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sábado, 15 de abril de 2023

Misteriosos símbolos esculpidos em rochas no Catar intrigam pesquisadores

Misteriosos símbolos esculpidos em rochas no Catar intrigam pesquisadores

Petróglifos de Al Jassasiy apresentam diversos padrões, mas ninguém sabe ao certo quando foram criados e para que serviam.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Há um país nas Américas onde pessoas ainda podem ser condenadas por bruxaria

Há um país nas Américas onde pessoas ainda podem ser condenadas por bruxaria


Ainda que pareça estranho, em um país nas Américas ainda está em vigor uma lei de mais de 100 anos que trata sobre feitiçaria. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

As cartas marcadas do Tarô

AS CARTAS MARCADAS DO TARÔ



São 78 cartas cheias de simbolismo com uma história milenar. Sua leitura sobreviveu aos séculos e está em plena moda. Para os céticos é só um jogo de adivinhação. Para os iniciados nos seus mistérios, é uma forma de autoconhecimento.

Atores, empresários, profissionais liberais, artistas plásticos - enfim pessoas das mais diferentes atividades têm em comum o costume de freqüentar um certo apartamento amplo e ensolarado no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. Ali trabalha um carioca de 30 anos, solteiro, olhos muito azuis, chamado Marcos da Silva Bordallo. Só que nenhum desses visitantes o trata pelo verdadeiro nome. Para eles Marcos é Namur - ou melhor, professor Namur. E se o procuram é porque esperam receber uma orientação que os ajude a organizar melhor suas vidas e seus negócios. Engana-se quem imaginar que o tão requisitado Marcos-Namur é algum conselheiro espiritual ou psicólogo com formação psicanalítica.
O que ele faz, cobrando cerca de 4 mil cruzados a primeira sessão, é dar as cartas. Pois o auto-intitulado professor é um tarólogo, por sinal o mais badalado do Rio, ou seja, um especialista em tarô - o misterioso baralho que, segundo os adeptos, faz as pessoas se conhecerem melhor e a partir daí terem uma boa idéia do que o futuro lhes reserva.
Os crentes nos poderes do tarô e dos tarólogos formam uma espécie em expansão. Mas o jogo é muito antigo. A própria palavra tarô, do francês tarot, viria do velho Egito, onde o baralho teria surgido, significando "roda" ou "caminho". A história do jogo é tão obscura como o nome. Sabe-se que em 1392, Carlos VI, rei da França, encomendou por um bom preço ao pintor Jacquemin Gringonneur três pacotes de cartas. A primeira descrição de um baralho de tarô, porém, só apareceu séculos mais tarde. Seu autor foi o teólogo protestante francês e historiador Antoine Court de Gébelin (1725-1784). No primeiro dos nove volumes de sua obra Le monde primitif, Gébelin afirma que as cartas do tarô foram extraídas do Livro de Thoth (um deus egípcio).
No século XVIII, em plena Revolução Francesa, o jogo de tarô tornou-se moda nos salões parisienses e uma certa Mademoiselle Lenormand era o que é hoje no Rio o professor Namur - lia nas cartas do tarô o destino de gente importante da época. Entre seus clientes estavam os líderes revolucionários Robespierre e Saint-Just. Diz-se que Mademoiselle Lenormand previu a morte dos dois na guilhotina - o que talvez não fosse uma proeza, dada a facilidade com que se cortavam cabeças na França daqueles anos. Mas, se ela de fato previu a decapitação, nem Robespierre nem Saint-Just puderam fazer qualquer coisa para evitá-la - e isso dá o que pensar sobre a utilidade de se conhecer o futuro.
Conta-se também que, anos mais tarde, Napoleão tornou-se assíduo freqüentador de Lenormand. Esse pelo menos sabia lidar à sua maneira com o futuro desvendado pela taróloga: quando as previsões o desagradavam, mandava encarcerá-la por uns tempos.
Boa parte do charme do tarô, o que ajuda a entender sua longevidade, está nas próprias 78 cartas que compõem o baralho. Elas se dividem em dois grupos: os 22 arcanos maiores - fundamentais na interpretação - e os 56 arcanos menores, que complementam os outros. A palavra arcano vem do latim arcanu, que quer dizer segredo, mistério, e cada um deles representa uma figura simbólica diferente. Por exemplo, o arcano IV (os praticantes usam a numeração romana), chamado imperador, simboliza o homem objetivo, materialista, organizado.
O professor Namur ensina que o tipo de homem simbolizado pelo imperador gosta de ser o provedor do lar, mas não se detém para tentar entender o que o outro está vivendo; geralmente é pão-duro, mas se orgulha de pagar as contas em dia; é também machão e moralista dentro de casa; ansioso e ambicioso, sonha com segurança; gosta da sacerdotisa (arcano II), que simboliza a mãe e a esposa, mas também da imperatriz (arcano III), símbolo da mulher independente, que trabalha fora, mas de quem ele finge não gostar. Se a carta do imperador sair para uma mulher, isso pode significar que procura imitar o pai.
Há uma certa carta - o arcano XIII - que de tão assustadora nem tem o nome impresso: é a figura da morte. Mas a morte pode não ser tão feia como a pintam. Segundo uma tranqüilizadora interpretação, essa carta simboliza o renascimento, as transformações pelas quais a pessoa está passando. Tudo depende de quem lê o tarô e, para complicar ainda mais as coisas, os métodos de leitura mudam de um tarólogo para outro: há quem utilize apenas os 22 arcanos maiores, por achar que isso facilita a consulta e a comparação com a leitura anterior, quando o cliente volta; outros preferem usar todas as cartas e certamente devem ter para isso motivos tão relevantes quanto os dos que optam pela versão resumida: é tudo uma questão de crer para ler.
Naturalmente, o jogo de cena no ato da leitura é da maior importância - como convém a um ramo do ocultismo que tem a pretensão de entender a personalidade humana a partir do acaso de um sorteio de cartas. Namur, por exemplo, usa uma mesa de tampo preto, "porque as cores das cartas se realçam, pulam e ajudam na concentração", como diz. Outros tarólogos preferem rituais mais elaborados. É o caso do uruguaio cujo apelido é Kucho e que prefere não revelar seu verdadeiro nome. Há 22 anos no Brasil e desde 1975 no ramo do tarô, ele usa uma pele de animal amarelada para cobrir a mesa de trabalho, numa saleta pouco iluminada, no porão da casa onde mora, no bairro do Pacaembu, em São Paulo.
Alto, moreno, com os traços herdados da mãe índia e do pai espanhol, Kucho cobra uma quantia simbólica para ler o tarô (ele diz que trabalha na produção de comerciais e de cinema), jamais tira cartas para si mesmo e só opera com baralhos que tenham atravessado o oceano. Isso não faz diferença alguma para o carioca Namur, que se declara criador do primeiro tarô latino-americano, um baralho desenhado pela argentina Martha Leyros, em cores vivas, bem diferentes dos tons pastel do clássico baralho francês. "O nosso tem vida, emoção, chega a suar", entusiasma-se Namur.
Existem mais de mil baralhos diferentes de tarô, uma variedade à altura do número de métodos de dispor as cartas - pelo menos quinhentos. Namur, por exemplo, as dispõe em círculo, na forma da mandala - que em sânscrito significa círculo mágico. Kucho, por sua vez, as coloca na posição astral, de acordo com as casas do zodíaco. Dispor as cartas em linhas horizontais é o método utilizado pela taróloga paulista Claudine Cardoso. Mãe de três filhos, ela conta que aprendeu a mexer com o tarô aos 7 anos, quando ganhou um baralho da avó.
Também o número de cartas que o cliente tira, o número de rodadas e o tempo gasto na leitura variam. Para Namur, que se considera bom entendedor, doze cartas e uma rodada bastam. Já os clientes de Kucho devem escolher 28 cartas em quatro rodadas; na última, se quiserem, podem fazer perguntas. Claudine interpreta no mínimo 44 cartas. Mas nenhum deles gasta menos de uma hora na operação. Nesse complicado jogo as interpretações dos arranjos que as cartas formam variam de acordo com cada pessoa e a situação que ela vive em determinado momento, dizem os tarólogos. Por isso, se o ermitão (arcano IX) sair para uma criança, poderá simbolizar timidez; já para um homem de 50 anos será símbolo de riqueza interior.
O enforcado (arcano XII), brinca Namur, é o arcano do brasileiro, sempre com a corda no pescoço. Normalmente, os tarólogos não brincam em serviço, certamente para manter a aura de seriedade em torno daquilo que para os mais desconfiados não passa de um jogo - antigo, complexo e sofisticado, mas apenas um jogo. Para o professor Namur, os fundamentos do tarô "são o pensamento mágico, não racional, e a intuição" - seja lá o que isso signifique. Os tarólogos tomam o cuidado de advertir aos mais deslumbrados que o tarô não é um jogo de adivinhação do tipo bola de cristal.
Aponta caminhos, mas não dá soluções. Por isso, quem consultar um tarólogo na esperança de descobrir o que vai acontecer no dia seguinte estará perdendo tempo.
"A verdadeira intenção do tarô", teoriza Namur, "é fazer com que as pessoas se auto-analisem, já que as cartas mostram o que está ocorrendo com elas." Ele afirma que "se as pessoas não souberem mudar sua relação com o passado, cuja resultante é o presente, acabam se repetindo; então não adianta mudar de marido, de emprego ou de casa, pois o problema permanece o mesmo". Curioso do tarô, o escritor Caio Fernando Abreu, autor de Morangos mofados, conta que na primeira vez em que consultou um tarólogo ficou espantado "porque entre tantas cartas saíam exatamente aquelas cuja interpretação tinha a ver com o que eu estava vivenciando".
Ao que parece, o tarô e mesmo o I Ching - o livro das mutações que surgiu na China no período anterior à dinastia Chou (1150-249 a.C.) - têm como meta principal levar as pessoas a refletir sobre o que estão vivendo. Talvez por isso, um dos fundadores da psicanálise, o suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), tenha se interessado pelo tarô, entre outras simbologias. Seja como for, o fascínio que as várias formas de esoterismo exercem sobre as pessoas independe de sexo, religião ou atividade. Os homens, na maioria, procuram tarólogos para saber de dinheiro e negócios. Já as mulheres se preocupam com o trabalho e as questões afetivas. A curiosidade que o tarô sempre despertou nos artistas moveu o pintor espanhol e mestre do surrealismo Salvador Dali a desenhar um baralho.
Na literatura, a simbologia contida nessas cartas foi tema de poemas do francês Gérard de Nerval (1808-1855) e do norte-americano T.S. Eliot (1888-1965). E o pintor sergipano; radicado no Rio Antônio Maia, que sempre retratou temas ligados à crendice popular, decidiu comemorar seus 60 anos em outubro próximo com uma exposição de 22 telas, onde estarão pintados, em bom tamanho, um a um, os arcanos maiores do tarô.

Esse futuro que não chega nunca.

Desde o começo dos tempos, brinca Woody Allen, o homem vive às voltas com algumas dúvidas insuperáveis: quem sou eu, de onde vim - e onde será que vamos jantar esta noite. Ainda mais do que isso, o que as pessoas querem saber de verdade é o que lhes reserva o dia de amanhã. A busca insaciável do futuro, velha como o medo e a esperança, faz a felicidade dos tarólogos, jogadores de búzios, quiromantes, astrólogos, cartomantes e videntes de todas as categorias - quando se trata de mexer com o desconhecido, jamais algum deles deve ter perdido dinheiro subestimando a credulidade alheia.
O que nem sempre se percebe é que correr atrás do futuro é fazer como o cachorro que dá voltas atrás do próprio rabo. Não se trata nem de dizer que é preciso estar muito aflito ou ter muita boa vontade inocente para acreditar que o futuro pode ser previsto pela magia ou pela ciência, assim ou assado. O problema é outro. Se o futuro já está pronto e acabado em alguma misteriosa dimensão das coisas, podendo portanto ser conhecido por qualquer vidente cinco-estrelas - como parecem achar os que acreditam que a vida é apenas o desenrolar de um destino imutável -, então que valia tem conhecer algo que não se poderá modificar? Ou, se o futuro só fica pronto quando acontece, como dizem os partidários da idéia de que são as pessoas, a cada escolha que fazem, que vão construindo sua história, então é possível conhecer algo que se modifica sem cessar?
No fundo, muita gente intui que não existe saída para esse paradoxo - do contrário, bastaria ter uma bola de cristal desembaçada para fazer a quina da Loto toda semana - e ainda assim freqüenta seus videntes de estimação. É que nesse ato, nesse jogo, a ansiedade diante dos rumos da vida encontra algum alívio. Se o ocultista procurado não for um charlatão, a pessoa poderá até sair dali com algo de valioso em troca do seu tempo e dinheiro. "Se um tarólogo lhe disser que ela fantasia muito", exemplifica o psiquiatra Antônio Carlos Cesarino, "certamente a pessoa vai parar para pensar nisso, e tudo que ajuda a refletir é bom."



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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Precognição - Farejando desgraça

PRECOGNIÇÃO: FAREJANDO DESGRAÇAS



No dia 5 de setembro de 2001, o médium irlandês Zak Martin descreveu uma visão assustadora: "Na última semana, tive uma premonição muito nítida de um avião - parecido com uma aeronave comercial de passageiros - colidindo num arranha-céu e explodindo em chamas. Acho que é nos Estados Unidos - possivelmente Chicago". O relato de Martin foi enviado para o Registro de Premonições Psíquicas, uma entidade de parapsicologia do Reino Unido. Seis dias depois, não apenas um, mas dois aviões comerciais foram jogados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York. Como se sabe, ambos explodiram e cobriram de fogo e fumaça os prédios mais altos daquele país, que acabaram ruindo e virando uma pilha de vidro, concreto e aço. Coincidência? Previsão do futuro? Levando-se em conta que Martin, aparentemente, nada tinha a ver com a Al Qaeda, o grupo terrorista acusado de promover o atentado, e contou o sonho quase uma semana antes da tragédia, a história rapidamente se transformou num badalado caso de precognição. Fenômeno mais freqüente da paranormalidade, precognição é o nome que os parapsicólogos dão para a premonição, o conhecimento prévio do futuro sem dados do presente que permitam a dedução do que vai acontecer. Todos os dias, dezenas de pessoas relatam fatos desse tipo. Muitos caem no esquecimento, sem nunca serem confirmados. Outros se materializam, com uma espantosa perfeição de detalhes, e enchem páginas de jornais, revistas, livros e sites de parapsicologia. Quanto mais universal a história, mais fácil de ganhar fama.

É o que aconteceu com o pintor americano Charles Burwell. Em setembro de 2000, ele terminou de pintar um quadro em estilo surrealista de 60 por 84 centímetros. A obra tinha tudo para permanecer anônima fora da turma das artes plásticas, não fosse um bizarro detalhe: em vez de relógios derretidos como os de Salvador Dalí, Burwell desenhou a imagem de um prédio coberto pelo que parece ser uma nuvem de fumaça em forma de sorvete de casquinha, destacando-se no horizonte de uma metrópole. Exatamente um ano depois, o próprio pintor se surpreendeu com a semelhança entre a tela e as fotografias das torres gêmeas queimando, publicadas no mundo todo. "O simbolismo de minha pintura lembrou-me quase imediatamente o 11 de setembro", escreveu o artista em seu site pessoal. "Mesmo depois dessa formidável coincidência, não estou certo se tenho ou não habilidades precognitivas."

Independentemente da explicação, a tela foi batizada de Omen, ou "presságio", em português. Afinal, Burwell pode ter tido uma precognição? Qualquer pessoa pode pressentir o futuro diante de seus olhos? "As faculdades parapsicológicas, todos têm, mas ninguém as domina", afirma o padre Oscar Gonzalez-Quevedo, um dos mais polêmicos parapsicólogos do Brasil. Assim, num momento de desequilíbrio, febre alta, dor de cabeça ou sonho, você poderia ver detalhadamente alguma coisa que ainda vai acontecer. Como envolve fortíssimas doses de emoção, as precognições normalmente estão relacionadas a acidentes, desastres e más notícias em geral.



Salvos por um sonho

Não é por acaso que o naufrágio do Titanic, uma das mais célebres tragédias do século 20, seja acompanhado de diversas histórias de pessoas que pressentiram a viagem sem volta do transatlântico. O empresário inglês J. Connon Middleton havia reservado passagens para ele e a família. Dez dias antes do embarque, ele sonhou com um navio de quilha para o ar, rodeado por passageiros e bagagem boiando. Para não assustar os parentes, ficou quieto. Mas o sonho se repetiu na noite seguinte. Middleton resolveu adiar a passagem, pois a viagem não era urgente, e contou tudo para três amigos. Na fatídica noite de 14 de abril de 1912, o Titanic bateu num iceberg e afundou no Atlântico Norte, matando 1500 pessoas, entre passageiros e tripulantes. Middleton relatou o caso para a Sociedade de Parapsicologia de Londres, acompanhado dos passaportes, das reservas e de uma carta com o testemunho assinado dos amigos. Dias depois, novos registros foram aparecendo. O marinheiro Colin MacDonald, por exemplo, recusou a função de subchefe de máquinas do Titanic por causa de um presságio de desastre.

Em alguns casos, foi pura superstição, como os milionários J. P. Morgan e George W. Vanderbilt, que admitiram ter cancelado as passagens por medo de estar na viagem inaugural de um navio. Em outros, faltavam detalhes que pudessem relacionar os sonhos e as precognições ao acidente do Titanic. Se o problema são os detalhes, a história do escritor inglês Morgan Robertson é de arrepiar. Em 1898, ele publicou um romance sobre o naufrágio de um grande navio, que ocorria num mês de abril, após chocar-se com um iceberg no norte do Atlântico. Metade dos passageiros morria por falta de botes salva-vidas, tal qual ocorreria com o Titanic. Mera coincidência ou terrível premonição, o livro chamava-se Futility or the Wreck of the Titan ("Futilidade ou o Naufrágio de Titan", sem versão para o português). Robertson não viajou no Titanic, logo, não virou personagem da própria ficção.

Já o jornalista inglês W. T. Stead não teve a mesma sorte. Até 1912, ele tinha publicado várias histórias, entre as quais o conto "O Fantasma Branco do Desastre", a respeito de navios que afundavam no oceano e os passageiros morriam à deriva. Stead se interessava pelo sobrenatural e visitou alguns médiuns, em busca de novas idéias fantásticas para os seus textos. Nesses contatos, três deles teriam avisado sobre o acidente do Titanic, com premonições como "será perigoso viajar no mês de abril de 1912" ou "você estará no meio de uma catástrofe na água". Mesmo assim, Stead embarcou naquela primeira e última travessia do Titanic. E, como costumava narrar em seus livros, foi um dos que morreram no mar porque não havia botes suficientes para todos. Embora fossem escritores de ficção, Robertson e Stead teriam visto o futuro? Ou foram vítimas casuais da própria imaginação literária?

Os céticos citam um dado comum a esses acontecimentos: todos se referem a preocupações de suas épocas. No começo do século 20, quando os navios dominavam o transporte de pessoas de um continente para outro, preocupar-se com naufrágios era tão comum quanto temer um atentado aéreo nos dias de hoje, quando os turistas preferem o avião. A pergunta racional seria: por que ouvimos poucas premonições de tragédias marítimas no século 21 em comparação às visões de Boeings explodindo no ar? Nesse caso, Robertson e Stead teriam apenas denunciado um fato daqueles anos: as empresas marítimas descuidavam da segurança. Em 1998, a inteligência americana alertou a Casa Branca para a possibilidade de ataques terroristas, com o uso de aviões, dentro dos Estados Unidos. O relatório estava certo, como comprovou o atentado de 11 de setembro, e não foi feito por uma equipe de precognitivos. No site Dicionário do Cético (brazil.skepdic.com), o americano Robert Todd Carroll cita a lei dos números muito grandes. Essa lei diz que, numa amostra suficientemente grande, muitas coisas estranhas demais para parecerem coincidências são prováveis e nada estranhas. "Digamos que a possibilidade de uma pessoa sonhar com a queda de um avião, e um cair no dia seguinte, seja de 1 para 1 milhão. Com 6 bilhões de pessoas tendo em média 250 temas de sonho por noite, devem existir 1,5 milhão de pessoas por dia tendo sonhos que parecem clarividência", escreve Carroll. A análise cética utiliza também a regra do efeito Forer - quanto mais vagos forem o sonho, a premonição ou a predição, mais exatos eles parecerão.

Na parapsicologia, a precognição só é reconhecida se a pessoa não tiver informações no presente que permitam a dedução do futuro. Em 1915, Edward Bowen, um bem-sucedido vendedor de calçados de Boston, nos Estados Unidos, estava com bilhete comprado para embarcar no luxuoso transatlântico britânico Lusitania. Na véspera da viagem, ele sentiu uma súbita preocupação e resolveu ficar. "Um sentimento cresceu dentro de mim de que algo ia acontecer ao Lusitania. Conversei seriamente com minha esposa, e decidimos cancelar nossa passagem, apesar de eu ter um negócio importante marcado em Londres", contou a amigos, na ocasião. Um dia antes da partida, os tripulantes do Lusitania interpretaram como mau agouro a fuga do mascote do navio, um pequeno gato preto. Em 7 de maio de 1915, um torpedo alemão afundou o Lusitania. Naquele ano, Grã-Bretanha e Alemanha combatiam em lados opostos na Primeira Guerra Mundial. Os jornais dos Estados Unidos publicavam anúncios da embaixada alemã alertando que os viajantes deveriam assumir os riscos de atravessar o Atlântico. O clima era hostil, mas ninguém imaginava ataques a navios de passageiros. A Marinha alemã pensou diferente, matando 1200 pessoas que estavam a bordo do Lusitania. Bowen teve uma premonição verdadeira ou estava influenciado pelas notícias vindas do front? O comerciante estaria impressionado com os perigos de viajar para a Europa durante a guerra ou pressentiu a tempo a tragédia? Para céticos ou não, a única certeza é que Bowen e a mulher sobreviveram.



Central de premonições

Apesar das centenas de precognições vagando pelo planeta, ninguém consegue evitar os desastres a tempo. Primeiro, porque é preciso acreditar que um sonho seja premonitório e não um pesadelo causado pelo jantar. Segundo, porque é impossível determinar se a visão de um acidente vai se tornar realidade. Em 1967, o psiquiatra J. C. Barker criou o Escritório Britânico de Premonições, na Inglaterra, com a proposta de centralizar as experiências precognitivas. Qualquer um que tivesse sonhado ou pressentido um evento podia telefonar para o escritório e relatá-lo. A idéia de Barker era simples: se um número considerável de pessoas descrevesse situações parecidas, ele poderia construir um sistema de alerta e prevenção de desastres. Em seis anos, foram recebidas 1 206 ligações. Poucas pareciam conter premonições verdadeiras de assuntos de interesse público, além de serem feitas normalmente pelas mesmas pessoas. Barker não conseguiu estabelecer um padrão claro de repetições ou uma quantidade considerável de registros de um único evento. Ainda que tenha obtido algum sucesso em antecipar determinados fatos, o escritório foi incapaz de evitar qualquer tragédia e fechou. Hoje existem trabalhos similares, como o da entidade para a qual Zak Martin comunicou a visão do 11 de setembro, que apenas registram as precognições. Entretanto, continua-se não conhecendo alguém que impediu uma catástrofe a tempo.



Está tudo escrito?

Algum dia será possível prevenir um acidente baseado num relato de precognição? "A precognição é o conhecimento direto do futuro", afirma o padre Quevedo, do Centro Latino-Americano de Parapsicologia. "Se o fato for evitado, foi uma falsa precognição." Por isso, segundo a parapsicologia, as tragédias previstas não poderiam ser evitadas. No filme Minority Report - A Nova Lei, de Steven Spielberg, baseado no livro do escritor americano de ficção científica Philip K. Dick, três jovens precognitivos visualizam os assassinatos antes de eles acontecerem. Com a informação em mãos, os policiais de Washington prendem os criminosos antes do crime. Seguindo o raciocínio dos parapsicólogos, como os crimes não ocorriam, os três precognitivos erravam todas as previsões. Se eles erravam, os acusados não se tornariam assassinos.

Claro que o livro e o filme Minority Report são obras de ficção, mas a explicação parapsicológica das precognições questiona a viabilidade de usar paranormais na investigação de crimes. Simplesmente porque as visões não escolhem hora para aparecer. "As precognições são fenômenos espontâneos e incontroláveis", diz Quevedo. O padre ficou famoso como caçador de falsos paranormais e virou um dos maiores inimigos de videntes, adivinhos e futurólogos em geral que garantem dominar poderes extra-sensoriais de precognição, clarividência e telecinese, entre outros.
Se pode fazer o cérebro humano acertar o futuro, a percepção extra-sensorial tem pelo menos uma limitação, conforme a parapsicologia. As precognições são sempre relacionadas ao nosso conhecimento do mundo e dentro de um prazo existencial de dois séculos, para frente ou para trás. Por isso, ninguém conseguiu acertar previsões sobre outros planetas já visitados por sondas terrestres ou decifrar um hieroglifo por meio da retrocognição - a capacidade de ver o passado. Com tantos estudos sobre o assunto, o que falta para a precognição ser reconhecida como um fenômeno verdadeiro? A resposta está na estatística, a grande divergência entre céticos e parapsicólogos. Ao seu modo, cada um interpreta os números de premonições que se materializaram. Voltemos ao caso de Zak Martin. No mesmo relato de 5 de setembro de 2001, no qual antecipou o avião batendo no arranha-céu, o médium irlandês descreveu outras duas visões: "Eu também prevejo duas mortes na família real, uma logo depois da outra" e "Tenho a impressão de uma tentativa de assassinato do líder palestino Yasser Arafat. Não tenho certeza, mas acho que envolve uma explosão". Como se sabe, a rainha-mãe britânica Elizabeth morreu no dia 29 de março de 2002, menos de dois meses após a morte da filha, a princesa Margaret. Já Yasser Arafat morreu, internado num hospital militar na França, no dia 11 de novembro de 2004. Dois acertos em três previsões indicam coincidência, sorte ou precognição? Depende do lado em que você estiver.


Na onda do Tsunami




Em outubro de 2004, a médium americana Sylvia Browne disse num programa de TV que os turistas, por questões de segurança, deveriam evitar ir à Índia. Sua previsão era muito vaga, como costumam ser as profecias desse tipo (a médium não explicou o que queria dizer com as tais "questões de segurança"). O fato é que, dois meses depois, no dia 26 de dezembro, parte da Índia foi atingida pelo tsunami, a onda gigante causada por um maremoto no sul do Pacífico. Rapidamente, Sylvia contabilizou o desastre como mais uma das premonições da sua bem-sucedida carreira de vidente. Para os céticos, no entanto, faltou mencionar o maremoto, o tsunami e a Indonésia - de longe, o país mais castigado pela catástrofe.

No dia 29 de dezembro, Sylvia foi novamente à TV para dizer que os astros Brad Pitt e Jennifer Aniston, um dos casais mais famosos de Hollywood, iriam se separar. O programa fora gravado no dia 8 de dezembro. Quase um mês depois, no dia 7 de janeiro deste ano, Brad Pitt e Jennifer Aniston anunciaram o fim de seus quatro anos de casamento.

Sylvia ganha a vida dando palestras e escrevendo livros de auto-ajuda. Algumas de suas obras viraram best sellers nos Estados Unidos e foram publicadas no Brasil, como O Outro Lado da Vida (Sextante, 2000) e A Vida no Outro Lado (Sextante, 2001). Em 2001, a médium aceitou colocar seus poderes à prova do cético e caçador de paranormais James Randi - até hoje ela não se apresentou para o desafio.

Para quem prefere acreditar nos poderes mediúnicos de Sylvia, convém anotar algumas previsões que ela faz para os próximos cem anos (veja mais no site www.sylvia.org):

- O câncer vai ser erradicado e, se isso não bastasse, será desenvolvida uma nova forma de extração de dentes sem dor, usando um método de sucção.

- Alienígenas farão contato conosco em 2010 (não se preocupe, pois eles não nos farão mal - querem apenas observar o que estamos fazendo com nosso planeta).

- A paz finalmente chegará ao Oriente Médio, mas ainda precisaremos aguardar até o ano 2050.

- Em 2055, a maioria das pessoas viverá em cidades dentro de domos, devido às "pobres condições atmosféricas".

- Ainda neste século, os Estados Unidos deixarão de ter um presidente e passarão a ser administrados pelo Senado.

- Não haverá mais somente um papa, mas três - cada um responsável por uma determinada região do mundo católico.
- O planeta viverá em paz por volta de 2050 a 2100 - depois disso, Sylvia não põe a mão no fogo ("Não vejo nada além, o que pode significar que ‘o fim virá como um ladrão na noite’", afirma a médium em seu site).

terça-feira, 28 de julho de 2009

ANALISANDO AS PROFECIAS - NOSTRADAMUS

ANALISANDO AS PROFECIAS - NOSTRADAMUS

Michel de Nostredame ou Miquèl de Nostradama [1], mais conhecido sob o nome de Nostradamus (Saint-Rémy-de-Provence, 14 de dezembro de 1503 ou 21 de dezembro de 1503[2] — Salon-de-Provence, 2 de julho de 1566), foi um apotecário e pretenso médico da Renascença que praticava a alquimia (como muitos dos médicos do século XVI). Ficou famoso por sua suposta capacidade de vidência. Em 1555, escreveu e lançou um livro de centúrias (As Profecias), versos codificados que seriam previsões do futuro.

Sofria de epilepsia psíquica, de gota e de insuficiência cardíaca. Morreu em 2 de julho de 1566 em Salon-de-Provence, vítima de um edema cárdio-pulmonar.


DOWNLOAD DO DOCUMENTARIO:

http://www.badongo.com/vid/243294


Infância e origens
Lugar de nascimento de Nostradamus.Michel de Nostredame nasceu no dia 14 de dezembro de 1503 (ou 21 de dezembro de 1503)[2] em Saint-Rémy-de-Provence, no sul da França. Seus pais eram Jaumet (ou Jacques) de Nostredame e Reynière (ou Renée) de Saint-Rémy. Filho mais velho do casal (eram 8 filhos), seu Nostredame vem de seu avô (judeu), que escolheu o nome de Pierre de Nostredame quando da sua conversão ao catolicismo. Reyniére era filha de René de Saint-Rémy (filho de Jean V de Saint-Rémy e Silete) e Béatrix Tourrel (filha de Jacques Tourrel). Já Jaumet era filho de Pierre de Nostredame, nascido Pierre de Vélorgues (filho de Amauton de Vélorgues) e Blanche de Sante-Marie (filha de Pierre de Sante-Marie e da senhora de Labia).


Época de estudante
Quando tinha 15 anos, Nostredame entrou na Universidade de Avignon para cursar o bacharelado. Depois de pouco mais de um ano, quando ele estava estudando o Trivium (gramática, retórica e lógica), teve que sair de lá por causa de uma epidemia de peste negra. Depois de deixar Avignon ele viajou pelo país por oito anos, de 1521 a 1529, em busca de ervas medicinais. Em 1529, após alguns anos como apotecário (farmacêutico), ele entrou na Universidade de Montpellier para cursar doutorado em medicina. Em 1530, ele foi expulso da universidade porque eles descobriram que ele era apotecário (e isso era proibido segundo os estatutos da universidade).[3] O documento de expulsão (BIU Montpellier, Register S 2 folio 87) ainda se encontra na biblioteca da universidade.[4] Depois da expulsão, Nostredame voltou a ser apotecário e se tornou famoso por criar uma "pílula rosa" que supostamente protegia as pessoas daquela praga por conter altas doses de vitamina C.[5]

Astronomia
Ao contrário do que muitos pensam, Nostradamus não era astrólogo, mas sim astrônomo, conforme estudos indicam. Nostradamus utilizava o conhecimento científico da astronomia, e embora fizesse previsões, as mesmas não se baseavam em fundamentos astrológicos

Casamentos
A casa de Nostradamus em Salon-de-Provence.Em 1531, Nostredame foi convidado por Julius Caesar Scaliger, um líder polímata, para ir a Agen.[6] Lá ele casou-se com uma mulher de nome ainda incerto (provavelmente Henriette d'Encausse), e teve dois filhos com ela.[7] Em 1537, sua esposa e os dois filhos morreram supostamente por causa da peste negra. Então viajou pela França e provavelmente pela Itália.[6]

Em 1545, ele ajudou o físico Louis Serre para combater um surto da praga em Marselha e depois em Salon-de-Provence e Aix-en-Provence. Depois, em 1547, casou-se com uma viúva chamada Anne Ponsarde Gemelle e teve seis filhos com ela (três filhos e três filhas).[6]

Carreira como vidente
Com seus conhecimentos sobre o ocultismo e com a sua habilidade de prever o futuro, começou a escrever uma série de almanaques anuais, sendo o primeiro lançado em 1550, e passou a utilizar o seu nome em latim, de Nostredame para Nostradamus. Quando ele lançou o livro Les Propheties (As Profecias), muitas pessoas passaram a pensar que ele era o demônio e o chamavam de herege. Mas outras classes sociais aprovaram a publicação, porque suas centúrias inspiravam profecias espirituais. Então o livro chamou a atenção de Catarina de Médicis, esposa de Henrique II de França, que era uma grande admiradora de Nostradamus, e depois ela o chamou para Paris para perguntar a ele qual seria o futuro de seus filhos através do horóscopo.


Últimos anos e morte
Tumba de Nostradamus no Collégiale St-Laurent, Salon.Em 1566, a gota se transformou em edema. Em 1 de Julho, um dia antes de morrer, Nostradamus supostamente previu a sua própria morte, dizendo ao seu secretário Jean de Chavigny: "Você não me achará vivo ao amanhecer". No dia seguinte, ele foi encontrado morto próximo de sua cama e de um banquinho (Presságio 141 [originalmente 152] em Novembro de 1567, que foi postumamente editado por Chavigny para adaptação).[8][4] Ele foi enterrado em uma capela local Franciscana (parte da capela foi depois incorporada ao agora restaurante La Brocherie) e depois foi novamente enterrado no Collégiale St-Laurent durante a Revolução Francesa, onde está enterrado até os dias de hoje.[6]


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Retrato:


Local do nascimento:


Casa onde viveu (Salon-de-Provence):


Tumba(Collégiale St-Laurent, Salon):




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