Luzia Homem - Parte 1 de 5 - Domingos Olímpio
Luzia Homem
Domingos Olímpio
DADOS BIOGRÁFICOS:
DOMINGOS OLÍMPIO BRAGA CAVALCANTI, cearense de Sobral. Nasceu em 18 de setembro de 1850 e faleceu em 06 e outubro de 1906, no Rio de Janeiro. Advogado e jornalista.
Por sua composição "Luzia-Homem", publicada em 1903, é considerado um clássico, enquadrando-se no gênero "Ciclo das Secas", da Literatura Nordestina. Compôs várias peças teatrais, tendo se realçado também na carreira jornalística. Fundou e dirigiu a revista "Os Anais", onde publicou o romance "O Almirante", deixando incompleto "Uirapuru", também romance.
Alguns de seus romances são realistas, de cunho regionalista como se observa nos tipos e cenas que descreve. Sua prosa é exuberante, dúctil e pitoresca. É considerado o precursor do moderno romance brasileiro.
RESUMO DO ENREDO:
O cenário é o interior do Ceará, nos fins de 1878, durante uma grande seca. Na construção da penitenciária de Sobral, pequena cidade do Ceará, muitos retirantes trabalham para não morrerem de fome.
Uma linda morena chama a atenção de todos. É Luzia que faz serviços de homem para poder receber ração dobrada, em virtude de ter a mãe doente em casa. Seu corpo é esbelto e feminino e, acostumada que fora na antiga fazenda do pai a trabalhar em serviços pesados, tinha muita força, fazendo o que muitos homens não podiam. Por isso recebera o apelido de Luzia-Homem. Recatada e silenciosa, não tinha muitas relações de amizade. No entanto, o soldado Crapiúna era apaixonado ou pelo menos atraído fisicamente com violência por Luzia. Esta não correspondia aos seus cortejos, desprezando-o e tornando o soldado cada vez mais obcecado por ela.
(SEGUE ABAIXO ESTA OBRA COMPLETA DIVIDIDA EM 5 PARTES)