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sábado, 20 de maio de 2023

Beijo na boca é coisa do passado - Estudo aponta que a prática tem 4.500 anos

Beijo na boca é coisa do passado - Estudo aponta que a prática tem 4.500 anos

Relatos mais antigos sobre esse costume foram encontrados em textos escritos na antiga Mesopotâmia.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

RELIGIÃO - Igreja esconde múmia que transmite 'Energia Positiva'

RELIGIÃO - Igreja esconde múmia que transmite 'Energia Positiva'

Mistério envolvendo os restos mortais guardados em templo cristão na Espanha gerou inúmeras lendas.

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Esqueletos de "Romeu e Julieta" da China são encontrados em abraço de 1500 anos

Esqueletos de "Romeu e Julieta" da China são encontrados em abraço de 1500 anos

Pesquisadores publicaram um estudo que analisa as circunstâncias do sepultamento do casal.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Como era a vida íntima dos casais no Antigo Egito

Como era a vida íntima dos casais no Antigo Egito


Civilização apresentava semelhanças com culturas modernas no que diz respeito a relacionamentos.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Templo de 2500 anos dedicado à deusa grega Afrodite é encontrado na Turquia

Templo de 2500 anos dedicado à deusa grega Afrodite é encontrado na Turquia

Arqueólogos encontraram as ruínas de um templo dedicado à deusa grega Afrodite na Turquia. 

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Tratamento com uso de remédio promete eliminar sofrimento de más lembranças amorosas

Tratamento com uso de remédio promete eliminar sofrimento de más lembranças amorosas


Após 15 anos estudando o transtorno de estresse pós-traumático em veteranos de guerra e vítimas de crimes e ataques terroristas, o psicólogo clínico Alain Brunet garante ter encontrado uma maneira de eliminar a dor emocional de uma lembrança traumática, como uma separação amorosa. 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

BOAS FESTAS E UM FELIZ 2019 !!!


BOAS FESTAS E UM FELIZ 2019 !!!


E VAMOS REPETIR A MENSAGEM, ESTE ANO FOI SÓ DE CORRERIA, CHEIO DE NOTICIAS RUINS MAS TAMBÉM ALEGRIAS... BOAS FESTAS PARA
OS NOSSOS LEITORES, AMIGOS E COLABORADORES...


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

5 curiosidades sobre o Dia de São Valentim


5 curiosidades sobre o Dia de São Valentim


Na maior parte do mundo, a celebração do Dia dos Namorados acontece todo 14 de fevereiro (no Brasil, o dia dos namorados é celebrado dia 12 de junho). 

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

BOAS FESTAS E UM FELIZ 2018 !!!


BOAS FESTAS E UM FELIZ 2018 !!!



E VAMOS REPETIR A MENSAGEM, ESTE ANO FOI SÓ DE CORRERIA, CHEIO DE NOTICIAS RUINS MAS TAMBÉM ALEGRIAS... BOAS FESTAS PARA
OS NOSSOS LEITORES, AMIGOS E COLABORADORES...


Imagens 2017 do Mundo

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho.

É viver cada momento e construir a felicidade aqui e agora.

Claro que a vida prega peças. O bolo não cresce, o pneu fura, chove demais…

Árvore de Natal da Lagoa - Rio de Janeiro - RJ


Mas, pensa só:

Tem graça viver sem rir de gargalhar, pelo menos uma vez ao dia?

Tem sentido estragar o dia por causa de uma discussão na ida pro trabalho?

Eu quero viver bem… E você? 2017 foi um ano cheio.

Foi cheio de coisas boas, mas também de problemas e desilusões.

Normal… Às vezes, se espera demais.

A grana que não veio o amigo que decepcionou, o amor que acabou.


Cristo Redentor no Natal ( Iluminação Especial) - Rio de Janeiro - RJ


Normal… O ano de 2018 não vai ser diferente. Muda o século, o milênio muda, 

mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas, e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que eu desejo para todos nós é sabedoria. E que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência.

O nosso desejo não se realizou? Ótimo… Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento.


                             
                               Igreja da Candelária na noite de Natal - Rio de Janeiro - RJ


Lembro-me sempre de uma frase que ouvi e adoro:

“Cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade”.

Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano… Mas, se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.


                                              Copacabana no Natal - Rio de Janeiro - RJ


Desejo a todos esse olhar especial! 2018 pode ser um ano especial, se nosso olhar for diferente. Pode ser muito legal, se entendermos nossa fragilidade, nosso egoísmo e dermos a volta nisso.

Somos fracos, mas podemos melhorar.

Somos egoístas, mas podemos entender o outro.

2018 pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, especial!

Depende de mim… De você.

Pode ser… E que seja!




Juntando esta ideia com esta abaixo que foi escrita pelo nosso sábio poeta…

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial, industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui por diante vai ser diferente”.


São os sinceros votos de um Feliz Natal e um Ano 2018, repleto de esperança!



Natal e fim de ano no Rio de Janeiro - RJ



Árvore de Natal da Lagoa - Rio de Janeiro - RJ




Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

Joyeux Noël et bonne année!

Merry Christmas and a Happy New Year!

 ¡Feliz Navidad y próspero año nuevo!

Fröhliche Weihnachten und ein gutes neues Jahr! 

Wesolych Swiat i szczesliwego nowego roku!

Kellemes karácsonyi ünnepeket és boldog új évet!

Prettig Kerstfeest en een gelukkig nieuwjaar!

Craciun Fericit si un An Nou Fericit!

Mutlu Noeller ve Mutlu Yillar

God Jul och ett Gott Nytt År!

Buon Natale e Felice Anno Nuovo!

Hyvää joulua ja onnellista uutta vuotta!



FELIZ NATAL


Fim de ano - Feliz 2018

O fim do ano é sempre um bom momento para pensarmos um pouco sobre a vida, lembrar das maravilhas que temos a agradecer e também de tudo aquilo que nunca mais voltaremos a fazer.

Toda nova etapa deve ser comemorada, ganhamos uma ótima oportunidade de eliminar tudo que já não traz felicidade para nossas vidas e assim obtemos mais espaço para vivermos novas alegrias! Vamos nos cercar de pensamentos positivos e continuar a dar o nosso melhor sempre que possível.

Que este novo ano chegue primeiramente com muita saúde e coragem, pois assim já temos o suficiente para conseguirmos todo o resto. Que também nunca nos falte trabalho e que a nossa equipe continue por muito anos prezando sempre pela amizade!



FELIZ ANO NOVO




Retrospectiva 2017
Os acontecimentos de tecnologia e ciência no mundo




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Desafio à Morte - Longevidade

A febre do fio maravilha - Tecnologia

Será que o megalodon ainda poderia existir na Terra?


PRESENTÃO PARA COMEÇAR 2018 JOGANDO AS BOAS LEMBRANÇAS !!!
JogosRBL6 – Agora com PLAYSTATION ONE - SONY



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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

BOAS FESTAS E UM FELIZ 2017 !!!



BOAS FESTAS E UM FELIZ 2017 !!!



O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho.

É viver cada momento e construir a felicidade aqui e agora.

Claro que a vida prega peças. O bolo não cresce, o pneu fura, chove demais…

Árvore de Natal da Lagoa - Rio de Janeiro - RJ


Mas, pensa só:

Tem graça viver sem rir de gargalhar, pelo menos uma vez ao dia?

Tem sentido estragar o dia por causa de uma discussão na ida pro trabalho?

Eu quero viver bem… E você? 2016 foi um ano cheio.

Foi cheio de coisas boas, mas também de problemas e desilusões.

Normal… Às vezes, se espera demais.

A grana que não veio o amigo que decepcionou, o amor que acabou.


Cristo Redentor no Natal ( Iluminação Especial) - Rio de Janeiro - RJ


Normal… O ano de 2017 não vai ser diferente. Muda o século, o milênio muda, 

mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas, e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que eu desejo para todos nós é sabedoria. E que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência.

O nosso desejo não se realizou? Ótimo… Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento.


                             
                               Igreja da Candelária na noite de Natal - Rio de Janeiro - RJ


Lembro-me sempre de uma frase que ouvi e adoro:

“Cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade”.

Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano… Mas, se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.


                                              Copacabana no Natal - Rio de Janeiro - RJ


Desejo a todos esse olhar especial! 2017 pode ser um ano especial, se nosso olhar for diferente. Pode ser muito legal, se entendermos nossa fragilidade, nosso egoísmo e dermos a volta nisso.

Somos fracos, mas podemos melhorar.

Somos egoístas, mas podemos entender o outro.

2017 pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, especial!

Depende de mim… De você.

Pode ser… E que seja!




Juntando esta ideia com esta abaixo que foi escrita pelo nosso sábio poeta…

“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial, industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui por diante vai ser diferente”.


São os sinceros votos de um Feliz Natal e um Ano 2017, repleto de esperança!



Natal e fim de ano no Rio de Janeiro - RJ



Árvore de Natal da Lagoa - Rio de Janeiro - RJ




Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

Joyeux Noël et bonne année!

Merry Christmas and a Happy New Year!

Веселого Рождества и счастливого Нового Года

 ¡Feliz Navidad y próspero año nuevo!

Fröhliche Weihnachten und ein gutes neues Jahr! 

Wesołych Świąt i szczęśliwego nowego roku!

Kellemes karácsonyi ünnepeket és boldog új évet!

Prettig Kerstfeest en een gelukkig nieuwjaar!

Crăciun Fericit şi un An Nou Fericit!

Mutlu Noeller ve Mutlu Yıllar

God Jul och ett Gott Nytt År!

Buon Natale e Felice Anno Nuovo!

Hyvää joulua ja onnellista uutta vuotta!



FELIZ NATAL



FELIZ ANO NOVO





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05 - Ler Scans e Quadrinhos Digitais - Um mundo DIGITAL - http://bit.ly/2cYfdkS
06 - Poeira das Estrelas - Documentário - http://bit.ly/2eLj1ni
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Berços esplendidos - A Cama

BERÇOS ESPLÊNDIDOS - A Cama



Ao longo do tempo, a cama já serviu aos mais variados usos: nela se fazia política e serviam-se banquetes. Também se escrevia música e literatura.
Já houve tempo em que lugar de discutir assuntos de Estado era a cama - e ninguém estranhava. Na França, por exemplo, o rei Carlos VIII (1470-1498) organizou em seu leito a reconciliação política com seu inimigo, o duque de Orleans. Entre lençóis e almofadas de seda eles resolveram seus problemas, certamente embalados pelo aconchegante clima do quarto de dormir. Como prova de confiança mútua, ao fim da conversa dormiram na mesma cama.
O célebre escritor alemão Thomas Mann dizia que a cama é um "móvel metafísico", onde ocorrem os mistérios do nascimento, do amor e da morte, e que à noite se transforma em "navio mágico no qual embarcamos para o mar dos sonhos". Fonte de inspiração de muitos artistas, para nossos antepassados a cama tinha mil outras utilidades além de lugar de repouso - ao menos para os que dela podiam desfrutar.
Os antigos gregos dormiam, comiam e celebravam suas festas em leitos ricamente decorados; os romanos faziam tudo isso em seus relaxantes divãs. Na Idade Média, a cama era um luxo reservado aos poderosos. Para um nobre medieval, receber visitantes placidamente deitado em sua cama era sinal de prestígio e prova de superioridade diante do recém-chegado. Mas nem as famílias aristocráticas dispunham de leitos individuais para cada um de seus membros.
O normal era ter em casa uma grande cama que era compartilhada por pais, filhos e até convidados, se houvesse. Também os animais domésticos eram tranqüilamente admitidos a se aninhar nesse leito coletivo - mesmo porque eles ajudavam a manter seus donos aquecidos nas longas noites do inverno europeu. Isso não era coisa só de pobre. "O que me mantém realmente quente são os seis cachorrinhos que tenho e que se metem comigo na cama", contava Liselotte von der Pfalz, nora de Luís XIV, rei da Franca (1638-1715).
Para a maioria dos mortais, o lugar de dormir não era exatamente um primor de conforto, para não falar em higiene. Dormia-se em enxergas de palha, que, além de absorverem a umidade, eram a moradia ideal para toda a espécie de insetos. O leito do imperador Carlos Magno (742-814), que ele dividia com convidados, conforme o costume da época, consistia em um manto de palha estendido sobre uma base de madeira. Era coberto com um colchão forrado de plumas, em cima do qual se estendiam lençóis. Uma almofada ficava na altura da cabeça. Como soberano que era, certamente Carlos Magno contava com a criadagem para lhe renovar a palha de vez em quando.
O hábito de repartir a cama com outras pessoas estendeu-se no tempo. Só na segunda metade do século XVIII, apareceria um médico inglês, o doutor Graham, para advertir que essa prática era abominável e anti-higiênica. Mas os contemporâneos do bom doutor não se impressionaram muito e ele acabou entrando para a história por outro motivo - como inventor da cama "celestial", como a chamou. Exibida em 1778, ela era equipada - segundo Graham - com "uns seiscentos imãs artificiais, que renovavam o vigor sexual das pessoas que nela deitavam, e proporcionavam um movimento doce, ondulante e vibratório". Uma intriga de alcova da época dizia que uma das mais famosas apreciadoras desse sugestivo leito era Lady Hamilton, amante de Lord Nelson, o almirante que venceu os franceses na batalha de Trafalgar em 1805. Talvez a cama "celestial" tenha sido a precursora das camas vibratórias de hoje.
Quando Carlos VIII chamou o duque de Orleans para acertarem suas diferenças a bordo do leito real, não estava inovando. Desde a Antigüidade, fazia-se política na cama. Alexandre Magno, da Macedônia (356-323 a.C.), decidia os destinos de seu império do alto de sua cama de ouro. Os imperadores romanos davam audiências reclinados em luxuosos divãs. Francisco I, da França (1494-1547), tinha por hábito premiar o almirante Bonnivent, chefe de sua esquadra, após cada batalha vitoriosa, com o honroso convite para partilhar de sua cama por alguns momentos.
O monarca Filipe IV, o Belo (1268-1314), fez de seu dormitório a sala de reuniões mais concorrida de todo o reino da França. Ao redor de sua luxuosa cama - de veludo azul bordado com lírios dourados - se reuniam os conselheiros eclesiásticos, os ministros, os representantes das corporações e os embaixadores estrangeiros. Nos séculos XVII e XVIII era comum que as damas e rainhas recebessem amigos na cama e a eles era concedido o privilégio até de sentar-se ou deitar-se nela. Tal hábito chamava-se ruelle e era sinônimo de estima.
Mas o figurão mais chegado a uma cama foi sem dúvida o cardeal Richelieu, o astuto primeiro-ministro de Luís XIII, da França (1601-1643). Ele só se levantava para despachar com o rei. Quando precisava viajar, não fazia por menos - levava a cama consigo, indo e vindo por vilas e cidades e derrubando muros e paredes que obstruíssem o caminho de sua companheira inseparável. Não é de estranhar que ela o vitimasse: a falta de movimento mais o excesso de comida deixaram Richelieu sofrendo de dificuldades respiratórios, transtornos cardíacos e circulatórios. Morreu de apoplexia aos 57 anos. Na cama.
De acordo com registros disponíveis, Cleópatra, a bela rainha do Egito, também viajava acompanhada de sua cama, tão grande e pesada que quarenta escravos fortes precisavam carregá-la. Com tantos usos, não é de admirar que a cama tenha servido de refúgio e abrigo dos poderosos nos momentos mais sofridos. Carlos Xll, da Suécia (1682-1718) ficou dezessete meses na cama, não porque padecesse de alguma enfermidade do corpo, mas para curtir a profunda depressão que lhe causou a derrota na batalha de Poltawa para o czar da Rússia, Pedro, o Grande.
A cama tem sido fiel cúmplice das mais esdrúxulas manias, Ricardo III, que usurpou o poder na Inglaterra de 1483 a 1485, depois de ter mandado assassinar todos os aspirantes ao trono, entre os quais seus sobrinhos, com medo de ser assassinado transformou sua cama em uma fortaleza cercada por uma grade de metal. Acabou morrendo numa batalha.
O leito também foi o lugar de nascimento de sublimes criações do espírito humano. Escritores tão diferentes como o alemão Goethe, os franceses Voltaire e Rousseau e o norte-americano Mark Twain produziam suas obras na cama. Em tempos mais modernos, Winston Churchill, duas vezes primeiro-ministro britânico (1940-1945 e 1951-1955), escreveu na cama boa parte de sua História da Segunda Guerra Mundial. O italiano Gioacchino Rossini, famoso compositor de óperas do século passado, entre as quais O Barbeiro de Sevilha, costumava trabalhar no leito. Dizem que seu apego à cama era tanto que, se uma partitura caísse no chão, ele preferia reescrevê-la a ter de levantar para apanhá-la.
Depois da Revolução Industrial, que gerou a sociedade competitiva e apressada dos dias atuais, ficar muito na cama passou a ser visto como grave defeito de personalidade e sinônimo de improdutividade e vagabundagem.
Ao mesmo tempo, porém, a tecnologia cada vez mais avançada oferece aos apreciadores camas cinematográficas, de dar inveja aos potentados de antigamente: vibratórias, redondas, com cobertores elétricos e colchões de água, que ondulam suavemente a qualquer movimento, e até com bar e equipamentos de som e vídeo acoplados.


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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A imagem do amor - O Beijo

A IMAGEM DO AMOR - O Beijo.



Um dos atos humanos mais corriqueiros, o beijo pode ser sinal de paixão, afeto, respeito e amizade. Pode ser ainda uma demonstração de humildade ou de euforia. Mas nem sempre existiu como hoje, nem é praticado por todos os povos. E muda conforme os costumes.

Existem beijos libidinosos como os dados no colo e nas partes pudendas, ou o beijo cinematográfico, em que as mucosas labiais se unem numa expressão insofismável de sensualidade.
Embora pareça trecho de um manual de carícias, esse texto é da portaria de um juiz de Sorocaba, a 90 quilômetros de São Paulo, que em fevereiro de 1981 decidiu proibir o beijo na cidade. A repercussão foi imensa. Houve um ato de protesto chamado a noite do beijo, que apesar do nome acabou na maior pancadaria. Na época, chegou a se falar em sérios castigos para os manifestantes, caso algum juiz decidisse que beijar era praticar "ato obsceno em local público e aberto", de que trata o Código Penal. No fim, prevaleceu o bom senso e ninguém foi processado por exprimir seu carinho com beijos - uma demonstração de afeto que a história e a arte registram há milênios.
No mecanismo da sensualidade, o beijo é um capítulo muito especial, por estar ligado ao próprio desenvolvimento das pessoas. Beijar, explica o antropólogo inglês Desmond Morris, autor de vários livros sobre comportamento humano, entre eles O macaco nu, "tem sua origem na relação mãe - filho". Nos tempos primitivos, depois de sugar o peito, a criança recebia alimentação sólida devidamente mastigada pela mãe e passada à boca, à maneira de certos animais e pássaros. O costume ainda sobrevive em algumas tribos de várias partes do mundo. Da mesma forma como sugar o seio, esse contato tornou-se definitivamente ligado ao conforto e à segurança infantil. Acontece que beijar, como sugar, persiste na vida adulta "como um gesto de conforto fortemente associado a relações amorosas", escreve Desmond Morris.
O homem, portanto, aprende a beijar desde que vem ao mundo - e foram muitos os psiquiatras e psicanalistas, a começar por Sigmund Freud, que se preocuparam em interpretar como evoluiu esse movimento originalmente voltado à nutrição e à sobrevivência para o desfrute de um prazer. Beijamos também por costume, educação, respeito ou também por mera formalidade. E as características do beijo variam segundo o que se quer expressar com ele. Uma das primeiras representações do beijo de que se tem conhecimento são as esculturas e murais do templo de Khajuraho, na Índia, que datam do ano 2500 a.C. No século IV da era cristã publica-se na Índia o Kama Sutra, considerado o mais completo tratado sexual do Oriente, atribuído ao sábio Vatsyayana.
Um capítulo inteiro da obra é dedicado ao beijo, onde se ensina, entre outras coisas, que "não há duração fixa ou ordem entre o abraço e o beijo, o aperto e as marcas feitas com as unhas e os dedos", pois "o amor não cuida do tempo ou da ordem". Apesar disso, o Kama Sutra adverte para que sejam respeitados "os costumes de um país" - com o que até o severíssimo juiz de Sorocaba em 1981 concordaria. Segundo o manual indiano, o beijo pode ser moderado, contraído, pressionado ou suave. Pode ser direto, inclinado, voltado ou apertado. Existe até o beijo "despistante", que deve ser dado pelo homem, quando ele estiver ocupado.
O conselho que encerra o capítulo sobre o beijo no Kama Sutra exalta a reciprocidade: "Seja o que for que um amante faça ao outro, este deve retribuir; isto é, se a mulher o beijar, deve beijá-la; se ela lhe bater, cumpre igualmente bater-lhe". Na Grécia antiga, o beijo funcionava como um elemento diferenciador das hierarquias: os subordinados beijavam os superiores no peito, nas mãos ou nos joelhos, de acordo com o nível que possuíam. Os mendigos tinham unicamente o direito de beijar os pés dos senhores, e aos escravos só se permitia beijar a terra. Ou seja, quanto mais baixo o lugar do indivíduo na sociedade, mais ele devia inclinar-se para prestar a homenagem.
No século V a.C., o historiador Heródoto chegou a descrever os vários tipos de beijos e seu significado entre os persas e os árabes. Os persas se cumprimentavam com beijos que, como na Grécia, variavam de acordo com o nível social das pessoas. Relata Heródoto: "Quando pertencem ao mesmo nível social, as pessoas beijam-se na boca. O beijo no rosto é usado se existe uma pequena diferença entre elas".
Os preconceitos contra o beijo são igualmente antigos. No início da era cristã, outro historiador grego, Plutarco, que deixou uma imensa obra sobre os costumes na Grécia e em Roma, conta que Catão, o Censor (234 a.C.-149 a.C.), cessou o mandato do senador Pretorius Mamillus, porque foi visto beijando a mulher em público. Mas em particular os romanos nada tinham contra o beijo. O latim até registra três palavras para defini-lo:, osculum é o beijo amistoso, nas faces; basium, o beijo apaixonado na boca; e suavium, o beijo amoroso com ternura.
O beijo nas faces vem da época em que os humanos dependiam muito mais do olfato para sobreviver. Os homens cheiravam uns aos outros para saber se pertenciam a uma tribo estranha e eventualmente inimiga. Supõe-se que cada grupo devia possuir um odor característico, o cheiro do grupo. O beijo no rosto, portanto, não nasceu como expressão de carinho ou prazer, mas como meio de defesa. Talvez por isso os povos acostumados a habitar um ambiente hostil ou forçados a viver em pé de guerra virtualmente desconhecem o costume de beijar por afeto. Um provérbio sudanês adverte: "Jamais beijes quem seja capaz de te devorar".
Os esquimós, muito prudentes, resolveram o problema encostando as pontas dos narizes, enquanto mantêm os olhos abertos, vigiando a situação. Da mesma forma, o mongol apóia o nariz no rosto de seu par, conservando um cômodo ângulo de visão. Existem povos que nunca se beijam, como certas etnias africanas e os antigos japoneses. Certa vez, numa exibição de arte em Tóquio, a escultura de Rodin, O beijo, foi colocada atrás de um biombo. Diante da queixa de um visitante, o chefe de policia explicou: "O beijo é um detestável hábito europeu que nós, aqui, desejamos que não se cultive de maneira alguma".
Já os africanos, ao abster-se, estão tentando proteger sua alma, alegoricamente identificada no alento ou respiração. A boca e o aleitamento são a representação da vida e, para alguns povos, da alma também. O primeiro grito do recém-nascido é seu primeiro sintoma de vida. Assim também o homem abandona o mundo, dando o último suspiro. E Deus soprou a vida em Adão - assim como nos contos de fada o príncipe devolve a vida à Bela Adormecida e a Branca de Neve, vítimas de um enfeitiçamento. Mas o beijo também pode significar a morte. Segundo as regras da Máfia, quando algum membro do grupo trai seus pares, um parente é encarregado de lhe dar um beijo ritual na boca, indicando a vítima cuja execução foi aprovada pelo chefão.
Na França de Luis XIV, o Rei Sol (1638-1715), foi instituído o uso do beija-mão, que no começo obrigava os homens a inclinar-se para beijar as mãos das damas. Na verdade, muitos altos funcionários e nobres da corte nunca aprovaram o costume: achavam humilhante fazer uma reverência diante de pessoas que lhes poderiam ser socialmente inferiores. Assim, eles inventaram uma regra que não iria romper totalmente com o protocolo - aproximavam a mão das senhoras até a boca e a apertavam uma ou mais vezes, operação que não os impedia de continuar retos e com sua vaidade ilesa.
Esse gesto, em nossos dias, perdeu seu significado quase por completo, em parte como resultado da diminuição na desigualdade de tratamento entre os sexos. Continua a ser usado apenas em altas esferas sociais, como um formalismo destinado a mulheres muito importantes. Os únicos beijos que permanecem, na boca ou nas faces, são os que indicam igualdade, que se dão sem que seja preciso que uma das pessoas se abaixe. Assim se beijam os amigos, os companheiros de luta, os políticos, os esportistas, os casais e também os membros de uma mesma família.
Imortalizado nas artes como uma celebração mágica e romântica, foi com o cinema que o beijo tomou conta do mundo. Em 1896, numa pequena sala de projeções de Los Angeles, nos Estados Unidos, diante do olhar estupefato de 73 espectadores, os artistas May Irwin e John Rice beijaram-se durante quatro longos segundos. Foi um beijo explosivo, filmado em primeiro plano. Todas as associações femininas de defesa da moral e dos bons costumes dos Estados Unidos incitaram então o boicote ao filme; a imprensa também censurou o que chamou de moral de taverna. Mas Hollywood insistiu - e em 1926 chegou às telas o filme Don Juan, onde o ator John Barrymore dá 191 beijos em diversas atrizes, um recorde ainda não superado no cinema.
Mas, durante muito tempo, Hollywood foi obrigada a dosar cuidadosamente as manifestações de afeto, por causa do código Hayes, um rígido conjunto de normas sobre o que mostrar e o que esconder nas cenas de paixão. Não podendo exibir tomadas de corpos ardentes, os cineastas aprenderam a usar o beijo como metáfora. As imagens seguintes ao encontro de bocas eram as ondas do mar se desmanchando na areia ou batendo contra rochedos, uma lareira crepitando ou ainda o vôo de uma ave. E todo mundo entendia que o beijo era o começo e não The End.

Anatomia de um beijo.

Por mais sedutor e apaixonado que um beijo possa ser, sempre existe quem o reduza a uma simples troca de bactérias. Ou a um ato que pode encurtar a vida. É o caso da dra. Martine Mourier, da Faculdade de Bobigny, na França, que dedicou as duzentas páginas de sua tese de doutoramento em Medicina aos efeitos do beijo. Num beijo bem carinhoso, pesquisou a dra. Mourier, entram em ação dezessete músculos. Mais paixão exige mais do corpo: 29 músculos; ao mesmo tempo, a pressão que o rosto de uma pessoa exerce sobre a outra chega a 12 quilos. É nessa hora que trocam de boca pelo menos 250 bactérias.
Além da circulação bacteriana, o beijo representa uma troca de 9 miligramas de água; 18 miligramas de substancial orgânicas; 7 decigramas de albumina; 711 miligramas de materiais gordurosos; e 45 miligramas de sais minerais, segundo a minuciosa médica francesa. Pesquisas norte-americanas informam também que os batimentos cardíacos passam dos normais setenta para 150 por minuto. Daí, ela conclui que um beijo muito entusiasmado pode encurtar a vida em três minutos.
Manuais de profilaxia, de seu lado, ensinam que várias doenças podem ser transmitidas pelo beijo, entre elas resfriado, caxumba, gripe, hepatite, herpes simples, tuberculose, mononucleose e sífilis. Em certas condições, pode-se contrair AIDS pela saliva. Em contrapartida, o beijo da mãe no bebê é uma das formas que a natureza tem de inocular vacinas naturais na criança. A mãe transmite ao recém-nascido seus próprios germes de forma diluída, desencadeando reações de defesa no organismo infantil. Os números, as pesquisas e as teses, porém, são apenas parte da realidade. Uma vida emocional sadia não prescinde dos gestos de afeto e das emoções do amor. O ser humano, afinal, necessita do beijo para seu equilíbrio - o que influi poderosamente sobre a saúde.