A VIDA ERA DOCE - Kioea
Eles vivem do néctar das flores, daí o nome: meliphagidae, ou "comedores de mel". Trata-se de uma família de pássaros australianos que, ao longo dos tempos, foi ampliando seu habitat para o norte e para o leste, chegando à Nova Guiné e a várias ilhas do Pacífico. Das dezenas de espécies de meliphagidae existentes no mundo, cinco alçaram vôo para terras mais distantes - o arquipélago do Havaí -, mas não conseguiram se preservar. Estão todas extintas há mais de um século: o kioea é uma delas.
O comprimento das pernas lhe rendeu o nome, que, para os havaianos, significa "estar no alto sobre longas pernas". Segundo registros históricos, o kioea era um belo pássaro, grande, com cerca de 33 centímetros de comprimento e asas que atingiam 14 centímetros. Tinha o alto da cabeça e o pescoço da cor marrom-escura, com listras amarelo-esverdeadas, efeito que se repetia no peito, onde também exibia listras longitudinais brancas. A cauda era formada por penas marrom-escuras, contornadas por penas amarelas. Bicos, pés e pernas eram quase negros.
Ao que tudo indica, os únicos especialistas que viram o pássaro vivo foram os naturalistas americanos Charles Pickering e Titan Ramsay Peale. Eles coletaram um exemplar em 1840, durante uma expedição ao Havaí. "É muito ativo e gracioso em seus movimentos. Tende a ser musical e freqüenta as áreas das matas; geralmente é encontrado em árvores floridas", registraram os cientistas em suas anotações.
Embora eles não tenham esclarecido em qual região avistaram o kioea, há evidências de fósseis indicando que ele viveu em várias ilhas do arquipélago havaiano. Seu desaparecimento é atribuído à destruição do habitat, possivelmente em conseqüência do desmatamento. A última prova da existência desse pássaro se deu em 1859.
Kioea
Nome científico: Chaetoptila angustipluma
Ano da extinção: 1859
Habitat: arquipélago do Havaí
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