15/05/09 - 14h00 - Atualizado em 15/05/09 - 14h36
Fabricantes de eletrônicos pecam no atendimento por telefone
Segundo Procon, três fabricantes lideram reclamações de consumidores.
Pesquisa do Idec confirmou que há, realmente, muita coisa errada.
Segundo um levantamento dos Procons de 19 Estados, as três empresas com mais reclamações de consumidores são fabricantes de produtos eletrônicos, como celulares, TVs, aparelhos de som e computadores. E ao testar o serviço de 18 fabricantes de eletrônicos, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) confirmou que há, realmente, muita coisa errada.
Essas empresas não são obrigadas a ter um atendimento eficiente por telefone. O decreto que estabelece regras para os serviços de atendimento ao consumidor só vale para setores regulados pelo Governo Federal, como telefonia, planos de saúde, bancos e energia elétrica. Os outros ficam de fora da legislação, que começou a valer no ano passado.
Em cinco empresas, a espera para ser atendido foi de mais de um minuto. Em uma delas, chegou a 16 minutos. Em 12 companhias, não existe a opção de falar com o atendente no primeiro menu eletrônico. Em 15, é impossível fazer uma reclamação no primeiro menu. E, ainda segundo o Idec, nenhuma das 18 tem serviço de atendimento especial pra deficientes de fala ou audição.
O Jornal Hoje também telefonou para algumas empresas. Em uma delas, ficou mais de dois minutos ouvindo música. Outra foi um exemplo de menu que não tem opção de reclamar nem falar com o atendente, enquanto o menu da terceira só tem duas opções. Ao esperar um pouco para alguém atender a ligação, uma chamada foi interrompida no meio.
Segundo o Idec, exemplos assim mostram que as regras pra melhorar o atendimento deveriam valer pra todo tipo de empresa. “O problema para o consumidor é quando alguns setores são regulados por decreto e outros não. O consumidor fica refém daquelas empresas que não são reguladas”, disse Estela Guerrini, advogada do Idec.
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