Mostrando postagens com marcador onibus espacial. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador onibus espacial. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Ônibus espacial Endeavour começa a ser exibido



Ônibus espacial Endeavour começa a ser exibido em museu dos EUA

Veículo aposentado em 2011 ficará em centro de exposição de Los Angeles.
Estudantes, pais e professores se reuniram para ver cerimônia de abertura.

Milhares de pessoas compareceram na terça-feira (30) ao Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles, nos EUA, para ver de perto o ônibus espacial Endeavour, aposentado no ano passado pela Nasa, junto com os outros veículos da frota.

Estudantes, pais e professores se reuniram com autoridades para assistir à cerimônia de abertura e conferir a exposição. Os participantes também receberam explicações sobre o Endeavour e as futuras missões da Nasa.


Convidados circulam pelo espaço onde ficará exibido o ônibus espacial Endeavour (Foto: Bill Ingalls/Nasa)


A inauguração faz parte de um esforço de seis dias chamado SpaceFest, que vai até este domingo (4). A Nasa planejou outras 30 exposições, atividades e manifestações educacionais em homenagem à Aeronáutica e ao passado, presente e futuro da exploração espacial.

Segundo o ex-astronauta e administrador associado da agência para educação, Leland Melvin, o lançamento dessa "nova missão" do Endeavour pode inspirar a próxima geração de exploradores. 

Após cruzar os EUA, a nave deve ficar permanentemente nesse novo espaço.Astronautas da Nasa Danny Olivas (esq.), Garrett Reisman, Barbara Morgan e Leland Melvin cumprimentam as crianças que comparecem ao Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles (Foto: Bill Ingalls/Nasa)

Os ônibus espaciais estiveram em atividade por 30 anos. Só o Endeavour completou 25 missões, que, entre outras tarefas, ajudaram a construir a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Ele substituiu o ônibus Challenger, que explodiu logo após o lançamento, em 28 de janeiro de 1986, e deixou sete astronautas mortos.

O Endeavour passou 299 dias em órbita e deu 4.671 voltas ao redor da Terra. Ao todo, percorreu 197.761.262 quilômetros.

Pneus usados no último voo do Endeavour são expostos separados do ônibus (Foto: Bill Ingalls/Nasa)

De acordo com o diretor do Centro de Pesquisa de Voos Dryden da Nasa, David McBride, a nova era da exploração espacial já está em andamento. Esta semana, a cápsula Dragon da empresa privada SpaceX partiu rumo à ISS em uma missão de abastecimento. Assim, a companhia se tornou a primeira dos EUA a ter sucesso nessa tarefa.

McBride destacou que, ao contar com a engenhosidade das empresas americanas para fazer transporte de rotina à ISS e outras viagens em órbita baixa, a Nasa pode se concentrar no desenvolvimento da cápsula tripulada Orion, que vai substituir a antiga geração de ônibus espaciais. Essa nova nave promete percorrer grandes distâncias, desde asteroides até Marte.


Dançarinos da Academia de Dança Debbie Allen fazem performance de 'Men in Black' (Foto: Bill Ingalls/Nasa)


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Naves Sob Medida - Espaço



NAVES SOB MEDIDA - Espaço



Os novos trajes dos astronautas deixaram de ser apenas uma proteção contra um ambiente hostil para se tornar uma ferramenta de trabalho fora das estações orbitais.

Desde os anos 30, quando Buck Rogers era o herói do espaço nas histórias em quadrinho, os astronautas - de ficção, depois de verdade - são reconhecidos pelas roupas extravagantes que usam. Para os cientistas, contudo, não se trata de extravagância alguma. Ao projetar os trajes a ser usados, por exemplo, pelos tripulantes de ônibus espaciais nas chamadas atividades extraveiculares - ou Eva, no jargão da NASA -, eles buscam criar, para cada astronauta, o equivalente a uma nave sob medida. De fato, a moda espacial de hoje em dia avança tanto em relação às roupas dos pioneiros das incursões ao Cosmo, no final dos anos 50, como a estação Mir em comparação com a Vostock pilotada pelo cosmonauta Iúri Gagárin.
Nos tempos heróicos da aventura espacial, esses trajes serviam basicamente para manter a pressão sangüínea dos astronautas em níveis aceitáveis, quando a nave entrava em órbita terrestre, além, obviamente, de supri-los de oxigênio. A questão ficou complicada quando tiveram início as missões que envolviam as Eva. É fácil entender por quê. Sem a proteção proporcionada pela nave espacial, o astronauta depende de um traje extraveicular que impeça de ele ser torrado pelo Sol, ou que suas veias saltem através da pele, ou que um micrometeorito o atravesse como um tiro de fuzil.
Confeccionar um traje espacial, portanto, é como fabricar um salvavidas: o que interessa é a função, não a estética. Mesmo assim, tem lá suas semelhanças com a encomenda de um modelo exclusivo a um grande costureiro francês: custa muito caro, é feito sob medida e, o que é pior, não é reutilizável. O próprio ato de envergá-lo exige cuidados dignos de uma grande dama da França de antes da Revolução preparando-se para um baile de gala em Versalhes: dependendo da missão, vestir um traje espacial pode requerer um trabalho meticuloso de algumas horas. Para pisar na Lua, há vinte anos, por exemplo, o astronauta americano Neil Armstrong usou uma roupa pressurizada de nada menos de 21 camadas, sob as quais havia uma complexa aparelhagem de sobrevivência.
Atualmente, os projetistas de trajes para astronautas estão pensando nas futuras estações espaciais, como a Freedom, que os Estados Unidos lançaram em 1995, das quais os passeios ao exterior serão mais freqüentes, com várias saídas no mesmo dia. Até hoje, um astronauta precisa se submeter a um período de pré-respiração antes de colocar o traje. Isso se não quiser que a diferença de pressão fora da Terra faça com que o nitrogênio de sua corrente sangüínea forme bolhas que podem levá-lo à morte. Esses períodos de pré-respiração duram cerca de quatro horas, durante as quais o astronauta consome oxigênio puro para expurgar o nitrogênio do organismo. Demasiado tempo, sem dúvida, se for necessário sair da nave mais de uma vez ao dia. O ideal seria que a pressão arterial do interior da estação - similar à da Terra - fosse mantida nos trajes.
Até há pouco, porém, isso parecia impossível, porque muita pressão dentro do traje acabaria por transformá-lo numa espécie de armadura cósmica, prejudicando a mobilidade do astronauta. No entanto, se depender de Hubert Vykukal, do Ames Research Center, da NASA, a solução pode estar próxima. Sua criação, o traje AX-5, feito inteiramente de alumínio, pode manter uma pressão interna de até uma atmosfera (1,033 quilo por centímetro quadrado), que é a pressão ao nível do mar, sem comprometer a mobilidade. A única exceção é a área das luvas, onde os movimentos são mais freqüentes, pressurizada a 600 gramas por centímetro quadrado, pouco mais da metade de uma atmosfera. Por sinal, a mesma pressão que outro projetista americano, apropriadamente chamado Joseph Kosmo, conseguiu para todo o seu modelo Mark-3.
A maior inovação desses dois trajes, porém, está na solução encontrada para que sejam utilizados por qualquer outro astronauta - o que promete acabar com um crônico contratempo das viagens espaciais. O segredo se localiza na região do dorso, onde foram instalados anéis de expansão, que aumentam longitudinalmente o tamanho do traje. Assim, tanto um hipotético astronauta de 1,60 m quanto um mais plausível, de 1,90 m, poderiam usar o mesmo traje - uma facilidade de dar inveja a qualquer pai de filhos adolescentes. Dependendo da altura da pessoa, anéis são encaixados ou retirados.
Outra novidade muito útil é o artifício criado para facilitar o trabalho de vestir e despir o traje. O astronauta literalmente entra na roupa como se entrasse numa mininave espacial. Essa concepção certamente contribuirá para mudar o conceito dos trajes espaciais herdado de Buck Rogers. Daqui para a frente, a vestimenta do astronauta não será tão-somente uma carapaça de proteção, mas uma ferramenta de trabalho no espaço. Dentro dela, o astronauta poderá ir mais longe da nave, com mais auto-suficiência, e, na volta, guardá-la no guardaroupa da estação para que outro colega possa também fazer uso de seus recursos.

Na ficção científica, a moda do exotismo

A ficção científica sempre apelou para o exótico na concepção dos trajes espaciais de seus heróis. Já em 1934, o idealizador do personagem de história em quadrinhos Buck Rogers cobria-o com uma vestimenta supostamente capaz de protegê-lo contra condições hostis nos planetas onde vivia suas aventuras - embora, vista pelos olhos atuais, não pareça dar proteção nem mesmo aqui na Terra. Da mesma forma, num dos primeiros seriados levados à TV, no final dos anos 50, Flash Gordon surgia paramentado como um cavaleiro europeu do século XIX. Nos anos 60, Jane Fonda foi transformada numa cinematográfica Barbarella dentro de um modelito de acrílico que Ihe valorizava as formas e expunha o umbigo a todos os perigos. Só a partir do filme 2001 - uma odisséia no espaço de 1969, os cineastas passaram a buscar ajuda especializada para vestir seus personagens espaciais com um mínimo de realismo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ônibus espacial Discovery é lançado rumo à sua última missão

24/02/2011 18h53 - Atualizado em 24/02/2011 19h18
Ônibus espacial Discovery é lançado rumo à sua última missão
Decolagem acontece após série de adiamentos e problemas com a nave.
Programa de ônibus espaciais da Nasa será aposentado até o final de 2011.

Após quatro meses de tentativas frustradas e adiamentos, o ônibus espacial Discovery foi lançado no Centro Espacial Kennedy, nos Estados Unidos, partindo para sua última missão no espaço nesta quinta-feira (24), às 18h50 (horário de Brasília).

O lançamento acontece após uma série de adiamentos por conta de vazamentos, problemas elétricos e rachaduras nos tanques externos. A equipe também sofreu baixas, com a substituição do especialista Tim Kopra, que se machucou após cair da bicicleta, pelo astronauta Steve Bowen.

Após reparos no sistema de combustível do veículo, a Discovery retornou ao complexo de lançamento 39A, no Centro Espacial Kennedy, em fevereiro de 2011. Os tanques externos foram completamente abastecidos durante a manhã desta quinta-feira.

Conheça a história dos 25 anos do ônibus espacial
Confira galeria de imagens das missões no espaço
A missão STS-133 leva seis astronautas e um robo humanoide à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A equipe deve permanecer no espaço durante 11 dias, levando novos instrumentos aos posto orbital. Para instalá-los, duas caminhadas no espaço serão feitas pelos especialistas a bordo Steve Bowen e Alvin Drew.

Será a 35ª viagem de um ônibus espacial à ISS. O programa de ônibus espaciais da Nasa será aposentado até o final de 2011, com o voo final da Endeavour, na missão STS-134, e da Atlantis, que será utilizada novamente após a agência espacial norte-americana ter anunciado o fim do uso desta nave em 2010.


Da esquerda para a direita, os tripulantes da missão STS-133, a última da Discovery: Nicole Scott, Michael Barratt, Alvin Drew, Steve Bowen, Eric Boe e Steve Lindsey, comandante da tripulação (Foto: Nasa)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ônibus espacial Discovery é lançado rumo à sua última missão

24/02/2011 18h53 - Atualizado em 24/02/2011 19h18
Ônibus espacial Discovery é lançado rumo à sua última missão
Decolagem acontece após série de adiamentos e problemas com a nave.
Programa de ônibus espaciais da Nasa será aposentado até o final de 2011.

Após quatro meses de tentativas frustradas e adiamentos, o ônibus espacial Discovery foi lançado no Centro Espacial Kennedy, nos Estados Unidos, partindo para sua última missão no espaço nesta quinta-feira (24), às 18h50 (horário de Brasília).

O lançamento acontece após uma série de adiamentos por conta de vazamentos, problemas elétricos e rachaduras nos tanques externos. A equipe também sofreu baixas, com a substituição do especialista Tim Kopra, que se machucou após cair da bicicleta, pelo astronauta Steve Bowen.

Após reparos no sistema de combustível do veículo, a Discovery retornou ao complexo de lançamento 39A, no Centro Espacial Kennedy, em fevereiro de 2011. Os tanques externos foram completamente abastecidos durante a manhã desta quinta-feira.

A missão STS-133 leva seis astronautas e um robo humanoide à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A equipe deve permanecer no espaço durante 11 dias, levando novos instrumentos aos posto orbital. Para instalá-los, duas caminhadas no espaço serão feitas pelos especialistas a bordo Steve Bowen e Alvin Drew.

Será a 35ª viagem de um ônibus espacial à ISS. O programa de ônibus espaciais da Nasa será aposentado até o final de 2011, com o voo final da Endeavour, na missão STS-134, e da Atlantis, que será utilizada novamente após a agência espacial norte-americana ter anunciado o fim do uso desta nave em 2010.


Da esquerda para a direita, os tripulantes da missão STS-133, a última da Discovery: Nicole Scott, Michael Barratt, Alvin Drew, Steve Bowen, Eric Boe e Steve Lindsey, comandante da tripulação (Foto: Nasa)