Mostrando postagens com marcador Ave. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ave. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 4 de junho de 2019

Fenômeno raro faz reaparecer ave extinta há mais de 130 mil anos

Fenômeno raro faz reaparecer ave extinta há mais de 130 mil anos


Ao norte de Madagascar, na África, encontra-se o Atol de Aldabra, um recife de corais com uma das histórias mais espantosas já conhecidas. 

terça-feira, 26 de março de 2019

Pombo é arrematado em leilão por mais de R$ 5 milhões

Pombo é arrematado em leilão por mais de R$ 5 milhões


Você sabe até quanto pode custar um pombo-correio? Um deles foi vendido pelo preço recorde de 1,25 milhão de euros (aproximadamente R$ 5,3 milhões). 

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Pássaro tem pena superpreta com estrutura especial que absorve até 99,95% da luz


Pássaro tem pena superpreta com estrutura especial que absorve até 99,95% da luz

Ave do paraíso da espécie Parotia wahnesi com plumagem superpreta (Foto: Tim Laman/Nature)


Estrutura da pena da ave-do-paraíso faz com que ela reflita apenas uma parcela ínfima de luz.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Urubu, o novo patinho feio - Natureza


URUBU, O NOVO PATINHO FEIO - Natureza


Muita gente acha o urubu um bicho detestável. É verdade que ele come carniça, adora lixo e é meio sinistro. Mas também é ecologicamente correto, voa como ninguém e possui admiradores no Brasil, no mundo e até na Internet. O que você não imaginava é que ele fosse parente da cegonha e da garça. Cientistas americanos descobriram que o troncho urubu é o patinho feio de uma família elegantésima.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A nova face dos dinossauros - Paleontologia


A NOVA FACE DOS DINOSSAUROS - Palentologia


Nem todos eram grandalhões, pesados, devoradores de toneladas de ervas. Apesar de terem desaparecido quase num passe de mágica, novas descobertas sugerem que deixaram vasta descendência - onde estão incluídas até mesmo as aves.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Águia - Dourada: Guerreira dos Ares


ÁGUIA-DOURADA: GUERREIRA DOS ARES



Em abril de 2004, cientistas monitoravam o comportamento de ursos na Noruega quando presenciaram uma cena nunca antes documentada. "Era como ver neve no Saara", comparou Torgeir Nygaard, do Instituto Norueguês para Pesquisa da Natureza. Um grupo de ursos escalava uma escarpa coberta de gelo, quando uma águia os surpreendeu e carregou um dos filhotes. "De repente, a ave mergulhou, raptou o urso e sumiu com ele", contou Jarlee Mogens Totsaas, outro membro da expedição. Até então, não se sabia que os ursos noruegueses tinham um inimigo à altura. Também não se sabia que águias atacassem bichos tão grandes. O pássaro que levou o filhote de urso, surpreendeu os cientistas e virou notícia mundo afora foi uma águia-dourada.

Façanhas desse tipo renderam apelidos imponentes como "Rainha dos Céus" e "Pássaro da Guerra" à águia-dourada, o predador alado mais famoso do mundo. Entre as 430 espécies de aves de rapina existentes, ela se destaca pelo sucesso adaptativo. Habita paisagens diversas e não está ameaçada de extinção - ao contrário, pode ser considerada até bastante comum. A mais recente estimativa da organização internacional BirdLife, de 2001, apontou a existência de pelo menos 250 mil águias-douradas sobre a terra.

No topo da cadeia alimentar, a águia-dourada também é um dos maiores pássaros do planeta. Em tamanho, ela só perde para a harpia, uma espécie amazônica de mais de 1 metro de altura.

A impressionante envergadura das asas - até 2,3 metros - obriga a águia-dourada a habitar áreas selvagens onde a vegetação é baixa ou praticamente inexistente, para evitar acidentes de vôo. É um animal que se dá bem em regiões montanhosas, em desertos ou planaltos. "Ela precisa de bastante espaço para caçar, por isso não consegue viver em cidades ou mata fechada", afima Jemima Parry-Jones, que dirige o Centro Nacional de Aves de Rapina, entidade inglesa que mantém programas de conservação para rapinantes.

Nesses ambientes, o predador é capaz de capturar peixes na superfície da água, atacar pássaros em pleno vôo ou raptar animais da terra. Sua arma mais poderosa são as garras. Curvas e com até 6 centímetros de comprimento, funcionam tanto como punhal (é com elas que a águia-dourada mata suas presas) quanto como garfo e faca (seguram o corpo para ser dilacerado pelo bico).

Outro grande diferencial está na visão - a expressão "olhos de águia" não existe por acaso. A águia-dourada enxerga três vezes melhor do que o homem e, durante vôos à procura de alimento, é capaz de avistar presas a 1,5 quilômetro de distância. O sentido ainda permite que ela se antecipe aos ataques de outras aves de rapina na disputa por territórios.

Munida desse binóculo natural, a águia-dourada procura alimento sozinha ou em pares - embora haja registros de pequenos grupos que caçam juntos na América do Norte. De um toco de árvore seco ou planando no céu, a até 600 metros de altura, ela observa o ambiente em busca de possíveis vítimas. Quando as encontra, mergulha a até 128 quilômetros por hora e, antes de pousar, projeta as garras para a frente, fincando-as violentamente no pescoço ou no focinho da presa. A refeição pode ser abatida no local ou levada para um ponto afastado de competidores. Em dupla, as águias formam uma eficiente parceria. Uma delas persegue a vítima até deixá-la exausta, enquanto a outra cuida de surpreendê-la.

As presas favoritas da águia-dourada são mamíferos com até 1,5 quilo, como coelhos e lebres, e pássaros grandes, como perdizes e faisões - carne suficiente para saciá-la por quase dois dias. Mas ela devora de bom grado répteis, peixes e anfíbios. No inverno, quando é mais difícil caçar, se aproveita da carniça desprezada por outros animais. O item mais estranho do eclético cardápio são as tartarugas-testudo. Para comê-las, as águias que vivem no sudeste da Europa e na Ásia Central as levam para passeios no céu para arremessá-las contra rochas até que os cascos se quebrem e elas possam se fartar do recheio.

Há lendas que associam as águias-douradas ao rapto de crianças. É verdade que elas, quando adultas, têm força para erguer presas de até 5 quilos. Mas, por mais que a façanha seja possível, até hoje nunca foram registrados casos de ataques de águias-douradas contra humanos. Os maiores animais desafiados pelo pássaro são cervos, raposas, lobos e, desde abril último, ursos.

A caçadora implacável é um animal, digamos, caseiro. Existem populações que migram no inverno, mas a maioria é apegada ao ambiente em que nasceu - há, em penhascos da Escócia, ninhos que têm sido usados por sucessivas gerações de pássaros há pelo menos 400 anos. O conservadorismo também fala alto quando o assunto é vida a dois: casais formados para a primeira reprodução permanecem unidos até a morte de um dos dois.
No ninho da águia, por sinal, o macho não tem muito como cantar de galo: a fêmea costuma ser 10% maior que ele. Uma das teorias para explicar a diferença se baseia na divisão de tarefas domésticas. Enquanto o macho fica responsável por conseguir o alimento, a fêmea trata de cortá-lo em pedaços para alimentar os filhotes - tarefa que demanda ainda mais força muscular do que a caçada em si. Ser mãe, no fim das contas, pode ser mais difícil que voar por aí para conseguir a lebre de cada dia.


Caçadora de lobos


Como outras aves de rapina, águias-douradas podem ser treinadas para ajudar nas caçadas dos humanos. Nas estepes da Ásia Central, elas aprendem a predar animais que não figuram em seu cardápio habitual: lobos e raposas. Os kirguises, nômades que habitam o Cazaquistão e a Mongólia, capturam os pássaros em armadilhas e, em troca de um punhado de carne crua, os condicionam a atacar peles de lobos e de raposas. Terminado o treinamento, a águia vai a campo e captura os animais para seus donos. Os kirguises usam as mesmas aves por três estações seguidas de caça e depois as devolvem à liberdade. Se uma das águias se machuca durante a caçada, é adotada como animal de estimação. Recentemente, a caça de lobos com águias se tornou um negócio. Agências européias e americanas levam grupos para observar a prática - os kirguises recebem sua parte em dinheiro vivo e as águias, em carne crua.


Fatos selvagens




Nome vulgar

Águia-dourada



Nome científico

Aquila chrysaetos



Dimensões

Até 2,3 metros de envergadura



Peso

Até 6 quilos



Principais armas

Garras que permitem apanhar presas na água, no ar e sobre a terra; visão três vezes melhor do que a do homem



Comportamento social

Solitária e monogâmica



Ataques a humanos

Não há registros, apesar de lendas a associarem ao rapto de crianças



Expectativa de vida

Até 50 anos



Quanto come

Cerca de 1 quilo



Dieta

Coelhos, lebres, faisões, cobras, peixes, tartarugas



Principais inimigos

Outras aves de rapina



Se você encontrar uma
Se não chegar tão perto, dificilmente será atacado


Para saber mais




Na livraria

Eagle - Eyewitness Guide - Jemima Parry-Jones, Dorling Kindersley, Inglaterra, 1997
Raptors of the World - James Ferguson-Lees, Houghton Mifflin, EUA 2001


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Vida era doce - Kioea

A VIDA ERA DOCE - Kioea



Eles vivem do néctar das flores, daí o nome: meliphagidae, ou "comedores de mel". Trata-se de uma família de pássaros australianos que, ao longo dos tempos, foi ampliando seu habitat para o norte e para o leste, chegando à Nova Guiné e a várias ilhas do Pacífico. Das dezenas de espécies de meliphagidae existentes no mundo, cinco alçaram vôo para terras mais distantes - o arquipélago do Havaí -, mas não conseguiram se preservar. Estão todas extintas há mais de um século: o kioea é uma delas.
O comprimento das pernas lhe rendeu o nome, que, para os havaianos, significa "estar no alto sobre longas pernas". Segundo registros históricos, o kioea era um belo pássaro, grande, com cerca de 33 centímetros de comprimento e asas que atingiam 14 centímetros. Tinha o alto da cabeça e o pescoço da cor marrom-escura, com listras amarelo-esverdeadas, efeito que se repetia no peito, onde também exibia listras longitudinais brancas. A cauda era formada por penas marrom-escuras, contornadas por penas amarelas. Bicos, pés e pernas eram quase negros.
Ao que tudo indica, os únicos especialistas que viram o pássaro vivo foram os naturalistas americanos Charles Pickering e Titan Ramsay Peale. Eles coletaram um exemplar em 1840, durante uma expedição ao Havaí. "É muito ativo e gracioso em seus movimentos. Tende a ser musical e freqüenta as áreas das matas; geralmente é encontrado em árvores floridas", registraram os cientistas em suas anotações.
Embora eles não tenham esclarecido em qual região avistaram o kioea, há evidências de fósseis indicando que ele viveu em várias ilhas do arquipélago havaiano. Seu desaparecimento é atribuído à destruição do habitat, possivelmente em conseqüência do desmatamento. A última prova da existência desse pássaro se deu em 1859.

Kioea
Nome científico: Chaetoptila angustipluma
Ano da extinção: 1859
Habitat: arquipélago do Havaí

Era um sino ou um passarinho ? Saí-Preto

ERA UM SINO OU UM PASSARINHO? Saí-Preto



O saí-preto (black mamo, em inglês) foi observado pela primeira vez em 1893 e, 14 anos depois, já era considerado extinto. A introdução de veados e da criação de gado na Ilha de Molokai, no arquipélago do Havaí, onde o pássaro vivia, alterou profundamente o meio ambiente local, tirando a fonte de sobrevivência da delicada ave. Para piorar, os navios americanos chegavam ao Havaí (anexado aos Estados Unidos em 1898) com ratos e também com o mangusto, um roedor que tinha a fama de comer serpentes e, por isso, era levado para os pastos recém-formados. Esses dois roedores passaram a se alimentar também de passarinhos como o saí-preto, que em poucos anos desapareceu da ilha.
O passarinho de penas pretas e canto melodioso já era um velho conhecido dos havaianos, mas o primeiro ocidental a descrever o saí-preto foi o ornitólogo inglês Robert Perkins, em junho de 1893. Ele ficou tão impressionado com a descoberta que anotou a experiência em seu diário. "Estava no meio da floresta em Molokai quando, de repente, escutei um som que parecia ser de um sino. Mas isso era impossível, pois onde eu estava só havia árvores, plantas e bichos. O sino tocou uma, duas, dez vezes, em intervalos de cinco segundos. Só podia ser um passarinho. Fui silenciosamente atrás dele, até conseguir mirar e atirar. Com a criatura caída na terra, vi que era muito semelhante ao Drepanis que já conhecia, de penas amarelas, só que esse tinha penas pretas e devia ser muito mais raro", escreveu o cientista. Como que antevendo o triste destino da ave que acabara de descobrir, Perkins sugeriu o nome científico funerea.
O saí-preto chamava a atenção não só pelo seu canto, mas também por suas penas totalmente pretas e o bico longo e curvado. Outra peculiaridade era o cheiro forte que exalava assim que pressentia a presença de possíveis predadores. Uma característica bem interessante, mas que não foi suficiente para evitar sua extinção.

Saí-Preto
Nome científico: Drepanis funerea
Ano da extinção: 1907
Habitat: Ilha de Molokai, no Havaí

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Vida de Bibelô - Arara de Cuba

VIDA DE BIBELÔ - Arara de Cuba


Colorida e barulhenta, a arara-de-cuba (cuban macaw, em inglês) deixou de fazer parte da natureza latino-americana por volta de 1885, segundo alguns registros, ou de 1864, de acordo com outros relatos. Até então, a ave podia ser encontrada facilmente em Cuba. Anotações do século 16 sugerem que essa arara ou uma espécie muito parecida teria habitado a Jamaica e a ilha caribenha de Hispaniola, mas sabe-se que ela sumiu cedo dessas regiões. Porém as descrições feitas na época não ajudam a identificar com exatidão a que tipo de arara os registros se referiam.
Acredita-se que no início da colonização espanhola, no século 16, a arara-de-cuba se distribuía por toda Cuba, mas desapareceu da maior parte da ilha antes que se tornasse objeto de interesse de ornitologos. As principais causas de sua extinção foram a caça e a destruição de seu habitat. As regiões em que essas aves viviam foram devastadas pela intervenção humana e também por furacões. Segundo relatos de habitantes de Pinar del Río, região situada na parte leste de Cuba, depois do grande furacão de 1844, nunca mais foi visto nenhum exemplar da espécie nos bosques locais - que eram seu abrigo preferido.
Menos protegida, a ave se tornou presa fácil dos nativos. Para eles, o interesse pela arara não era usá-la como alimento, até porque sua carne tinha sabor e odor desagradáveis. O que eles queriam era capturá-la ainda filhote e vendê-la a fazendeiros ricos que pagavam bem para manter a arara como um bicho de estimação - e de ostentação, pois era uma ave de beleza inquestionável.
A arara atingia em média 55 centímetros de altura, suas penas eram predominantemente vermelho-escuras, mescladas aos tons de amarelo, verde e marrom. As asas e a cauda eram cobertas por uma plumagem azul-violeta. Seu bico era forte, curvado, de cor negra. Essa exuberância atraiu a atenção de zoológicos do mundo inteiro, principalmente da Europa, que importavam com freqüência exemplares da ave para criação em cativeiro. Todo esse esplendor pode ser observado em vários desenhos e em exemplares conservados que estão espalhados em museus nos quatro cantos do planeta
De acordo com os estudos do naturalista alemão Johann Gundlach, as araras-de-cuba se alimentavam do fruto do cedro branco e de outras árvores. Elas faziam seus ninhos no alto de palmeiras, normalmente sobre partes ocas de troncos, onde colocavam seus ovos. Registros antigos sugerem que elas passavam a maior parte do tempo em pares ou em pequenos grupos, tanto para comer quanto para dormir. Quase nada mais existe de informação a respeito de seus hábitos. O último espécime conhecido foi morto a tiros na região do Pântano de Zapata, em Cuba, em 1864. Alguns registros sugerem, contudo, que exemplares dessa magnífica espécie tenham conseguido sobreviver na região por pelo menos mais 20 anos. Não chega a ser exatamente um consolo.

Arara-de-Cuba
Nome científico: Ara tricolor
Ano da extinção: 1864 (ou 1885)
Habitat: Cuba e Caribe

A pequena notável - Codorna da nova Zelândia

A PEQUENA NOTÁVEL


Quando os primeiros europeus chegaram à Nova Zelândia, por volta de 1840, viram na codorna local uma rica fonte de alimentação e passaram a caçá-la indiscriminadamente. A ave era apreciada por sua carne saborosa e por seus ovos em tons de bege e amarelo, que também iam para a mesa do jantar. Por algumas décadas ela foi a refeição principal dos imigrantes, já que existia em grande quantidade em todo o país. Segundo relatos dos primeiros colonizadores, era comum ver homens voltando das caçadas às codornas carregando pelo menos 20 exemplares. Alguns conseguiam matar até 40 em um simples passeio pelas áreas próximas às cidades. É verdade que os maoris, os primeiros habitantes da Nova Zelândia, também caçavam a codorna, mas com menos freqüência do que os europeus.
A ave sofreu não só com a caça intensa na segunda metade do século 19, mas também com doenças transmitidas por pássaros introduzidos na Nova Zelândia pelos imigrantes britânicos. Quando pegavam essas moléstias, as codornas não resistiam mais do que alguns dias e, muitas vezes, infectavam todo o grupo. Outra ameaça: os cães e gatos, antes desconhecidos na região, chegaram com os primeiros colonizadores e passaram a perseguir as codornas. Com tantos novos predadores, a ave foi se tornando cada vez mais rara, até seu desaparecimento completo, declarado oficialmente em 1875.
A codorna era monogâmica, formando casais para a vida toda. A ave se destacava em meio às pradarias em que vivia, apesar do seu pequeno porte - media no máximo 22 centímetros. Suas penas tinham um tom único de amarelo e bege, que se intercalavam. No peito, a cor tendia para o marrom, e no abdome predominava uma tonalidade mais clara. As asas eram ainda mais bonitas, com uma coloração dourada. A codorna corria pouco e, por ser pequena, era facilmente abocanhada pelos cães e gatos, servindo de alvo também para os caçadores.

Codorna-da-Nova-Zelândia
Nome científico: Coturnix novaezelandiae
Ano da extinção: 1875
Habitat: Nova Zelândia

O Periquito Solidário - Periquito Carolina

O PERIQUITO SOLIDÁRIO - Periquito Carolina


O periquito-carolina era um passarinho delicado, com cerca de 30 centímetros de altura e um colorido encantador - a maior parte das penas, principalmente as do peito, era verde, enquanto o topo da cabeça e a região em volta dos olhos tinham um forte tom de laranja. As asas tendiam para o amarelo. Não era uma ave migratória: vivia sempre na mesma área, com outras de sua espécie. À noite, dividiam os galhos de árvores próximas a rios ou pântanos, em grupos de 15 ou 20 passarinhos. A fêmea colocava, por vez, de um a quatro ovos, que eram incubados por cerca de 20 dias. Em média 18 dias após saírem dos ovos, os filhotes ensaiavam os primeiros vôos. Pouco depois, eles já partiam em busca do próprio alimento, um calvário que acabaria levando o pássaro à extinção.
Muito parecido com os periquitos brasileiros, o periquito-carolina vivia tranqüilamente nos pântanos e nas margens dos rios dos Estados americanos sulistas. Ele sempre se alimentou de sementes, mas, com a expansão da agricultura, teve de mudar a sua dieta, buscando as frutas plantadas pelos fazendeiros. Bandos dessa ave sobrevoavam as colheitas, comendo o que conseguiam. Para os agricultores, o periquito era uma praga. Logo eles pegaram em armas, atirando em todo pássaro que se aproximasse das plantações. Solidários, os periquitos voavam para o lugar onde caíra o companheiro abatido - um ritual que lembrava um velório. Os fazendeiros aproveitavam para matar todo o bando, o que contribuiu para acelerar a extinção do pássaro.
E não era só. O periquito ainda tinha de escapar dos caçadores que queriam matá-lo para arrancar suas penas. Na época, as senhoras elegantes gostavam de enfeitar seus chapéus com as penas de forte colorido. A beleza do passarinho também atraía as crianças, que o prendiam em gaiolas. A sobrevivência do periquito-carolina foi ficando cada vez mais difícil. Por fim, em 1904, os últimos exemplares da ave foram coletados nas proximidades do lago Okeechobee, na Flórida. No cativeiro, o último periquito-carolina morreu em 1918, no Zoológico de Cincinnati, em Ohio.

Periquito-Carolina
Nome científico: Conuropsis carolinensis
Ano da extinção: 1918
Habitat: sudeste dos Estados Unidos

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Preciosidade perdida - Kosrae Staling

PRECIOSIDADE PERDIDA - Kosrae Staling



A plonis corvina foi o nome dado pelo biólogo polonês Friedrich Heinrich von Kittlitz a um dos pássaros que coletou durante sua viagem às Ilhas Carolinas, na Micronésia, em 1827. Nas visitas que fez a algumas das cerca de 600 ilhas que formam o arquipélago, von Kittlitz encontrou algumas espécies nunca antes vistas. Entre elas um pássaro que vivia nas florestas, tinha olhos vermelhos, penas negras e brilhantes, bico longo e curvado, rabo triangular e cerca de 20 centímetros de comprimento.
A ave recebeu, mais tarde, o nome popular de kosrae starling ("estorninho-de-kosrae"), numa referência à Ilha de Kosrae, onde foi encontrada. Von Kittlitz levou três exemplares e entregou-os à Academia Russa de Ciências, em São Petersburgo, um dos poucos lugares no mundo que hoje dispõem de informações a respeito do pássaro. Na época, já era uma ave rara. Além desses três exemplares, foram identificados apenas mais dois. Mas não há registros de que outro cientista, além de von Kittlitz, tenha visto a ave viva em seu habitat natural.
Segundo o biólogo, o kosrae starling se alimentava de pequenos insetos e répteis, como a lagartixa, que conseguia engolir de uma só vez. Jovens e adultos pareciam pertencer a famílias diferentes. Enquanto o kosrae adulto tinha penas negras com reflexos de cor púrpura, os mais novos exibiam uma mistura de branco com amarelo, com listras pretas ou marrons. Os motivos de sua extinção são pouco conhecidos. Entre as hipóteses mais prováveis está a de que tenham sido vítimas da enorme população de ratos na ilha. Durante os primeiros anos do século 19, Kosrae era o local favorito dos baleeiros, pois tinha um farol que os ajudava no trabalho de manutenção das embarcações. É provável que, nessas paradas, os ratos tenham fugido para a floresta, onde proliferaram de tal forma que acabaram dizimando várias espécies nativas - entre elas, o kosrae.
Considera-se que a data de extinção oficial foi o ano de 1880, quando o naturalista Otto Finsch visitou a ilha de Kosrae e não conseguiu encontrar nenhum pássaro dessa espécie. Nos anos 30, colecionadores japoneses também procuraram a preciosa ave durante meses, igualmente sem sucesso.

Kosrae Starling
Nome científico: Aplonis corvina
Ano da extinção: 1880
Habitat: Ilha de Kosrae, na Micronésia

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Beija-flor 'voa mais rápido do que um avião caça'

10/06/09 - 11h27 - Atualizado em 10/06/09 - 17h29

Beija-flor 'voa mais rápido do que um avião caça', diz estudo
Pesquisador dos EUA disse que ave cobre quase 400 vezes o comprimento de seu corpo em um segundo, enquanto caça cobre 150 vezes.

Um estudo da Universidade Berkeley, no Estado americano da Califórnia, revelou que o
beija-flor macho atinge uma velocidade proporcionalmente "maior do que a de aviões caça" quando mergulha durante um voo para impressionar as fêmeas.

O pesquisador americano Christopher Clark usou fêmeas de beija-flor empalhadas para induzir os pássaros a fazerem uma exibição impressionante, que ele registrou com câmeras especiais para capturar objetos em alta velocidade. As câmeras capturavam imagens de 500 quadros por segundo.

As aves da espécie conhecida como Anna, que vivem no sudoeste dos Estados Unidos, atingiram velocidades que cobrem um trajeto 383 vezes o comprimento de seu corpo a cada segundo.

De acordo com Clark, o espaço percorrido medido, levando-se em conta o comprimento do corpo da ave e a velocidade máxima atingida pelo animal, foi "maior do que a de um avião caça com sua câmara de combustão auxiliar ligada (o que ajuda a aumentar a velocidade) ou do ônibus espacial durante a reentrada na atmosfera".

O caça pode chegar a cobrir 150 vezes a medida do seu comprimento em um segundo, e o ônibus espacial, 207 vezes.

Mas os caças têm capacidade de acelerar mais e ultrapassar os beija-flores.

Nos últimos estágios de seu mergulho, quando as aves abrem as asas para um voo ascendente, "a aceleração instantânea dos beija-flores é maior do que a de qualquer organismo de que se registrou previamente manobras aéreas", disse Clark.

E ele atinge essa velocidade sem a ajuda de um poderoso motor de jato, acrescenta.
O especialista diz que o estudo é um exemplo de como tais exibições, realizadas com a intenção de atrair uma parceira para o acasalamento, podem ser observadas para verificar os limites das habilidades dos animais.

O mergulho do beija-flor da espécie Anna é mais veloz do que a do falcão peregrino, cuja velocidade máxima chega a cobrir 200 vezes o comprimento de seu corpo a cada segundo.

O trabalho foi divulgado na revista "Proceedings of the Royal Society B".

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ganso contorcionista vira ao contrário para pousar

22/05/09 - 08h00 - Atualizado em 22/05/09 - 08h00

Ganso contorcionista vira ao contrário para pousar
Fotógrafo registra momento em que a ave gira o pescoço em 180 graus.
Estranha peripécia é um truque para reduzir a velocidade rapidamente.




Foto: Reprodução/Telegraph Fotógrafo registrou momento em que a ave gira o pescoço em 180 graus. (Foto: Reprodução/Telegraph)A manobra dos gansos era conhecida dos ornitólogos, mas não havia notícia de fotos flagrando o momento em que uma ave se contorce no ar de forma tão radical. Além de reduzir bruscamente a velocidade, a técnica também faz com que o ganso perca altura momentos antes de pousar.

Segundo o jornal inglês "Daily Telegraph", o flagrante foi feito em uma reserva em Strumpshaw (Reino Unido) pelo fotógrafo Brian Macfarlane, de 73 anos.

"Eu não acredito como esse ganso conseguiu ficar nessa posição", disse Brian, que já viu e fotografou muita coisa da vida selvagem. "Estava ventando bastante, e a coisa estava difícil para as aves. Algumas eram mais habilidosas para controlar o voo, mas outras se atrapalhavam no ar."

Na hora em que fez as fotos, Brian não notou nada fora do normal. "Foi só quando vi a imagem que percebi que ele estava voando completamente de cabeça para baixo".

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Gralha consegue detectar 'olho gordo' em ser humano

14/04/09 - 19h29 - Atualizado em 14/04/09 - 19h29

Gralha consegue detectar 'olho gordo' em ser humano, dizem biólogos
Criatura nota quando a pessoa olha para a sua comida e entende sinais.
Habilidade de interpretar olhar humano é rara no mundo animal.




Foto: Chris Gash/NYT Olhos humanos dão pistas a aves (Foto: Chris Gash/NYT)Pode-se aprender muito olhando para os olhos de uma pessoa. Gralhas, por exemplo, sabem quando alguém está olhando sua comida.

Um estudo de Nathan J. Emery e Auguste M.P. von Bayern, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, descobriu que as gralhas, parentes dos corvos, hesitavam em se aproximar da comida se alguma pessoa desconhecida estivesse olhando para ela. O pássaro também era capaz de utilizar diversos movimentos comunicativos humanos – a troca de olhar de um ponto a outro e o apontar com o dedo – para encontrar comida oculta.

O estudo, publicado na revista "Current Biology", distinguiu dois tipos de sinais de olhos – sinais de atenção envolvendo olhar fixamente e sinais comunicativos envolvendo movimento. Os de atenção só funcionaram em situações com um potencial conflito – quando uma pessoa familiar olhava para sua comida, o pássaro não hesitava em se aproximar dela. Os sinais de atenção não funcionaram em situações mais cooperativas, quando um humano tentava ajudar o pássaro a encontrar alimento oculto, por exemplo. Apenas gestos efetivos – mudar o olhar de direção e apontar um dedo – funcionaram nessa situação.

A habilidade de ler o olhar de um humano é muito rara entre animais. Estudos mostraram que a maioria das espécies consideradas capazes de terem essa capacidade – cachorros, por exemplo – estão na verdade respondendo a orientação ou movimentos da cabeça ou do corpo.

Todavia, os olhos da gralha trazem alguma semelhança com olhos humanos, já que possuem uma pupila escura cercada de uma íris mais clara. Os pássaros também formam casais de longo prazo, logo os olhos podem ser importantes na comunicação entre eles. Isso pode explicar por que eles respondem aos olhos das pessoas. (Os pássaros no estudo podem ser até mais reativos que a maioria, dizem os pesquisadores, por terem ficado em meio a humanos durante todas as suas vidas.)