BELEZA É FUNDAMENTAL - Jamaica Giant Galliwasp
O Jamaica giant galliwasp ("lagarto-gigante-da-jamaica") recebeu essa denominação do zoólogo e botânico inglês George Shaw, que em 1802 catalogou esse réptil de 30 centímetros de comprimento como o maior representante da família Anguidae até então conhecido. Endêmico da Jamaica (ou seja, só existia lá), esse lagarto era encontrado, até a data do último registro de sua existência, em 1840, nos pântanos espalhados ao longo da ilha caribenha, onde cavava sua toca e se alimentava, quando jovem, de frutas silvestres, plantas e insetos, incluindo mais tarde em sua dieta alguns pequenos peixes.
Seu corpo robusto era formado por uma cabeça larga, membros longos e cauda lisa. Sua cor era parda, apresentando pequenos sinais marrons mais escuros ou alaranjados, que se espalhavam por todo o dorso, composto de microssulcos que lhe conferiam uma aparência medonha. Talvez por causa desse visual nada simpático, os jamaicanos acreditavam que o bicho era venenoso e traiçoeiro. Tanto que o perseguiam e abatiam impiedosamente assim que o viam. Ainda hoje os nativos cultivam uma lenda que ouviram de seus ancestrais: se um lagarto da família Anguidae morde uma pessoa e alcança a água ou se molha antes de sua vítima, esta fatalmente morrerá. Se, ao contrário, a pessoa que levou a mordida se molhar ou chegar à água antes do lagarto, quem vai morrer é o animal.
Imaginação à parte, os cientistas que tiveram a oportunidade de examinar o Celestus occiduus comprovaram que o réptil não era venenoso. Se o lagarto-gigante fosse mesmo peçonhento, como dizia a crença popular, provavelmente teria conseguido se proteger de muitos predadores que foram introduzidos indiscriminadamente na Jamaica, fenômeno apontado como a principal causa de extinção dessa espécie.
Jamaica Giant Galliwasp
Nome científico: Celestus occiduus
Ano da extinção: 1840
Habitat: Jamaica
C=33532
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