quarta-feira, 21 de março de 2018

AS 20 OBRAS MAIS IMPORTANTES DA LITERATURA RUSSA


AS 20 OBRAS MAIS IMPORTANTES DA LITERATURA RUSSA




Sabemos que uma lista é somente uma lista. Contudo, nunca um esforço foi tão destinado ao insucesso quanto este de preparar uma relação com apenas vinte obras representativas da literatura russa. 


Obviamente Tolstói teria que entrar em qualquer seleção deste tipo, mas como escolher apenas um entre tantos clássicos do autor, ficamos com uma antologia de contos, "Anna Kariênina" ou "Guerra e Paz"? O mesmo impasse para Dostoiévski e outros citados aqui. De qualquer forma, tentei utilizar o critério de me limitar aos livros já publicados no Brasil, alguns, infelizmente, já não se encontram disponíveis no mercado, como as edições da extinta Cosac Naify.

Não poderia faltar um destaque para o incansável trabalho da Editora 34 na divulgação da literatura russa e também para o saudoso mestre Boris Schnaiderman (1917-2016) que foi pioneiro no esforço de tradução direta do idioma russo no Brasil, nos salvando das famigeradas traduções indiretas a partir do francês e inglês. Se toda tradução é sempre insuficiente, o que dizer de uma tradução indireta de outra língua. Bem, aí está, em ordem cronológica, uma lista de grandes autores que ajudaram a criar, em prosa e poesia, uma das literaturas mais ricas do mundo.




(01) Eugênio Oneguin (1825)
Alexander Pushkin (1799-1837)
Pushkin é sempre citado como um dos escritores mais influentes para as futuras gerações na Rússia, principalmente devido aos seus ideais políticos liberais. Considerado o maior poeta russo do romantismo, escreveu também novelas e peças teatrais. Sinopse da Editora: "O mestre Dostoievski não exitou em classificar Pushkin o autor mais representativo da vida e da literatura russas e considerou Eugênio Oneguin uma obra de arte consumada de intensa força criadora. (...) A trama gira em torno do personagem que dá nome ao título. Oneguin, jovem aristocrata, despreza o amor de uma moça simples por quem na vida adulta se apaixonará perdidamente, sendo desta vez desprezado. Uma obra prima em verso que dará ao leitor brasileiro uma bela oportunidade de se aproximar da poesia clássica russa e, ao mesmo tempo, conhecer um pouco mais da Rússia do século XIX."




(02) Almas Mortas (1842)
Nikolai Gogol (1809-1852)
A ideia para este romance clássico foi dada por Pushkin que contou a Gogol um golpe de alguns senhores feudais russos da época para obter a concessão de recursos do Governo para "investimentos", apresentando documentos de escravos já falecidos como se ainda fossem vivos. 
Sinopse da Editora: 
"Com Gogol, a prosa adquiriu o status de arte e a realidade do país revelou-se, com o espanto de muitos, para além de sua aparente leveza de burla, um retrato amargo, impiedoso e grotesco da sociedade. Por isso mesmo, a ideia central do romance, sugerida por Pushkin após a leitura de uma nota jornalística, permitiu a Gogol pintar brilhantemente uma enorme variedade de personagens, cuja força reside em seu poder de caracterização do universal pelo específico, o que levou Pushkin a dizer, apesar de toda comicidade ali destilada: 'eu não ri, chorei; Deus, como é triste a nossa Rússia".




(03) Oblomov (1859)
Ivan Gontcharóv (1812-1891)
O "Oblomovismo" tornou-se uma palavra russa utilizada para descrever alguém que exibe os traços de personalidade de preguiça ou inércia semelhantes aos do protagonista do romance de Ivan Goncharov. 
Linda edição da extinta Cosac Naify com capa dura revestida de tecido e impresso em papel-bíblia, o livro é ilustrado com estampas que remetem aos tecidos usados pela aristocracia russa da época, numa referência aos ambientes internos, cenário predominante no romance. Sinopse da Editora: "Oblómov, de Ivan Gontcharóv, é obra-chave na literatura russa do século XIX. Publicado em 1859, o romance suscitou amplo debate na época do lançamento ao retratar — na figura de seu protagonista Iliá Ilitch Oblómov, rico senhor de terras que mal sai do sofá e passa os dias de roupão, fazendo planos que nunca põe em prática — a elite russa às vésperas do fim da servidão."




(04) Pais e Filhos (1862)
Ivan Turguêniev (1818-1883)
Mais uma edição da extinta Cosac Naify que espera uma oportunidade de relançamento. Sinopse da Editora: "Este clássico é responsável por uma das maiores polêmicas da literatura russa. No início da década de 1860, dois eventos transformaram significativamente a sociedade russa: o fim da servidão e a fundação do movimento Terra e Liberdade, organização secreta que lutava contra as autoridades e instituições oficiais. A abordagem desse contexto fez com que Pais e filhos despertasse uma das maiores fendas da história da literatura russa. O termo 'niilista' se popularizou e Ivan Turguêniev (1818-1883) foi acusado de ser responsável por atos criminosos cometidos por radicais influenciados por sua obra. Na trama, o jovem Arkádi Nikolaitch, acompanhado de seu amigo e mentor Bazárov, volta à propriedade de sua família após formar-se na universidade. Bazárov é um personagem singular: despreza qualquer autoridade, é antissocial e se autoproclama um 'niilista'."




(05) Guerra e Paz (1865)
Liev Tolstói (1828-1910)
Um dos romances mais completos e marcantes da literatura universal, talvez só comparável à "Ilíada" ou "Odisséia", na sua grandeza épica. Embora "Guerra e Paz" não alcance o nível de aprofundamento psicológico obtido pelo autor em "Anna Kariênina", por outro lado, poucas vezes um povo recebeu um legado artístico tão apaixonado. Sinopse da Editora: "Em meio a cenas de batalha, bailes da alta sociedade e intrigas veladas, destacam-se as figuras memoráveis dos irmãos Nikolai e Natacha Rostóv, do príncipe Andrei Bolkónski e de Pierre Bezúkhov, filho ilegítimo de um conde, cuja busca espiritual serve como espécie de fio condutor e o torna uma das mais complexas personalidades da literatura do século XIX. Ao descrever o cotidiano e os grandes acontecimentos que se sucederam à invasão de Napoleão em 1812, Tolstói retrata uma Rússia magistral, imponente e, sobretudo, profundamente humana." 



(06) Crime e Castigo (1866)
Fiódor Dostoiévski (1821-1881)
Ler um romance de Dostoiévski é conhecer ou até mesmo reconhecer o lado sombrio e desesperado da humanidade. Um lado que sempre está presente (talvez oculto) em nossa alma. Ler Dostoiévski é como iniciar um passeio ao inferno que não sabemos exatamente o quanto e como nos influenciará, mas que deixará algumas marcas, como é, ou deveria ser, um dos principais objetivos de qualquer obra literária. 
Sinopse da Editora: "Publicado em 1866, Crime e castigo é a obra mais célebre de Fiódor Dostoiévski. Neste livro, Raskólnikov, um jovem estudante, pobre e desesperado, perambula pelas ruas de São Petersburgo até cometer um crime que tentará justificar por uma teoria: grandes homens, como César ou Napoleão, foram assassinos absolvidos pela História. Este ato desencadeia uma narrativa labiríntica que arrasta o leitor por becos, tabernas e pequenos cômodos, povoados de personagens que lutam para preservar sua dignidade contra as várias formas da tirania."




 (07) A Dama do Cachorrinho e Outros Contos (Antologia)
 Anton Tchekhov (1860-1904)
Nunca li um conto de Tchekhov que não considerasse perfeito. Assim ocorre com esta Antologia do autor lançada pela Editora 34. Sinopse da Editora: "Os contos breves, precisos e tocantes de Tchekhov revolucionaram a maneira de escrever narrativas curtas, tornaram-se mundialmente conhecidos e influenciaram os principais escritores que se dedicaram ao gênero depois dele. Grande parte da originalidade de Tchekhov reside no papel fundamental que desempenham, em suas histórias, a sugestão e o silêncio, a ponto de, muitas vezes, o mais importante ser justamente o que não é dito. Esta é uma coletânea de trinta e seis de seus melhores contos, selecionados e traduzidos diretamente do russo por Boris Schnaiderman, que assina também o posfácio e as notas à edição. De "Nos banhos" (1883) a "A dama do cachorrinho" (1899), que dá título ao livro e encerra o volume, o leitor poderá acompanhar o desenvolvimento da arte deste escritor que sempre colocou o homem como centro de suas preocupações, e que via na literatura um instrumento para sua emancipação."




(08) Infância, Ganhando Meu Pão e Minhas Universidades (1914, 1916 e 1923)
Maksim Gorki (1868-1936)
Romancista, dramaturgo e ativista político, Gorki deixou um importante legado literário que pode ser avaliado nesta trilogia autobiográfica (indisponível pelo fim das atividades da Editora Cosac Naify). O autor, órfão de pai, narra passagens de sua agitada vida desde a infância (primeiro volume), passando pela juventude e sua experiência como vendedor numa loja de sapatos, na tripulação de um barco a vapor, ou como empregado de uma oficina (segundo volume) e finalizando com a sua formação de intelectual e escritor, suas ideias políticas e sociais (terceiro volume). Sinopse da Editora: "Num panorama muito rico do ambiente intelectual que dominava a Rússia pré-revolucionária, o livro mostra as diferentes tendências de pensamento que se cruzam num grande caldeirão de ideias: darwinismo, cristianismo, tolstoísmo, comunismo etc."



(09) Antologia Poética (Antologia)
Anna Akhmátova (1889-1966)
A poesia de Anna Akhmátova é baseada em imagens aparentemente simples, sem ornamentos e representando um ponto de vista essencialmente feminino, coisa rara no início do século XX. Assume um caráter fortemente patriótico, apesar de ter sido na maior parte do tempo perseguida e censurada pelo governo comunista. Em 1925, uma resolução do comitê central do partido proibiu-a de publicar suas obras e só foi admitida pelo regime, como fonte de propaganda nacionalista, durante a segunda guerra mundial. Segundo Ossip Mandelstam, um dos grandes poetas do século XX, a poesia de Anna parece descender não da linhagem poética russa, mas sim da tradição do romance psicológico de Turgueniev e Tolstoi.




(10) O Amor de Mítia (1924)
Ivan Bunin (1870-1953)
Prêmio Nobel de Literatura de 1933, Ivan Bunin discordava dos rumos da revolução comunista e exilou-se na França a partir de 1920. Sinopse da Editora: "'O amor de Mítia', novela publicada em 1925, penetra no drama da consciência de um rapaz que descobre, em toda a sua dolorosa intensidade, a força do desejo e do sentimento amoroso. Rainer Maria Rilke, que tinha predileção pela obra, observou que a vastidão do afeto que Mítia projeta sobre Kátia tem um caráter 'profundamente espacial'. De fato, a ação principia em São Petersburgo e logo se desloca para os campos de Oriol, paisagem cara ao autor desde a infância. É neste ponto que a natureza russa, descrita com precisão lírica estonteante, é elevada a suas maiores alturas. Por meio de sucessivas metamorfoses, ela anuncia as terríveis ambiguidades que definirão o destino do protagonista."




(11) O Rumor do Tempo e Viagem à Armênia (1925 e 1932)
Osip Mandelstam (1891-1938)
Um dos nomes mais importantes da poesia no século XX (praticamente não traduzido no Brasil), foi perseguido e preso após escrever um poema satírico conhecido como "Epigrama de Stalin" que descrevia o clima de medo na antiga União Soviética durante o regime totalitarista de Stalin. Sinopse da Editora: "Publicado em 1925, O rumor do tempo é um relato autobiográfico de um dos maiores poetas do século XX. Personalidade trágica, Mandelstam (1891-1938) foi figura de destaque em sua época, e morreu durante a era de terror stalinista em uma prisão na Sibéria. O volume inclui ainda Viagem à Armênia (1932-33), obra que fecha o ciclo de prosa de ficção do autor."




(12) O Exército de Cavalaria (1926)
Isaac Bábel (1894-1940)
Segundo o prefácio de Boris Schnaiderman, a quem seremos eternamente gratos pelas traduções diretas de autores russos do nível de Maiakóvski, Dostoiévski e Tchekhov, os contos de Isaac Bábel apresentam um "sabor acre de sangue e terra". De fato, Bábel ao narrar as sua experiências na guerra russo-polonesa de 1920-1921 como correspondente é testemunha dos atos violentos do exército cossaco, mas o seu texto também está repleto de lirismo, natureza e paixão. O autor vivenciou a violência desde cedo, ele próprio nascido judeu em Odessa, Ucrânia, presenciou aos dez anos o pogrom que o impressionou definitivamente. Apesar de ter sido um defensor da revolução russa, foi preso, torturado e executado durante o Grande Expurgo de Stálin em 1940. 




(13) Maiakóvski. Poemas (Antologia)
Vladimir Maiakóvski (1893-1930)
Conhecido como "o poeta da Revolução", Maiakovski foi poeta e dramaturgo. Segundo a versão oficial, suicidou-se com um tiro em 1930. Sinopse da Editora: "Um dos principais nomes da literatura ligados à Revolução Russa, Maiakóvski representou o melhor da vanguarda libertária e experimental. O poeta cubofuturista, que chegou a ser visto com desconfiança depois que o regime brutal de Stálin o fez herói, nunca foi um homem de se conformar. Espírito irrequieto e aguerrido, para além de sua pregação revolucionária da primeira fase da revolução, encontramos um artífice talentoso da linguagem, com seus fúlgidos poemas de amor, sua rebeldia selvagem, o uso da linguagem coloquial e experiências radicais de poesia visual."




(14) Doutor Jivago (1957)
Boris Pasternak (1890-1960)
Nobel de Literatura de 1958, Boris Pasternak ganhou popularidade mundial devido à adaptação para o cinema de seu romance histórico "Doutor Jivago" por Robert Bolt em 1965, num filme dirigido por David Lean. O livro foi censurado na União Soviética por ter sido considerado na época uma crítica ao stalinismo. Sinopse da Editora: "Publicado originalmente em 1957 fora da União Soviética, após ser banido pela censura do Partido Comunista, Doutor Jivago, que só seria lido por seus conterrâneos em 1987 — 27 anos após a morte de seu autor —, continua sendo o maior e mais importante romance da Rússia pós-revolucionária."




(15) O Mestre e a Margarida (1967)
Mikhail Bulgákov (1891-1940)
Escrito entre 1928 e 1940, o romance foi publicado postumamente apenas em 1967 e tem um argumento ambicioso com muitas histórias cruzadas, que são centradas numa visita do diabo a Moscou no início da década de 1920, durante o período stalinista. Sinopse da Editora: "Espécie de Fausto russo, inspirado na obra de Goethe e na ópera homônima de Charles Gounod, O mestre e Margarida, de Mikhail Bulgákov, é considerado um dos grandes romances do século XX. Situado na Moscou dos anos 1930, o livro narra as peripécias de satã na cidade acompanhado de um séquito infernal, composto por um gato falante e fanfarrão, um intérprete trapaceiro, uma bela bruxa e um capanga assustador. Seu caminho se cruzará com o dos amantes mestre e Margarida — ele um escritor mal compreendido, autor de um romance sobre Pôncio Pilatos, ela uma das personagens mais fortes da literatura russa, que, qual Orfeu, fará de tudo para reencontrar seu amado desaparecido."




(16) Contos Reunidos (Antologia)
Vladimir Nabokov (1899-1977)
Uma verdadeira aula de literatura e um livro inestimável para conhecer a genialidade de Vladimir Nabokov em toda a sua extensão. Esta coletânea reúne 68 contos escritos entre 1920 e 1950, em ordem cronológica, permitindo constatar a diversidade e criatividade estilística do autor na elaboração da estrutura de cada conto. Em vida, Nabokov publicou quatro antologias nos Estados Unidos, cada uma com treze contos: "A dúzia de Nabokov" (1958), "Uma beleza russa e outros contos" (1973), "Tiranos destruídos e outros contos" (1975) e "Detalhes de um pôr do sol e outros contos" (1976). Completam esta edição, outros trabalhos traduzidos e publicados postumamente pelo filho Dmitri Nabokov. 




(17) Tikhii Don (inédito no Brasil)
Mikhail Sholokhov (1905-1984)
Nobel de Literatura de 1965, o romancista Mikhail Sholokhov permanece esgotado no Brasil, exceto por antigos volumes da Editora Dois Amigos em sebos. O autor ficou conhecido por ter escrito sobre a vida e o destino dos cossacos — grupo étnico famoso por sua coragem, bravura, força e habilidades militares (especialmente na cavalaria) — na região do rio Don durante a Revolução Russa, a guerra civil e o período de coletivização. O autor sempre lutou para proteger os fazendeiros da região do rio Don, inclusive escrevendo algumas cartas para Stalin em 1930 sobre as terríveis condições de vida naquela parte do país. E, fato raro, não só sobreviveu a isto como ainda conseguiu alguma ajuda de Stalin.




(18) Menos que Um (Antologia de Ensaios)
Joseph Brodsky (1940-1996)
Nobel de Literatura de 1987, Brodsky foi poeta e ensaísta, tendo entrado em conflito com as autoridades e sido expulso da União Soviética em 1972. Ele se naturalizou então como cidadão dos Estados Unidos. 
Também foi muito pouco traduzido no Brasil, exceto por esta antologia de ensaios publicada pela Companhia das Letras e já fora de catálogo. Sinopse da Editora: "De São Petersburgo, a cidade onde nasceu e viveu, até seu atual exílio norte-americano, a voz desse dissidente evoca tanto as contribuições de Anna Akhmatova, Ossip Mandelstam, W. H. Auden e Derek Walcott à poesia deste século, como as condições de vida e de produção intelectual sob um regime totalitário, delineando um itinerário que soma conhecimento e desilusão. Resistência e dúvida, fundidos na experiência — amarga mas apaixonada — da natureza da poesia e da linguagem em circunstâncias históricas adversas."




(19) O Arquipélago Gulag (1973)
 Alexander Soljenítsin (1918-2008)
Nobel de Literatura de 1970, foi um romancista, dramaturgo e historiador cujas obras ajudaram a divulgar os excessos do regime totalitário soviético nos "gulags", campos de prisioneiros de trabalhos forçados. 
Foi expulso do país em 1974. Esta obra também está fora de catálogo atualmente (a imagem é de uma edição portuguesa). Sinopse da Editora: "Escrito clandestinamente de 1958 a 1967, o manuscrito de O arquipélago Gulag foi descoberto pelo KGB em 1973, na sequência da prisão de Elizabeth Voronskaïa, uma colaboradora de Soljenítsin que o datilografava. Na sequência disso, Soljenítsin, que tinha sido galardoado com o Prêmio Nobel em 1970, decide publicar o livro no exterior. Uma primeira edição em russo é publicada em Paris ainda em 1973 e depois finalmente a edição francesa, no verão de 1974. 
Soljenítsin fora entretanto preso, acusado de traição, despojado da nacionalidade soviética e enviado para o exílio, onde permanecerá por vinte anos, até ao seu regresso à Rússia em 1994."




(20) O fim do homem soviético (2013)
Svetlana Aleksiévitch (1948- )
Nos textos da escritora e jornalista bielorussa Svetlana Aleksiévitch, prêmio Nobel de Literatura 2015, a história deixa de ser uma ciência fria, que apenas reconstitui cronologicamente os fatos do passado, passando a assumir uma abordagem humanista, por meio de centenas de depoimentos de pessoas simples que foram, ao mesmo tempo, as vítimas e os carrascos das transformações políticas que vivenciaram na Rússia durante o longo e violento século XX, um povo que se acostumou a sobreviver (e não viver) à sombra de um ideal grandioso, sempre em períodos de guerra ou de preparação para a guerra. "Mesmo durante a paz, tudo na vida era próprio da guerra. O tambor batia, a bandeira esvoaçava... o coração saltava do peito... A pessoa não percebia sua escravidão, até amava sua escravidão." 




Documentário

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