, os biólogos espanhóis Alberto Fernandez e José Folch guardaram algumas células para um futuro trabalho de clonagem e implantaram um chip no bicho antes de o devolverem para a natureza. Foi, porem, um esforço tardio de preservar a subespécie, dizimada no século 20 pela caça ilegal, destruição do habitat, massificação turística e desastres ambientais, como o deslizamento de terras.
A Capra pyrenaica pyrenaica era uma moradora comum na região fronteiriça da Sierra de los Nieves, na Espanha, e dos Montes Pireneus, na França. Seu grosso casaco de pêlos a ajudava a se proteger do frio. Os machos se diferenciavam pela grande barbicha, e as fêmeas pelos chifres mais largos que os das outras cabras. No final do século 19, existiam menos de 100 exemplares, todos vivendo no Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido, na Espanha. Em 1993, só havia dez indivíduos, e Célia tornou-se a última representante desse animal em 1999, depois que seu companheiro morreu de velhice. Guardas florestais encontraram-na morta em 6 de janeiro de 2000, com o crânio esfacelado, embaixo de uma árvore caída.
Confinadas ao espaço do parque, as cabras-selvagens-dos-pireneus perderam a disputa por comida com outros animais, contraíram doenças e infecções de bichos domesticados e tiveram dificuldade em se reproduzir. A corrida para salvar esses mamíferos foi a primeira grande ação de preservação da vida selvagem no século 20, mas falhou porque começou tarde demais, apenas em 1993. Apesar de bem-intencionado, o projeto de clonagem da companhia de biotecnologia Advanced Cell Technology, apoiado pelo governo espanhol, será incapaz de recriar uma cabra-selvagem-dos-pireneus autêntica. Os cientistas não guardaram células de um macho, e a fêmea clonada não poderá se reproduzir na natureza. Assim, a única lembrança está empalhada no Museu de História Natural de Paris, na França.
Cabra-selvagem-dos-pireneus
Nome científico: Capra pyrenaica pyrenaica
Ano da extinção: 2000
Habitat: França e Espanha
Um pedaço da orelha de Célia, a última cabra-selvagem-dos-pireneus, é tudo o que sobrou de um dos mais belos animais que já viveram na Europa. Em 1999, os biólogos espanhóis Alberto Fernandez e José Folch guardaram algumas células para um futuro trabalho de clonagem e implantaram um chip no bicho antes de o devolverem para a natureza. Foi, porem, um esforço tardio de preservar a subespécie, dizimada no século 20 pela caça ilegal, destruição do habitat, massificação turística e desastres ambientais, como o deslizamento de terras.
A Capra pyrenaica pyrenaica era uma moradora comum na região fronteiriça da Sierra de los Nieves, na Espanha, e dos Montes Pireneus, na França. Seu grosso casaco de pêlos a ajudava a se proteger do frio. Os machos se diferenciavam pela grande barbicha, e as fêmeas pelos chifres mais largos que os das outras cabras. No final do século 19, existiam menos de 100 exemplares, todos vivendo no Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido, na Espanha. Em 1993, só havia dez indivíduos, e Célia tornou-se a última representante desse animal em 1999, depois que seu companheiro morreu de velhice. Guardas florestais encontraram-na morta em 6 de janeiro de 2000, com o crânio esfacelado, embaixo de uma árvore caída.
Confinadas ao espaço do parque, as cabras-selvagens-dos-pireneus perderam a disputa por comida com outros animais, contraíram doenças e infecções de bichos domesticados e tiveram dificuldade em se reproduzir. A corrida para salvar esses mamíferos foi a primeira grande ação de preservação da vida selvagem no século 20, mas falhou porque começou tarde demais, apenas em 1993. Apesar de bem-intencionado, o projeto de clonagem da companhia de biotecnologia Advanced Cell Technology, apoiado pelo governo espanhol, será incapaz de recriar uma cabra-selvagem-dos-pireneus autêntica. Os cientistas não guardaram células de um macho, e a fêmea clonada não poderá se reproduzir na natureza. Assim, a única lembrança está empalhada no Museu de História Natural de Paris, na França.
Cabra-selvagem-dos-pireneus
Nome científico: Capra pyrenaica pyrenaica
Ano da extinção: 2000
Habitat: França e Espanha
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Sinal Vermelho - Macaco colobos vermelho
SINAL VERMELHO - Macaco Colobos Vermelho Miss Waldron
A África já foi a casa de milhões de macacos-colobos-vermelhos e suas subespécies, que vagavam por florestas em grupos barulhentos. No século 20, essas populações sofreram reduções drásticas, sendo que a subespécie Procolobus badius waldroni é considerada extinta. E isso não se deu por falta de aviso. Ao descobrirem esse macaco, em dezembro de 1933, os cientistas avisaram que ele corria risco por viver num habitat restrito de Gana e da Costa do Marfim. Mas o desaparecimento acelerado só começou a ser sentido por volta de 1950, época em que pessoas famosas, como o escritor Ernest Hemingway, exaltavam a caça e incentivavam centenas de estrangeiros a irem para a África atrás de aventuras. O Procolobus badius waldroni se tornou conhecido da comunidade científica quando o naturalista britânico Willoughby Lowe comandava uma expedição para a coleta de animais na África. Interessada nos macaquinhos com detalhes vermelhos na testa e nas pernas, a equipe matou oito exemplares e os levou para estudo na Inglaterra. Já no Museu de História Natural de Londres, o especialista em mamíferos R. W. Hayman batizou o primata de colobo-vermelho-de-miss-waldron, em homenagem à senhorita F. Waldron, funcionária da instituição que participou da expedição.
Com exceção dos detalhes coloridos da pelagem, esse colobo-vermelho não se diferenciava das demais subespécies. Vivia em florestas densas, andava em bandos de 20 ou mais indivíduos, fazia estardalhaço chamando os companheiros e comia folhas de mais de 100 tipos de árvores, digerindo a celulose com seu estômago similar ao dos bovinos.
Em 1976, a especulação imobiliária acelerou a transformação das florestas de Gana, que passaram a ser ilhas de vida selvagens cercadas por um oceano de prédios. Caçadores invadiam a região atrás de carnes exóticas na mesma proporção em que as árvores - fonte de alimento - eram derrubadas. Desde 1978, não existe relato confiável de alguém que tenha deparado com um desses macaquinhos. Em 12 de setembro de 2000, a extinção da subespécie foi anunciada, marcando o desaparecimento oficial do primeiro primata antropóide desde 1800.
O especialista em primatas Scott McGraw, da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, um dos responsáveis pelo artigo que deu o animal como extinto em 2000, ainda tem esperança de encontrar algum desses macacos com vida e oferece recompensas a nativos que relatem aparições. Em 2002, McGraw ganhou a cauda de um primata morto dois anos antes, e um exame de DNA confirmou ser de algum tipo de colobo-vermelho. Além da cauda, só restava o relato do caçador. Em 2003, o cientista recebeu uma foto do que seria um desses macaquinhos - mais uma vez, morto. Como jamais foi fotografado, não se sabe se o bicho era um autêntico Procolobus badius waldroni.
Macaco-colobo-vermelho-de-miss-waldron
Nome científico: Procolobus badius waldroni
Ano da extinção: 2000
Habitat: Gana e Costa do Marfim
A África já foi a casa de milhões de macacos-colobos-vermelhos e suas subespécies, que vagavam por florestas em grupos barulhentos. No século 20, essas populações sofreram reduções drásticas, sendo que a subespécie Procolobus badius waldroni é considerada extinta. E isso não se deu por falta de aviso. Ao descobrirem esse macaco, em dezembro de 1933, os cientistas avisaram que ele corria risco por viver num habitat restrito de Gana e da Costa do Marfim. Mas o desaparecimento acelerado só começou a ser sentido por volta de 1950, época em que pessoas famosas, como o escritor Ernest Hemingway, exaltavam a caça e incentivavam centenas de estrangeiros a irem para a África atrás de aventuras. O Procolobus badius waldroni se tornou conhecido da comunidade científica quando o naturalista britânico Willoughby Lowe comandava uma expedição para a coleta de animais na África. Interessada nos macaquinhos com detalhes vermelhos na testa e nas pernas, a equipe matou oito exemplares e os levou para estudo na Inglaterra. Já no Museu de História Natural de Londres, o especialista em mamíferos R. W. Hayman batizou o primata de colobo-vermelho-de-miss-waldron, em homenagem à senhorita F. Waldron, funcionária da instituição que participou da expedição.
Com exceção dos detalhes coloridos da pelagem, esse colobo-vermelho não se diferenciava das demais subespécies. Vivia em florestas densas, andava em bandos de 20 ou mais indivíduos, fazia estardalhaço chamando os companheiros e comia folhas de mais de 100 tipos de árvores, digerindo a celulose com seu estômago similar ao dos bovinos.
Em 1976, a especulação imobiliária acelerou a transformação das florestas de Gana, que passaram a ser ilhas de vida selvagens cercadas por um oceano de prédios. Caçadores invadiam a região atrás de carnes exóticas na mesma proporção em que as árvores - fonte de alimento - eram derrubadas. Desde 1978, não existe relato confiável de alguém que tenha deparado com um desses macaquinhos. Em 12 de setembro de 2000, a extinção da subespécie foi anunciada, marcando o desaparecimento oficial do primeiro primata antropóide desde 1800.
O especialista em primatas Scott McGraw, da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, um dos responsáveis pelo artigo que deu o animal como extinto em 2000, ainda tem esperança de encontrar algum desses macacos com vida e oferece recompensas a nativos que relatem aparições. Em 2002, McGraw ganhou a cauda de um primata morto dois anos antes, e um exame de DNA confirmou ser de algum tipo de colobo-vermelho. Além da cauda, só restava o relato do caçador. Em 2003, o cientista recebeu uma foto do que seria um desses macaquinhos - mais uma vez, morto. Como jamais foi fotografado, não se sabe se o bicho era um autêntico Procolobus badius waldroni.
Macaco-colobo-vermelho-de-miss-waldron
Nome científico: Procolobus badius waldroni
Ano da extinção: 2000
Habitat: Gana e Costa do Marfim
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
O fim do sossego - Foca monge do Caribe
O FIM DO SOSSEGO - Foca monge do Caribe
Durante 15 milhões de anos, a foca-monge viveu com tranqüilidade nas águas tropicais do mar do Caribe. Até que, no século 15, os primeiros navegadores europeus chegaram ao Novo Mundo. Em pouco mais de 400 anos, o Monachus tropicalis foi exterminado por pescadores e caçadores, desaparecendo de vez do planeta em 1952. A descrição do pacato animal marinho - o primeiro grande mamífero avistado no continente americano - foi feita pela tripulação de Cristóvão Colombo, em 1494. Quando o líder da expedição mandou matar oito focas-monges para alimentar os marinheiros, sem perceber, estava abrindo o caminho para a extinção da espécie. Nos séculos seguintes, centenas de focas foram mortas pelos colonizadores europeus, que usavam a gordura como combustível, e pela indústria pesqueira, que considerava o bicho um competidor. Colecionadores também dizimaram várias focas-monges-do-caribe, em busca de peles para os seus museus.
Em 1707, o historiador irlandês Hans Sloan descreveu esse mamífero como um animal de fácil aproximação e não-agressivo. Como as ilhas no Caribe estavam superpovoadas pelas focas-monges, os pescadores não tinham dificuldade em matá-las. Assim, no final do século 19, o bicho já era uma raridade. O último exemplar vivo foi observado em Seranilla Bank, um arquipélago de pequenas ilhas de corais entre a Jamaica e Honduras. Em 1996, a foca-monge-do-caribe foi declarada oficialmente extinta.
Não houve tempo de estudar os hábitos desses mamíferos. Sabe-se que os machos mediam de 2,1 a 2,4 metros e as fêmeas eram ligeiramente menores. Os adultos tinham a pele das costas marrom, com alguns tons de cinza, e a barriga e o focinho amarelados. As poucas observações feitas pelo homem sugerem um animal sociável, pois ele raramente apresentava sinais ou feridas de luta, além de ser visto normalmente em grupos de 20 a 40 indivíduos, muitas vezes amontoados uns sobre os outros. Há registros de grupos compostos de até 100 indivíduos.
As focas mais jovens costumavam descansar em piscinas naturais de água, provavelmente para regular a temperatura do corpo. Ao perceberem a aproximação humana, elas reagiam com um som similar a um rosnado ou latido de cão. Apesar de ainda existirem duas subespécies sobreviventes, uma no Mediterrâneo e outra no Havaí, os parentes mais próximos da foca-monge-do-caribe são as focas da Antártica. De que forma a família se espalhou do Pólo Sul para os trópicos continua um mistério.
Foca-Monge-do-Caribe
Nome científico: Monachus tropicalis
Ano da extinção: 1996
Habitat: Mar do Caribe
Durante 15 milhões de anos, a foca-monge viveu com tranqüilidade nas águas tropicais do mar do Caribe. Até que, no século 15, os primeiros navegadores europeus chegaram ao Novo Mundo. Em pouco mais de 400 anos, o Monachus tropicalis foi exterminado por pescadores e caçadores, desaparecendo de vez do planeta em 1952. A descrição do pacato animal marinho - o primeiro grande mamífero avistado no continente americano - foi feita pela tripulação de Cristóvão Colombo, em 1494. Quando o líder da expedição mandou matar oito focas-monges para alimentar os marinheiros, sem perceber, estava abrindo o caminho para a extinção da espécie. Nos séculos seguintes, centenas de focas foram mortas pelos colonizadores europeus, que usavam a gordura como combustível, e pela indústria pesqueira, que considerava o bicho um competidor. Colecionadores também dizimaram várias focas-monges-do-caribe, em busca de peles para os seus museus.
Em 1707, o historiador irlandês Hans Sloan descreveu esse mamífero como um animal de fácil aproximação e não-agressivo. Como as ilhas no Caribe estavam superpovoadas pelas focas-monges, os pescadores não tinham dificuldade em matá-las. Assim, no final do século 19, o bicho já era uma raridade. O último exemplar vivo foi observado em Seranilla Bank, um arquipélago de pequenas ilhas de corais entre a Jamaica e Honduras. Em 1996, a foca-monge-do-caribe foi declarada oficialmente extinta.
Não houve tempo de estudar os hábitos desses mamíferos. Sabe-se que os machos mediam de 2,1 a 2,4 metros e as fêmeas eram ligeiramente menores. Os adultos tinham a pele das costas marrom, com alguns tons de cinza, e a barriga e o focinho amarelados. As poucas observações feitas pelo homem sugerem um animal sociável, pois ele raramente apresentava sinais ou feridas de luta, além de ser visto normalmente em grupos de 20 a 40 indivíduos, muitas vezes amontoados uns sobre os outros. Há registros de grupos compostos de até 100 indivíduos.
As focas mais jovens costumavam descansar em piscinas naturais de água, provavelmente para regular a temperatura do corpo. Ao perceberem a aproximação humana, elas reagiam com um som similar a um rosnado ou latido de cão. Apesar de ainda existirem duas subespécies sobreviventes, uma no Mediterrâneo e outra no Havaí, os parentes mais próximos da foca-monge-do-caribe são as focas da Antártica. De que forma a família se espalhou do Pólo Sul para os trópicos continua um mistério.
Foca-Monge-do-Caribe
Nome científico: Monachus tropicalis
Ano da extinção: 1996
Habitat: Mar do Caribe
Cientista registra primeira imagem de raio-x em relâmpago
29/12/2010 13h54 - Atualizado em 29/12/2010 13h58
Cientista registra primeira imagem de raio-x em relâmpago
Foto foi feita por pesquisador durante tempestade na Flórida.
Câmera usada pesa 680 quilos e tira 10 milhões de fotos por segundo.
Cientistas conseguiram captar raios-x a partir da imagem de um relâmpago. A tecnologia que tornou a foto possível está em uma câmera rápida o suficiente para detectar as radiações. A foto foi tirada durante uma tempestade nos Estados Unidos, fruto da observação do pesquisador Joseph Dwyer, do Instituto de Tecnologia da Flórida, na cidade de Melbourne. O aparelho usado pesa 680 quilos e é capaz de tirar 10 milhões de fotos por segundo. A descarga elétrica foi gerada artificialmente. As informações são do site da revista 'The Atlantic'. Experimento foi apresentado em encontro de geofísicos. (Foto: Reprodução / The Atlantic)
Cientista registra primeira imagem de raio-x em relâmpago
Foto foi feita por pesquisador durante tempestade na Flórida.
Câmera usada pesa 680 quilos e tira 10 milhões de fotos por segundo.
Cientistas conseguiram captar raios-x a partir da imagem de um relâmpago. A tecnologia que tornou a foto possível está em uma câmera rápida o suficiente para detectar as radiações. A foto foi tirada durante uma tempestade nos Estados Unidos, fruto da observação do pesquisador Joseph Dwyer, do Instituto de Tecnologia da Flórida, na cidade de Melbourne. O aparelho usado pesa 680 quilos e é capaz de tirar 10 milhões de fotos por segundo. A descarga elétrica foi gerada artificialmente. As informações são do site da revista 'The Atlantic'. Experimento foi apresentado em encontro de geofísicos. (Foto: Reprodução / The Atlantic)
Vítima da Insensatez - Leão marinho japonês
VÍTIMA DA INSENSATEZ - Leão marinho japonês
O leão-marinho-japonês sofreu com a perigosa imaginação fértil do homem. Ele serviu desde fonte de matéria-prima para óleos e remédios da medicina oriental até - pasme! - alvo para a prática de tiro dos soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Antes de desaparecer, esse mamífero carnívoro morou na costa marítima do Japão, da Coréia do Sul e da Coréia do Norte. O lugar era tão agradável que sua população atingiu quase 50 000 indivíduos em meados do século 19. O bicho foi perseguido por pescadores, porque costumava rasgar as redes ao retirar os peixes presos a elas. Pele, gordura e órgãos eram vendidos às indústrias. Os bigodes se transformavam em acessórios especiais para limpar cachimbos. Ser capturado vivo também não servia de consolo. Os animais que não eram mortos viravam atração de circos e parques, pois o comportamento dócil facilitava a domesticação.
Para diversas instituições de preservação da vida selvagem, o leão-marinho-japonês é uma das três subespécies do Zalophus californianus, ou leão-marinho-da-califórnia. Mas os cientistas constataram significativas diferenças no crânio do espécie japonesa comparado ao das outras duas subespécies, ainda encontradas na costa oeste da América do Norte e no arquipélago de Galápagos. O que se sabe é que os machos podiam atingir 2,5 metros de comprimento e as fêmeas, 1,4 metro. Em todas as fases da vida, o leão-marinho-japonês apresentava uma reforçada camada de gordura para se proteger das águas geladas do Oceano Pacífico. Raramente ele era visto nadando a distâncias superiores a 15 quilômetros da costa. Gostava de se arrastar na praia ou em áreas rochosas com a ajuda das suas barbatanas posteriores, procurando lugares planos para procriar. A poligamia estava liberada entre esses animais, e os machos constituíam haréns de cerca de seis fêmeas, já que cada uma tinha só um filhote por vez. Os nascimentos aconteciam praticamente um ano após a cópula.
Leão-marinho-japonês
Nome científico: Zalophus californianus japonicus
Ano da extinção: 1951
Habitat: Japão e Coréias
O leão-marinho-japonês sofreu com a perigosa imaginação fértil do homem. Ele serviu desde fonte de matéria-prima para óleos e remédios da medicina oriental até - pasme! - alvo para a prática de tiro dos soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Antes de desaparecer, esse mamífero carnívoro morou na costa marítima do Japão, da Coréia do Sul e da Coréia do Norte. O lugar era tão agradável que sua população atingiu quase 50 000 indivíduos em meados do século 19. O bicho foi perseguido por pescadores, porque costumava rasgar as redes ao retirar os peixes presos a elas. Pele, gordura e órgãos eram vendidos às indústrias. Os bigodes se transformavam em acessórios especiais para limpar cachimbos. Ser capturado vivo também não servia de consolo. Os animais que não eram mortos viravam atração de circos e parques, pois o comportamento dócil facilitava a domesticação.
Para diversas instituições de preservação da vida selvagem, o leão-marinho-japonês é uma das três subespécies do Zalophus californianus, ou leão-marinho-da-califórnia. Mas os cientistas constataram significativas diferenças no crânio do espécie japonesa comparado ao das outras duas subespécies, ainda encontradas na costa oeste da América do Norte e no arquipélago de Galápagos. O que se sabe é que os machos podiam atingir 2,5 metros de comprimento e as fêmeas, 1,4 metro. Em todas as fases da vida, o leão-marinho-japonês apresentava uma reforçada camada de gordura para se proteger das águas geladas do Oceano Pacífico. Raramente ele era visto nadando a distâncias superiores a 15 quilômetros da costa. Gostava de se arrastar na praia ou em áreas rochosas com a ajuda das suas barbatanas posteriores, procurando lugares planos para procriar. A poligamia estava liberada entre esses animais, e os machos constituíam haréns de cerca de seis fêmeas, já que cada uma tinha só um filhote por vez. Os nascimentos aconteciam praticamente um ano após a cópula.
Leão-marinho-japonês
Nome científico: Zalophus californianus japonicus
Ano da extinção: 1951
Habitat: Japão e Coréias
O bicho que valia por cinco - Tigre da Tasmânia
O BICHO QUE VALIA POR CINCO - Tigre da Tasmânia
Tigre-da-tasmânia, lobo marsupial e lobo-da-tasmânia. Esses são alguns dos nomes usados para identificar o Thylacinus cynocephalus, um robusto marsupial carnívoro com ares de canguru, cachorro, lobo e raposa e com pelagem tigrada - aliás, sua única característica felina. Até 2 000 anos atrás, ele vivia desde a Papua Nova Guiné até a Ilha da Tasmânia, passando pelo continente australiano. Depois disso, provavelmente por causa de mudanças climáticas, o habitat se restringiu à Tasmânia.
Lá, colonizadores europeus introduziram criações de galinhas e ovelhas, por volta de 1824. O tigre-da-tasmânia levou a fama de devorador de rebanhos e, entre 1830 e 1909, o governo local - que respondia ao Império Britânico - e os fazendeiros estimularam a matança, oferecendo recompensas a caçadores que entregassem carcaças do bicho. Além dessa perseguição cruel, a espécie provavelmente sucumbiu à modificação do habitat e à competição com os cães domesticados dos imigrantes, sem mencionar as novas doenças levadas à ilha por animais do Ocidente. Também há registros de que os aborígines apreciavam a carne do animal.
A cor desse falso tigre variava do marrom-amarelado para o cinza. Ele apresentava de 15 a 20 listras escuras espalhadas do dorso até a cauda. A pelagem era densa, curta e macia. Na cabeça, semelhante à dos canídeos, as orelhas pequenas e arredondadas estavam sempre alertas. A mandíbula era forte e larga, com 46 dentes e abertura de 120 graus, o que indica uma mordida respeitável. Os machos mediam de 1,8 a 1,9 metro de comprimento e pesavam cerca de 40 quilos. Menores e com mais listras, as fêmeas tinham a bolsa marsupial voltada para o traseiro, protegendo a ninhada da vegetação áspera e rasteira da região, e carregavam até quatro filhotes.
Em 1999, cientistas do Museu Australiano, em Sydney, retiraram o DNA de um feto de tigre-da-tasmânia preservado em etanol, dando início a um ambicioso projeto de clonagem. Os mais otimistas apostam que o marsupial carnívoro voltará em grande estilo até 2012. Há relatos de pessoas que acreditam ter visto indivíduos dessa espécie. Mas, infelizmente, não existe qualquer evidência de que o tigre-da-tasmânia ainda esteja entre nós.
Tigre-da-tasmânia
Nome científico: Thylacinus cynocephalus
Ano da extinção: 1936
Habitat: Tasmânia
Tigre-da-tasmânia, lobo marsupial e lobo-da-tasmânia. Esses são alguns dos nomes usados para identificar o Thylacinus cynocephalus, um robusto marsupial carnívoro com ares de canguru, cachorro, lobo e raposa e com pelagem tigrada - aliás, sua única característica felina. Até 2 000 anos atrás, ele vivia desde a Papua Nova Guiné até a Ilha da Tasmânia, passando pelo continente australiano. Depois disso, provavelmente por causa de mudanças climáticas, o habitat se restringiu à Tasmânia.
Lá, colonizadores europeus introduziram criações de galinhas e ovelhas, por volta de 1824. O tigre-da-tasmânia levou a fama de devorador de rebanhos e, entre 1830 e 1909, o governo local - que respondia ao Império Britânico - e os fazendeiros estimularam a matança, oferecendo recompensas a caçadores que entregassem carcaças do bicho. Além dessa perseguição cruel, a espécie provavelmente sucumbiu à modificação do habitat e à competição com os cães domesticados dos imigrantes, sem mencionar as novas doenças levadas à ilha por animais do Ocidente. Também há registros de que os aborígines apreciavam a carne do animal.
A cor desse falso tigre variava do marrom-amarelado para o cinza. Ele apresentava de 15 a 20 listras escuras espalhadas do dorso até a cauda. A pelagem era densa, curta e macia. Na cabeça, semelhante à dos canídeos, as orelhas pequenas e arredondadas estavam sempre alertas. A mandíbula era forte e larga, com 46 dentes e abertura de 120 graus, o que indica uma mordida respeitável. Os machos mediam de 1,8 a 1,9 metro de comprimento e pesavam cerca de 40 quilos. Menores e com mais listras, as fêmeas tinham a bolsa marsupial voltada para o traseiro, protegendo a ninhada da vegetação áspera e rasteira da região, e carregavam até quatro filhotes.
Em 1999, cientistas do Museu Australiano, em Sydney, retiraram o DNA de um feto de tigre-da-tasmânia preservado em etanol, dando início a um ambicioso projeto de clonagem. Os mais otimistas apostam que o marsupial carnívoro voltará em grande estilo até 2012. Há relatos de pessoas que acreditam ter visto indivíduos dessa espécie. Mas, infelizmente, não existe qualquer evidência de que o tigre-da-tasmânia ainda esteja entre nós.
Tigre-da-tasmânia
Nome científico: Thylacinus cynocephalus
Ano da extinção: 1936
Habitat: Tasmânia
Botânicos fazem lista com 1,25 milhão de nomes de plantas
29/12/2010 14h41 - Atualizado em 29/12/2010 14h41
Botânicos fazem lista com 1,25 milhão de nomes de plantas
Banco de dados traz denominações científicas e comuns de vegetais.
Com maioria das espécies conhecidas, 'Plant List' está disponível online.
Botânicos britânicos e norte-americanos anunciaram nesta quarta-feira (29) ter inventariado 1,25 milhão de denominações de plantas, dando forma à lista mais ampla do mundo, que pode ser consultada no site www.theplantlist.org, em inglês.
O banco de dados, considerado uma contribuição essencial para a preservação da flora global, contém os nomes científicos e comuns da maioria das espécies vegetais conhecidas, das ervas mais simples a legumes, passando por rosas, samambaias exóticas, musgos e coníferas.
A "Plant List" comporta igualmente links de publicações científicas relacionadas às espécies em questão, para ajudar o trabalho de pesquisadores, tanto em botânica quanto em farmácia.
Página da 'Plant List'. (Foto: Reprodução)A lista foi elaborada a tempo, para a conclusão do Ano Internacional da Biodiversidade, por cientistas do Royal Botanical Gardens (Kew Gardens) da Grã-Bretanha e do Missouri Botanical Garden americano.
"É crucial para pesquisas, previsões, vigilância de programas de preservação das plantas no mundo inteiro", destacou o diretor dos Kew Gardens, Stephen Hopper, citado em comunicado.
"Sem os nomes corretos, a compreensão e a comunicação sobre a vida dos vegetais se perderiam num caos, custariam somas faraônicas, além de colocar vidas em perigo, no caso de plantas utilizadas em medicina", segundo o comunicado dos Kew Gardens.
Entre o mais de milhão de nomes de espécies repertoriadas, cerca de um quarto (25,4%) dessas denominações são ainda consideradas não-resolvidas, não entrando nem nos sinônimos, precisaram os autores da lista.
Os especialistas em botânica e em tecnologia de informação das duas instituições iniciaram suas pesquisas em 2008 para estabelecer esta lista como base de comparação entre famílias de plantas compiladas por Kew Gardens e o sistema Tropicos, um banco de dados alimentado desde 1982 pelo Missouri Botanical Garden.
Em outubro, os 193 países membros da Convenção sobre a Diversidade Biológica reunidos em Nagoya no Japão, decidiram criar até 2020 um banco de dados online com toda a flora conhecida no mundo.
Segundo um estudo divulgado em setembro pela União internacional de Conservação da Natureza, uma planta em cinco é ameaçada de desaparecimento.
Botânicos fazem lista com 1,25 milhão de nomes de plantas
Banco de dados traz denominações científicas e comuns de vegetais.
Com maioria das espécies conhecidas, 'Plant List' está disponível online.
Botânicos britânicos e norte-americanos anunciaram nesta quarta-feira (29) ter inventariado 1,25 milhão de denominações de plantas, dando forma à lista mais ampla do mundo, que pode ser consultada no site www.theplantlist.org, em inglês.
O banco de dados, considerado uma contribuição essencial para a preservação da flora global, contém os nomes científicos e comuns da maioria das espécies vegetais conhecidas, das ervas mais simples a legumes, passando por rosas, samambaias exóticas, musgos e coníferas.
A "Plant List" comporta igualmente links de publicações científicas relacionadas às espécies em questão, para ajudar o trabalho de pesquisadores, tanto em botânica quanto em farmácia.
Página da 'Plant List'. (Foto: Reprodução)A lista foi elaborada a tempo, para a conclusão do Ano Internacional da Biodiversidade, por cientistas do Royal Botanical Gardens (Kew Gardens) da Grã-Bretanha e do Missouri Botanical Garden americano.
"É crucial para pesquisas, previsões, vigilância de programas de preservação das plantas no mundo inteiro", destacou o diretor dos Kew Gardens, Stephen Hopper, citado em comunicado.
"Sem os nomes corretos, a compreensão e a comunicação sobre a vida dos vegetais se perderiam num caos, custariam somas faraônicas, além de colocar vidas em perigo, no caso de plantas utilizadas em medicina", segundo o comunicado dos Kew Gardens.
Entre o mais de milhão de nomes de espécies repertoriadas, cerca de um quarto (25,4%) dessas denominações são ainda consideradas não-resolvidas, não entrando nem nos sinônimos, precisaram os autores da lista.
Os especialistas em botânica e em tecnologia de informação das duas instituições iniciaram suas pesquisas em 2008 para estabelecer esta lista como base de comparação entre famílias de plantas compiladas por Kew Gardens e o sistema Tropicos, um banco de dados alimentado desde 1982 pelo Missouri Botanical Garden.
Em outubro, os 193 países membros da Convenção sobre a Diversidade Biológica reunidos em Nagoya no Japão, decidiram criar até 2020 um banco de dados online com toda a flora conhecida no mundo.
Segundo um estudo divulgado em setembro pela União internacional de Conservação da Natureza, uma planta em cinco é ameaçada de desaparecimento.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
A pequena fera - Tigre de Bali
A PEQUENA FERA - Tigre de Bali
Cem quilos era o peso máximo que atingia um macho de Panthera tigris balica, ou tigre-de-báli, considerado extinto desde 1937, quando o último exemplar foi abatido em Sumbar Kima, no oeste de Báli. Menor das oito subespécies do Panthera tigris, com tamanho parecido ao do leopardo, esse animal se diferenciava dos parentes mais próximos também pelos formatos do crânio, do osso do focinho e da arcada dentária. A pelagem, curta e densa, se assemelhava à do tigre-de-java, subespécie também extinta, com listras mais densas. Essa semelhança encontra explicação na Era Glacial, ocorrida entre 20 000 e 12 000 anos atrás, quando as ilhas de Báli e Java, na Indonésia, ainda não haviam sido separadas.
A aproximação do homem e o avanço da agricultura mudaram as características do habitat do felino. No início do século 20, era possível que o bicho vivesse apenas nas áreas mais montanhosas e no oeste da ilha, onde a população humana estava mais espalhada. Entre as duas grandes guerras mundiais, os europeus que moravam em Java desembarcavam em Báli para caçar o tigre, até o dizimarem por completo. Aliás, essa subespécie foi a primeira das oito a se extinguir. Depois dela, duas outras - os tigres-do-cáspio e os tigres-de-java - também desapareceram do planeta, e as demais estão todas ameaçadas.
Se um tigre-de-báli macho não passava de 100 quilos, as fêmeas eram ainda menores - pesavam entre 65 e 80 quilos. E eram carnívoros e se alimentavam de mamíferos robustos. Por serem capazes de comer até 18 quilos de carne em uma única refeição, perseguiam animais pequenos apenas quando estavam velhos ou machucados, já que os hábitos solitários dos tigres não permitiam que eles vivessem em bandos. Portanto, tinham de se virar para conseguir comida sozinhos.
Os cientistas não tiveram tempo suficiente para avaliar o Panthera tigris balica antes da extinção. Mas, por se tratar de uma subespécie, ele tinha muito em comum com outros tigres, como o gosto pela água. Atrair a presa para as margens de um riacho ou lago e persegui-la cada vez mais para o fundo era uma das formas mais eficientes de caçar. As unhas, retráteis e importantes para os ataques, jamais perdiam o fio, mesmo que o animal caminhasse por solos rochosos, úmidos, gramados ou lamacentos. Capazes de se camuflar e com um andar leve e silencioso, esses felinos só partiam para cima da vítima quando já estavam muito próximos. Geralmente, um tigre não invadia o território de outro do mesmo sexo, mas os domínios de um macho se estendiam sobre os de várias fêmeas. Assim, ele formava um harém, que contava com a sua proteção. Como as outras subespécies, o tigre-de-báli podia matar os recém-nascidos se o instinto indicasse que não eram seus filhotes. Dessa forma, logo a fêmea entraria num novo período de cio. Passado um ano e meio, o filhote que conseguisse sobreviver já era considerado maduro, mas só se afastava da mãe seis meses depois.
Tigre-de-bÁli
Nome científico: Panthera tigris balica
Ano da extinção: 1937
Habitat: Ilha de Báli
Cem quilos era o peso máximo que atingia um macho de Panthera tigris balica, ou tigre-de-báli, considerado extinto desde 1937, quando o último exemplar foi abatido em Sumbar Kima, no oeste de Báli. Menor das oito subespécies do Panthera tigris, com tamanho parecido ao do leopardo, esse animal se diferenciava dos parentes mais próximos também pelos formatos do crânio, do osso do focinho e da arcada dentária. A pelagem, curta e densa, se assemelhava à do tigre-de-java, subespécie também extinta, com listras mais densas. Essa semelhança encontra explicação na Era Glacial, ocorrida entre 20 000 e 12 000 anos atrás, quando as ilhas de Báli e Java, na Indonésia, ainda não haviam sido separadas.
A aproximação do homem e o avanço da agricultura mudaram as características do habitat do felino. No início do século 20, era possível que o bicho vivesse apenas nas áreas mais montanhosas e no oeste da ilha, onde a população humana estava mais espalhada. Entre as duas grandes guerras mundiais, os europeus que moravam em Java desembarcavam em Báli para caçar o tigre, até o dizimarem por completo. Aliás, essa subespécie foi a primeira das oito a se extinguir. Depois dela, duas outras - os tigres-do-cáspio e os tigres-de-java - também desapareceram do planeta, e as demais estão todas ameaçadas.
Se um tigre-de-báli macho não passava de 100 quilos, as fêmeas eram ainda menores - pesavam entre 65 e 80 quilos. E eram carnívoros e se alimentavam de mamíferos robustos. Por serem capazes de comer até 18 quilos de carne em uma única refeição, perseguiam animais pequenos apenas quando estavam velhos ou machucados, já que os hábitos solitários dos tigres não permitiam que eles vivessem em bandos. Portanto, tinham de se virar para conseguir comida sozinhos.
Os cientistas não tiveram tempo suficiente para avaliar o Panthera tigris balica antes da extinção. Mas, por se tratar de uma subespécie, ele tinha muito em comum com outros tigres, como o gosto pela água. Atrair a presa para as margens de um riacho ou lago e persegui-la cada vez mais para o fundo era uma das formas mais eficientes de caçar. As unhas, retráteis e importantes para os ataques, jamais perdiam o fio, mesmo que o animal caminhasse por solos rochosos, úmidos, gramados ou lamacentos. Capazes de se camuflar e com um andar leve e silencioso, esses felinos só partiam para cima da vítima quando já estavam muito próximos. Geralmente, um tigre não invadia o território de outro do mesmo sexo, mas os domínios de um macho se estendiam sobre os de várias fêmeas. Assim, ele formava um harém, que contava com a sua proteção. Como as outras subespécies, o tigre-de-báli podia matar os recém-nascidos se o instinto indicasse que não eram seus filhotes. Dessa forma, logo a fêmea entraria num novo período de cio. Passado um ano e meio, o filhote que conseguisse sobreviver já era considerado maduro, mas só se afastava da mãe seis meses depois.
Tigre-de-bÁli
Nome científico: Panthera tigris balica
Ano da extinção: 1937
Habitat: Ilha de Báli
Árvore de Natal em Madri faz homenagem ao game 'Pac-man'
25/12/2010 14h35 - Atualizado em 25/12/2010 14h57
Árvore de Natal em Madri faz homenagem ao game 'Pac-man'
Feita de luzes de LED, ela apresenta animação com o personagem.
Pac-Man tem que comer árvores e estrelas e fugir dos fantasmas.
Uma árvore de Natal em Madri faz homenagem ao antigo game 'Pac-Man'. Toda feita de luzes de LED, ela apresenta uma animação, com o personagem comilão tendo que comer árvores e estrelas ao mesmo tempo em que foge dos fantasminhas. (Foto: Divulgação)
Árvore de Natal em Madri faz homenagem ao game 'Pac-man'
Feita de luzes de LED, ela apresenta animação com o personagem.
Pac-Man tem que comer árvores e estrelas e fugir dos fantasmas.
Uma árvore de Natal em Madri faz homenagem ao antigo game 'Pac-Man'. Toda feita de luzes de LED, ela apresenta uma animação, com o personagem comilão tendo que comer árvores e estrelas ao mesmo tempo em que foge dos fantasminhas. (Foto: Divulgação)
O Selvagem Sedutor - Tarpan
O SELVAGEM SEDUTOR - Tarpan
Nenhum animal retratado nesta revista teve um final tão inglório quanto o tarpan, um cavalo que viveu na região que se estendia da Espanha e do sul da França até a Rússia central. O último espécime selvagem, uma égua, morreu ao despencar de uma fenda no gelo enquanto fugia dos caçadores, em Askania Nova, na Ucrânia, em 1880. Naquela época, o Zoológico de Munique, na Alemanha, ainda tinha um exemplar em cativeiro. A morte desse solitário cavalo, em 1887, marcou a extinção do tarpan.
O naturalista S. C. Gmelin foi o pioneiro na pesquisa desses bichos selvagens, estudando-os a partir de quatro exemplares capturados perto de Bobrowsk, na Rússia, em 1768. Ele os descreveu como animais de cabeça desproporcional e com orelhas tão longas quanto as do asno. Como não conseguiu observá-los na natureza, Gmelin não obteve muitas informações sobre o comportamento do tarpan. Quem o classificou e catalogou, já no século 20, foi Helmut Otto Antonius, diretor do Zoológico de Schönbrunn, em Viena, Áustria. Para ele, o tarpan selvagem seria o ancestral dos cavalos do Oriente.
Nas primeiras vezes em que esses eqüinos foram analisados cientificamente, já havia poucos exemplares puros-sangues. Na época, os fazendeiros europeus avançavam rapidamente com plantações e rebanhos sobre o habitat dos garanhões selvagens, que encontraram nas éguas domesticadas uma alternativa para procriar. Aliás, impressionava a capacidade de liderança e conquista dos machos dessa espécie. Relatos indicam que eles "convenciam" animais confinados a se juntarem a seus grupos. Não era raro avistar uma fêmea com algum pedaço de arreio ou corda no pescoço galopando no meio da manada. Com isso, os problemas cresceram para o lado dos tarpans. A primeira encrenca foi com os fazendeiros, cansados de ver suas éguas desertarem pela liberdade. Eles também não queriam repartir as pastagens das redondezas com outros animais que não lhes pertencessem. Então passaram a abater os cavalos selvagens, reduzindo drasticamente as populações dos tarpans. Outro motivo para a extinção da espécie foi o cruzamento indiscriminado com as fêmeas domesticadas.
Os irmãos e zoólogos Lutz e Heinz Heck, que trabalhavam no Zoológico de Munique, na Alemanha, começaram em 1930 um programa de estudos para reverter a extinção do cavalo selvagem a partir da reconstrução do gene. Ainda nos anos 30, os esforços dos cientistas resultaram no chamado tarpan moderno. Assim como seus ancestrais selvagens, ele adquire a cor branca no inverno - embora a cabeça, o rabo e os pêlos sobre os cascos permaneçam escuros -, é resistente às baixas temperaturas e extremamente fértil. Apesar dessas características, mais a semelhança de porte, pelagem e força, não há evidência genética de que o tarpan moderno seja idêntico ao tarpan extinto em 1887.
Tarpan
Nome científico: Equus caballus gmelini
Ano da extinção: 1887
Habitat: Europa e Ásia
Nenhum animal retratado nesta revista teve um final tão inglório quanto o tarpan, um cavalo que viveu na região que se estendia da Espanha e do sul da França até a Rússia central. O último espécime selvagem, uma égua, morreu ao despencar de uma fenda no gelo enquanto fugia dos caçadores, em Askania Nova, na Ucrânia, em 1880. Naquela época, o Zoológico de Munique, na Alemanha, ainda tinha um exemplar em cativeiro. A morte desse solitário cavalo, em 1887, marcou a extinção do tarpan.
O naturalista S. C. Gmelin foi o pioneiro na pesquisa desses bichos selvagens, estudando-os a partir de quatro exemplares capturados perto de Bobrowsk, na Rússia, em 1768. Ele os descreveu como animais de cabeça desproporcional e com orelhas tão longas quanto as do asno. Como não conseguiu observá-los na natureza, Gmelin não obteve muitas informações sobre o comportamento do tarpan. Quem o classificou e catalogou, já no século 20, foi Helmut Otto Antonius, diretor do Zoológico de Schönbrunn, em Viena, Áustria. Para ele, o tarpan selvagem seria o ancestral dos cavalos do Oriente.
Nas primeiras vezes em que esses eqüinos foram analisados cientificamente, já havia poucos exemplares puros-sangues. Na época, os fazendeiros europeus avançavam rapidamente com plantações e rebanhos sobre o habitat dos garanhões selvagens, que encontraram nas éguas domesticadas uma alternativa para procriar. Aliás, impressionava a capacidade de liderança e conquista dos machos dessa espécie. Relatos indicam que eles "convenciam" animais confinados a se juntarem a seus grupos. Não era raro avistar uma fêmea com algum pedaço de arreio ou corda no pescoço galopando no meio da manada. Com isso, os problemas cresceram para o lado dos tarpans. A primeira encrenca foi com os fazendeiros, cansados de ver suas éguas desertarem pela liberdade. Eles também não queriam repartir as pastagens das redondezas com outros animais que não lhes pertencessem. Então passaram a abater os cavalos selvagens, reduzindo drasticamente as populações dos tarpans. Outro motivo para a extinção da espécie foi o cruzamento indiscriminado com as fêmeas domesticadas.
Os irmãos e zoólogos Lutz e Heinz Heck, que trabalhavam no Zoológico de Munique, na Alemanha, começaram em 1930 um programa de estudos para reverter a extinção do cavalo selvagem a partir da reconstrução do gene. Ainda nos anos 30, os esforços dos cientistas resultaram no chamado tarpan moderno. Assim como seus ancestrais selvagens, ele adquire a cor branca no inverno - embora a cabeça, o rabo e os pêlos sobre os cascos permaneçam escuros -, é resistente às baixas temperaturas e extremamente fértil. Apesar dessas características, mais a semelhança de porte, pelagem e força, não há evidência genética de que o tarpan moderno seja idêntico ao tarpan extinto em 1887.
Tarpan
Nome científico: Equus caballus gmelini
Ano da extinção: 1887
Habitat: Europa e Ásia
Nem tudo era azul - Antílope Azul
NEM TUDO ERA AZUL - Antílope Azul
Desaparecido em 1799, o antílope-azul foi o primeiro grande mamífero africano extinto nos últimos 2 000 anos. Há cerca de 10 000 anos, era um bicho comum em todo o sul da África, principalmente na região próxima à atual Cidade do Cabo, conforme mostram os numerosos ossos e fósseis desenterrados pelos pesquisadores. É difícil afirmar por que a espécie foi sumindo do planeta. Duas hipóteses se complementam: a vegetação rasteira, principal comida do antílope-azul, mudou quando o clima aqueceu e, quase na mesma época, o homem levou outros animais, como a ovelha, para o mesmo habitat. A única coisa certa é que a morte dos últimos antílopes-azuis foi acelerada pela caça indiscriminada.
A cara do antílope-azul é conhecida apenas pelo estudo das peles guardadas em museus de história natural na Europa. A descrição mais apurada foi realizada pela zoóloga alemã Erna Mohr, em 1967. Pelo que sobrou desse mamífero, conclui-se que ele tinha de 102 a 116 centímetros de envergadura e pesava cerca de 160 quilos quando adulto. O mais engraçado é que Erna não encontrou vestígios de pêlos azuis em nenhuma das peles catalogadas, segundo a descrição dos primeiros colonizadores europeus que viram o bicho na Cidade do Cabo, nos séculos 17 e 18. A cor azul pode ter sido um golpe de vista, causado pela aparência da pele escura através do pêlo ralo de animais mais velhos. Mas, como o nome já havia se popularizado, seguiu a mística do antílope-azul.
Consta que vivia em grupos com mais de 20 indivíduos e era herbívoro. Vivia em regiões com bastante água, o que sugere que precisava beber regularmente. Para se defender, usava os dois grandes chifres curvados para trás, cujo golpe poderia ser fatal. Porém, não tão mortal quanto as armas de fogo dos colecionadores de peles, que condenaram o antílope-azul exclusivamente ao desenho que você vê ao lado.
Antílope-azul
Nome científico: Hippotragus leucophaeus
Ano da extinção: 1799
Habitat: África do Sul
Desaparecido em 1799, o antílope-azul foi o primeiro grande mamífero africano extinto nos últimos 2 000 anos. Há cerca de 10 000 anos, era um bicho comum em todo o sul da África, principalmente na região próxima à atual Cidade do Cabo, conforme mostram os numerosos ossos e fósseis desenterrados pelos pesquisadores. É difícil afirmar por que a espécie foi sumindo do planeta. Duas hipóteses se complementam: a vegetação rasteira, principal comida do antílope-azul, mudou quando o clima aqueceu e, quase na mesma época, o homem levou outros animais, como a ovelha, para o mesmo habitat. A única coisa certa é que a morte dos últimos antílopes-azuis foi acelerada pela caça indiscriminada.
A cara do antílope-azul é conhecida apenas pelo estudo das peles guardadas em museus de história natural na Europa. A descrição mais apurada foi realizada pela zoóloga alemã Erna Mohr, em 1967. Pelo que sobrou desse mamífero, conclui-se que ele tinha de 102 a 116 centímetros de envergadura e pesava cerca de 160 quilos quando adulto. O mais engraçado é que Erna não encontrou vestígios de pêlos azuis em nenhuma das peles catalogadas, segundo a descrição dos primeiros colonizadores europeus que viram o bicho na Cidade do Cabo, nos séculos 17 e 18. A cor azul pode ter sido um golpe de vista, causado pela aparência da pele escura através do pêlo ralo de animais mais velhos. Mas, como o nome já havia se popularizado, seguiu a mística do antílope-azul.
Consta que vivia em grupos com mais de 20 indivíduos e era herbívoro. Vivia em regiões com bastante água, o que sugere que precisava beber regularmente. Para se defender, usava os dois grandes chifres curvados para trás, cujo golpe poderia ser fatal. Porém, não tão mortal quanto as armas de fogo dos colecionadores de peles, que condenaram o antílope-azul exclusivamente ao desenho que você vê ao lado.
Antílope-azul
Nome científico: Hippotragus leucophaeus
Ano da extinção: 1799
Habitat: África do Sul