PRATO CHEIO - Pallas's Cormorant
O pallas’s cormorant (ou spectacled cormorant) era uma ave da família dos biguás e pertencia à mesma ordem dos pelicanos. Vivia em algumas ilhas pequenas e desabitadas no extremo oeste do Mar de Bering, na costa asiática da Rússia. Desajeitado, grande, com asas pequenas, era um pássaro lento, que voava pouco e tinha dificuldade para se locomover em terra. Na água, porém, era bastante rápido. Com uma plumagem verde-bronze e reflexos azul-prateados, tinha a fronte pelada e a cabeça coberta por penas de um tom azul-escuro-esverdeado.
O naturalista alemão Georg Wilheim Steller teve contato com a ave em 1741, durante uma expedição ao Alasca. Na época, ainda era comum encontrá-la nas ilhas do Mar de Bering. Quando navios de sua expedição encalharam na região, em novembro de 1741, a tripulação e o próprio Steller capturaram a ave e a comeram. Mais tarde, Steller registrou: "Pesava de sete a oito quilos, de modo que um único pássaro era suficiente para alimentar três homens famintos".
A principal causa da extinção do pallas’s cormorant foi, sem dúvida, a caça promovida pelo homem e a dificuldade da ave em fugir de seus predadores. Dócil, amigável e indefesa, era uma presa fácil. A ave já fazia parte, havia bastante tempo, da alimentação dos nativos da península de Kamchatka. Ela era abatida e colocada inteira - com penas e tudo - em um pote de argila. Depois, os aborígines enterravam o pote sob uma camada de carvão quente, até que a ave ficasse totalmente cozida. A carne era considerada uma iguaria, tanto que chegou a ser importada e comercializada por uma empresa russo-americana. Não por muito tempo. Desde 1850, o pallas’s cormorant não é visto em seu habitat.
Pallas’s Cormorant
Nome cientifico: Phalacrocorax perspicillatus
Ano da extinção: 1850
Habitat: Rússia
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