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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Disney Big 19 - Comprei em fevereiro de 2013


Disney Big 19 - Comprei em fevereiro de 2013




Que alegria chegar na banca e comprar meu primeiro Disney Big, a capa estava linda e a seleção de histórias melhores ainda.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

20 Edições Inesquecíveis da Dragão Brasil

20 Edições Inesquecíveis da Dragão Brasil

Há muito tempo atrás, bem, não tanto tempo assim, antes que a internet se popularizasse como o meio no qual os jogadores  e mestres de RPG têm acesso a diversidade de material de apoio existente, havia a Dragão Brasil.

A Dragão começou a ser publicada ainda em 1994 pela editora Trama, depois de diversas mudanças e com a queda nas vendas a revista encerrou suas atividades no ano de 2008, totalizando quase 15 anos de existência e alegria para muitos amantes do RPG. 

Responsável pela introdução do hobbie na vida de muita gente, a Dragão continha em suas páginas histórias em quadrinhos, resenhas, notícias, adaptações diversas de filmes, animes e desenhos animados no geral, bem como dicas para mestres e jogadores. Além de tudo isso, a revista possibilitou ainda a publicação de contos de literatura fantástica, cenários e sistemas de RPG, estes últimos com um preço muito mais acessível os gigantes da época. 


sábado, 1 de setembro de 2012

RPG em 1996 - "RPG & CARDS" Jornal O Globo


RPG em 1996 - "RPG & CARDS" Jornal O Globo
Nada como voltar no tempo e ver como era RPG em 1996, nestas 4 reportagens do Jornal Globo que divulgou lançamentos mais que esperados para a época.







Anjos e Demônios travam uma batalha celestial 
'ovo jogo da Steve Jackson, 'In Nomine', é' Jma adaptação de um RPG clássico francês 
Alexandre Cabral 

O pecado mortal para qualquer editora de RPG é prometer e não cumprir. Durante dois anos a Steve Jackson Games anunciou que iria adaptar para o inglês "In Nomine", Jogo Francês que coloca os jogadores na pele de anjos ou demônios na luta pela salvação (ou perdição) das almas humanas. Prometeu mais: regras simples (diferentemente de seu sistema principal, o "GURPS"); desenhos coloridos de primeira; cenário e personagens detalhados. Diante da demora, parecia que promessa não seria cumprida. Más os hereges que duvidavam estavam enganados. Desta vez o autor da versão americana, Derek Pearcy, e seu ilustrador, Dan Smith, vão para o céu, pois "In Nomine" tem tudo isso. Ele também teve o mérito de conseguir reunir dois jogos (na França há dois livros básicos. "Magna Veritas", para os anjos, e "In Nomine Satanis". para os demônios) num só Trabalho de primeira na arte e no texto. O jogo é ambientado no mundo moderno. Os seres celestiais (anjos ou demónios) incorporam na Terra com freqüência e têm que cumprir diferentes missões, desde proteger uma personalidade importante ou recuperar uma relíquia sagrada até simplesmente promover o bem ou o mal. Para (quem já curte cenários como "Vampiro, a Máscara", "In Nomine" é uma aquisição obrigatória. Mesmo quem não é um fiel da linha Storyteller, tem neste jogo uma opção criativa, e bem-feita. 
Na ilustração acima ESTE É BAAL, O Príncipe dos Demônios, um dos personagens do jogo, que traz ilustrações de ótima qualidade 






Aventuras vividas na Cidade Maravilhosa
Uerj promove concurso para jovens autores de RPG soltarem a imaginação sobre o Rio
Alexandre Cabral

A violência, a qualidade dos transportes e do ensino público são apenas alguns dos problemas das grandes cidades. Pensando numa maneira criativa de enfrentar e buscar soluções para tais questões, o Centro de Tecnologia Educacional (CTE) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) propôs um desafio aos jogadores e mestres de RPG: a criação de um sistema de jogo cujo cenário seja o Rio de Janeiro, levando em conta as aventuras e desventuras dos cariocas. O concurso é gratuito e aberto a qualquer pessoa. Os interessados devem escrever um RPG completo, ambientado no Rio, e entregá-lo até 25 de outubro no CTE, na Uerj (Rua São Francisco Xavier 524, bloco F/sala 10043, Maracanã). Informações pelos telefones 587-7410 e 587-7152. As inscrições também podem ser feitas na Banca do Osny, na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua São José (tel.: 533-9029). A disputa será dividida em três categorias, de acordo com a faixa etária, e premiará os melhores trabalhos com R$ 1.500. Os autores nacionais, como Artur Vecchi, criador do "Monstros", gostaram da iniciativa: — O RPG sempre desperta o interesse dos jovens. Só o prazo de entrega é que ficou curto para escrever um trabalho tão complexo — diz ele. Para Igor Morais, autor do primeiro jogo nacional, "Tagmar", o futuro do RPG é sair da área de entretenimento puro, passando a ser usado também na educação e até no treinamento empresarial: — Um RPG tem que ser bom como jogo e como leitura. Quanto às regras, basta que não atrapalhem a imaginação dos jogadores — conclui..
Marcelo/Editoria de Arte







Lobisomens marcam presença em novidades internacionais 
Lançamentos trazem personagens inspirados em cards. As versões em português não devem chegar por aqui tão cedo
Alexandre Cabral

Lobisomens sempre povoaram as aventuras clássicas de terror ou fantasia. Primeiro com o RPG, e depois na versão cardgame. a White Wolf investiu em cima deste mito. O sucesso continua e, apesar da época de vacas magras que vive o mercado editorial, os lobos vão muito bem, mesmo. Prova disso é a continuidade de módulos lançados lá fora para expandir o sistema. Os livros de Tribos (semelhan-tes aos livros de Clã dos vampiros, que já estão saindo no Brasil) estão quase completos e o último lançamento foi algo inédito: o primeiro módulo para um RPG inspirado nos personagens do cardgame, e não vice-versa. "Warriors of the Apocalipse" é o livro que traz as fichas de personagem dos principais cards do jogo, adaptados para o cenário de role playing. Ele funciona também como um suplemento para criar histórias enfocando os conflitos que acontecem entre os próprios Garous à medida que se aproxima o conflito final entre os defensores de Gaia e a forças destrutivas da Wyrm. Quem não domina o inglês terá que esperar um
pouco: a Devir prometeu para breve a edição brasileira do "Livro dos Jogadores" para "Lobisomem", e só depois disso poderá trazer os livros das Tribos e as demais novidades deste RPG.

Ilha do Governador se firma como point de RPG
Aventuras de diversos sistemas, palestras e vídeos (de "Arquivo X" até animação japonesa e "Jornada nas estrelas"). Isso tudo vai rolar na próxima sexta-feira, dia 21 de junho, das 10h às 17h, no "RPG Cult Con", evento aberto ao público que será organizado pela Interativa Jogos e pela Cultura Inglesa. Completando o dia, haverá um live action, às 19h, no qual os jogadores atuarão numa representação ambientada na Inglaterra da Era Vitoriana completa com Sherlock Holmes, Príncipe de Gales e outras figuras reais ou imaginárias. Inscrições para o live e maiores informações pelos telefones 463 2100 e 462 1887. Se você quiser apenas jogar RPG nas mesas ou assistir aos vídeos, basta aparecer no dia (o endereço é Rua Cam-bauba 281, Ilha do Governador). É grátis, e vale a pena participar. Eventos como esse são raros.







Quando o leitor também é o heroi da aventura 
Livro-jogo ambientado em Tagmar explora os conflitos sociais num mundo de fantasia 
Alexandre Cabral 

Os livros-jogos são uma opção prática de diversão. Lançados no Brasil pela Marques Saraiva, atravês da coleção "Aventuras Fantásticas", conquistaram milhares de adeptos com uma fórmula simples: histórias em que o leitor interage com o texto. Ele é o herói da aventura e decide quais caminhos a seguir, afetando o desenrolar da trama e seu desfecho. Para jogar basta ter papel, lápis e dois dados comuns. Agora a pequena GSA, pioneira em produtos escritos e produzidos no Brasil, lança "Estandarte Sangrento", livro-jogo ambientado no mundo de fantasia de Tagmar. A aventura tem tudo que os fãs do gênero apreciam: combates, charadas, equipamentos, etc. O que torna o livro de Ricardo Andreiolo cativante e original são alguns temas raramente vistos nos livros-jogos. Para começar, o grande vilão não é um dragão devorador de criancinhas nem o feiticeiro maligno do topo da montanha. Andreiolo aposenta estes clichês e apresenta o próprio rei da nação de Marana como antagonista. O tirano envolve a vila do herói (ou seja, do leitor) numa terrível guerra civil. Para detê-lo, você precisará viajar à distante Sensera, capital do reino, para libertar o sábio Rofir (este sim um feiticeiro), seu mestre e mentor do povoado. Assim, apesar dos encontros com monstros e outros inimigos, o centro da saga é o conflito entre o poderoso monarca e seus servos contra o valoroso herói revolucionário e seu povo oprimido. Quebrando outro tabu, o protagonista não age sozinho. Conta, desde o início, com a ajuda de um guerreiro e de um elfo. A interação do leitor com esses ajudantes é instigante. Você passa a ler e jogar preocupado não apenas com o que vai acontecer ao seu personagem como também com o que vai acontecer a seus companheiros, que podem morrer ou separar-se do herói, influindo diretamente na trama. Os desenhos internos, bem acima da média, tornam "Estandarte Sangrento" um livro-jogo e uma história imperdíveis • 




quinta-feira, 28 de julho de 2011

Autores que escrevem sobre nada !!!

AUTORES QUE ESCREVAM SOBRE NADA !!!


A nossa literatura carece de grandes autores que saibam tecer bem histórias sobre nada. Pode soar estranho ou mesmo paradoxal, mas assim se atingirá uma gigantesca parcela da população que ainda não começou a enveredar pelos deliciosos caminhos literários.

Infelizmente, como se sabe, o brasileiro lê pouco e em grande parte por causa dessa falta de escritores nacionais que saibam escrever sobre temas corriqueiros, mas agradáveis ao leitor. As novelas estão aí para provar. Cada vez mais aumenta o número de telespectadores que assistem a elas na ânsia de se entreterem com uma grande quantidade de nada. É claro que há aí, nesse contexto, uma gana por contemplar uma vida às vezes tão distante da real ou às vezes tão próximo dela. Mas há, também, essa grande vontade de entreter-se com nada. De não ter que pensar, talvez não por preguiça, mas sim como uma válvula de escape ao estresse diário.

É também pelo mesmo motivo que os filmes de ação e aventura são os mais bem cotados da indústria cinematográfica de Hollywood. Quem nunca sentiu um enorme prazer em ir ao cinema simplesmente para ver um filme cheio de tiros, mortes, ou mesmo um romance "água-com-açúcar", que atire a primeira pedra. O ser humano carece tanto de momentos de reflexão e sapiência quanto de entretenimento e descanso. Mas nossos críticos literários parecem não ver isso e continuam crucificando todo e qualquer livro que não traga "um algo a mais" para o leitor. E nossa população continua a ler cada vez menos.

Não é apenas por esse motivo, entretanto, que a população tem se afastado dos livros. Além das nem sempre eficazes medidas e estímulos educacionais de nosso governo, pode-se perceber nos adolescentes (e por conseqüência nos adultos) uma "macunaímica" preguiça de ler. Isso deve-se não somente aos videogames, mas, também, ao grande abismo que há entre a literatura infantil e a adulta. Há uma deficiência de livros que façam a transição entre O Patinho Feio e Memórias Póstumas de Brás Cubas. Ou até mesmo de clássicos infanto-juvenis, como O Mistério do Cinco Estrelas e O Escaravelho do Diabo, para obras de escritores "maiores" como Drummond, Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto e Euclides da Cunha.

É exatamente aí que se encaixam os autores que escrevem sobre nada. Apesar de haver no mercado um sem número de obras escritas sobre esse assunto, quase todas são de autores estrangeiros. Não há uma identidade nacional nesses livros e o adolescente de hoje, quando começa a tomar gosto pela leitura, seja lendo Sidney Sheldon ou Tolkien, ao descobrir os escritores nacionais desiste por haver metafísica demais para ele. Parece heresia? Pois imagine um garoto que leu apenas um ou dois livros em sua vida abrindo Sagarana, curioso. Seria um trauma! Precisamos de livros que preparem o nosso futuro literário (as crianças e adolescentes) para maravilhas como essa de Guimarães Rosa. Caso contrário, o choque é avassalador.

Precisamos nos orgulhar dos nossos bons escritores e livros sobre o nada. Paulo Coelho é um herege, um Judas para a crítica tupiniquim. Por outro lado, J.K. Rowling, a autora de Harry Potter, é uma deusa na Inglaterra. Pois será que o nosso escritor precisaria ter criado um bruxinho de vassoura e varinha para ser agraciado? Ou será que só o fato de ele escrever para o entretenimento e com isso levar a literatura brasileira, não só aos nossos pequenos leitores, mas ao mundo, não seria o suficiente? Ninguém começa a ler por Macunaíma. Precisamos nos conscientizar disso. Há um longo caminho até a chegada do gosto e prazer pela leitura de Mário de Andrade, por exemplo.

Não afirmo, porém, que devemos nos limitar apenas à literatura infanto-juvenil ou à voltada para o entretenimento pura e simplesmente. Obviamente, é necessário também uma carga cultural intrínseca.

Deve-se, sim, continuar a aumentar nosso acervo preeminente, mas se não houver uma importante reflexão sobre como instigar a leitura nos jovens, boa parte da população brasileira viverá (ou continuará a viver) às margens da cultura literária. E os videogames venderão cada vez mais!


*Tem 18 anos, é professor de inglês e está com os cabelos raspados por ter passado no curso de Relações Internacionais da PUC-SP