domingo, 13 de janeiro de 2019

8 líderes bárbaros famosos

8 líderes bárbaros famosos


Do século II ao V d.C., vários exércitos estrangeiros – principalmente os godos, vândalos e hunos – começaram a fazer incursões importantes no território dominado pelos romanos.


Considerados pelos romanos como brutos, violentos e não civilizados, esses grupos “bárbaros” se mostraram adversários terríveis no campo de batalha, fazendo pressões implacáveis, que acabariam derrubando o Império Romano do Ocidente. Saiba mais sobre os oito líderes bárbaros mais famosos, incluindo suas origens, suas proezas militares e os reinos que muitos deles estabeleceram durante e depois o período final do Império Romano.





1) Armínio
Nascido em uma família nobre da tribo germânica dos queruscos por volta de 18 a.C., Armínio (em alemão, Hermann) foi arrancado de seu lar pelos romanos quando criança e serviu o exército romano. Em 9 d.C., forças queruscas emboscaram e massacraram três legiões romanas sob o comando de Públio Quintílio Varo, governador da Germânia, na Floresta de Teutoburgo. Com uma derrota humilhante – depois que um Públio esmagado caiu sobre sua própria espada –, os romanos recuaram pelo rio Reno e não arriscaram novas invasões. Embora Armínio fosse saudado como um herói nacionalista durante a unificação da Alemanha, no final do século XIX, sua reputação foi abalada na Segunda Guerra Mundial, quando alemães modernos associaram suas façanhas históricas com o nacionalismo militar do Terceiro Reich de Adolf Hitler.





2) Boadiceia
Assim como outras mulheres celtas, Boadiceia (ou Boudica) gozava de maior liberdade do que muitas outras mulheres no mundo antigo e foi treinada para o combate e uso de armas junto com os homens de sua tribo. Quando seu marido, o rei Prasutagos dos icenianos da Anglia Oriental (atual leste da Inglaterra), morreu sem herdeiro do sexo masculino, em 60 d.C., os romanos aproveitaram a oportunidade para anexar o seu reino, castigar Boadiceia publicamente e estuprar suas duas filhas. Com o governador provincial romano Caio Suetônio Paulino ausente da região, a rainha guerreira e rebelde liderou uma rebelião de icenianos e de outras tribos descontentes contra a Nona Legião Romana. De acordo com o historiador romano Tácito, as forças de Boadiceia massacraram cerca de 70 mil romanos e britânicos pró-romanos durante seu ataque. Caio Suetônio retornou em seguida e suas forças ganharam uma batalha defensiva em um local desconhecido. Após essa derrota, Boadiceia teria provavelmente se suicidado com veneno.




3) Alarico
Um dos líderes bárbaros mais famosos, o rei godo Alarico I ascendeu ao poder depois que a morte do Imperador Romano do Oriente Teodósio II, em 395 d.C. pôs fim a um frágil acordo de paz entre Roma e os godos. Quando o Imperador do Ocidente Flávio Onório se recusou a abastecer as forças de Alarico com terra e suprimentos, em 408, o exército godo sitiou Roma. No verão de 420, um grupo de escravos rebeldes abriu a Porta de Salária e as tropas de Alarico se tornaram os primeiros inimigos estrangeiros a entrar na cidade em 800 anos. Eles saquearam Roma por três dias, mas trataram bem sua população. Acredita-se que Alarico tenha morrido logo depois de sua partida, durante uma expedição posterior à África. Seus descendentes, os visigodos, migraram para a Ibéria e estabeleceram seu reino, que é conhecido hoje como Espanha.




4) Átila, o Huno
Nascido em uma família real de hunos, um povo nômade que vivia no que agora é a Hungria, Átila ascendeu ao poder junto com seu irmão Bleda em 434 d.C. Uma vez aliado de Roma contra outros grupos bárbaros, incluindo os burgúndios e os godos, Átila aceitava enormes subsídios financeiros em ouro para que não atacasse o território romano – mas acabou o fazendo de qualquer maneira. Depois de matar Bleda, ele assumiu controle absoluto de um império que se estendia por toda a Europa Central. Uma série de acontecimentos complexos envolvendo o imperador de Roma Ocidental, Valentiniano III, e sua irmã Honória, incentivou Átila a invadir a Gália (atual França), em 450. Apesar de uma força conjunta de romanos e visigodos ter contido o ataque, Átila estava destemido e, em 452, invadiu a Itália. Os romanos enviaram o Papa Leão I como mensageiro da paz e, embora os detalhes de seu encontro sejam desconhecidos, Átila acabou recuando suas tropas e retornando para a Hungria. Em 453, ele foi encontrado morto na manhã após o seu casamento (ele tinha várias mulheres), aparentemente vítima de uma hemorragia nasal fatal, envenenamento acidental por álcool ou uma conspiração de assassinato, com possível envolvimento de sua nova esposa Ildico.




5) Genserico
Logo após o rei vândalo Genserico (também Gizerico) ascender ao poder, em 428 d.C., ele liderou 80 mil homens de seu povo ao Norte da África, onde eles estabeleceram um reino que iria controlar o Mar Mediterrâneo pelo próximo século. Depois que o imperador Valentiniano III foi assassinado, anulando um tratado que prometia sua filha Eudócia ao filho de Genserico em casamento, os vândalos marcharam a Roma em 455. Ao perceber a insuficiência de suas defesas, os romanos novamente enviaram o Papa Leão I para suplicar por misericórdia. Graças à diplomacia do Papa, os vândalos concordaram e não destruir a cidade e não matar sua população em troca de uma entrada livre. Posteriormente, um Genserico vitorioso retornou ao Norte da África, onde venceu com sucesso dois ataques romanos (em 461 e 468) e invadiu os territórios do Império Oriental de Alexandria, no Egito, a Anatólia. Ele morreu em 478 de causas naturais, invicto no campo de batalha.




6) Odoacro
A maioria dos estudiosos concorda que Odoacro, o primeiro rei bárbaro da Itália, era filho de Edecão dos hunos, chefe da tribo do esciros e conselheiro do temido líder dos hunos, Átila. Em 476 d.C., após servir como comandante do exército romano na Itália, Odoacro liderou uma rebelião contra Orestes, um general romano que havia derrubado o imperador romano do Ocidente, Júlio Nepos, e declarado seu filho adolescente, Rômulo Augústulo, imperador. As forças de Odoacro capturaram e executaram Orestes e enviaram Rômulo – o último imperado do Ocidente – ao exílio. Apesar de ter reconhecido oficialmente a soberania do imperador bizantino Zenão, Orestes se recusou a restabelecer Júlio Nepos como imperador do Ocidente (como Zenão queria) e, no lugar, declarou a si mesmo como rei. Ele era um governante tolerante, permitindo a prática do Catolicismo Romano, apesar de sua própria crença Cristã Ariana. Por final, a aliança de Zenão com o líder Teodorico dos ostrogodos (godos do leste) significou o fim para o reino de Odoacro, com as forças ostrogodas invadindo a Itália em 489 e se apoderando de quase toda a península. Odoacro conseguiu se manter por um tempo em Ravena, mas, após assinar um tratado para governar a cidade em conjunto em 493, Teodorico assassinou Odoacro, sua família e seus seguidores.




7) Clóvis
Clóvis I foi o primeiro rei da chamada dinastia merovíngia, que iria governar a Gália e a Alemanha de 500 a 750 d.C., e é considerado o fundador da França. Filho de Childerico, o rei pagão da tribo germânica conhecida como francos sálios, Clóvis assumiu o trono em 481, quando tinha apenas 15 anos de idade. Após derrotar o último governador romano da Gália na Batalha de Soissons, em 486, Clóvis estabeleceu um reino unido por vários povos francos, que se estendia desde a margem oeste do Reno até o Oceano Atlântico. Em um ato famoso, Clóvis se converteu ao Catolicismo e seu reino misturou tradições culturais romanas e germânicas. Uma luta por poder com o jovem rei visigodo Alarico II marcou grande parte do reino de Clóvis, mas em 507 ele derrotou e matou seus rivais perto de Poitiers, no centro-oeste da Gália. Do trono de seu império, em Paris, Clóvis procurou expandir ainda mais seu reino, porém foi frustrado nessas tentativas por Teodorico, o poderoso governante ostrogodo da Itália. Clóvis morreu por volta de 511 e seus descendentes meronvígios (principalmente Carlos Magno) reinariam por mais de 200 anos – não menos que 18 futuros reis da França utilizariam o nome Luís, uma versão latinizada de Clóvis.




8) Teodorico
Quando criança, Teodorico foi enviado a Constantinopla como refém do Império Romano do Ocidente, de modo que fosse garantido o consentimento do seu pai, o rei dos ostrogodos Teodomiro, com um acordo romano-godo. Apesar de nunca ter aprendido a ler nem escrever, ele acabou adotando vários aspectos da cultural romana. Em 488 d.C., Teodorico invadiu a Itália, conquistando, em 493, praticamente toda a península e a Sicília, quando manipulou e matou seu rival Odoacro. De acordo com sua própria vontade, a paz reinou na Itália durante o reinado de Teodorico por mais de três décadas (33 anos) no poder. Ele publicou decretos para garantir um tratamento legal e justo tanto para godos quanto para os romanos e ressaltou que os dois grupos deveriam viver juntos amigavelmente. Longe do estereótipo bruto de um rei “bárbaro”, Teodorico se vestia com o roxo real preferido pelos romanos e venerava a ideia da “civilitas” (“vida civilizada” ou “civilização”). Depois de sua morte, em 526, ele seria lembrado como Teodorico, o Grande, por seu governo justo e pacífico e sua revitalização da Itália após a queda do Império Romano do Ocidente.






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