Maior Lua de Saturno pode abrigar forma de vida que não envelhece
Passamos tanto tempo procurando vida em outros planetas e, no final das contas, poderemos encontrá-la no satélite natural de um de nossos “vizinhos” de Sistema Solar. Isso porque, para especialistas, a lula Titã, a maior de Saturno, pode abrigar vida.
Em artigo publicado na revista Life, especialistas apontam que há a possibilidade de o satélite abrigar micro-organismos vivos, enormes e muito antigos. Para isso, eles estão examinando formas químicas e físicas de vida possíveis em locais com características diferentes da Terra.
Dentro desse estudo, chegaram à conclusão de que em Marte, por exemplo, os organismos que poderiam existir teriam o peróxido de hidrogênio como líquido intracelular. Já em Titã, a lua em questão, essas formas de vida seriam baseadas quase que pura e simplesmente na química dos hidrocarbonetos.
Por conta disso, os cientistas alertam que as formas de vida em questão em nada lembrariam o que vemos aqui na Terra. Para começar, Titã tem uma superfície com temperatura média de -180ºC, o que já mudaria bastante as composições. Além disso, o satélite não apresenta indícios da existência de água ou de dióxido de carbono.
A ausência da água como nós conhecemos, porém, pode não ser o impeditivo crucial para a existência de vida. De acordo com esse novo estudo, o metano e o etano em estado líquido cumprem em Titã essa função que a água tem na Terra.
Os especialistas ainda concluíram que essa suposta forma de vida teria células muito maiores e um metabolismo bastante lento, retardando, por exemplo, o processo de envelhecimento. Isso por conta da condições climáticas extremamente frias do local. Para os autores do estudo, a confirmação de sua tese seria “a maior conquista do ser humano até agora”.
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