segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Wataaa Aaahhh - Kung Fu

WATAAA AAAHHH! Kung Fu



No ano 102 d.C., as tropas do chinês Wudi, o "imperador militar", cercaram a capital do reino de Fergana, onde hoje fica o Uzbequistão. O tamanho do exército deixava claro suas ambições: eram 60 mil soldados, 30 mil cavalos e 100 mil cabeças de gado, burros e camelos. Wudi enviara suas forças a Fergana para conquistar um dos maiores tesouros da Ásia: os "cavalos celestiais". A fama deles corria o continente. Eram corcéis magníficos, os mais potentes de que se tinha notícia. Diziam que, de tão fortes, os animais transpiravam gotas de sangue - hoje acredita-se que o sangramento era causado por um parasita que se alojava sob a pele do cavalo, na região das ancas.
Os soldados de Wudi voltaram para casa montando seu tesouro. A força de seu exército certamente foi decisiva, mas um detalhe fazia a diferença e garantia boa parte do sucesso do estrategista militar - talvez o melhor da dinastia Han (206 a.C - 220 d.C.): Wudi era adepto das artes marciais e das técnicas de defesa pessoal. Enquanto foi imperador, elas estiveram próximas do poder como nunca e começaram a ser utilizadas em batalha. O domínio de técnicas de defesa pessoal era um pré-requisito para aqueles que desejavam assumir o posto de general. Os soldados eram mestres na luta corpo a corpo, no manejo da espada e do bastão. Boa parte desses movimentos forma a base do que hoje conhecemos como kung fu, e cada vez mais evidências apontam sua forte ligação com a história da China. Para muitos historiadores, não é demais dizer que a civilização chinesa nasceu sob o signo das artes marciais.


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