O MASCOTE AMEAÇADO - Coqui Dourado
A rã coqui, símbolo de Porto Rico, é personagem de poemas, canções e histórias e aparece estampada em lembrancinhas vendidas aos turistas. Os porto-riquenhos adoram seu mascote. Mas a importância desse anfíbio transcendeu o aspecto cultural, virando uma questão ambiental. Nas últimas décadas, das 16 espécies de coquis conhecidas, três já desapareceram: o coqui-palmado (Eleutherodactylus karlschmidti), o coqui-eneida (Eleutherodactylus eneida) e o coqui-dourado (Eleutherodactylus jasperi). A principal causa é o desmatamento, que está acabando com o habitat desses animais.
O coqui-dourado era encontrado somente na Serra de Cayey, onde foi descoberto em 1976. Já no ano seguinte foi colocado na lista de espécies ameaçadas de extinção. Seus hábitos eram noturnos e, como os demais coquis, os machos costumavam coaxar noite adentro, formando um coro barulhento, enquanto as fêmeas permaneciam caladinhas. Ao sinal dos primeiros raios de sol, a bicharada parava a cantoria e ia descansar. O nome coqui se deve ao som emitido pelas rãs: "co, qui, co, qui...". Dizem que, com o "co", os machos demarcam seu território; com o "qui", convidam as fêmeas para o jogo amoroso. Na verdade, só duas espécies (o coqui-comum e o coqui-da-montanha) coaxam desse jeito. Os demais coquis fazem ruídos diferentes para conquistar as fêmeas.
O coqui-dourado era a rã mais querida dos porto-riquenhos. Além de possuir uma cor dourada uniforme, era a única rã ovovivípara conhecida do hemisfério ocidental. Ou seja, ao contrário da maioria dos anfíbios, a fêmea dava à luz filhotes já formados, e não girinos. Ela produzia os ovos, que ficavam em suas trompas durante todo o período de gestação. Em menos de um mês, os filhotes rompiam a casca do ovo e saíam pelo órgão genital da mãe.
Essa espécie gostava de viver entre bromélias, que ofereciam um ambiente úmido e perfeito para seu desenvolvimento. Antes de seu habitat ser destruído para dar lugar à agricultura, as rãs podiam ser vistas em pequenos grupos numa mesma planta. Como não ultrapassavam 2,5 centímetros de comprimento, espaço não era problema. Suas minúsculas patas não eram palmadas - ou seja, a rã não possuía natatórias (membrana entre os dedos), de onde se deduz que não tinha uma vida aquática. Aliás, eleutherodactylus, em grego, significa "dedos livres".
Os coquis, em geral, são rápidos e fogem a qualquer sinal de perigo. Isso sempre dificultou o trabalho dos pesquisadores, que passam madrugadas inteiras em busca do pequeno anfíbio. Desde 1981, o coqui-dourado nunca mais foi visto. As buscas de vestígios de sua existência prosseguem, mas, à medida que o tempo passa, as esperanças diminuem.
Coqui-Dourado
Nome cientifico: Eleutherodactylus jasperi
Ano da extinção: 1981
Habitat: Serra de Cayey, Porto Rico
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C=37772
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PUBLICADOS BRASIL - DOCUMENTARIOS E FILMES... Todo conteúdo divulgado aqui é baseado em compilações de assuntos discutidos em listas de e-mail, fóruns profissionais, relatórios, periódicos e notícias. Caso tenha algo a acrescentar ou a retirar entre em contato. QSL?
quinta-feira, 31 de março de 2011
Vitória em Perigo - Reverse Tooth Cichlid
VITÓRIA EM PERIGO - Reverse Tooth Cichlid
O desaparecimento do reverse-tooth cichlid, um peixe da família dos ciclídeos que ganhou esse nome por apresentar uma mordida levemente cruzada quando saboreava pequenos moluscos, foi interpretado como um sinal claro de que havia algo errado com seu habitat, o Lago Vitória. Com 69 000 quilômetros quadrados, que se dividem entre os territórios da Tanzânia, do Quênia e de Uganda, o Vitória é o segundo maior lago de água doce do mundo. Não é difícil imaginar a importância que uma reserva de água desse porte tem para esses três países africanos: um terço dos 90 milhões de habitantes é abastecido pelo Vitória. Estima-se que três milhões de pessoas obtenham o sustento diretamente dele. O lago fornece 200 000 toneladas de peixe por ano, água para agricultura e para uso industrial, energia hidroelétrica e é uma das principais atrações turísticas da África.
O reverse-tooth cichlid, que atingia até 15 centímetros de comprimento e era parente do acará brasileiro, sucumbiu às mudanças de condições no Vitória causadas pela interferência humana. Além do lixo e dos dejetos domésticos, indústrias de vários setores despejam resíduos no lago há décadas. O uso exagerado de herbicidas e pesticidas na agricultura também tem contaminado as águas ao longo dos anos, assim como o mercúrio usado nos garimpos de ouro da região. Como obstáculo adicional à sobrevivência das espécies nativas de peixe, houve nos anos 70 a introdução de duas espécies, a tilápia-do-nilo e a perca-do-nilo, que rapidamente se tornaram predominantes no lago, reduzindo o espaço das 400 espécies que já estavam lá. Outro fenômeno foi a multiplicação das algas, o que reduziu a oxigenação da água.
Reverse-Tooth Cichlid
Nome científico: Hoplotilapia retrodens
Ano da extinção: 1996
Habitat: Tanzânia, Quênia e Uganda (Lago Vitória)
O desaparecimento do reverse-tooth cichlid, um peixe da família dos ciclídeos que ganhou esse nome por apresentar uma mordida levemente cruzada quando saboreava pequenos moluscos, foi interpretado como um sinal claro de que havia algo errado com seu habitat, o Lago Vitória. Com 69 000 quilômetros quadrados, que se dividem entre os territórios da Tanzânia, do Quênia e de Uganda, o Vitória é o segundo maior lago de água doce do mundo. Não é difícil imaginar a importância que uma reserva de água desse porte tem para esses três países africanos: um terço dos 90 milhões de habitantes é abastecido pelo Vitória. Estima-se que três milhões de pessoas obtenham o sustento diretamente dele. O lago fornece 200 000 toneladas de peixe por ano, água para agricultura e para uso industrial, energia hidroelétrica e é uma das principais atrações turísticas da África.
O reverse-tooth cichlid, que atingia até 15 centímetros de comprimento e era parente do acará brasileiro, sucumbiu às mudanças de condições no Vitória causadas pela interferência humana. Além do lixo e dos dejetos domésticos, indústrias de vários setores despejam resíduos no lago há décadas. O uso exagerado de herbicidas e pesticidas na agricultura também tem contaminado as águas ao longo dos anos, assim como o mercúrio usado nos garimpos de ouro da região. Como obstáculo adicional à sobrevivência das espécies nativas de peixe, houve nos anos 70 a introdução de duas espécies, a tilápia-do-nilo e a perca-do-nilo, que rapidamente se tornaram predominantes no lago, reduzindo o espaço das 400 espécies que já estavam lá. Outro fenômeno foi a multiplicação das algas, o que reduziu a oxigenação da água.
Reverse-Tooth Cichlid
Nome científico: Hoplotilapia retrodens
Ano da extinção: 1996
Habitat: Tanzânia, Quênia e Uganda (Lago Vitória)
História Fugaz - Cachorrito de charco la palma
HISTÓRIA FUGAZ - Cachorrito de charco la palma
O cachorrito (que significa "filhote", em espanhol) era um peixe minúsculo, com não mais que quatro centímetros de comprimento. A história da extinção dessa espécie soa ainda mais triste pelo fato de a ciência ter convivido com ela por apenas cinco anos. O peixe foi descoberto em 1993, quando uma colônia com algumas dezenas de exemplares foi identificada por pesquisadores em meio a algas e plantas aquáticas de um banhado mexicano conhecido como Charco La Palma, na cidade de Aramberri, Estado de Nuevo León. A partir de 1998, contudo, os cachorritos deixaram de ser encontrados em seu habitat. Pressentindo a extinção da espécie, os cientistas haviam capturado alguns exemplares e tentado a reprodução em cativeiro, mas sem sucesso. Como não se tem notícia de outro lugar em que o Cyprinodon longidorsalis exista, a espécie foi então considerada extinta. Pelo seu tamanho, o cachorrito dava a impressão de extrema fragilidade. Mas o gênero Cyprinodon é reconhecido pela grande resistência a variações de temperatura e quantidade de oxigênio na água. Isso faz com que seja capaz de suportar condições hostis para outras espécies. Presume-se que a extinção do cachorrito tenha sido provocada pelo uso excessivo das águas do Charco La Palma para a irrigação. Nos últimos anos, os agricultores da região vêm gradativamente substituindo as plantações de trigo pela fruticultura, uma atividade que exige uso intensivo de água. Com isso, acabou sobrando - ou melhor, faltando - para o pobre cachorrito. Estudiosos estão agora preocupados em evitar o desaparecimento de outras espécies do gênero Cyprinodon que estão ameaçadas de extinção. 5
Cachorrito-de-Charco-la-Palma
Nome científico: Cyprinodon longidorsalis
Ano da extinção: 1998
Habitat: Nuevo León, México
O cachorrito (que significa "filhote", em espanhol) era um peixe minúsculo, com não mais que quatro centímetros de comprimento. A história da extinção dessa espécie soa ainda mais triste pelo fato de a ciência ter convivido com ela por apenas cinco anos. O peixe foi descoberto em 1993, quando uma colônia com algumas dezenas de exemplares foi identificada por pesquisadores em meio a algas e plantas aquáticas de um banhado mexicano conhecido como Charco La Palma, na cidade de Aramberri, Estado de Nuevo León. A partir de 1998, contudo, os cachorritos deixaram de ser encontrados em seu habitat. Pressentindo a extinção da espécie, os cientistas haviam capturado alguns exemplares e tentado a reprodução em cativeiro, mas sem sucesso. Como não se tem notícia de outro lugar em que o Cyprinodon longidorsalis exista, a espécie foi então considerada extinta. Pelo seu tamanho, o cachorrito dava a impressão de extrema fragilidade. Mas o gênero Cyprinodon é reconhecido pela grande resistência a variações de temperatura e quantidade de oxigênio na água. Isso faz com que seja capaz de suportar condições hostis para outras espécies. Presume-se que a extinção do cachorrito tenha sido provocada pelo uso excessivo das águas do Charco La Palma para a irrigação. Nos últimos anos, os agricultores da região vêm gradativamente substituindo as plantações de trigo pela fruticultura, uma atividade que exige uso intensivo de água. Com isso, acabou sobrando - ou melhor, faltando - para o pobre cachorrito. Estudiosos estão agora preocupados em evitar o desaparecimento de outras espécies do gênero Cyprinodon que estão ameaçadas de extinção. 5
Cachorrito-de-Charco-la-Palma
Nome científico: Cyprinodon longidorsalis
Ano da extinção: 1998
Habitat: Nuevo León, México
quarta-feira, 30 de março de 2011
DETETIVES DA HISTÓRIA - Espada do Paraguai
DETETIVES DA HISTÓRIA - Espada do Paraguai
ESPADA DO PARAGUAI:
Uma velha espada usada para capinar grama numa Ilha da Bahia de Guanabara, no Rio de Janeiro, poderia ter sido usada na Guerra do Paraguai, o maior conflito armado da América do Sul? Essa é uma missão para a detetive da história Renata Imbriani.
CRISTO REDENTOR:
Um livro raríssimo indica que a autoria da estátua do monumento do Cristo Redentor pode ser, na verdade, de um brasileiro e não de um francês, como grande parte das fontes indica. André Guerreiro, detetive da história, investigará a fundo este mistério para chegar num veredito surpreendente.
DETETIVES DA HISTÓRIA:
Detetives da História é uma série original para TV que usa mistérios locais e objetos achados pelos telespectadores como ponto de partida para um processo de investigação.
Apresentada por uma dupla de "historiadores-investigadores", a série irá desvendar os mistérios escondidos por trás de pequenos tesouros familiares e construções enigmáticas que por muito tempo estiveram esquecidos nas estantes, porões e paisagem de cidades brasileiras.
Cada episódio começa com nossa dupla de apresentadores visitando a casa do telespectador e discutindo sua conexão pessoal com o objeto ou fato misterioso.
Nossas lentes irão acompanhar todo o processo de investigação enquanto os investigadores visitam historiadores, arqueólogos, genealogistas, arquitetos, restauradores, estudiosos de cultura popular e detetives profissionais para revelar a origem secreta destes enigmas da vida privada.
Ao longo do programa, teremos a chance de investigar e desvendar fatos surpreendentes sobre alguns capítulos da história do Brasil, seus mitos e costumes.
VEJA UMA AMOSTRA RAPIDA NO YOUTUBE:
http://www.youtube.com/watch?v=6xD4nlQ0UiA
DOWNLOAD COMPLETO DO EPISODIO:
http://www.4shared.com/dir/2MDWnild/Documentarios.html
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C=37649
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ESPADA DO PARAGUAI:
Uma velha espada usada para capinar grama numa Ilha da Bahia de Guanabara, no Rio de Janeiro, poderia ter sido usada na Guerra do Paraguai, o maior conflito armado da América do Sul? Essa é uma missão para a detetive da história Renata Imbriani.
CRISTO REDENTOR:
Um livro raríssimo indica que a autoria da estátua do monumento do Cristo Redentor pode ser, na verdade, de um brasileiro e não de um francês, como grande parte das fontes indica. André Guerreiro, detetive da história, investigará a fundo este mistério para chegar num veredito surpreendente.
DETETIVES DA HISTÓRIA:
Detetives da História é uma série original para TV que usa mistérios locais e objetos achados pelos telespectadores como ponto de partida para um processo de investigação.
Apresentada por uma dupla de "historiadores-investigadores", a série irá desvendar os mistérios escondidos por trás de pequenos tesouros familiares e construções enigmáticas que por muito tempo estiveram esquecidos nas estantes, porões e paisagem de cidades brasileiras.
Cada episódio começa com nossa dupla de apresentadores visitando a casa do telespectador e discutindo sua conexão pessoal com o objeto ou fato misterioso.
Nossas lentes irão acompanhar todo o processo de investigação enquanto os investigadores visitam historiadores, arqueólogos, genealogistas, arquitetos, restauradores, estudiosos de cultura popular e detetives profissionais para revelar a origem secreta destes enigmas da vida privada.
Ao longo do programa, teremos a chance de investigar e desvendar fatos surpreendentes sobre alguns capítulos da história do Brasil, seus mitos e costumes.
VEJA UMA AMOSTRA RAPIDA NO YOUTUBE:
http://www.youtube.com/watch?v=6xD4nlQ0UiA
DOWNLOAD COMPLETO DO EPISODIO:
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segunda-feira, 28 de março de 2011
Máquina vence duelo contra humanos em programa de TV
17/02/2011 10h29 - Atualizado em 17/02/2011 10h44
Máquina vence duelo contra humanos em programa de TV
Supercomputador levou a melhor em programa de conhecimentos gerais.
Seus recursos avançados de análise podem ajudar na indústria da saúde.
Após uma maratona de três noites no programa de TV que testa conhecimentos gerais, Jeopardy, o supercomputador da IBM, Watson, saiu vitorioso ao vencer o prêmio de US$ 1 milhão.
Os concorrentes do computador foram os dois melhores participantes de todos os tempos, Ken Jennings, que anteriormente obteve 74 vitórias consecutivas na série e Brad Rutter, que levou a maior quantia de dinheiro, US$ 3 milhões. Entretanto, no final, suas habilidade não foram suficientes para vencer o Watson.
Watson, o supercomputador da IBM é muito grande para caber no estúdio e foi conectado remotamente
(Foto: AFP/IBM)
Em busca de um significado
Mas a vitória de Watson e IBM foi mais do que ganhar dinheiro. Tratava-se de inaugurar uma nova era na computação onde as máquinas serão cada vez mais capazes de aprender e entender o que os humanos estão realmente pedindo a elas.
"Jeopardy" é visto como um desafio significativo para Watson por causa do formato do programa que é bem rápido e usa pistas que dependem de significados sutis, trocadilhos e adivinhas, algo que os seres humanos são muito bons e os computadores não.
IBM se prepara para duelo entre homem e máquina em Jeopardy
Na noite da grande final, a IBM anunciou um acordo de pesquisa de reconhecimento de fala com a empresa Nuance Communications, para "explorar, desenvolver e comercializar" recursos avançados de análise do Watson na indústria da saúde.
A tecnologia por trás Watson tem a capacidade de digitalizar e analisar informações de muito mais recursos do que um ser humano, num curto período de tempo e, assim, pode ajudar os médicos no diagnóstico de pacientes com mais rapidez.
Outras possíveis aplicações para a tecnologia de Watson incluem lidar com grandes conjuntos de dados comumente encontrados nas áreas jurídica e financeira.
O maior desafio para os cientistas da IBM foi o de ensinar o Watson a distinguir entre expressões literais e metafóricas, e a compreender trocadilhos e gírias.
Máquina vence duelo contra humanos em programa de TV
Supercomputador levou a melhor em programa de conhecimentos gerais.
Seus recursos avançados de análise podem ajudar na indústria da saúde.
Após uma maratona de três noites no programa de TV que testa conhecimentos gerais, Jeopardy, o supercomputador da IBM, Watson, saiu vitorioso ao vencer o prêmio de US$ 1 milhão.
Os concorrentes do computador foram os dois melhores participantes de todos os tempos, Ken Jennings, que anteriormente obteve 74 vitórias consecutivas na série e Brad Rutter, que levou a maior quantia de dinheiro, US$ 3 milhões. Entretanto, no final, suas habilidade não foram suficientes para vencer o Watson.
Watson, o supercomputador da IBM é muito grande para caber no estúdio e foi conectado remotamente
(Foto: AFP/IBM)
Em busca de um significado
Mas a vitória de Watson e IBM foi mais do que ganhar dinheiro. Tratava-se de inaugurar uma nova era na computação onde as máquinas serão cada vez mais capazes de aprender e entender o que os humanos estão realmente pedindo a elas.
"Jeopardy" é visto como um desafio significativo para Watson por causa do formato do programa que é bem rápido e usa pistas que dependem de significados sutis, trocadilhos e adivinhas, algo que os seres humanos são muito bons e os computadores não.
IBM se prepara para duelo entre homem e máquina em Jeopardy
Na noite da grande final, a IBM anunciou um acordo de pesquisa de reconhecimento de fala com a empresa Nuance Communications, para "explorar, desenvolver e comercializar" recursos avançados de análise do Watson na indústria da saúde.
A tecnologia por trás Watson tem a capacidade de digitalizar e analisar informações de muito mais recursos do que um ser humano, num curto período de tempo e, assim, pode ajudar os médicos no diagnóstico de pacientes com mais rapidez.
Outras possíveis aplicações para a tecnologia de Watson incluem lidar com grandes conjuntos de dados comumente encontrados nas áreas jurídica e financeira.
O maior desafio para os cientistas da IBM foi o de ensinar o Watson a distinguir entre expressões literais e metafóricas, e a compreender trocadilhos e gírias.
domingo, 27 de março de 2011
Arquivos Extraterrestres - OVNIS no fundo do mar.
OVNIS NO FUNDO DO MAR:
E então queremos saber o que tem de verdade nos relatos de OVNIS no mar, mais correto chamados de OSNI, pois são OBJETOS SUBMERSOS NÃO IDENTIFICADOS.
ARQUIVOS EXTRATERRESTRES:
Algo nos espreita do alto... Mas, inexplicavelmente, não conseguimos ver de onde vem.
Pode ser uma nave, tripulada por homenzinhos verdes do espaço exterior, ou talvez um avião militar criado por homens com tecnologia de outro mundo. Mas você acreditaria se soubesse que os discos voadores podem sair da terra?
Estiveram enterrados ali por centenas de anos e você não sabia. Os Arquivos Extraterrestres oferecem provas que apenas você pode julgar... ou será que seu cérebro foi abduzido?
ASSISTA A UM TRECHO NO YOUTUBE:
http://www.youtube.com/watch?v=H6dZg7KJS1s
DOWNLOAD DO DOCUMENTÁRIO COMPLETO:
http://www.4shared.com/dir/2MDWnild/Documentarios.html
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C=36904
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quinta-feira, 24 de março de 2011
Caçadores de OVNI - Primeira resposta - VERDADES E MENTIRAS
CAÇADORES DE OVNI - PRIMEIRA RESPOSTA - VERDADES E MENTIRAS
EPISODIO - PRIMEIRA RESPOSTA
Durante décadas tem-se especulado que os militares norte-americanos tiveram encontros inexplicáveis com ÓVNIs. Nossa equipe parte em busca das políticas oficiais e protocolos para as "primeiras respostas" dos militares no caso de ocorrer um fenômeno extraterrestre.
SERIE:
Caçadores de ÓVNIS é a série onde, junto a um grupo de 4 especialistas de diferentes áreas, seguiremos pistas em busca da verdade sobre objetos voadores não identificados.
Junte-se a esta equipe que, com testemunhos presenciais, experimentos científicos, documentação secreta e vídeos nunca antes vistos na televisão trazem evidências concretas sobre o fenômeno OVNI, separando a ficção da realidade.
VEJA NO YOUTUBE:
http://www.youtube.com/watch?v=g717VRth33w
DOWNLOAD COMPLETO:
http://www.4shared.com/dir/2MDWnild/Documentarios.html
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C=36257
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EPISODIO - PRIMEIRA RESPOSTA
Durante décadas tem-se especulado que os militares norte-americanos tiveram encontros inexplicáveis com ÓVNIs. Nossa equipe parte em busca das políticas oficiais e protocolos para as "primeiras respostas" dos militares no caso de ocorrer um fenômeno extraterrestre.
SERIE:
Caçadores de ÓVNIS é a série onde, junto a um grupo de 4 especialistas de diferentes áreas, seguiremos pistas em busca da verdade sobre objetos voadores não identificados.
Junte-se a esta equipe que, com testemunhos presenciais, experimentos científicos, documentação secreta e vídeos nunca antes vistos na televisão trazem evidências concretas sobre o fenômeno OVNI, separando a ficção da realidade.
VEJA NO YOUTUBE:
http://www.youtube.com/watch?v=g717VRth33w
DOWNLOAD COMPLETO:
http://www.4shared.com/dir/2MDWnild/Documentarios.html
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quarta-feira, 23 de março de 2011
Hibernação pode ser solução para viagens espaciais, diz estudo
17/02/2011 19h10 - Atualizado em 17/02/2011 20h19
Hibernação pode ser solução para viagens espaciais, diz estudo
Cientistas tiveram a ideia ao observar ursos negros no Alasca.
Redução da atividade metabólica também pode ser útil à medicina.
Hibernar pode ser uma solução para que o corpo humano resista a uma viagem espacial de longa distância, uma opção sugerida por um grupo de cientistas que analisou o processo de hibernação dos ursos negros do Alasca.
Cientistas da Universidade do Alasca descobriram que os ursos negros reduzem levemente sua temperatura corporal durante esse período, mas sua atividade metabólica fica muito abaixo dos níveis de outros animais que também hibernam.
Segundo seus autores, esta descoberta, que foi apresentada nesta quinta-feira na reunião anual da Associação Americana para o Avanço das Ciências (AAAS), foi inesperada, já que os processos químicos e biológicos de um organismo se desaceleram normalmente em 50% por cada 10 graus de redução da temperatura corporal.
No entanto, segundo o estudo, que foi publicado nesta semana na revista "Science", a temperatura corporal destes ursos diminuiu só cinco ou seis graus e seu metabolismo se desacelerou em 75% em comparação com sua atividade normal.
Durante o período de hibernação, os ursos passam de cinco a sete meses sem comer, beber, urinar ou defecar.
Neste período, esses animais respiram apenas uma ou duas vezes por minuto e seu coração se desacelera entre as respirações.
Além disso, os cientistas descobriram que a atividade metabólica dos ursos continuou em níveis mais baixos várias semanas após o fim da hibernação.
Esta descoberta levou os pesquisadores a pensar que isso poderia ser útil para os humanos no futuro e eles constataram que a aplicação dos mecanismos de supressão metabólica em situações de emergência poderia salvar vidas.
"Uma rápida redução da atividade metabólica das vítimas de um derrame cerebral ou de um ataque cardíaco poderia deixar o paciente em um estado estável e protegido, o que daria aos médicos mais tempo para tratá-lo", revelou um dos pesquisadores.
A descoberta também poderia ser útil para uma longa viagem espacial, pois, se o corpo humano pudesse alcançar este tipo de hibernação, a viagem a um planeta distante ou a um asteroide poderia ser mais suportável para os astronautas.
Hibernação pode ser solução para viagens espaciais, diz estudo
Cientistas tiveram a ideia ao observar ursos negros no Alasca.
Redução da atividade metabólica também pode ser útil à medicina.
Hibernar pode ser uma solução para que o corpo humano resista a uma viagem espacial de longa distância, uma opção sugerida por um grupo de cientistas que analisou o processo de hibernação dos ursos negros do Alasca.
Cientistas da Universidade do Alasca descobriram que os ursos negros reduzem levemente sua temperatura corporal durante esse período, mas sua atividade metabólica fica muito abaixo dos níveis de outros animais que também hibernam.
Segundo seus autores, esta descoberta, que foi apresentada nesta quinta-feira na reunião anual da Associação Americana para o Avanço das Ciências (AAAS), foi inesperada, já que os processos químicos e biológicos de um organismo se desaceleram normalmente em 50% por cada 10 graus de redução da temperatura corporal.
No entanto, segundo o estudo, que foi publicado nesta semana na revista "Science", a temperatura corporal destes ursos diminuiu só cinco ou seis graus e seu metabolismo se desacelerou em 75% em comparação com sua atividade normal.
Durante o período de hibernação, os ursos passam de cinco a sete meses sem comer, beber, urinar ou defecar.
Neste período, esses animais respiram apenas uma ou duas vezes por minuto e seu coração se desacelera entre as respirações.
Além disso, os cientistas descobriram que a atividade metabólica dos ursos continuou em níveis mais baixos várias semanas após o fim da hibernação.
Esta descoberta levou os pesquisadores a pensar que isso poderia ser útil para os humanos no futuro e eles constataram que a aplicação dos mecanismos de supressão metabólica em situações de emergência poderia salvar vidas.
"Uma rápida redução da atividade metabólica das vítimas de um derrame cerebral ou de um ataque cardíaco poderia deixar o paciente em um estado estável e protegido, o que daria aos médicos mais tempo para tratá-lo", revelou um dos pesquisadores.
A descoberta também poderia ser útil para uma longa viagem espacial, pois, se o corpo humano pudesse alcançar este tipo de hibernação, a viagem a um planeta distante ou a um asteroide poderia ser mais suportável para os astronautas.
terça-feira, 22 de março de 2011
Quem viu este peixe? Blackfin Cisco
QUEM VIU ESSE PEIXE? - Blackfin Cisco
O último século de vida não foi nada fácil para o blackfin cisco. Até a década de 1880, esse peixe podia ser encontrado em abundância na região dos Grandes Lagos, entre os Estados Unidos e o Canadá. A partir daí passou a ser cobiçado por pescadores, atraídos pelo bom valor comercial que a espécie alcançava. O blackfin precisou também disputar alimentos com espécies introduzidas pelo homem e virou um dos pratos prediletos da lampréia-do-mar (Petromyzon marinus) - que, originária do Oceano Atlântico, adaptou-se bem à água doce e, predadora de várias espécies nativas, fez grandes estragos no ecossistema dos Grandes Lagos.
O blackfin cisco não resistiu e deixou de ser encontrado nos lagos Huron e Michigan, na década de 1960. Não demorou muito para que ocorresse o mesmo nos lagos Superior e Ontário. Seu último reduto foi o lago Nipigon, na província canadense de Ontário. Mesmo lá, não é visto desde 1980. Com até 50 centímetros de comprimento e 1 quilo de peso, o blackfin era reconhecido pelas nadadeiras negras que lhe deram o nome. Tinha a cor predominantemente prateada, com nuances de verde-escuro na parte de trás e de rosa nas laterais.
A esperança é que alguns exemplares permaneçam "escondidos", já que o lago Nipigon é extenso - 4 900 quilômetros quadrados - e o blackfin preferia manter-se longe da superfície, entre 40 e 100 metros de profundidade, onde era capaz de viver por mais de dez anos (quando conseguia escapar de todas as ameaças, é claro). O temperamento recluso fez com que seus hábitos fossem pouco conhecidos, o que impossibilitou qualquer tentativa de criação em cativeiro. 5
Blackfin Cisco
Nome científico: Coregonus nigripinnis
Ano da extinção: 1980
Habitat: Canadá e Estados Unidos (Grandes Lagos)
C=35715
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O último século de vida não foi nada fácil para o blackfin cisco. Até a década de 1880, esse peixe podia ser encontrado em abundância na região dos Grandes Lagos, entre os Estados Unidos e o Canadá. A partir daí passou a ser cobiçado por pescadores, atraídos pelo bom valor comercial que a espécie alcançava. O blackfin precisou também disputar alimentos com espécies introduzidas pelo homem e virou um dos pratos prediletos da lampréia-do-mar (Petromyzon marinus) - que, originária do Oceano Atlântico, adaptou-se bem à água doce e, predadora de várias espécies nativas, fez grandes estragos no ecossistema dos Grandes Lagos.
O blackfin cisco não resistiu e deixou de ser encontrado nos lagos Huron e Michigan, na década de 1960. Não demorou muito para que ocorresse o mesmo nos lagos Superior e Ontário. Seu último reduto foi o lago Nipigon, na província canadense de Ontário. Mesmo lá, não é visto desde 1980. Com até 50 centímetros de comprimento e 1 quilo de peso, o blackfin era reconhecido pelas nadadeiras negras que lhe deram o nome. Tinha a cor predominantemente prateada, com nuances de verde-escuro na parte de trás e de rosa nas laterais.
A esperança é que alguns exemplares permaneçam "escondidos", já que o lago Nipigon é extenso - 4 900 quilômetros quadrados - e o blackfin preferia manter-se longe da superfície, entre 40 e 100 metros de profundidade, onde era capaz de viver por mais de dez anos (quando conseguia escapar de todas as ameaças, é claro). O temperamento recluso fez com que seus hábitos fossem pouco conhecidos, o que impossibilitou qualquer tentativa de criação em cativeiro. 5
Blackfin Cisco
Nome científico: Coregonus nigripinnis
Ano da extinção: 1980
Habitat: Canadá e Estados Unidos (Grandes Lagos)
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Por que sumiu ? Upokororo
POR QUE SUMIU? Upokororo
A extinção dessa espécie, chamada de upokororo na lígua maori e conhecida também como grayling-da-nova-zelândia, é uma demonstração de como a presença humana pode atrapalhar ecossistemas em equilíbrio. Até meados do século 19, o upokororo - um ótimo nadador que atingia 25 centímetros de comprimento - era encontrado em abundância nos rios de correnteza forte e águas frias de várias partes da Nova Zelândia, especialmente perto do mar. Na virada do século, a espécie já era considerada rara. No início dos anos 30, um último peixe foi encontrado e levado para o Museu Britânico, em Londres. Hoje, o upokororo só existe nos desenhos e pinturas.
O início do processo de extinção do upokororo coincidiu com o aumento do fluxo de europeus para a Nova Zelândia. A partir da segunda metade do século 19, os colonizadores britânicos fundaram cidades e começaram a usar as terras para a agricultura. A destruição das florestas ao redor dos mananciais de água doce e o conseqüente aumento da incidência de raios solares nos rios pode ter elevado a temperatura da água, tornando-a agressiva para a espécie. A introdução de peixes "estrangeiros", como a truta, pode ter levado doenças desconhecidas aos upokororos.
A espécie tinha a interessante característica de viver parte da vida no mar. Os ovos eram depositados nos rios e os peixes iam passar a "infância" em águas salgadas. Depois de adultos, voltavam para os rios. Sua extinção tornou-se simbólica. Sempre que os neozelandeses querem alertar para a necessidade de proteger o meio ambiente, o caso vem à tona. Embora haja outras quatro espécies sob séria ameaça, trata-se ainda do único caso de extinção registrado entre os peixes da Nova Zelândia nos últimos 200 anos. 5
Upokororo
Nome científico: Prototroctes oxyrhynchus
Ano da extinção: cerca de 1930
Habitat: Nova Zelândia
A extinção dessa espécie, chamada de upokororo na lígua maori e conhecida também como grayling-da-nova-zelândia, é uma demonstração de como a presença humana pode atrapalhar ecossistemas em equilíbrio. Até meados do século 19, o upokororo - um ótimo nadador que atingia 25 centímetros de comprimento - era encontrado em abundância nos rios de correnteza forte e águas frias de várias partes da Nova Zelândia, especialmente perto do mar. Na virada do século, a espécie já era considerada rara. No início dos anos 30, um último peixe foi encontrado e levado para o Museu Britânico, em Londres. Hoje, o upokororo só existe nos desenhos e pinturas.
O início do processo de extinção do upokororo coincidiu com o aumento do fluxo de europeus para a Nova Zelândia. A partir da segunda metade do século 19, os colonizadores britânicos fundaram cidades e começaram a usar as terras para a agricultura. A destruição das florestas ao redor dos mananciais de água doce e o conseqüente aumento da incidência de raios solares nos rios pode ter elevado a temperatura da água, tornando-a agressiva para a espécie. A introdução de peixes "estrangeiros", como a truta, pode ter levado doenças desconhecidas aos upokororos.
A espécie tinha a interessante característica de viver parte da vida no mar. Os ovos eram depositados nos rios e os peixes iam passar a "infância" em águas salgadas. Depois de adultos, voltavam para os rios. Sua extinção tornou-se simbólica. Sempre que os neozelandeses querem alertar para a necessidade de proteger o meio ambiente, o caso vem à tona. Embora haja outras quatro espécies sob séria ameaça, trata-se ainda do único caso de extinção registrado entre os peixes da Nova Zelândia nos últimos 200 anos. 5
Upokororo
Nome científico: Prototroctes oxyrhynchus
Ano da extinção: cerca de 1930
Habitat: Nova Zelândia
Gene ligado ao nanismo protege contra câncer e diabetes, diz estudo
17/02/2011 15h06 - Atualizado em 17/02/2011 17h29
Gene ligado ao nanismo protege contra câncer e diabetes, diz estudo
Pessoas com a síndrome de Laron tiveram menor incidência das doenças.
Cientistas pretendem elaborar tratamentos bloqueando hormônios.
A pesquisa acompanhou cerca de cem pessoas com a síndrome de Laron (Foto: Cortesia / Jaime Guevara-Aguirre)Um estudo de 22 anos com pessoas anormalmente baixas sugere que as mutações que causam o nanismo podem também diminuir o risco de câncer e diabetes. Na pesquisa, o biólogo celular Valter Longo, da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, e o endocrinologista equatoriano Jaime Guevara-Aguirre acompanharam uma comunidade remota nas encostas dos Andes.
Nesta comunidade, há muitas pessoas com a síndrome de Laron, um defeito num gene que impede o corpo de utilizar o hormônio do crescimento (GH). Os cientistas acompanharam cerca de cem indivíduos com a síndrome e 1,6 mil de estatura normal.
Durante os 22 anos, não foi registrado nenhum caso de diabetes e apenas um de câncer – que não levou à morte – entre os anões. Em contrapartida, entre as pessoas de estatura normal, 5% tiveram diabetes e 17% sofreram de câncer. Como eles viviam no mesmo ambiente e tinham os mesmos fatores genéticos, os cientistas concluíram que o hormônio do crescimento tem suas desvantagens.
O pesquisador Jaime Guevara-Aguirre e com participantes da pesquisa em 1988 (Foto: Cortesia / Jaime Guevara-Aguirre)“As pessoas com deficiência de recepção do hormônio do crescimento não têm duas das principais doenças do envelhecimento. Também têm uma incidência muito baixa de acidentes vasculares, mas o número de mortes por conta deles foi muito baixo para determinar se isto é significante”, afirmou Longo.
Contudo, a expectativa de vida dos dois grupos é aproximadamente a mesma, pois os anões morrem pelo abuso de substâncias ou por acidentes com mais frequência. “Embora os indivíduos que encontramos aparentem estar relativamente felizes e normais e sabidamente tenham funções cognitivas normais, há muitas causas de morte estranhas, incluindo muitas ligadas ao álcool”, explicou o pesquisador.
O que ainda não está claro para os cientistas é como a deficiência de hormônios de crescimento pode proteger um indivíduo. De toda forma, existe a esperança de desenvolver um tratamento a partir do bloqueio dos hormônios. A ideia é utilizar tal tratamento em adultos com alta taxa destes hormônios, tentando levá-los a uma taxa média, e apenas em famílias com alta incidência de câncer e diabetes.
O estudo foi divulgado pela publicação científica “Science Translational Medicine”.
Gene ligado ao nanismo protege contra câncer e diabetes, diz estudo
Pessoas com a síndrome de Laron tiveram menor incidência das doenças.
Cientistas pretendem elaborar tratamentos bloqueando hormônios.
A pesquisa acompanhou cerca de cem pessoas com a síndrome de Laron (Foto: Cortesia / Jaime Guevara-Aguirre)Um estudo de 22 anos com pessoas anormalmente baixas sugere que as mutações que causam o nanismo podem também diminuir o risco de câncer e diabetes. Na pesquisa, o biólogo celular Valter Longo, da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, e o endocrinologista equatoriano Jaime Guevara-Aguirre acompanharam uma comunidade remota nas encostas dos Andes.
Nesta comunidade, há muitas pessoas com a síndrome de Laron, um defeito num gene que impede o corpo de utilizar o hormônio do crescimento (GH). Os cientistas acompanharam cerca de cem indivíduos com a síndrome e 1,6 mil de estatura normal.
Durante os 22 anos, não foi registrado nenhum caso de diabetes e apenas um de câncer – que não levou à morte – entre os anões. Em contrapartida, entre as pessoas de estatura normal, 5% tiveram diabetes e 17% sofreram de câncer. Como eles viviam no mesmo ambiente e tinham os mesmos fatores genéticos, os cientistas concluíram que o hormônio do crescimento tem suas desvantagens.
O pesquisador Jaime Guevara-Aguirre e com participantes da pesquisa em 1988 (Foto: Cortesia / Jaime Guevara-Aguirre)“As pessoas com deficiência de recepção do hormônio do crescimento não têm duas das principais doenças do envelhecimento. Também têm uma incidência muito baixa de acidentes vasculares, mas o número de mortes por conta deles foi muito baixo para determinar se isto é significante”, afirmou Longo.
Contudo, a expectativa de vida dos dois grupos é aproximadamente a mesma, pois os anões morrem pelo abuso de substâncias ou por acidentes com mais frequência. “Embora os indivíduos que encontramos aparentem estar relativamente felizes e normais e sabidamente tenham funções cognitivas normais, há muitas causas de morte estranhas, incluindo muitas ligadas ao álcool”, explicou o pesquisador.
O que ainda não está claro para os cientistas é como a deficiência de hormônios de crescimento pode proteger um indivíduo. De toda forma, existe a esperança de desenvolver um tratamento a partir do bloqueio dos hormônios. A ideia é utilizar tal tratamento em adultos com alta taxa destes hormônios, tentando levá-los a uma taxa média, e apenas em famílias com alta incidência de câncer e diabetes.
O estudo foi divulgado pela publicação científica “Science Translational Medicine”.
segunda-feira, 21 de março de 2011
O Elvis das Aguas - Blue Pike
O ELVIS DAS ÁGUAS - Blue Pike
O blue pike é considerado o Elvis Presley dos peixes. Muita gente insiste que ele está vivo, embora as evidências digam o contrário. Assim como o intérprete de Love me tender é vez ou outra "visto" em cidadezinhas interioranas, o blue pike é eventualmente "reencontrado" pelos pescadores. Basta uma análise mais apurada, contudo, para perceber que se trata de uma espécie próxima (ou de um sósia, no caso do Rei do Rock). O blue pike legítimo não é visto desde 1965, quando o último espécime reconhecido por especialistas foi capturado. De lá para cá, virou obsessão entre pescadores amadores dos Estados Unidos e do Canadá reencontrar a espécie, que já foi abundante nos Grandes Lagos - especialmente no lago Erie, no território americano, e no Ontário, do lado canadense.
De carne saborosa, o peixe, que atingia 50 centímetros de comprimento e 1 quilo de peso, foi capturado sem piedade desde 1850. Com base em relatórios esporádicos sobre a pesca nos dois lagos, estima-se que entre 1882 e 1962 tenham sido retirados 450 milhões de quilos do peixe, que ao longo de todo esse período foi um dos pratos principais dos restaurantes das regiões próximas aos Grandes Lagos. Além do interesse comercial, havia a captura esportiva. Em 1955, um torneio reuniu em Erie, na Pensilvânia, 25 barcos, cada um com tripulação entre 20 e 60 homens, com a missão de capturar o maior número possível de blue pikes.
O desaparecimento da espécie foi tão rápido e inesperado que a ciência não teve tempo de se preparar. Em 1959, foram pescadas 36 toneladas do peixe. Em 1964, apenas cinco anos depois, a produção não passou de 90 quilos. Os pescadores e mesmo os biólogos acreditavam tratar-se apenas de uma entressafra, algo que ocorrera em outras ocasiões. Quando perceberam a gravidade da situação, era tarde demais.
Para a posteridade restaram apenas registros descritivos, além de desenhos e fotos amadoras. A existência de espécies muito semelhantes, sobretudo o blue walleye (Stizostedion vitreum vitreum), dá margem a confusões. Em 1999, a notícia de que um pescador amador chamado Jim Anthony havia guardado um blue pike em um freezer durante mais de três décadas animou os pesquisadores, que imaginavam a possibilidade de identificar o DNA da espécie e, assim, ter referências para procurar exemplares vivos. Tratava-se, no entanto, de um cruzamento de blue pike fêmea com macho de blue walleye, o que invalidou o uso do peixe congelado para o objetivo imaginado.
Já se sabia que o blue pike havia se miscigenado com o walleye. Há inclusive cientistas que afirmam ser o blue pike apenas uma subespécie do walleye, com coloração diferente. Pode estar aí, em uma obra da própria natureza, a chave do desaparecimento da espécie. Mas os ambientalistas insistem na tese de que o blue pike sucumbiu à pesca desenfreada e à poluição das águas dos lagos em que vivia - já que foi justamente na década de 1960 que a população às margens do Erie e do Ontario multiplicou-se rapidamente.
Blue Pike
Nome científico: Stizostedion vitreum glaucum
Ano da extinção: 1965
Habitat: Estados Unidos e Canadá
C=35586
.
O blue pike é considerado o Elvis Presley dos peixes. Muita gente insiste que ele está vivo, embora as evidências digam o contrário. Assim como o intérprete de Love me tender é vez ou outra "visto" em cidadezinhas interioranas, o blue pike é eventualmente "reencontrado" pelos pescadores. Basta uma análise mais apurada, contudo, para perceber que se trata de uma espécie próxima (ou de um sósia, no caso do Rei do Rock). O blue pike legítimo não é visto desde 1965, quando o último espécime reconhecido por especialistas foi capturado. De lá para cá, virou obsessão entre pescadores amadores dos Estados Unidos e do Canadá reencontrar a espécie, que já foi abundante nos Grandes Lagos - especialmente no lago Erie, no território americano, e no Ontário, do lado canadense.
De carne saborosa, o peixe, que atingia 50 centímetros de comprimento e 1 quilo de peso, foi capturado sem piedade desde 1850. Com base em relatórios esporádicos sobre a pesca nos dois lagos, estima-se que entre 1882 e 1962 tenham sido retirados 450 milhões de quilos do peixe, que ao longo de todo esse período foi um dos pratos principais dos restaurantes das regiões próximas aos Grandes Lagos. Além do interesse comercial, havia a captura esportiva. Em 1955, um torneio reuniu em Erie, na Pensilvânia, 25 barcos, cada um com tripulação entre 20 e 60 homens, com a missão de capturar o maior número possível de blue pikes.
O desaparecimento da espécie foi tão rápido e inesperado que a ciência não teve tempo de se preparar. Em 1959, foram pescadas 36 toneladas do peixe. Em 1964, apenas cinco anos depois, a produção não passou de 90 quilos. Os pescadores e mesmo os biólogos acreditavam tratar-se apenas de uma entressafra, algo que ocorrera em outras ocasiões. Quando perceberam a gravidade da situação, era tarde demais.
Para a posteridade restaram apenas registros descritivos, além de desenhos e fotos amadoras. A existência de espécies muito semelhantes, sobretudo o blue walleye (Stizostedion vitreum vitreum), dá margem a confusões. Em 1999, a notícia de que um pescador amador chamado Jim Anthony havia guardado um blue pike em um freezer durante mais de três décadas animou os pesquisadores, que imaginavam a possibilidade de identificar o DNA da espécie e, assim, ter referências para procurar exemplares vivos. Tratava-se, no entanto, de um cruzamento de blue pike fêmea com macho de blue walleye, o que invalidou o uso do peixe congelado para o objetivo imaginado.
Já se sabia que o blue pike havia se miscigenado com o walleye. Há inclusive cientistas que afirmam ser o blue pike apenas uma subespécie do walleye, com coloração diferente. Pode estar aí, em uma obra da própria natureza, a chave do desaparecimento da espécie. Mas os ambientalistas insistem na tese de que o blue pike sucumbiu à pesca desenfreada e à poluição das águas dos lagos em que vivia - já que foi justamente na década de 1960 que a população às margens do Erie e do Ontario multiplicou-se rapidamente.
Blue Pike
Nome científico: Stizostedion vitreum glaucum
Ano da extinção: 1965
Habitat: Estados Unidos e Canadá
C=35586
.
Doença rara faz britânica de 8 anos ter corpo de idosa
17/02/2011 11h37 - Atualizado em 17/02/2011 11h37
Doença rara faz britânica de 8 anos ter corpo de idosa
Progéria causa envelhecimento precoce em menina.
Chance de síndrome aparecer é de 1 a cada 4 milhões de nascidos.
A britânica Ashanti Elliott-Smith, de 8 anos, sofre de uma doença que a faz ter um corpo de uma idosa. Diagnosticada com a síndrome Hutchinson-Gilford de progéria, a menina não possui cabelos, apresenta rugas e precisa de ajuda para conseguir se locomover.
A expectativa de vida da britânica é de apenas 13 anos, já que ela envelhece oito vezes mais rápido do que pessoas sem progéria. Ela sofre com problemas como artrite, fadiga e rugas pelo corpo.
Ashanti pesa apenas 12 kg e é pequena quando comparada à altura da irmã de 5 anos, Brandilouise. A família mora na Grã-Bretanha, mas precisa ir até a França duas vezes por ano para que a garota receba tratamento para evitar o endurecimento das artérias.
Ashanti, com apenas 8 anos de idade, com a mãe, Phoebe (Foto: Barcroft Media / Getty Images)O serviço público de saúde britânico se recusou a comprar uma cadeira de rodas elétrica adaptada para a garota por acreditar que a doença não a limitava tanto. O equipamento custa 6 mil libras, o equivalente a R$ 16,1 mil.
Ao ter uma síndrome de progéria, a criança passar a apresentar todos os sinais típicos da velhice, como pele seca e enrugada, calvície e costas curvadas. Com baixa estatura, os portadores de doença também não apresentam períodos menstruais ao crescer e são estéreis.
As síndromes mais conhecidas de progéria são a de Hutchinson-Gilford - que afeta a pequena Ashanti - e a de Werner. Ambas são passadas por herança genética, mas a medicina ainda não sabe determinar exatamente qual alteração no DNA causa as doenças.
Na versão de Hutchinson-Gilford, outras doenças típicas da velhice como cardíacas, renais e pulmonares podem aparecer, assim como a esclerodermia. As crianças com a doença costumam viver apenas até os 15 anos.
Doença rara faz britânica de 8 anos ter corpo de idosa
Progéria causa envelhecimento precoce em menina.
Chance de síndrome aparecer é de 1 a cada 4 milhões de nascidos.
A britânica Ashanti Elliott-Smith, de 8 anos, sofre de uma doença que a faz ter um corpo de uma idosa. Diagnosticada com a síndrome Hutchinson-Gilford de progéria, a menina não possui cabelos, apresenta rugas e precisa de ajuda para conseguir se locomover.
A expectativa de vida da britânica é de apenas 13 anos, já que ela envelhece oito vezes mais rápido do que pessoas sem progéria. Ela sofre com problemas como artrite, fadiga e rugas pelo corpo.
Ashanti pesa apenas 12 kg e é pequena quando comparada à altura da irmã de 5 anos, Brandilouise. A família mora na Grã-Bretanha, mas precisa ir até a França duas vezes por ano para que a garota receba tratamento para evitar o endurecimento das artérias.
Ashanti, com apenas 8 anos de idade, com a mãe, Phoebe (Foto: Barcroft Media / Getty Images)O serviço público de saúde britânico se recusou a comprar uma cadeira de rodas elétrica adaptada para a garota por acreditar que a doença não a limitava tanto. O equipamento custa 6 mil libras, o equivalente a R$ 16,1 mil.
Ao ter uma síndrome de progéria, a criança passar a apresentar todos os sinais típicos da velhice, como pele seca e enrugada, calvície e costas curvadas. Com baixa estatura, os portadores de doença também não apresentam períodos menstruais ao crescer e são estéreis.
As síndromes mais conhecidas de progéria são a de Hutchinson-Gilford - que afeta a pequena Ashanti - e a de Werner. Ambas são passadas por herança genética, mas a medicina ainda não sabe determinar exatamente qual alteração no DNA causa as doenças.
Na versão de Hutchinson-Gilford, outras doenças típicas da velhice como cardíacas, renais e pulmonares podem aparecer, assim como a esclerodermia. As crianças com a doença costumam viver apenas até os 15 anos.
sábado, 19 de março de 2011
Britânicos primitivos bebiam em crânios e podem ter sido canibais
17/02/2011 14h58 - Atualizado em 17/02/2011 15h57
Britânicos primitivos bebiam em crânios e podem ter sido canibais
Novas descobertas sugerem que homens da região abatiam outros humanos e usavam suas cabeças como `tigela'.
Novas análises de crânios humanos descobertos no sudeste da Inglaterra podem ser a prova de que os homens primitivos da região praticavam o canibalismo.
Segundo os cientistas, as marcas de arranhões nos crânios indicam que, há 14,7 mil anos, a parte superior da cabeça humana teria sido separada de seus tecidos com uma faca de pedra e transformada em uma tigela para comer e beber.
Crânio eram usados para beber há 14,7 mil anos, segundo especialistas (Foto: BBC)As evidências mostram que os esqueletos encontrados nas cavernas da Garganta de Cheddar, no condado de Sommerset, na Grã-Bretanha, foram tratados do mesmo modo que os ossos de animais encontrados no mesmo local.
A semelhança pode indicar que humanos também eram mortos e posteriormente comidos pelos homens pré-históricos.
No entanto, os pesquisadores dizem que ainda não é possível dizer se os donos dos esqueletos encontrados foram mortos especificamente para serem comidos ou se morreram naturalmente, nem mesmo se eram membros do mesmo grupo.
Pesquisa foi feita da Garganta de Cheddar, na Grã-Bretanha (Foto: BBC)
Britânicos primitivos bebiam em crânios e podem ter sido canibais
Novas descobertas sugerem que homens da região abatiam outros humanos e usavam suas cabeças como `tigela'.
Novas análises de crânios humanos descobertos no sudeste da Inglaterra podem ser a prova de que os homens primitivos da região praticavam o canibalismo.
Segundo os cientistas, as marcas de arranhões nos crânios indicam que, há 14,7 mil anos, a parte superior da cabeça humana teria sido separada de seus tecidos com uma faca de pedra e transformada em uma tigela para comer e beber.
Crânio eram usados para beber há 14,7 mil anos, segundo especialistas (Foto: BBC)As evidências mostram que os esqueletos encontrados nas cavernas da Garganta de Cheddar, no condado de Sommerset, na Grã-Bretanha, foram tratados do mesmo modo que os ossos de animais encontrados no mesmo local.
A semelhança pode indicar que humanos também eram mortos e posteriormente comidos pelos homens pré-históricos.
No entanto, os pesquisadores dizem que ainda não é possível dizer se os donos dos esqueletos encontrados foram mortos especificamente para serem comidos ou se morreram naturalmente, nem mesmo se eram membros do mesmo grupo.
Pesquisa foi feita da Garganta de Cheddar, na Grã-Bretanha (Foto: BBC)
quinta-feira, 17 de março de 2011
Brasil prepara lançamento inédito de foguete em 2012, mas uso é incerto
17/02/2011 13h04 - Atualizado em 17/02/2011 15h37
Brasil prepara lançamento inédito de foguete em 2012, mas uso é incerto
A capacidade de carregamento de satélites do Cyclone-4, fabricado na Ucrânia, é questionada por especialistas.
O Brasil prepara, para 2012, um feito inédito em seu programa espacial: pela primeira vez, irá colocar no espaço, a partir do seu próprio solo, um foguete com um satélite a bordo. Trata-se do Cyclone-4, foguete de fabricação ucraniana que deve ser lançado no ano que vem da base de Alcântara (MA), em uma parceria que começou a ser orquestrada em 2003. Pelo acordo, o Brasil entra com a base, e a Ucrânia, com a tecnologia do foguete.
Um lançamento bem-sucedido pode elevar o status dos dois países no cenário espacial global. No entanto, um dos dilemas do programa é quanto ao uso que o Brasil poderá dar ao Cyclone-4. Alguns especialistas ouvidos pela BBC Brasil consideram "altamente questionável" sua viabilidade comercial.
Maquete do Cyclone-4, foguete a ser lançado em 2012 (Foto: BBC)Uma questão-chave é a capacidade limitada de carga do Cyclone-4: para a chamada órbita geoestacionária, em que o satélite fica a 36 mil km de altitude e parado em relação a um ponto na superfície da Terra, o foguete só consegue levar carga de 1,6 mil quilos, o que é considerado insuficiente para muitos satélites de comunicação.
"O programa foi inicialmente proposto como uma empreitada de cunho comercial, e que deveria se sustentar com a venda dos serviços de lançamentos de satélites. Mas sua evolução não corrobora essa hipótese", disse José Nivaldo Hinckel, coordenador do departamento de mecânica espacial do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Fontes ligadas à ACS, empresa binacional criada pela parceria Brasil-Ucrânia, admitem que será necessário encontrar um 'nicho de mercado' para o Cyclone-4, já que muitos satélites públicos e privados não cabem no foguete. Mas a empresa diz que já está participando de concorrências internacionais e que negocia qual satélite participará do lançamento inicial do foguete.
Vantagem geográfica
Para Carlos Ganem, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), o programa com a Ucrânia "inaugura um tempo novo" para o Brasil e permitirá que o país usufrua de sua vantagem geográfica.
Como Alcântara fica próxima à Linha do Equador, lançamentos feitos ali permitem o uso eficiente do movimento de rotação da Terra, gastando 30% a menos de combustível no envio de foguetes ao espaço.
Ucrânia é parceira do Brasil no projeto (Foto: BBC)Além de serem considerados importantes pelo uso em telecomunicações, os satélites são muito usados para coletar informações sobre clima, navegação, ocupação de solo e monitoramento da região amazônica.
"São essenciais para que o Brasil exerça sua autonomia", opinou Ganem, dizendo que o país ambiciona ter satélites feitos em parceria com Argentina e África do Sul que possam ser lançados em Alcântara.
Para Hinckel, do Inpe, porém, "é difícil justificar um programa espacial autônomo (como o do Cyclone) sem que o segmento de comunicações geoestacionárias seja contemplado".
Fernando Catalano, professor de engenharia aeronáutica da USP de São Carlos, disse achar importante o desenvolvimento proporcionado à base de Alcântara, mas considera improvável que o lançador traga lucros de curto prazo para o Brasil ou que elimine a dependência do país para lançamentos de satélites.
Preparativos
Do lado brasileiro, a ACS diz que está preparando a parte estrutural de Alcântara para o lançamento do Cyclone-4.
Já do lado da Ucrânia, 16 empresas estão contribuindo para a construção do foguete, na cidade de Dnipropetrovsk (centro-leste do país). Segundo os projetistas, essa versão do Cyclone terá alta precisão e um aumento de 30% na capacidade de carregar combustível. O artefato terá vida útil estimada de entre 15 e 20 anos.
Para Ganem, trata-se de "um lançador confiável, da escola soviética". Para Catalano, é um foguete não muito grande nem muito caro, e a família Cyclone, existente desde 1969, tem um histórico bem-sucedido (em 226 testes de lançamento, houve apenas seis falhas).
Dezesseis empresas ucranianas contribuem para construção do foguete (Foto: BBC)Segundo a ACS, outro ponto importante é que não haverá contato humano com o foguete na base. Isso impediria a repetição do ocorrido em 2003, quando uma explosão no VLS (Veículo Lançador de Satélites) resultou na morte de 21 técnicos em Alcântara.
No entanto, Hinckel cita preocupações com o combustível propelente "altamente tóxico" que será usado no lançamento. A ACS alega que não haverá manuseio do combustível - que virá da China, via navio -, apenas de seu recipiente.
Tecnologia
Em aparente mostra da preocupação com a viabilidade comercial do projeto, telegramas diplomáticos divulgados pelo site WikiLeaks apontaram recentemente que a Ucrânia sugeriu aos Estados Unidos que lançassem seus satélites a partir de Alcântara.
Os documentos indicam que os americanos condicionaram seu interesse pela base à não transferência de tecnologia ucraniana de foguetes ao Brasil.
O embaixador ucraniano em Brasília, Ihor Hrushko, disse à BBC Brasil (em entrevista prévia ao vazamento do WikiLeaks) que formalmente não há acordo para a transferência de tecnologia no Cyclone-4, mas sim expectativa de que a parceria bilateral continue "para que trabalhemos em conjunto em outros processos".
Ele disse que transferir tecnologia não é algo de um dia para o outro, "é um processo duradouro, de anos".
Mas ele afirmou que o Brasil é o "sócio mais importante" da Ucrânia no continente - tanto que, em 10 de janeiro, o presidente do país, Viktor Yanukovich, telefonou à presidente Dilma Rousseff para falar sobre a expectativa de criar uma "parceria estratégica" com o Brasil a partir do foguete. Os dois presidentes esperam estar presentes no lançamento do artefato.
Base de Alcântara quer apagar lembrança do acidente em 2003 (Foto: BBC)A ACS, por sua vez, afirmou que a expectativa de transferência de tecnologia existe, mas ressaltou que não é esse o objetivo do tratado binacional.
Ainda que o intercâmbio tecnológico seja considerado importante para os especialistas consultados pela BBC Brasil, alguns destacam que a não transferência acabou estimulando o desenvolvimento de tecnologias brasileiras.
É o caso do satélite CBERS-3, que será lançado na China em outubro, com o objetivo de monitoramento ambiental e controle da Amazônia: suas câmeras foram produzidas em São Carlos (SP), com tecnologia nacional da empresa Opto.
Brasil prepara lançamento inédito de foguete em 2012, mas uso é incerto
A capacidade de carregamento de satélites do Cyclone-4, fabricado na Ucrânia, é questionada por especialistas.
O Brasil prepara, para 2012, um feito inédito em seu programa espacial: pela primeira vez, irá colocar no espaço, a partir do seu próprio solo, um foguete com um satélite a bordo. Trata-se do Cyclone-4, foguete de fabricação ucraniana que deve ser lançado no ano que vem da base de Alcântara (MA), em uma parceria que começou a ser orquestrada em 2003. Pelo acordo, o Brasil entra com a base, e a Ucrânia, com a tecnologia do foguete.
Um lançamento bem-sucedido pode elevar o status dos dois países no cenário espacial global. No entanto, um dos dilemas do programa é quanto ao uso que o Brasil poderá dar ao Cyclone-4. Alguns especialistas ouvidos pela BBC Brasil consideram "altamente questionável" sua viabilidade comercial.
Maquete do Cyclone-4, foguete a ser lançado em 2012 (Foto: BBC)Uma questão-chave é a capacidade limitada de carga do Cyclone-4: para a chamada órbita geoestacionária, em que o satélite fica a 36 mil km de altitude e parado em relação a um ponto na superfície da Terra, o foguete só consegue levar carga de 1,6 mil quilos, o que é considerado insuficiente para muitos satélites de comunicação.
"O programa foi inicialmente proposto como uma empreitada de cunho comercial, e que deveria se sustentar com a venda dos serviços de lançamentos de satélites. Mas sua evolução não corrobora essa hipótese", disse José Nivaldo Hinckel, coordenador do departamento de mecânica espacial do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Fontes ligadas à ACS, empresa binacional criada pela parceria Brasil-Ucrânia, admitem que será necessário encontrar um 'nicho de mercado' para o Cyclone-4, já que muitos satélites públicos e privados não cabem no foguete. Mas a empresa diz que já está participando de concorrências internacionais e que negocia qual satélite participará do lançamento inicial do foguete.
Vantagem geográfica
Para Carlos Ganem, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), o programa com a Ucrânia "inaugura um tempo novo" para o Brasil e permitirá que o país usufrua de sua vantagem geográfica.
Como Alcântara fica próxima à Linha do Equador, lançamentos feitos ali permitem o uso eficiente do movimento de rotação da Terra, gastando 30% a menos de combustível no envio de foguetes ao espaço.
Ucrânia é parceira do Brasil no projeto (Foto: BBC)Além de serem considerados importantes pelo uso em telecomunicações, os satélites são muito usados para coletar informações sobre clima, navegação, ocupação de solo e monitoramento da região amazônica.
"São essenciais para que o Brasil exerça sua autonomia", opinou Ganem, dizendo que o país ambiciona ter satélites feitos em parceria com Argentina e África do Sul que possam ser lançados em Alcântara.
Para Hinckel, do Inpe, porém, "é difícil justificar um programa espacial autônomo (como o do Cyclone) sem que o segmento de comunicações geoestacionárias seja contemplado".
Fernando Catalano, professor de engenharia aeronáutica da USP de São Carlos, disse achar importante o desenvolvimento proporcionado à base de Alcântara, mas considera improvável que o lançador traga lucros de curto prazo para o Brasil ou que elimine a dependência do país para lançamentos de satélites.
Preparativos
Do lado brasileiro, a ACS diz que está preparando a parte estrutural de Alcântara para o lançamento do Cyclone-4.
Já do lado da Ucrânia, 16 empresas estão contribuindo para a construção do foguete, na cidade de Dnipropetrovsk (centro-leste do país). Segundo os projetistas, essa versão do Cyclone terá alta precisão e um aumento de 30% na capacidade de carregar combustível. O artefato terá vida útil estimada de entre 15 e 20 anos.
Para Ganem, trata-se de "um lançador confiável, da escola soviética". Para Catalano, é um foguete não muito grande nem muito caro, e a família Cyclone, existente desde 1969, tem um histórico bem-sucedido (em 226 testes de lançamento, houve apenas seis falhas).
Dezesseis empresas ucranianas contribuem para construção do foguete (Foto: BBC)Segundo a ACS, outro ponto importante é que não haverá contato humano com o foguete na base. Isso impediria a repetição do ocorrido em 2003, quando uma explosão no VLS (Veículo Lançador de Satélites) resultou na morte de 21 técnicos em Alcântara.
No entanto, Hinckel cita preocupações com o combustível propelente "altamente tóxico" que será usado no lançamento. A ACS alega que não haverá manuseio do combustível - que virá da China, via navio -, apenas de seu recipiente.
Tecnologia
Em aparente mostra da preocupação com a viabilidade comercial do projeto, telegramas diplomáticos divulgados pelo site WikiLeaks apontaram recentemente que a Ucrânia sugeriu aos Estados Unidos que lançassem seus satélites a partir de Alcântara.
Os documentos indicam que os americanos condicionaram seu interesse pela base à não transferência de tecnologia ucraniana de foguetes ao Brasil.
O embaixador ucraniano em Brasília, Ihor Hrushko, disse à BBC Brasil (em entrevista prévia ao vazamento do WikiLeaks) que formalmente não há acordo para a transferência de tecnologia no Cyclone-4, mas sim expectativa de que a parceria bilateral continue "para que trabalhemos em conjunto em outros processos".
Ele disse que transferir tecnologia não é algo de um dia para o outro, "é um processo duradouro, de anos".
Mas ele afirmou que o Brasil é o "sócio mais importante" da Ucrânia no continente - tanto que, em 10 de janeiro, o presidente do país, Viktor Yanukovich, telefonou à presidente Dilma Rousseff para falar sobre a expectativa de criar uma "parceria estratégica" com o Brasil a partir do foguete. Os dois presidentes esperam estar presentes no lançamento do artefato.
Base de Alcântara quer apagar lembrança do acidente em 2003 (Foto: BBC)A ACS, por sua vez, afirmou que a expectativa de transferência de tecnologia existe, mas ressaltou que não é esse o objetivo do tratado binacional.
Ainda que o intercâmbio tecnológico seja considerado importante para os especialistas consultados pela BBC Brasil, alguns destacam que a não transferência acabou estimulando o desenvolvimento de tecnologias brasileiras.
É o caso do satélite CBERS-3, que será lançado na China em outubro, com o objetivo de monitoramento ambiental e controle da Amazônia: suas câmeras foram produzidas em São Carlos (SP), com tecnologia nacional da empresa Opto.
segunda-feira, 14 de março de 2011
O rio ficou pequeno - Gambúsia do rio San Marcos
O RIO FICOU PEQUENO - Gambúsia do rio San Marcos
O Gambusia georgei já era um peixe ameaçado de extinção quando foi descoberto pela ciência, em 1884. Ao longo dos cem anos seguintes, encontrar exemplares da espécie para entender seus hábitos era sempre um desafio para os pesquisadores, mas periodicamente eles obtinham sucesso. A partir de 1982 isso deixou de ocorrer e o peixe foi incluído na lista oficial dos animais extintos.
O fato de viver concentrado em uma área bastante restrita, um trecho de apenas 1 quilômetro do rio San Marcos, próximo à cidade de mesmo nome no Estado do Texas, nos Estados Unidos, tornava a espécie muito vulnerável a mudanças no habitat. Diante da sensação de que qualquer desequilíbrio poderia levá-la ao desaparecimento, a reprodução em cativeiro foi tentada em várias ocasiões. Colônias foram estabelecidas em aquários das cidades de Austin, no Texas, e Dexter, no Novo México. Ambas, no entanto, foram dizimadas por doenças.
O trecho do rio San Marcos em que o gambúsia costumava ser encontrado reunia características essenciais para a sobrevivência da espécie. A começar pela temperatura estável da água, que se mantém ao longo do ano inteiro em torno de 23 graus, com pequenas variações. Os locais que costumavam ser escolhidos pelo gambúsia eram os de menor correnteza, normalmente próximos às margens, onde havia abundância de plantas aquáticas - o que assegurava a obtenção de larvas de insetos, seu alimento predileto.
A introdução de espécies forasteiras no San Marcos pode ter transformado a disputa por alimentos em uma missão impossível para o gambúsia, um peixinho que não passava de quatro centímetros de comprimento. Seu desaparecimento acendeu o sinal amarelo com relação à preservação não apenas do rio San Marcos, mas de um sistema muito maior que o abastece, o aqüífero Edwards, responsável pelo fornecimento de água potável a quase 2 milhões de pessoas. Tratado por décadas como se fosse uma reserva infinita de água potável, o aqüífero apresentou no ano 2000 os menores níveis desde que a medição começara a ser feita, há mais de meio século.
Talvez o gambúsia, cuja marca registrada era uma discreta linha preta ao longo do dorso de coloração amarelada, tenha sido apenas o primeiro mártir de uma causa que ameaça fazer novas vítimas nos próximos anos. Organizações ambientalistas alertam para o fato de que sete outras espécies que só existem na região do aqüífero Edwards, como a salamandra-cega-do-texas (Typhlomolge rathbuni), estão na lista de animais ameaçados. Das 169 espécies nativas de peixes de água doce catalogadas em todo o Estado do Texas, 20% estão sob risco de extinção a curto e médio prazo.
Gambúsia-do-Rio-San-Marcos
Nome científico: Gambusia georgei
Ano da extinção: 1982
Habitat: Texas, Estados Unidos
C=34175
O Gambusia georgei já era um peixe ameaçado de extinção quando foi descoberto pela ciência, em 1884. Ao longo dos cem anos seguintes, encontrar exemplares da espécie para entender seus hábitos era sempre um desafio para os pesquisadores, mas periodicamente eles obtinham sucesso. A partir de 1982 isso deixou de ocorrer e o peixe foi incluído na lista oficial dos animais extintos.
O fato de viver concentrado em uma área bastante restrita, um trecho de apenas 1 quilômetro do rio San Marcos, próximo à cidade de mesmo nome no Estado do Texas, nos Estados Unidos, tornava a espécie muito vulnerável a mudanças no habitat. Diante da sensação de que qualquer desequilíbrio poderia levá-la ao desaparecimento, a reprodução em cativeiro foi tentada em várias ocasiões. Colônias foram estabelecidas em aquários das cidades de Austin, no Texas, e Dexter, no Novo México. Ambas, no entanto, foram dizimadas por doenças.
O trecho do rio San Marcos em que o gambúsia costumava ser encontrado reunia características essenciais para a sobrevivência da espécie. A começar pela temperatura estável da água, que se mantém ao longo do ano inteiro em torno de 23 graus, com pequenas variações. Os locais que costumavam ser escolhidos pelo gambúsia eram os de menor correnteza, normalmente próximos às margens, onde havia abundância de plantas aquáticas - o que assegurava a obtenção de larvas de insetos, seu alimento predileto.
A introdução de espécies forasteiras no San Marcos pode ter transformado a disputa por alimentos em uma missão impossível para o gambúsia, um peixinho que não passava de quatro centímetros de comprimento. Seu desaparecimento acendeu o sinal amarelo com relação à preservação não apenas do rio San Marcos, mas de um sistema muito maior que o abastece, o aqüífero Edwards, responsável pelo fornecimento de água potável a quase 2 milhões de pessoas. Tratado por décadas como se fosse uma reserva infinita de água potável, o aqüífero apresentou no ano 2000 os menores níveis desde que a medição começara a ser feita, há mais de meio século.
Talvez o gambúsia, cuja marca registrada era uma discreta linha preta ao longo do dorso de coloração amarelada, tenha sido apenas o primeiro mártir de uma causa que ameaça fazer novas vítimas nos próximos anos. Organizações ambientalistas alertam para o fato de que sete outras espécies que só existem na região do aqüífero Edwards, como a salamandra-cega-do-texas (Typhlomolge rathbuni), estão na lista de animais ameaçados. Das 169 espécies nativas de peixes de água doce catalogadas em todo o Estado do Texas, 20% estão sob risco de extinção a curto e médio prazo.
Gambúsia-do-Rio-San-Marcos
Nome científico: Gambusia georgei
Ano da extinção: 1982
Habitat: Texas, Estados Unidos
C=34175
Homem vive 10 anos com tumor do tamanho de bola de futebol nos EUA
15/02/2011 17h08 - Atualizado em 15/02/2011 17h26
Homem vive 10 anos com tumor do tamanho de bola de futebol nos EUA
Josh Abken retirou o câncer em 2010, após cirurgia de várias horas.
Tumor ficou conhecido como 'alien' por ter desenvolvido 'tentáculos'.
Imagem mostra tumor que foi retirado do corpo de
Josh Abken (Foto: CBS Sacramento / Reprodução)Um homem de 36 anos sobreviveu durante 10 anos com um tumor no tórax do tamanho de uma bola de futebol nos Estados Unidos. Um ano após retirar o câncer, que pressionava o coração e deslocava pulmões e estômago, o vice-diretor de escola Josh Abken ainda passa por exames de tomografia para saber se a ameaça pode retornar.
O norte-americano, morador da cidade de Sacramento, na Califórnia, procurou os médicos em 2010, reclamando de fortes dores nas costas. Ao passar por exames de raios-x, foi informado sobre um câncer agressivo, grande como uma bola e que havia desenvolvido "tentáculos".
Para retirar o tumor, que estava parcialmente calcificado e endurecido, o médico Constanzo Di Perna, do Mercy Hospital, precisou de várias horas de cirurgia para salvar Josh.
O câncer ficou conhecido como "tumor alien" pela imprensa norte-americana e recebeu até um nome próprio: "Gill". Os parentes de Josh chegaram a fazer camisetas com os dizeres "Kill Gill" ('Mate Gill', em alusão ao filme 'Kill Bill', de Quentin Tarantino), para apoiar o norte-americano no combate à doença. As informações são da "CBS Sacramento".
Homem vive 10 anos com tumor do tamanho de bola de futebol nos EUA
Josh Abken retirou o câncer em 2010, após cirurgia de várias horas.
Tumor ficou conhecido como 'alien' por ter desenvolvido 'tentáculos'.
Imagem mostra tumor que foi retirado do corpo de
Josh Abken (Foto: CBS Sacramento / Reprodução)Um homem de 36 anos sobreviveu durante 10 anos com um tumor no tórax do tamanho de uma bola de futebol nos Estados Unidos. Um ano após retirar o câncer, que pressionava o coração e deslocava pulmões e estômago, o vice-diretor de escola Josh Abken ainda passa por exames de tomografia para saber se a ameaça pode retornar.
O norte-americano, morador da cidade de Sacramento, na Califórnia, procurou os médicos em 2010, reclamando de fortes dores nas costas. Ao passar por exames de raios-x, foi informado sobre um câncer agressivo, grande como uma bola e que havia desenvolvido "tentáculos".
Para retirar o tumor, que estava parcialmente calcificado e endurecido, o médico Constanzo Di Perna, do Mercy Hospital, precisou de várias horas de cirurgia para salvar Josh.
O câncer ficou conhecido como "tumor alien" pela imprensa norte-americana e recebeu até um nome próprio: "Gill". Os parentes de Josh chegaram a fazer camisetas com os dizeres "Kill Gill" ('Mate Gill', em alusão ao filme 'Kill Bill', de Quentin Tarantino), para apoiar o norte-americano no combate à doença. As informações são da "CBS Sacramento".
Especialistas afastam aspecto psicológico como causa da gagueira
15/02/2011 10h13 - Atualizado em 15/02/2011 11h53
Especialistas afastam aspecto psicológico como causa da gagueira
Distúrbio no ritmo da fala afeta 70 milhões de pessoas no mundo.
No passado, estudos tentaram provar que o distúrbio podia ser 'aprendido'.
O ator Colin Firth, no papel do monarca George IV,
que conviveu com a gagueira. (Foto: divulgação)Quase 70 milhões de pessoas sofrem com a gagueira, condição que foi enfrentada pelo rei inglês George VI, retratado no filme "O discurso do rei", com o ator Colin Firth no papel do monarca. A ciência ainda não chegou a uma conclusão sobre o que motiva o distúrbio na fala, mas uma candidata é cada vez mais afastada: a causa psicológica.
"Aqui no Brasil as pessoas ainda encaram a gagueira como um problema emocional, algo que veio por causa de um simples susto", afirma a fonoaudióloga Ignês Maia Ribeiro, presidente do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), grupo voltado à divulgação de informações sobre o distúrbio da fala. No país, quase 2 milhões de pessoas convivem com o problema.
A gagueira é entendida pelos médicos como uma dificuldade para manter o ritmo normal da fala. O portador pode repetir várias vezes uma sílaba, uma palavra e até trechos inteiros de frases. Também há casos nos quais a pessoa prolonga um som ou faz ruídos no meio do discurso que atrapalham a compreensão por parte do ouvinte (veja quadro abaixo).
Problema Efeito na fala Exemplo
Bloqueio
O portador não consegue terminar
uma palavra, 'travando' em um trecho da frase. . "Comi..."
Prolongamento
Um som é estendido além do necessário, como se uma sílaba fosse 'esticada'. "Comiiiiiiiiida"
Repetição
Sílabas, palavras e até
trechos inteiros são repetidos
mais de três vezes, em sequência. "Co / co / co / comida"
Intrusão
Um som aleatório entra no meio de uma frase, sem relação com o discurso. "Comi / ruído / da"
Segundo o IBF, 55% dos casos são motivados por herança genética. Os 45% restantes seriam causados por lesões no cérebro. Em fevereiro de 2010, os cientistas chegaram a descrever a descoberta de três genes ligados à gagueira. O estudo foi divulgado na revista médica "New England Journal of Medicine", uma das principais na área.
Estudo ‘monstro’
Segundo os Institutos Nacionais de Saúde norte-americanos (NIH, na sigla em inglês), as causas psicológicas eram aceitas no passado para explicar a gagueira.
Na época retratada pelo filme, uma pesquisa feita por Mary Tudor, estudante de psicologia clínica da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, tentou provar que as pessoas podiam ser "convencidas" a tornarem-se gagas.
Orientada por Wendell Johnson, professor da universidade e portador de gagueira desde os 6 anos de idade, Tudor trabalhou com 22 crianças -- 10 delas diagnosticadas com gagueira antes do experimento --, durante seis meses de 1939.
Divididas em grupos, metade das órfãs saudáveis eram levadas a acreditar que tinham gagueira. Já parte daquelas com o distúrbio de verdade eram convencidas de que falavam normalmente.
O trabalho é conhecido atualmente como "estudo monstro" dentro da comunidade científica, pois os métodos usados causaram problemas psicológicos reais nas crianças e não provaram que a gagueira podia ser induzida.
No ano de 2007, a corte do estado norte-americano de Iowa chegou a autorizar indenizações a agluns dos órfãos saúdáveis usados por Johnson e Tudor no experimento frustrado.
Sem consenso
Mesmo cada vez mais afastada, os especialistas reconhecem que as explicações psicológicas ainda estão presentes nos estudos sobre a gagueira. “Não há consenso ainda, algumas linhas de pesquisa ainda trabalham com as causas psicológicas”, afirma Clara Rocha, fonoaudióloga do Grupo Microsom, especializado em produtos para portadores de gagueira.
Para os especialistas, parece fazer mais sentido entender os problemas psicológicos como consequências possíveis da gagueira. "São pessoas que podem ter um ânimo muito baixo. Tem gente que não contrata quem sofra com gagueira, gente que acredita que o distúrbio é contagioso”, diz Clara. “A dificuldade para falar pode certamente levar a um trauma.”
Tratamento
Não existe cura e não há drogas para tratar a doença. Estudos do Instituto Nacional de Surdez e Distúrbios de Comunicação norte-americano (NIDCD, na sigla em inglês) mostram que remédios usados para combater outras doenças como depressão, epilepsia e ansiedade fracassam quando aplicados como terapia para tratar a gagueira.
Pior que as gozações é o isolamento. Se você não fala, você não gagueja"Ignês Maia Ribeiro,
presidente do IBFO rei George VI conta, no filme, com um fonoaudiólogo excêntrico, interpretado por Geoffrey Rush, que desenvolve muitas das técnicas atuais para diminuir a gagueira. "O filme mostra bem que o tratamento é mais refinado do que simplesmente fazer leitura em voz alta", explica Ignês. "É preciso aprender a soltar a musculatura, relaxamentos, é um trabalho cauteloso, mais do que simplesmente oratória."
A gagueira traz problemas de convívio motivados pelo preconceito e pela crença de que pessoas com o distúrbio tenham problemas não só na fala, mas também de compreensão. "A gagueira não atinge a cognição", diz a especialista. "A fala simplesmente não acontece como o portador quer, mas ele pensa e entende o mundo como uma pessoa normal."
Colin Firth, encarnando o monarca George VI, no filme 'O discurso do rei'. (Foto: divulgação)No filme, o monarca não tem a opção de fugir da vida pública, mas esta é uma tática adotada por muitas pessoas com gagueira. “Pior que as gozações é o isolamento. Se você não fala, você não gagueja”, explica Ignês.
Durante o tratamento com fonoaudiólogos, que pode durar até um ano, discursos como os vistos no filme são apenas o objetivo final do tratamento. "Chegar ao discurso é sempre a meta, especialmente agora que a fala é cada vez mais exigida", diz a presidente da IBF.
Especialistas afastam aspecto psicológico como causa da gagueira
Distúrbio no ritmo da fala afeta 70 milhões de pessoas no mundo.
No passado, estudos tentaram provar que o distúrbio podia ser 'aprendido'.
O ator Colin Firth, no papel do monarca George IV,
que conviveu com a gagueira. (Foto: divulgação)Quase 70 milhões de pessoas sofrem com a gagueira, condição que foi enfrentada pelo rei inglês George VI, retratado no filme "O discurso do rei", com o ator Colin Firth no papel do monarca. A ciência ainda não chegou a uma conclusão sobre o que motiva o distúrbio na fala, mas uma candidata é cada vez mais afastada: a causa psicológica.
"Aqui no Brasil as pessoas ainda encaram a gagueira como um problema emocional, algo que veio por causa de um simples susto", afirma a fonoaudióloga Ignês Maia Ribeiro, presidente do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), grupo voltado à divulgação de informações sobre o distúrbio da fala. No país, quase 2 milhões de pessoas convivem com o problema.
A gagueira é entendida pelos médicos como uma dificuldade para manter o ritmo normal da fala. O portador pode repetir várias vezes uma sílaba, uma palavra e até trechos inteiros de frases. Também há casos nos quais a pessoa prolonga um som ou faz ruídos no meio do discurso que atrapalham a compreensão por parte do ouvinte (veja quadro abaixo).
Problema Efeito na fala Exemplo
Bloqueio
O portador não consegue terminar
uma palavra, 'travando' em um trecho da frase. . "Comi..."
Prolongamento
Um som é estendido além do necessário, como se uma sílaba fosse 'esticada'. "Comiiiiiiiiida"
Repetição
Sílabas, palavras e até
trechos inteiros são repetidos
mais de três vezes, em sequência. "Co / co / co / comida"
Intrusão
Um som aleatório entra no meio de uma frase, sem relação com o discurso. "Comi / ruído / da"
Segundo o IBF, 55% dos casos são motivados por herança genética. Os 45% restantes seriam causados por lesões no cérebro. Em fevereiro de 2010, os cientistas chegaram a descrever a descoberta de três genes ligados à gagueira. O estudo foi divulgado na revista médica "New England Journal of Medicine", uma das principais na área.
Estudo ‘monstro’
Segundo os Institutos Nacionais de Saúde norte-americanos (NIH, na sigla em inglês), as causas psicológicas eram aceitas no passado para explicar a gagueira.
Na época retratada pelo filme, uma pesquisa feita por Mary Tudor, estudante de psicologia clínica da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, tentou provar que as pessoas podiam ser "convencidas" a tornarem-se gagas.
Orientada por Wendell Johnson, professor da universidade e portador de gagueira desde os 6 anos de idade, Tudor trabalhou com 22 crianças -- 10 delas diagnosticadas com gagueira antes do experimento --, durante seis meses de 1939.
Divididas em grupos, metade das órfãs saudáveis eram levadas a acreditar que tinham gagueira. Já parte daquelas com o distúrbio de verdade eram convencidas de que falavam normalmente.
O trabalho é conhecido atualmente como "estudo monstro" dentro da comunidade científica, pois os métodos usados causaram problemas psicológicos reais nas crianças e não provaram que a gagueira podia ser induzida.
No ano de 2007, a corte do estado norte-americano de Iowa chegou a autorizar indenizações a agluns dos órfãos saúdáveis usados por Johnson e Tudor no experimento frustrado.
Sem consenso
Mesmo cada vez mais afastada, os especialistas reconhecem que as explicações psicológicas ainda estão presentes nos estudos sobre a gagueira. “Não há consenso ainda, algumas linhas de pesquisa ainda trabalham com as causas psicológicas”, afirma Clara Rocha, fonoaudióloga do Grupo Microsom, especializado em produtos para portadores de gagueira.
Para os especialistas, parece fazer mais sentido entender os problemas psicológicos como consequências possíveis da gagueira. "São pessoas que podem ter um ânimo muito baixo. Tem gente que não contrata quem sofra com gagueira, gente que acredita que o distúrbio é contagioso”, diz Clara. “A dificuldade para falar pode certamente levar a um trauma.”
Tratamento
Não existe cura e não há drogas para tratar a doença. Estudos do Instituto Nacional de Surdez e Distúrbios de Comunicação norte-americano (NIDCD, na sigla em inglês) mostram que remédios usados para combater outras doenças como depressão, epilepsia e ansiedade fracassam quando aplicados como terapia para tratar a gagueira.
Pior que as gozações é o isolamento. Se você não fala, você não gagueja"Ignês Maia Ribeiro,
presidente do IBFO rei George VI conta, no filme, com um fonoaudiólogo excêntrico, interpretado por Geoffrey Rush, que desenvolve muitas das técnicas atuais para diminuir a gagueira. "O filme mostra bem que o tratamento é mais refinado do que simplesmente fazer leitura em voz alta", explica Ignês. "É preciso aprender a soltar a musculatura, relaxamentos, é um trabalho cauteloso, mais do que simplesmente oratória."
A gagueira traz problemas de convívio motivados pelo preconceito e pela crença de que pessoas com o distúrbio tenham problemas não só na fala, mas também de compreensão. "A gagueira não atinge a cognição", diz a especialista. "A fala simplesmente não acontece como o portador quer, mas ele pensa e entende o mundo como uma pessoa normal."
Colin Firth, encarnando o monarca George VI, no filme 'O discurso do rei'. (Foto: divulgação)No filme, o monarca não tem a opção de fugir da vida pública, mas esta é uma tática adotada por muitas pessoas com gagueira. “Pior que as gozações é o isolamento. Se você não fala, você não gagueja”, explica Ignês.
Durante o tratamento com fonoaudiólogos, que pode durar até um ano, discursos como os vistos no filme são apenas o objetivo final do tratamento. "Chegar ao discurso é sempre a meta, especialmente agora que a fala é cada vez mais exigida", diz a presidente da IBF.
sábado, 12 de março de 2011
Empresa de segurança americana discutia projeto de 'supervírus'
15/02/2011 19h44 - Atualizado em 15/02/2011 19h44
Empresa de segurança americana discutia projeto de 'supervírus'
Praga seria 'quase impossível' de remover.
HBGary discutia projeto com contratada do governo.
HBGary trabalhou junto da HBGary Federal, que teve
seus e-mails hackeados. Site da HBGary Federal
segue fora do ar. (Foto: Reprodução)Uma coleção e-mails vazada da empresa de segurança HBGary após invasão do Anonymous revela um projeto de desenvolvimento de um vírus do tipo rootkit – que se camufla no sistema para dar o controle do computador a um invasor. O projeto do vírus, codinome Magenta, foi enviado por um funcionário ao cofundador da HBGary, Greg Hoglund, que o encaminhou à Farallon Research, uma empresa cujo objetivo é “conectar tecnologias comerciais avançadas e as empresas que as constroem com as necessidades do governo dos Estados Unidos”.
Não nos e-mails vazados nenhuma outra informação sobre o futuro da proposta ou se ela foi aceita. O e-mail à Farallon é datado do dia 7 de janeiro de 2011.
A proposta, encontrada entre dados vazamentos pelo site de jornalismo colaborativo Crowdleaks, explica como o código malicioso seria capaz de permanecer no sistema de tal forma que seria muito difícil detectá-lo ou removê-lo. Ele usaria “4kb ou menos” de memória e poderia aceitar comandos externos – para controlar a máquina infectada – de formas diversas, inclusive burlando firewalls.
Hoglund é o responsável pelo site Rootkit.com, conhecido por ser uma biblioteca virtual de recursos – de defesa e ataque – relacionados a pragas digitais que se camuflam no sistema e permitem ao invasor manter tudo sob controle de forma invisível, roubando dados e realizando outras atividades maliciosas.
Stuxnet
A HBGary recebeu uma cópia do Stuxnet da fabricante de antivírus McAfee. A análise dos documentos pelo Crowdleaks aponta para um possível interesse de fazer a companhia não se pronunciar publicamente o vírus, que atacou centrífugas nucleares no Irã e pode ter sido criado por agentes dos Estados Unidos e Israel.
A empresa discutia a relação do vírus com os sistemas de segurança dos Estados Unidos – apontando a vulnerabilidade de órgãos como a Administração de Segurança de Transportes (TSA).
A empresa também tinha conexões na Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA). Em um e-mail, Aaron Barr, responsável pela companhia relacionada HBGary Federal, fornece seu número de telefone a Cheryl D. Peace, que trabalha na NSA em um cargo desconhecido, mas que era diretora de cibersegurança do Departamento de Segurança Nacional dos EUA em 2004.
Empresa de segurança americana discutia projeto de 'supervírus'
Praga seria 'quase impossível' de remover.
HBGary discutia projeto com contratada do governo.
HBGary trabalhou junto da HBGary Federal, que teve
seus e-mails hackeados. Site da HBGary Federal
segue fora do ar. (Foto: Reprodução)Uma coleção e-mails vazada da empresa de segurança HBGary após invasão do Anonymous revela um projeto de desenvolvimento de um vírus do tipo rootkit – que se camufla no sistema para dar o controle do computador a um invasor. O projeto do vírus, codinome Magenta, foi enviado por um funcionário ao cofundador da HBGary, Greg Hoglund, que o encaminhou à Farallon Research, uma empresa cujo objetivo é “conectar tecnologias comerciais avançadas e as empresas que as constroem com as necessidades do governo dos Estados Unidos”.
Não nos e-mails vazados nenhuma outra informação sobre o futuro da proposta ou se ela foi aceita. O e-mail à Farallon é datado do dia 7 de janeiro de 2011.
A proposta, encontrada entre dados vazamentos pelo site de jornalismo colaborativo Crowdleaks, explica como o código malicioso seria capaz de permanecer no sistema de tal forma que seria muito difícil detectá-lo ou removê-lo. Ele usaria “4kb ou menos” de memória e poderia aceitar comandos externos – para controlar a máquina infectada – de formas diversas, inclusive burlando firewalls.
Hoglund é o responsável pelo site Rootkit.com, conhecido por ser uma biblioteca virtual de recursos – de defesa e ataque – relacionados a pragas digitais que se camuflam no sistema e permitem ao invasor manter tudo sob controle de forma invisível, roubando dados e realizando outras atividades maliciosas.
Stuxnet
A HBGary recebeu uma cópia do Stuxnet da fabricante de antivírus McAfee. A análise dos documentos pelo Crowdleaks aponta para um possível interesse de fazer a companhia não se pronunciar publicamente o vírus, que atacou centrífugas nucleares no Irã e pode ter sido criado por agentes dos Estados Unidos e Israel.
A empresa discutia a relação do vírus com os sistemas de segurança dos Estados Unidos – apontando a vulnerabilidade de órgãos como a Administração de Segurança de Transportes (TSA).
A empresa também tinha conexões na Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA). Em um e-mail, Aaron Barr, responsável pela companhia relacionada HBGary Federal, fornece seu número de telefone a Cheryl D. Peace, que trabalha na NSA em um cargo desconhecido, mas que era diretora de cibersegurança do Departamento de Segurança Nacional dos EUA em 2004.
Consumo mundial de fósforo preocupa cientistas
15/02/2011 14h49 - Atualizado em 15/02/2011 14h49
Consumo mundial de fósforo preocupa cientistas
Elemento é utilizado como fertilizante, sobretudo nos países industrializados.
Uso indiscriminado afeta ecossistemas aquáticos.
Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo “Environmental Research Letters” traz um alerta sobre o uso de fósforo no planeta. O elemento é utilizado como fertilizante pela agricultura moderna. Seu uso exagerado no mundo industrializado se tornou uma das principais causas da poluição de lagos, rios e riachos.
O texto dos cientistas norte-americanos Stephen Carpenter, da Universidade de Wisconsin-Madison, e Elena Bennett, da Universidade McGill, relata que o fósforo está provocando a eutrofização da superfície de água. Esse fenômeno se dá quando há excesso de nutrientes na água. Isso é um problema porque aumenta a quantidade de algas na água, o que pode alterar a quantidade de oxigênio na mesma, além de provocar mudanças na cadeia alimentar.
“O fósforo provoca o crescimento de algas e ervas perto das margens e algumas algas podem conter ciano bactéria, que é tóxica. Você perde peixes. Perde qualidade na água potável”, explicou Carpenter.
O problema está localizado principalmente nos países mais industrializados, ou seja, América do Norte, Europa e partes da Ásia. Na África e na Austrália, por outro lado, o solo é naturalmente pobre em fósforo.
“Alguns solos têm muito fósforo e alguns não, e é preciso adicionar fósforo para crescer cultivos nele. É essa variação que faz o problema ficar complicado”, disse Carpenter. Ironicamente, a América do Norte é um dos locais cujo solo é rico por natureza.
Outro motivo para preocupação é a possível falta do elemento em breve. Segundo os cálculos dos cientistas, há risco de que ele comece a rarear dentro de um período de 20 anos.
O fosfato – forma em que o fósforo é obtido na natureza – leva muitos milhões de anos para ser formado. Hoje, as maiores reservas de estão nos Estados Unidos, na China e em Marrocos.
Consumo mundial de fósforo preocupa cientistas
Elemento é utilizado como fertilizante, sobretudo nos países industrializados.
Uso indiscriminado afeta ecossistemas aquáticos.
Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo “Environmental Research Letters” traz um alerta sobre o uso de fósforo no planeta. O elemento é utilizado como fertilizante pela agricultura moderna. Seu uso exagerado no mundo industrializado se tornou uma das principais causas da poluição de lagos, rios e riachos.
O texto dos cientistas norte-americanos Stephen Carpenter, da Universidade de Wisconsin-Madison, e Elena Bennett, da Universidade McGill, relata que o fósforo está provocando a eutrofização da superfície de água. Esse fenômeno se dá quando há excesso de nutrientes na água. Isso é um problema porque aumenta a quantidade de algas na água, o que pode alterar a quantidade de oxigênio na mesma, além de provocar mudanças na cadeia alimentar.
“O fósforo provoca o crescimento de algas e ervas perto das margens e algumas algas podem conter ciano bactéria, que é tóxica. Você perde peixes. Perde qualidade na água potável”, explicou Carpenter.
O problema está localizado principalmente nos países mais industrializados, ou seja, América do Norte, Europa e partes da Ásia. Na África e na Austrália, por outro lado, o solo é naturalmente pobre em fósforo.
“Alguns solos têm muito fósforo e alguns não, e é preciso adicionar fósforo para crescer cultivos nele. É essa variação que faz o problema ficar complicado”, disse Carpenter. Ironicamente, a América do Norte é um dos locais cujo solo é rico por natureza.
Outro motivo para preocupação é a possível falta do elemento em breve. Segundo os cálculos dos cientistas, há risco de que ele comece a rarear dentro de um período de 20 anos.
O fosfato – forma em que o fósforo é obtido na natureza – leva muitos milhões de anos para ser formado. Hoje, as maiores reservas de estão nos Estados Unidos, na China e em Marrocos.
Fio de Esperança - Tartaruga de Água Doce de Seychelles
FIO DE ESPERANÇA - Tartaruga de Água Doce de Seychelles
A tartaruga-de-água-doce-de-seychelles (Pelusios seychellensis) é nativa do paradisíaco arquipélago de Seychelles, uma pequena república localizada a sudeste do continente africano. Também denominada tartaruga-de-lama-de-seychelles, sua existência resume-se hoje a três exemplares coletados em 1895 e que foram parar em museus. Não há estudos aprofundados a respeito de suas características ou de seu comportamento, mas há indícios de que as tartarugas faziam parte de um grupo restrito de animais originários dos rios e pântanos, antes comuns nas ilhas Seychelles. A degradação de seu habitat em decorrência da ação humana, incluindo o aumento dos níveis de poluição e a invasão de plantas aquáticas indesejadas, como os aguapés, é considerada a principal causa da extinção da forma original desse réptil.
Alguns pesquisadores acreditam que essas tartarugas podem não ter desaparecido completamente, sofrendo uma provável hibridação com outra subespécie, a Pelusios castanoides intergularis. A relação genética entre as duas subespécies está sob investigação. O que se sabe é que as intensas buscas por exemplares puros de Pelusios seychellensis, realizadas desde 1996, mostraram-se até agora infrutíferas.
As duas subespécies de tartarugas de água doce que restam na República de Seychelles, a Pelusios castanoides intergularis e a Pelusios subniger parietali, podem ser encontradas hoje nos pântanos das ilhas de Mahe, Praslin, Silhouette, La Digue e Fregate. São pequenos animais, com 12 a 46 centímetros de comprimento, cascos na forma retangular e abobadada, que se alimentam de pequenos animais, como artrópodes e minhocas. Entretanto, muitos desses pântanos têm sido drenados, ameaçando seriamente a existência das tartarugas. Um exemplo é o pântano de Anse Kerlan, em Praslin, que foi drenado há alguns anos para a implantação de um campo de golfe. Os efeitos foram os piores possíveis: a população local de Pelusios castanoides e de Pelusios subniger diminuiu, respectivamente, em 57% e 21%.
Tartaruga-de-Água-Doce-de-Seychelles
Nome científico: Pelusios seychellensis
Ano da extinção: 1996
Habitat: República de Seychelles
C=33882
A tartaruga-de-água-doce-de-seychelles (Pelusios seychellensis) é nativa do paradisíaco arquipélago de Seychelles, uma pequena república localizada a sudeste do continente africano. Também denominada tartaruga-de-lama-de-seychelles, sua existência resume-se hoje a três exemplares coletados em 1895 e que foram parar em museus. Não há estudos aprofundados a respeito de suas características ou de seu comportamento, mas há indícios de que as tartarugas faziam parte de um grupo restrito de animais originários dos rios e pântanos, antes comuns nas ilhas Seychelles. A degradação de seu habitat em decorrência da ação humana, incluindo o aumento dos níveis de poluição e a invasão de plantas aquáticas indesejadas, como os aguapés, é considerada a principal causa da extinção da forma original desse réptil.
Alguns pesquisadores acreditam que essas tartarugas podem não ter desaparecido completamente, sofrendo uma provável hibridação com outra subespécie, a Pelusios castanoides intergularis. A relação genética entre as duas subespécies está sob investigação. O que se sabe é que as intensas buscas por exemplares puros de Pelusios seychellensis, realizadas desde 1996, mostraram-se até agora infrutíferas.
As duas subespécies de tartarugas de água doce que restam na República de Seychelles, a Pelusios castanoides intergularis e a Pelusios subniger parietali, podem ser encontradas hoje nos pântanos das ilhas de Mahe, Praslin, Silhouette, La Digue e Fregate. São pequenos animais, com 12 a 46 centímetros de comprimento, cascos na forma retangular e abobadada, que se alimentam de pequenos animais, como artrópodes e minhocas. Entretanto, muitos desses pântanos têm sido drenados, ameaçando seriamente a existência das tartarugas. Um exemplo é o pântano de Anse Kerlan, em Praslin, que foi drenado há alguns anos para a implantação de um campo de golfe. Os efeitos foram os piores possíveis: a população local de Pelusios castanoides e de Pelusios subniger diminuiu, respectivamente, em 57% e 21%.
Tartaruga-de-Água-Doce-de-Seychelles
Nome científico: Pelusios seychellensis
Ano da extinção: 1996
Habitat: República de Seychelles
C=33882
Computador clássico de 8 bits ZX Spectrum será relançado em 2012
07/02/2011 19h26 - Atualizado em 07/02/2011 19h26
Computador clássico de 8 bits ZX Spectrum será relançado em 2012
Computador terá conexões Wi-Fi e Bluetooth e usará emulador de jogos.
Aparelho que faz 30 anos em 2012 possui legião de fãs.
O ZX Spectrum será relançado em 2012
(Foto: Divulgação)Para comemorar o aniversário de 30 anos de lançamento do antigo computador de 8 bits ZX Spectrum, uma empresa britânica Elite Systems irá relançar o aparelho no mercado em 2012.
A companhia que havia lançado games para o aparelho na década de 80 conseguiu os direitos para colocar o computador nas lojas, de acordo com reportagem do jornal inglês The Telegraph. Atualmente, o único meio de se jogar games da plataforma é por meio de aplicativos para iPhone e iPod touch, publicados pela própria Elite Systems.
O novo ZX Spectrum terá visual similar ao original, mas seu funcionamento será diferente. Em vez das placas e circuitos da época, o computador atuará como um emulador, terá teclado sem fios, terá conexão com o iPhone e com Wi-Fi e Bluetooth. Informações adicionais sobre o aparelho não foram reveladas pela Elite Systems e pela reportagem do Telegraph.
O ZX Spectrum foi lançado no Reino Unido em 1982 pela empresa Sinclair Research, sendo um dos computadores 8 bits mais populares da década. No Brasil, ele foi vendido como TK-90X, da Microdigital. Até hoje o aparelho possui uma legião de fãs e de colecionadores.
Computador clássico de 8 bits ZX Spectrum será relançado em 2012
Computador terá conexões Wi-Fi e Bluetooth e usará emulador de jogos.
Aparelho que faz 30 anos em 2012 possui legião de fãs.
O ZX Spectrum será relançado em 2012
(Foto: Divulgação)Para comemorar o aniversário de 30 anos de lançamento do antigo computador de 8 bits ZX Spectrum, uma empresa britânica Elite Systems irá relançar o aparelho no mercado em 2012.
A companhia que havia lançado games para o aparelho na década de 80 conseguiu os direitos para colocar o computador nas lojas, de acordo com reportagem do jornal inglês The Telegraph. Atualmente, o único meio de se jogar games da plataforma é por meio de aplicativos para iPhone e iPod touch, publicados pela própria Elite Systems.
O novo ZX Spectrum terá visual similar ao original, mas seu funcionamento será diferente. Em vez das placas e circuitos da época, o computador atuará como um emulador, terá teclado sem fios, terá conexão com o iPhone e com Wi-Fi e Bluetooth. Informações adicionais sobre o aparelho não foram reveladas pela Elite Systems e pela reportagem do Telegraph.
O ZX Spectrum foi lançado no Reino Unido em 1982 pela empresa Sinclair Research, sendo um dos computadores 8 bits mais populares da década. No Brasil, ele foi vendido como TK-90X, da Microdigital. Até hoje o aparelho possui uma legião de fãs e de colecionadores.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Universidade holandesa exibe tela touchscreen gigante
11/02/2011 18h21 - Atualizado em 12/02/2011 17h20
Universidade holandesa exibe tela touchscreen gigante
Sua resolução é de 4900 x 1700 pixels e suporta 100 toques simultâneos.
Objetivo é ter ferramenta para operar sistemas de informações geográficas.
Uma equipe de cientista da Universidade de Groningen, na Holanda, criou uma tela de 10 metros de largura por 2,7 metros de altura e curva em 135 graus. Ela é capaz de detectar uma centena de toques simultaneamente. Atrás da tela existem seis câmeras e 16 lâmpadas infravermelhas ao lado de projetores. O projeto tem como principal objetivo criar uma ferramenta para lidar com sistemas de informações geográficas. A tela gigante foi apelidada de "Mega Reality" (Foto: Reprodução/Universidade de Groningen)
Universidade holandesa exibe tela touchscreen gigante
Sua resolução é de 4900 x 1700 pixels e suporta 100 toques simultâneos.
Objetivo é ter ferramenta para operar sistemas de informações geográficas.
Uma equipe de cientista da Universidade de Groningen, na Holanda, criou uma tela de 10 metros de largura por 2,7 metros de altura e curva em 135 graus. Ela é capaz de detectar uma centena de toques simultaneamente. Atrás da tela existem seis câmeras e 16 lâmpadas infravermelhas ao lado de projetores. O projeto tem como principal objetivo criar uma ferramenta para lidar com sistemas de informações geográficas. A tela gigante foi apelidada de "Mega Reality" (Foto: Reprodução/Universidade de Groningen)
Pressão alta pode ser causada por mutação genética em glândula
11/02/2011 07h00 - Atualizado em 11/02/2011 07h00
Pressão alta pode ser causada por mutação genética em glândula
Tumor benigno nas glândulas suprarrenais causa aumento da pressão.
Cientistas esperam que a descoberta ajude no tratamento.
Uma pesquisa conjunta sueca e norte-americana descobriu uma causa genética para um mal que está por trás da hipertensão. O estudo foi divulgado nesta quinta pela publicação científica “Science”.
Em alguns casos, a pressão alta pode ser causada por tumores benignos nas glândulas suprarrenais – que produzem o hormônio adrenalina, entre outras funções. Estes tumores desregulam a produção hormonal, o que faz com que a pressão sanguínea se eleve. A condição é chamada de hiperaldosteronismo primário.
O que os cientistas das universidades de Uppsala (Suécia) e Yale (Estados Unidos) conseguiram foi identificar a causa deste tumor. Uma análise do código genético feita com uma nova técnica mostrou que, em muitos casos, o tumor cresce por causa de uma mutação num canal de potássio específico.
“A descoberta pode ajudar a melhorar diagnósticos em conexão com hiperaldosteronismo primário e casos de pressão sanguínea muito elevada. O canal de potássio que também representa um alvo potencial para os tratamentos dos tumores em questão”, disse o pesquisador Peyman Björklund.
Pressão alta pode ser causada por mutação genética em glândula
Tumor benigno nas glândulas suprarrenais causa aumento da pressão.
Cientistas esperam que a descoberta ajude no tratamento.
Uma pesquisa conjunta sueca e norte-americana descobriu uma causa genética para um mal que está por trás da hipertensão. O estudo foi divulgado nesta quinta pela publicação científica “Science”.
Em alguns casos, a pressão alta pode ser causada por tumores benignos nas glândulas suprarrenais – que produzem o hormônio adrenalina, entre outras funções. Estes tumores desregulam a produção hormonal, o que faz com que a pressão sanguínea se eleve. A condição é chamada de hiperaldosteronismo primário.
O que os cientistas das universidades de Uppsala (Suécia) e Yale (Estados Unidos) conseguiram foi identificar a causa deste tumor. Uma análise do código genético feita com uma nova técnica mostrou que, em muitos casos, o tumor cresce por causa de uma mutação num canal de potássio específico.
“A descoberta pode ajudar a melhorar diagnósticos em conexão com hiperaldosteronismo primário e casos de pressão sanguínea muito elevada. O canal de potássio que também representa um alvo potencial para os tratamentos dos tumores em questão”, disse o pesquisador Peyman Björklund.
Beleza é fundamental - Jamaica Giant Galliwasp
BELEZA É FUNDAMENTAL - Jamaica Giant Galliwasp
O Jamaica giant galliwasp ("lagarto-gigante-da-jamaica") recebeu essa denominação do zoólogo e botânico inglês George Shaw, que em 1802 catalogou esse réptil de 30 centímetros de comprimento como o maior representante da família Anguidae até então conhecido. Endêmico da Jamaica (ou seja, só existia lá), esse lagarto era encontrado, até a data do último registro de sua existência, em 1840, nos pântanos espalhados ao longo da ilha caribenha, onde cavava sua toca e se alimentava, quando jovem, de frutas silvestres, plantas e insetos, incluindo mais tarde em sua dieta alguns pequenos peixes.
Seu corpo robusto era formado por uma cabeça larga, membros longos e cauda lisa. Sua cor era parda, apresentando pequenos sinais marrons mais escuros ou alaranjados, que se espalhavam por todo o dorso, composto de microssulcos que lhe conferiam uma aparência medonha. Talvez por causa desse visual nada simpático, os jamaicanos acreditavam que o bicho era venenoso e traiçoeiro. Tanto que o perseguiam e abatiam impiedosamente assim que o viam. Ainda hoje os nativos cultivam uma lenda que ouviram de seus ancestrais: se um lagarto da família Anguidae morde uma pessoa e alcança a água ou se molha antes de sua vítima, esta fatalmente morrerá. Se, ao contrário, a pessoa que levou a mordida se molhar ou chegar à água antes do lagarto, quem vai morrer é o animal.
Imaginação à parte, os cientistas que tiveram a oportunidade de examinar o Celestus occiduus comprovaram que o réptil não era venenoso. Se o lagarto-gigante fosse mesmo peçonhento, como dizia a crença popular, provavelmente teria conseguido se proteger de muitos predadores que foram introduzidos indiscriminadamente na Jamaica, fenômeno apontado como a principal causa de extinção dessa espécie.
Jamaica Giant Galliwasp
Nome científico: Celestus occiduus
Ano da extinção: 1840
Habitat: Jamaica
C=33532
O Jamaica giant galliwasp ("lagarto-gigante-da-jamaica") recebeu essa denominação do zoólogo e botânico inglês George Shaw, que em 1802 catalogou esse réptil de 30 centímetros de comprimento como o maior representante da família Anguidae até então conhecido. Endêmico da Jamaica (ou seja, só existia lá), esse lagarto era encontrado, até a data do último registro de sua existência, em 1840, nos pântanos espalhados ao longo da ilha caribenha, onde cavava sua toca e se alimentava, quando jovem, de frutas silvestres, plantas e insetos, incluindo mais tarde em sua dieta alguns pequenos peixes.
Seu corpo robusto era formado por uma cabeça larga, membros longos e cauda lisa. Sua cor era parda, apresentando pequenos sinais marrons mais escuros ou alaranjados, que se espalhavam por todo o dorso, composto de microssulcos que lhe conferiam uma aparência medonha. Talvez por causa desse visual nada simpático, os jamaicanos acreditavam que o bicho era venenoso e traiçoeiro. Tanto que o perseguiam e abatiam impiedosamente assim que o viam. Ainda hoje os nativos cultivam uma lenda que ouviram de seus ancestrais: se um lagarto da família Anguidae morde uma pessoa e alcança a água ou se molha antes de sua vítima, esta fatalmente morrerá. Se, ao contrário, a pessoa que levou a mordida se molhar ou chegar à água antes do lagarto, quem vai morrer é o animal.
Imaginação à parte, os cientistas que tiveram a oportunidade de examinar o Celestus occiduus comprovaram que o réptil não era venenoso. Se o lagarto-gigante fosse mesmo peçonhento, como dizia a crença popular, provavelmente teria conseguido se proteger de muitos predadores que foram introduzidos indiscriminadamente na Jamaica, fenômeno apontado como a principal causa de extinção dessa espécie.
Jamaica Giant Galliwasp
Nome científico: Celestus occiduus
Ano da extinção: 1840
Habitat: Jamaica
C=33532
Invasão de domicilio - Lagarto Gigante de Cabo Verde
INVASÃO DE DOMICÍLIO - Lagarto Gigante de Cabo Verde
O lagarto-gigante-de-cabo-verde é considerado extinto desde 1910 e dele restam apenas alguns exemplares empalhados. A maior coleção, com 26 animais, faz parte do acervo do Museu Regional de Ciência Natural de Turim, na Itália, e foi obtida pelo cientista Mario Giacinto Peracca durante uma expedição ao arquipélago de Cabo Verde, em 1891. Na época, o estudioso retirou cerca de 40 espécimes vivos de Macroscincus coctei de seu habitat e os levou para um cativeiro na cidade de Chivasso, próximo a Turim. Alguns anos depois, em 1898, outro italiano, Leonardo Fea, do Museu de História Natural de Gênova, visitou Cabo Verde. Acredita-se que tenha sido o último cientista que observou um lagarto-gigante ainda vivo.
Pelas anotações deixadas pelos pesquisadores italianos, sabe-se que esse lagarto era encontrado principalmente nos Ilhéus Branco e Raso. O réptil atingia quase 60 centímetros de comprimento, mas só o rabo correspondia a aproximadamente metade do tamanho. Possuía garras poderosas e dentes serrilhados. O dorso de cor cinza apresentava pontos brancos e pretos e era composto de mais de 100 fileiras de pequenas quilhas, contrastando com o ventre liso e esbranquiçado. O bicho se alimentava de sementes e de ovos de pássaros. Comparado aos demais répteis, ele era facilmente domesticado.
O lagarto era caçado implacavelmente pelos habitantes de Cabo Verde, que se deliciavam com a abundante carne e aproveitavam a gordura para fins medicinais. Era uma boa fonte de alimentação para o homem e também para dezenas de animais introduzidos no arquipélago, como cabras, asnos, cachorros e gatos, que, juntamente com várias plantas exóticas, transformaram drasticamente o habitat. Por seu comportamento despreocupado e autoconfiante, típico de um animal que até então vivia sem predadores naturais, o lagarto não demoraria a engrossar a lista de bichos extintos.
Lagarto-Gigante-de-Cabo-Verde
Nome científico: Macroscincus coctei
Ano da extinção: 1910
Habitat: Ilhéus Branco e Raso, no arquipélago de Cabo Verde
O lagarto-gigante-de-cabo-verde é considerado extinto desde 1910 e dele restam apenas alguns exemplares empalhados. A maior coleção, com 26 animais, faz parte do acervo do Museu Regional de Ciência Natural de Turim, na Itália, e foi obtida pelo cientista Mario Giacinto Peracca durante uma expedição ao arquipélago de Cabo Verde, em 1891. Na época, o estudioso retirou cerca de 40 espécimes vivos de Macroscincus coctei de seu habitat e os levou para um cativeiro na cidade de Chivasso, próximo a Turim. Alguns anos depois, em 1898, outro italiano, Leonardo Fea, do Museu de História Natural de Gênova, visitou Cabo Verde. Acredita-se que tenha sido o último cientista que observou um lagarto-gigante ainda vivo.
Pelas anotações deixadas pelos pesquisadores italianos, sabe-se que esse lagarto era encontrado principalmente nos Ilhéus Branco e Raso. O réptil atingia quase 60 centímetros de comprimento, mas só o rabo correspondia a aproximadamente metade do tamanho. Possuía garras poderosas e dentes serrilhados. O dorso de cor cinza apresentava pontos brancos e pretos e era composto de mais de 100 fileiras de pequenas quilhas, contrastando com o ventre liso e esbranquiçado. O bicho se alimentava de sementes e de ovos de pássaros. Comparado aos demais répteis, ele era facilmente domesticado.
O lagarto era caçado implacavelmente pelos habitantes de Cabo Verde, que se deliciavam com a abundante carne e aproveitavam a gordura para fins medicinais. Era uma boa fonte de alimentação para o homem e também para dezenas de animais introduzidos no arquipélago, como cabras, asnos, cachorros e gatos, que, juntamente com várias plantas exóticas, transformaram drasticamente o habitat. Por seu comportamento despreocupado e autoconfiante, típico de um animal que até então vivia sem predadores naturais, o lagarto não demoraria a engrossar a lista de bichos extintos.
Lagarto-Gigante-de-Cabo-Verde
Nome científico: Macroscincus coctei
Ano da extinção: 1910
Habitat: Ilhéus Branco e Raso, no arquipélago de Cabo Verde
quarta-feira, 9 de março de 2011
Corrida contra a panela - Yunnan Box Turtle
CORRIDA CONTRA A PANELA - Yunnan Box Turtle
As primeiras tartarugas já existiam desde a época dos dinossauros, há cerca de 200 milhões de anos. Os dinossauros se foram há muito tempo, enquanto as tartarugas continuam resistindo heroicamente em sua carapaça. Mas a luta pela sobrevivência vem ficando cada vez mais difícil. Prova disso é que, somente no continente asiático, 75% das 90 espécies conhecidas de tartarugas e cágados de água doce estão ameaçadas, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Dessas espécies, 45 são consideradas "criticamente em perigo" e uma já desapareceu para sempre: a Cuora yunnanensis, conhecida pelo nome popular em inglês Yunnan box turtle (literalmente, "tartaruga-caixa-de-yunnan").
Originária da província de Yunnan, no sul da China, a tartaruga ganhou esse nome porque, ao se encolher, ela conseguia se esconder inteiramente dentro da carapaça, como se estivesse numa caixa. É provável que essa tartaruga tenha desaparecido há várias décadas. A última vez que um exemplar foi observado com vida foi em 1906. Depois disso, apesar das intensas buscas realizadas pelos pesquisadores, ela só pôde ser apreciada em museus. Em 2001, finalmente, a IUCN jogou a toalha e declarou essa espécie oficialmente extinta.
Enquanto muitos répteis desapareceram pelas mãos do homem, a Cuora yunnanensis sumiu literalmente pela boca - principalmente dos chineses, grandes apreciadores da carne desse animal. Os asiáticos acham que a iguaria melhora a circulação sangüínea e faz bem ao fígado e aos rins. Alguns restaurantes chineses cobram mais de 1 000 dólares por um jantar cujo prato principal é a disputada tartaruga-dourada-do-laos. Muitos chineses acreditam que as carapaças da tartaruga possuem propriedades afrodisíacas e melhoram o desempenho sexual. Resultado: a cada ano, cerca de 12 milhões de tartarugas de diversas espécies vão parar nas cozinhas, nos restaurantes ou nos laboratórios medicinais da China.
Yunnan Box Turtle
Nome científico: Cuora yunnanensis
Ano da extinção: 2001
Habitat: Yunnan (província da China)
As primeiras tartarugas já existiam desde a época dos dinossauros, há cerca de 200 milhões de anos. Os dinossauros se foram há muito tempo, enquanto as tartarugas continuam resistindo heroicamente em sua carapaça. Mas a luta pela sobrevivência vem ficando cada vez mais difícil. Prova disso é que, somente no continente asiático, 75% das 90 espécies conhecidas de tartarugas e cágados de água doce estão ameaçadas, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Dessas espécies, 45 são consideradas "criticamente em perigo" e uma já desapareceu para sempre: a Cuora yunnanensis, conhecida pelo nome popular em inglês Yunnan box turtle (literalmente, "tartaruga-caixa-de-yunnan").
Originária da província de Yunnan, no sul da China, a tartaruga ganhou esse nome porque, ao se encolher, ela conseguia se esconder inteiramente dentro da carapaça, como se estivesse numa caixa. É provável que essa tartaruga tenha desaparecido há várias décadas. A última vez que um exemplar foi observado com vida foi em 1906. Depois disso, apesar das intensas buscas realizadas pelos pesquisadores, ela só pôde ser apreciada em museus. Em 2001, finalmente, a IUCN jogou a toalha e declarou essa espécie oficialmente extinta.
Enquanto muitos répteis desapareceram pelas mãos do homem, a Cuora yunnanensis sumiu literalmente pela boca - principalmente dos chineses, grandes apreciadores da carne desse animal. Os asiáticos acham que a iguaria melhora a circulação sangüínea e faz bem ao fígado e aos rins. Alguns restaurantes chineses cobram mais de 1 000 dólares por um jantar cujo prato principal é a disputada tartaruga-dourada-do-laos. Muitos chineses acreditam que as carapaças da tartaruga possuem propriedades afrodisíacas e melhoram o desempenho sexual. Resultado: a cada ano, cerca de 12 milhões de tartarugas de diversas espécies vão parar nas cozinhas, nos restaurantes ou nos laboratórios medicinais da China.
Yunnan Box Turtle
Nome científico: Cuora yunnanensis
Ano da extinção: 2001
Habitat: Yunnan (província da China)
OMS diz que álcool mata mais que aids, violência e tuberculose
11/02/2011 14h20 - Atualizado em 11/02/2011 15h43
OMS diz que álcool mata mais que aids, violência e tuberculose
Substância mata 2,5 milhões de pessoas por ano.
Relatório aborda também acidentes de trânsito e comportamento violento.
Quase 4% de todas as mortes no mundo são atribuídas ao álcool, alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS) em relatório divulgado nesta sexta-feira. A entidade da Organização das Nações Unidas (ONU) lembrou que o álcool é associado com muitas questões sociais sérias, como violência, negligência infantil e abusos, além de faltas ao trabalho. A porcentagem de mortes por álcool é maior do que as de mortes causadas por aids, violência e tuberculose, diz a OMS.
O relatório afirma que o uso abusivo do álcool provoca 2,5 milhões de mortes todos os anos. No grupo com idades entre 25 e 39 anos, 320 mil pessoas morrem por problemas relacionados ao álcool, resultando em 9% das mortes nessa faixa etária. A OMS informou ainda que o álcool prejudica a vida não somente de quem o consome em excesso, mas também dos que se relacionam com essas pessoas. "Uma pessoa intoxicada pode prejudicar outras ou colocá-las em risco de acidentes de trânsito ou por comportamento violento, ou afetar negativamente colegas de trabalho, parentes e desconhecidos", afirma o texto.
A bebida em excesso é um importante fator para problemas psiquiátricos, em males como a epilepsia, e de doenças cardiovasculares, cirrose e vários tipos de câncer. "Ferimentos fatais atribuíveis ao consumo de álcool tendem a ocorrer em faixas etárias relativamente mais jovens", afirma.
O relatório global 2011 sobre álcool e saúde da OMS busca fornecer informações para os Estados vinculados à entidade e apoiar os esforços para se reduzir os danos do álcool, dando atenção para as consequências sociais e de saúde do consumo abusivo da bebida. A OMS lembra que o grau de risco para o consumo de álcool varia conforme a idade, o sexo e outras características biológicas do consumidor. É preciso observar, segundo a entidade, a quantidade de álcool consumido, mas também o padrão de consumo da pessoa em questão.
A OMS recomenda que os governos regulem o mercado de venda de bebidas, em particular para pessoas mais jovens. Também sugere regulações e restrições à disponibilidade do álcool, políticas apropriadas para se evitar que motoristas dirijam bêbados e a redução da demanda, com impostos mais altos. Afirma ainda que é preciso que os governos forneçam tratamento para pessoas com problemas com o álcool e implementem programas e intervenções breves diante do uso perigoso e prejudicial da bebida. A íntegra do relatório está disponível no site da OMS, em inglês (http://www.who.int).
OMS diz que álcool mata mais que aids, violência e tuberculose
Substância mata 2,5 milhões de pessoas por ano.
Relatório aborda também acidentes de trânsito e comportamento violento.
Quase 4% de todas as mortes no mundo são atribuídas ao álcool, alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS) em relatório divulgado nesta sexta-feira. A entidade da Organização das Nações Unidas (ONU) lembrou que o álcool é associado com muitas questões sociais sérias, como violência, negligência infantil e abusos, além de faltas ao trabalho. A porcentagem de mortes por álcool é maior do que as de mortes causadas por aids, violência e tuberculose, diz a OMS.
O relatório afirma que o uso abusivo do álcool provoca 2,5 milhões de mortes todos os anos. No grupo com idades entre 25 e 39 anos, 320 mil pessoas morrem por problemas relacionados ao álcool, resultando em 9% das mortes nessa faixa etária. A OMS informou ainda que o álcool prejudica a vida não somente de quem o consome em excesso, mas também dos que se relacionam com essas pessoas. "Uma pessoa intoxicada pode prejudicar outras ou colocá-las em risco de acidentes de trânsito ou por comportamento violento, ou afetar negativamente colegas de trabalho, parentes e desconhecidos", afirma o texto.
A bebida em excesso é um importante fator para problemas psiquiátricos, em males como a epilepsia, e de doenças cardiovasculares, cirrose e vários tipos de câncer. "Ferimentos fatais atribuíveis ao consumo de álcool tendem a ocorrer em faixas etárias relativamente mais jovens", afirma.
O relatório global 2011 sobre álcool e saúde da OMS busca fornecer informações para os Estados vinculados à entidade e apoiar os esforços para se reduzir os danos do álcool, dando atenção para as consequências sociais e de saúde do consumo abusivo da bebida. A OMS lembra que o grau de risco para o consumo de álcool varia conforme a idade, o sexo e outras características biológicas do consumidor. É preciso observar, segundo a entidade, a quantidade de álcool consumido, mas também o padrão de consumo da pessoa em questão.
A OMS recomenda que os governos regulem o mercado de venda de bebidas, em particular para pessoas mais jovens. Também sugere regulações e restrições à disponibilidade do álcool, políticas apropriadas para se evitar que motoristas dirijam bêbados e a redução da demanda, com impostos mais altos. Afirma ainda que é preciso que os governos forneçam tratamento para pessoas com problemas com o álcool e implementem programas e intervenções breves diante do uso perigoso e prejudicial da bebida. A íntegra do relatório está disponível no site da OMS, em inglês (http://www.who.int).
segunda-feira, 7 de março de 2011
Mudança de Habitat - Boa Escavadora de Round Island
MUDANÇA DE HABITAT - Boa Escavadora de Round Island
A boa-escavadora-de-round-island é uma das cobras que fazem parte da indesejada lista vermelha de répteis extintos da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Desde 1975 não há nenhum registro dessa espécie, que era só encontrada em Round Island, uma pequena ilha vulcânica de 160 hectares pertencente a Maurício, no Oceano Índico. O termo "boa" não se refere exatamente à habilidade da serpente em percorrer o terreno irregular e as cavernas traiçoeiras de Round Island, mas provém de Boidae, nome de uma ampla família de cobras.
Inicialmente considerada uma subfamília desse grupo, a Bolyeria multocarinata se diferenciava por uma projeção ventral da coluna vertebral, presente na vértebra posterior do tronco. Com cerca de 1 metro, tamanho considerado pequeno em relação a outras espécies, a boa-escavadora era uma cobra exclusivamente terrestre, habitando as numerosas cavernas de Round Island. Seu alimento preferido eram pequenos lagartos.
A vida dessa cobra começou a mudar drasticamente por volta de 1840, quando o homem introduziu coelhos e cabras em Round Island. Esses aparentemente inofensivos mamíferos acabaram com boa parte da vegetação nativa, o que contribuiu para a erosão do solo e, conseqüentemente, para a destruição da floresta de palmeiras. O impacto ambiental foi tão devastador que, num certo momento, estima-se que cerca de 90% do solo da ilha havia se perdido com a erosão. A deterioração na qualidade do habitat é considerada a principal razão do desaparecimento da boa-escavadora.
Somente a partir de 1957, quando o governo de Maurício declarou a ilha uma reserva natural, iniciou-se um trabalho de restauração do ecossistema, com a retirada de cabras, coelhos e outros animais exógenos que haviam sido introduzidos sem nenhum critério. Hoje a reserva natural de Round Island abriga, provavelmente, o maior grupo de plantas e animais ameaçados por hectare do planeta.
Boa-Escavadora de Round-Island
Nome científico: Bolyeria multocarinata
Ano da extinção: 1975
Habitat: Round Island, a leste de Madagáscar
A boa-escavadora-de-round-island é uma das cobras que fazem parte da indesejada lista vermelha de répteis extintos da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Desde 1975 não há nenhum registro dessa espécie, que era só encontrada em Round Island, uma pequena ilha vulcânica de 160 hectares pertencente a Maurício, no Oceano Índico. O termo "boa" não se refere exatamente à habilidade da serpente em percorrer o terreno irregular e as cavernas traiçoeiras de Round Island, mas provém de Boidae, nome de uma ampla família de cobras.
Inicialmente considerada uma subfamília desse grupo, a Bolyeria multocarinata se diferenciava por uma projeção ventral da coluna vertebral, presente na vértebra posterior do tronco. Com cerca de 1 metro, tamanho considerado pequeno em relação a outras espécies, a boa-escavadora era uma cobra exclusivamente terrestre, habitando as numerosas cavernas de Round Island. Seu alimento preferido eram pequenos lagartos.
A vida dessa cobra começou a mudar drasticamente por volta de 1840, quando o homem introduziu coelhos e cabras em Round Island. Esses aparentemente inofensivos mamíferos acabaram com boa parte da vegetação nativa, o que contribuiu para a erosão do solo e, conseqüentemente, para a destruição da floresta de palmeiras. O impacto ambiental foi tão devastador que, num certo momento, estima-se que cerca de 90% do solo da ilha havia se perdido com a erosão. A deterioração na qualidade do habitat é considerada a principal razão do desaparecimento da boa-escavadora.
Somente a partir de 1957, quando o governo de Maurício declarou a ilha uma reserva natural, iniciou-se um trabalho de restauração do ecossistema, com a retirada de cabras, coelhos e outros animais exógenos que haviam sido introduzidos sem nenhum critério. Hoje a reserva natural de Round Island abriga, provavelmente, o maior grupo de plantas e animais ameaçados por hectare do planeta.
Boa-Escavadora de Round-Island
Nome científico: Bolyeria multocarinata
Ano da extinção: 1975
Habitat: Round Island, a leste de Madagáscar
Jovem britânica morre minutos após beijar rapaz pela primeira vez
11/02/2011 08h56 - Atualizado em 11/02/2011 15h41
Jovem britânica morre minutos após beijar rapaz pela primeira vez
Jemma Benjamin era atlética e saudável, mas sofreu morte súbita cardíaca; causa é desconhecida.
Menina sofre morte súbita após primeiro beijo
(Foto: Wales News Service / via BBC)Uma jovem universitária britânica morreu minutos após ser beijada por um rapaz pela primeira vez, segundo informações ouvidas durante um inquérito na cidade de Aberdare, no País de Gales.
A jogadora de hóquei e nadadora Jemma Benjamin, de 18 anos, estava na casa do colega de universidade Daniel Ross, de 21, quando ela desmaiou no sofá e morreu na frente dele, em abril de 2009.
Durante o inquérito, foi dito que a jovem sofreu de síndrome da Morte Súbita Cardíaca (MSC).
No entanto, a estudante não tinha nenhum histórico de problemas do coração. A autópsia também não conseguiu determinar a causa exata da falência cardíaca.
Em uma a cada 20 ocorrências de Morte Súbita Cardíaca não é possível identificar o problema.
Desmaio
Ross, que conhecia a estudante havia 3 meses, tentou salvá-la antes da chegada dos paramédicos. Ele disse à polícia que eram amigos e que aquela era a primeira vez em que haviam se beijado.
"Não era um relacionamento sexual, mas nos encontrávamos algumas vezes por semana", disse o jovem.
Segundo Daniel Ross, ele e Jemma estavam a caminho de um bar para comer quando tiveram que voltar para sua casa, porque ele havia esquecido o cartão de crédito.
"Nós estávamos conversando e acabamos nos beijando no corredor perto da porta da frente. Fomos para a cozinha e depois para a sala, e Jemma se sentou no sofá", contou.
Ele disse ainda que as pálpebras de Jemma "começaram a cair subitamente" e sua boca espumou antes que ela desmaiasse.
"Eu liguei para a mãe dela para perguntar se ela tinha epilepsia. Ela voltava a si e desmaiava outra vez".
Em seguida, o rapaz ligou para um número de emergência local e recebeu instruções de como tentar reanimar Jemma Benjamin antes da chegada do socorro, mas não conseguiu.
A investigação concluiu que o atraso da ambulância que atendeu Jemma não teve responsabilidade por sua morte, e que nada poderia ter sido feito para salvá-la.
Inquérito
O investigador Richie Andrews, que entrevistou Daniel, disse no inquérito que "é possível que fosse a primeira vez que Jemma e Daniel se beijaram".
Nos depoimentos também foi dito que a menina era tímida e praticante de esportes, mas que estava "estressada" com as provas de ciência esportiva que teria que fazer.
Sua mãe, Charlotte Garwood, disse que Jemma "era o retrato da saúde em um momento e, no momento seguinte, foi tirada de mim".
Daniel Ross terminou seus estudos na Universidade de Glamorgan, em Pontypridd, South Wales, e voltou para sua cidade natal, Birmingham.
Jovem britânica morre minutos após beijar rapaz pela primeira vez
Jemma Benjamin era atlética e saudável, mas sofreu morte súbita cardíaca; causa é desconhecida.
Menina sofre morte súbita após primeiro beijo
(Foto: Wales News Service / via BBC)Uma jovem universitária britânica morreu minutos após ser beijada por um rapaz pela primeira vez, segundo informações ouvidas durante um inquérito na cidade de Aberdare, no País de Gales.
A jogadora de hóquei e nadadora Jemma Benjamin, de 18 anos, estava na casa do colega de universidade Daniel Ross, de 21, quando ela desmaiou no sofá e morreu na frente dele, em abril de 2009.
Durante o inquérito, foi dito que a jovem sofreu de síndrome da Morte Súbita Cardíaca (MSC).
No entanto, a estudante não tinha nenhum histórico de problemas do coração. A autópsia também não conseguiu determinar a causa exata da falência cardíaca.
Em uma a cada 20 ocorrências de Morte Súbita Cardíaca não é possível identificar o problema.
Desmaio
Ross, que conhecia a estudante havia 3 meses, tentou salvá-la antes da chegada dos paramédicos. Ele disse à polícia que eram amigos e que aquela era a primeira vez em que haviam se beijado.
"Não era um relacionamento sexual, mas nos encontrávamos algumas vezes por semana", disse o jovem.
Segundo Daniel Ross, ele e Jemma estavam a caminho de um bar para comer quando tiveram que voltar para sua casa, porque ele havia esquecido o cartão de crédito.
"Nós estávamos conversando e acabamos nos beijando no corredor perto da porta da frente. Fomos para a cozinha e depois para a sala, e Jemma se sentou no sofá", contou.
Ele disse ainda que as pálpebras de Jemma "começaram a cair subitamente" e sua boca espumou antes que ela desmaiasse.
"Eu liguei para a mãe dela para perguntar se ela tinha epilepsia. Ela voltava a si e desmaiava outra vez".
Em seguida, o rapaz ligou para um número de emergência local e recebeu instruções de como tentar reanimar Jemma Benjamin antes da chegada do socorro, mas não conseguiu.
A investigação concluiu que o atraso da ambulância que atendeu Jemma não teve responsabilidade por sua morte, e que nada poderia ter sido feito para salvá-la.
Inquérito
O investigador Richie Andrews, que entrevistou Daniel, disse no inquérito que "é possível que fosse a primeira vez que Jemma e Daniel se beijaram".
Nos depoimentos também foi dito que a menina era tímida e praticante de esportes, mas que estava "estressada" com as provas de ciência esportiva que teria que fazer.
Sua mãe, Charlotte Garwood, disse que Jemma "era o retrato da saúde em um momento e, no momento seguinte, foi tirada de mim".
Daniel Ross terminou seus estudos na Universidade de Glamorgan, em Pontypridd, South Wales, e voltou para sua cidade natal, Birmingham.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Google muda logotipo para homenagear Thomas Edison
11/02/2011 12h22 - Atualizado em 11/02/2011 12h25
Google muda logotipo para homenagear Thomas Edison
Empresa cria imagem interativa com invenções de Edison.
Dia 11 de fevereiro é o 164º aniversário do inventor.
O Google mudou o logotipo do seu site de buscas para homenagear o 164º aniversário do inventor Thomas Edison, comemorado nesta sexta-feira (11). A imagem forma o nome da empresa utilizando algumas das invenções mais famosas de Edison como o fonógrafo e a lâmpada incandescente (Foto: Reprodução)
Google muda logotipo para homenagear Thomas Edison
Empresa cria imagem interativa com invenções de Edison.
Dia 11 de fevereiro é o 164º aniversário do inventor.
O Google mudou o logotipo do seu site de buscas para homenagear o 164º aniversário do inventor Thomas Edison, comemorado nesta sexta-feira (11). A imagem forma o nome da empresa utilizando algumas das invenções mais famosas de Edison como o fonógrafo e a lâmpada incandescente (Foto: Reprodução)
É um Dragão ou um Lagarto? Kawekaweau
É UM DRAGÃO OU UM LAGARTO? Kawekaweau
Uma antiga lenda da tribo maori, da Nova Zelândia, falava de uma misteriosa criatura chamada kawekaweau, uma espécie de pequeno dragão que se escondia sob árvores caídas e que saía do seu esconderijo para atacar pessoas incautas. Esse dragão, na verdade, seria um lagarto com um tamanho muito superior ao de outras espécies, cerca de 60 centímetros de comprimento. Os aborígines de Ilha do Norte afirmavam que, em 1870, o chefe da tribo urewera havia capturado um exemplar vivo do kawekaweau, encontrado sob a casca de uma árvore já morta na região central da Nova Zelândia. Ele o descreveu como um animal pardo, com listras vermelhas e espessura de um punho humano. Apesar do relato feito pelo líder da tribo, nenhum espécime foi preservado, e os cientistas passaram a considerar que o lagarto gigante nada mais era que uma criatura lendária e fantástica, fruto da imaginação dos maoris.
A comprovação da existência desse animal viria só em 1986, quando um grupo de pesquisadores publicou um artigo anunciando a "descoberta" de uma pele antiga de um réptil empalhado que estava esquecido havia muito tempo no Museu de História Natural de Marselha, na França. Amarrado a uma tábua, sem qualquer identificação ou registro sobre sua origem, esse exemplar único, com as características descritas pelo chefe da tribo urewera, havia passado despercebido no museu francês por mais de um século. A surpreendente descoberta pôs fim às dúvidas sobre a existência do kawekaweau, mas levantou novas questões. Qual seria a origem do animal empalhado? Como ele foi parar no museu? Mesmo sem saber responder a tais perguntas, os pesquisadores se detiveram a examinar o maior lagarto que já haviam visto, classificando-o, finalmente, sob o nome científico de Hoplodactylus delcourti.
A maioria das informações sobre o kawekaweau vem de suposições feitas a partir de dados observados em espécies similares. Sabe-se que os répteis da família Hoplodactylus apresentam características essencialmente terrestres e cores que variam entre marrom, cinza, amarelo, preto e, em alguns casos, verde ou vermelho-escuro. De hábitos noturnos ou diurnos, a maioria desses répteis passa a maior parte do tempo tomando banho de sol. Em busca de comida, eles possuem grande habilidade para escalar árvores e arbustos.
No caso dos Hoplodactylus delcourti, presume-se que foram importantes predadores e que consumiam uma ampla variedade de alimentos, inclusive plantas, o que lhes conferia a função de polinizadores dentro do ecossistema neozelandês. Infelizmente, essa espécie desapareceu antes que pudesse ser feito qualquer estudo sobre seu comportamento ou suas características biológicas. Tampouco se sabe as causas da sua extinção. Os cientistas acreditam que mudanças dramáticas no habitat e o impacto da introdução de predadores como ratos, doninhas e gatos, desde o início da colonização da Nova Zelândia, há mais de 1000 anos, tiveram um papel significativo no desaparecimento desse que é considerado o maior lagarto do mundo.
Kawekaweau
Nome científico: Hoplodactylus delcourti
Ano da extinção: 1870
Habitat: Ilha do Norte, Nova Zelândia
Uma antiga lenda da tribo maori, da Nova Zelândia, falava de uma misteriosa criatura chamada kawekaweau, uma espécie de pequeno dragão que se escondia sob árvores caídas e que saía do seu esconderijo para atacar pessoas incautas. Esse dragão, na verdade, seria um lagarto com um tamanho muito superior ao de outras espécies, cerca de 60 centímetros de comprimento. Os aborígines de Ilha do Norte afirmavam que, em 1870, o chefe da tribo urewera havia capturado um exemplar vivo do kawekaweau, encontrado sob a casca de uma árvore já morta na região central da Nova Zelândia. Ele o descreveu como um animal pardo, com listras vermelhas e espessura de um punho humano. Apesar do relato feito pelo líder da tribo, nenhum espécime foi preservado, e os cientistas passaram a considerar que o lagarto gigante nada mais era que uma criatura lendária e fantástica, fruto da imaginação dos maoris.
A comprovação da existência desse animal viria só em 1986, quando um grupo de pesquisadores publicou um artigo anunciando a "descoberta" de uma pele antiga de um réptil empalhado que estava esquecido havia muito tempo no Museu de História Natural de Marselha, na França. Amarrado a uma tábua, sem qualquer identificação ou registro sobre sua origem, esse exemplar único, com as características descritas pelo chefe da tribo urewera, havia passado despercebido no museu francês por mais de um século. A surpreendente descoberta pôs fim às dúvidas sobre a existência do kawekaweau, mas levantou novas questões. Qual seria a origem do animal empalhado? Como ele foi parar no museu? Mesmo sem saber responder a tais perguntas, os pesquisadores se detiveram a examinar o maior lagarto que já haviam visto, classificando-o, finalmente, sob o nome científico de Hoplodactylus delcourti.
A maioria das informações sobre o kawekaweau vem de suposições feitas a partir de dados observados em espécies similares. Sabe-se que os répteis da família Hoplodactylus apresentam características essencialmente terrestres e cores que variam entre marrom, cinza, amarelo, preto e, em alguns casos, verde ou vermelho-escuro. De hábitos noturnos ou diurnos, a maioria desses répteis passa a maior parte do tempo tomando banho de sol. Em busca de comida, eles possuem grande habilidade para escalar árvores e arbustos.
No caso dos Hoplodactylus delcourti, presume-se que foram importantes predadores e que consumiam uma ampla variedade de alimentos, inclusive plantas, o que lhes conferia a função de polinizadores dentro do ecossistema neozelandês. Infelizmente, essa espécie desapareceu antes que pudesse ser feito qualquer estudo sobre seu comportamento ou suas características biológicas. Tampouco se sabe as causas da sua extinção. Os cientistas acreditam que mudanças dramáticas no habitat e o impacto da introdução de predadores como ratos, doninhas e gatos, desde o início da colonização da Nova Zelândia, há mais de 1000 anos, tiveram um papel significativo no desaparecimento desse que é considerado o maior lagarto do mundo.
Kawekaweau
Nome científico: Hoplodactylus delcourti
Ano da extinção: 1870
Habitat: Ilha do Norte, Nova Zelândia