quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sistema impede cirurgiões de esquecer compressas

16/06/09 - 19h36 - Atualizado em 16/06/09 - 19h36

Sistema impede cirurgiões de esquecer compressas dentro do paciente
Técnica usa rádio-frequência para contabilizar compressas.
Tecnologia é comercializada por empresa de Pittsburgh, nos EUA.

Como ter certeza de que todas as compressas usadas em uma cirurgia foram recolhidas e nenhuma ficou dentro do paciente? Um sistema que conta as compressas oferecidas ao cirurgião, confere se todas foram recolhidas e avisa que alguma está faltando promete facilitar a vida de toda a equipe cirúrgica.

O sistema se chama Smart Sponge e foi lançado no mercado norte-americano por uma empresa de Pittsburgh. O método foi testado na Universidade de Stanford há 4 anos e essa é a primeira iniciativa comercial com a nova tecnologia.

As compressas usam identificadores de rádio-frequência, pequenos chips, colocados em cada compressa cirúrgica. Quando a intrumentadora abre o pacote de compressas um leitor eletrônico “conta” quantas serão utilizadas.

O total de compressas disponíveis aparece em um monitor na coluna de entrada. Após a utilização a compressa é descartada em um recipiente que identifica o retorno e dá baixa da compressa na lista de entrada e a coloca em outra coluna.

Se os valores não batem ao final da cirurgia, um aviso luminoso e sonoro alerta a equipe de que faltam compressas. O cirurgião pode lançar mão de um sensor parecido com uma varinha que indicará onde está a compressa perdida.

Nos Estados Unidos acontecem mais de 3 mil casos de esquecimento de compressas ou instrumentos cirúrgicos dentro de pacientes por ano.

Uma compressa deixada dentro do corpo de um paciente pode levar anos até causar problemas ou mesmo complicar um quadro de pós-operatório, levando a infecções graves muito rapidamente.

A tecnologia de identificação por rádio-frequência nasceu durante a Segunda Guerra Mundial, quando os pilotos precisavam saber sem necessidade de usar comunicação verbal quem era amigo ou inimigo.

As etiquetas atuais emitem sinais de rádio que além de permitir a localização do produto permitem sua identificação.

Imagine que ao colocar um produto dentro de seu carrinho de supermercado ele seja identificado, permitindo ao sistema da loja sugerir a você um acompanhamento para aquela compra. Por exemplo, se for um determinado tipo de vinho, uma mensagem apareceria em uma pequena tela do carrinho avisando que na sessão de queijos existe um determinado tipo que vai muito bem com o vinho que foi escolhido pelo cliente.

Um hospital de Nova York anunciou que começará a usar a nova técnica ainda esse ano.

O custo do sistema é de cerca de 15 mil dólares cada, alem das compressas especiais. A estimativa é de o custo adicionado a cada procedimento cirúrgico seja de 30 dólares por cirurgia. Pequeno se comparado aos milhares de dólares que um erro desse pode custar em reparações judiciais.

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