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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Pescador encontra peixe mutante próximo à Fukushima


Pescador encontra peixe mutante próximo à Fukushima


O acidente da estação nuclear de Fukushima, em março de 2011, é considerado o mais grave desastre nuclear desde Chernobyl. A contaminação do ar alcançou vários países da Europa e uma grande quantidade de material radioativo chegou às águas do litoral leste do Japão. 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O Vulção que saiu do Mar - A Ilha de Trindade

O VULCÃO QUE SAIU DO MAR - A Ilha de Trindade



A 1 200 quilômetros do litoral brasileiro, a ilha de Trindade parece um mundo misterioso, onde ainda sobrevive uma fauna primitiva de estranhos costumes.

Na altura do litoral do Estado do Espírito Santo, existe uma monumental cordilheira formada por vulcões submarinos. Perpendicular à costa brasileira, ela se estende por mais de mil quilômetros ao longo dos paralelos de 20º e 21º em direção ao sudoeste da África. Os pontos culminantes da cordilheira estão submersos a poucas dezenas de metros da superfície. Entretanto, as bases dessas montanhas estão entre 3 e 4 mil metros de profundidade. Na extremidade oriental da cadeia, distantes 1.200 quilômetros do litoral de Vitória, surgem os únicos vestígios visíveis à superfície: os rochedos que formam o minúsculo arquipélago de Martim Vaz e a ilha de Trindade.
Trindade é a cumeeira de uma enorme construção vulcânica submersa. Seus picos escarpados de quase 600 metros, como as partes visíveis de um iceberg, representam apenas a décima parte da altura de uma gigantesca montanha submarina em forma de cone. A base de toda essa formação alcança um diâmetro de 50 quilômetros e repousa na escuridão abissal do  Atlântico sobre uma espessa camada de rocha.
Foram necessários milhares de anos para que todo aquele edifício submerso ficasse concluído. Imaginar a grandiosidade de uma Trindade pré-histórica parece impossível. A ilha é hoje um amontoado de escombros, uma sucessão de carcaças vulcânicas atoladas em sua própria desagregação. Há enorme quantidade de lavas derramadas através de antigos canais condutores, misturando os mais diversos materiais. É provável que a derradeira manifestação vulcânica em Trindade tenha se dado por volta de 5 mil anos atrás, e ocorreu na parte oriental da ilha, quando então se formou uma cratera com mais de 200 metros de raio, elevando-se outro tanto sobre o nível do mar.
Só restou de pé uma pequena parte do arco daquela cratera. Todo o resto desabou, criando com as ruínas uma acidentada plataforma de rochas pontiagudas, semi-encobertas pelo mar. A violência dos vagalhões que atingem essa região acabou por abrir uma enorme brecha, um túnel, que transpassou o imenso paredão de lava da antiga cratera e formou uma pequena praia no interior da ilha. Ondas com mais de 5 metros de altura formam-se dentro do túnel e se desfazem num leque de espuma no outro lado do paredão.
Quando terminou a longa fase de vulcanismo e o relevo da ilha ficou definitivamente modelado, Trindade passou a receber as primeiras pinceladas do mundo verde, que não tardaram a recobrir as rochas das encostas com extensos bosques tropicais. Aves marinhas, caranguejos e uma multidão de insetos desfrutam, há muito tempo, de um cenário descrito como paradisíaco por uma expedição inglesa que ali aportou no dia 15 de abril de 1700. A bordo do navio encontrava-se o matemático e astrônomo inglês Edmond Halley, notável por ter calculado a trajetória do cometa que ganhou seu nome e por sua influência no trabalho de seu contemporâneo Isaac Newton. Ele havia sido encarregado pelo governo inglês de realizar pesquisas e medições do magnetismo terrestre. Infelizmente, naquele mesmo dia, foram soltos os primeiros porcos e cabritos em Trindade - bichos que iriam devastar a vegetação da ilha.
Assim, desde o início do século XVIII, Trindade passou a receber certos hóspedes muito indesejáveis e prejudiciais a seu equilíbrio ecológico. Depois dos porcos e das cabras, foram trazidos cachorros e gatos, não faltando também a figura cosmopolita do camundongo.
Mesmo tendo sido duramente golpeada em seu equilíbrio ecológico, Trindade ainda abriga diversos representantes de sua fauna primitiva. Há uma praia inteiramente tomada por pequenas crateras de 2 metros de diâmetro. Umas ao lado das outras, sugerem algo como o resultado de um intenso bombardeio sobre a superfície fofa das areias brancas. Esse panorama vem sendo elaborado há séculos por grandes tartarugas marinhas, que chegam às centenas para ali enterrar seus ovos.
Trata-se da Chelonia mydas, ou tartaruga-verde, uma das cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas em águas oceânicas. No Atlântico Sul, apenas as ilhas de Ascensão, atol das Rocas e Trindade são visitadas pelas fêmeas na época da desova.
Enormes caranguejos terrestres também freqüentam as praias, principalmente na hora em que o sol começa a desaparecer. Eles saem de dentro de buracos escavados na areia ou descem das encostas mais próximas do mar, alimentando-se de quase tudo que encontram pela frente, inclusive os ovos e filhotes recém-nascidos da tartaruga-verde. Ainda que uma fêmea da Chelonia mydas deposite em média quinhentos ovos, poucos escapam à voracidade dos caranguejos. Muito bem adaptados a viver sobre as montanhas, os caranguejos desenvolveram hábitos alimentares que os libertaram de permanecer nas praias. Além de conseguirem subir em árvores e devorar até larvas de insetos, escalam as mais íngremes encostas e não poupam sequer os ninhos das aves marinhas.
A fauna e a flora de Trindade já mereceram diversos estudos mas ainda deverão contribuir com muitas respostas para questões ligadas à biogeografia e à genética. No momento, a maior preocupação compartilhada por especialistas - dos mais diversos setores da ciência - em relação a Trindade reside na sua preservação. As relíquias botânicas da ilha encontram-se ameaçadas por um insaciável herbívoro: o cabrito. Atualmente, ele vive em bandos espalhados pelas partes mais altas, onde a vegetação é mais exuberante e onde se encontra o hábitat da Cyathea copelandii, um feto arborescente ou samambaia-gigante.
Sua presença em Trindade foi um enigma para os botânicos, até que se descobriu o mecanismo de propagação dessa planta. As samambaias-gigantes são descendentes dos minúsculos esporos de samambaias pré-históricas que circularam dentro de altíssimas correntes aéreas sobre o Atlântico há milhares de anos. Dessa mesma forma aterrissaram em alguma época em Trindade as sementes de uma pequena orquídea, do gênero Polystachya, que se adaptou muito bem aos bosques sombrios e úmidos nos pontos mais altos da ilha.
Há um único enigma em Trindade que talvez continue para sempre sem resposta: a existência ou não de um impressionante tesouro escondido entre suas rochas. Conta-se que, após a independência do Peru, em 1821, galeões espanhóis transportavam os tesouros da catedral de Lima com destino à Espanha, quando foram interceptados por piratas ingleses. Estes, depois do saque, teriam guardado os despojos em algum ponto da ilha. Parece pura fantasia. A grande riqueza que Trindade continua nos oferecendo, à plena luz do dia, é uma espetacular amostragem do vulcanismo submarino ocorrido no Atlântico Sul. .


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Vende-se peixe - Recursos do Mar

VENDE-SE PEIXE - Recursos do Mar



Nobreza do oceano

Os atuneiros capturam uma das espécies mais valiosas do mar. Partindo de entrepostos no sul do país, pescadores passam nove meses por ano longe de casa, em um mundo regido pelo balanço do mar. Os atuns devem ser mortos em seus braços, para não se debaterem no chão e amassar em a carne, que, machucada, perde muito do seu valor de mercado. Assim, o convés de um atuneiro vive molhado de água e sangue



Bandos de peixes

A traineira pode voltar de viagem carregando até 100 toneladas de peixes. Uma rede de um quilômetro de extensão é usada para cercar e retirar do mar cardumes inteiros de palombetas (foto), anchovas, tainhas e sardinhas. O barco toca a terra apenas a cada cinco ou seis dias, para despejar num entreposto o pescado que escoa da cidade de Itajaí (SC) para o resto do país



Com as mãos

Produto de exportação, a lagosta tornou-se rara nos nossos mares. Desafiando a natureza - e a lei, já que a pesca com compressor é proibida no Brasil - pescadores da cidade de Caiçara do Norte (RN) alcançam o fundo do oceano respirando por mangueiras de ar. A ilusão da riqueza ao alcance das mãos se mostra perversa. Alguns perdem a visão, a audição e o movimento das pernas. Outros perdem a vida por causa de doenças descompressivas - causadas por erros em mergulho de profundidade



Mar de dentro

Todo mês de maio é igual. Com a chegada da temporada da tainha, os caiçaras de Cananéia, em São Paulo, fazem cercos de taquara para esperar os peixes. As tainhas começam sua viagem na Lagoa dos Patos (RS) e seguem até o litoral do Rio de Janeiro. Em Cananéia, são capturadas nos currais e recolhidas diariamente. "Mar de dentro" é como os caiçaras chamam o estuário, lugar de água calma onde o rio se mistura ao oceano e onde montam manualmente os cercos



Pela tradição
Na Prainha do Canto Verde, mantém-se viva uma das mais tradicionais artes de pesca do Brasil: as jangadas, que a cada nascer do sol ganham o mar do litoral do Ceará. Donos de uma sabedoria transmitida de pai para filho, os jangadeiros utilizam-se dos sinais das estrelas e dos ventos para se localizarem no meio da imensidão do mar. Organizar a pesca sustentável na comunidade foi o meio encontrado para garantir a permanência de seu trabalho. Eles deixam de pescar em certas áreas durante um ano para ter da onde tirar o alimento na temporada seguinte

terça-feira, 26 de julho de 2011

E se... Um Tsunami atingisse o Brasil ?

E SE... UM TSUNAMI ATINGISSE O BRASIL?



Os resultados seriam bem parecidos com o que você viu na televisão, nas revistas e na internet desde o dia 26 de dezembro. Milhares de pessoas desabrigadas. Corpos sendo resgatados em alto-mar. Crianças órfãs, plantações destruídas e outra infinidade de mazelas que as catástrofes naturais têm uma habilidade única de provocar.

Mas um tsunami como o da Ásia é quase impossível de acontecer por aqui. Lá, a seqüência de ondas gigantes foi resultado de um terremoto provocado pelo movimento das placas tectônicas Australiana e Eurasiana. As placas tectônicas, encaixadas como num gigantesco quebra-cabeça, formam um manto sobre o magma, a camada do centro da Terra composta por rochas em estado fluido. Quando uma dessas placas raspa ou se encosta em outra, nós sentimos tremores nos continentes. Se isso ocorre no fundo do mar, a energia liberada forma uma onda, que vai se propagando até atingir terra firme. Foi exatamente o que ocorreu no sul da Ásia. "Já o Brasil, para nossa sorte, está localizado bem no centro de uma placa e, mesmo quando ela se move, provoca apenas abalos de pouca intensidade", diz o professor de engenharia oceânica da UFRJ Paulo Cesar Rosman.
Acontece que terremotos no fundo do mar não são a única razão para o surgimento de um tsunami. Quedas de meteoros e erupções vulcânicas também podem gerar ondas gigantes. Nesses casos, a força do tsunami depende do tamanho do material que é arremessado ao mar. Se você acha que escapamos mais uma vez, engana-se. O pesquisador Steven Ward, da Universidade da Califórnia, é autor de um estudo sobre o impacto que uma erupção do vulcão Cumbre Vieja poderia causar nas Américas. O vulcão está localizado na ilha La Palma, no arquipélago das Ilhas Canárias, perto da costa africana. De acordo com Ward, uma próxima erupção pode fazer parte da ilha deslizar e cair no mar. Essa queda produziria uma energia tão grande que, em poucas horas, ondas gigantescas se formariam e destruiriam várias ilhas do Caribe, alguns estados americanos e o Norte e Nordeste brasileiros. "Ninguém sabe ao certo quando o Cumbre Vieja pode entrar em erupção", diz o pesquisador americano. "Ele entrou em colapso há 550 mil anos. Desde então, reconstruiu-se e pode estar voltando novamente ao fim de seu ciclo." Como o Brasil não tem sistema de alarme de tsunami, moradores e turistas seriam pegos de surpresa, repetindo as cenas trágicas que aconteceram no último ano na Ásia.


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