quarta-feira, 2 de março de 2016

Cientistas desenvolvem método de aprendizado semelhante ao de 'Matrix'


Cientistas desenvolvem método de aprendizado semelhante ao de 'Matrix'


No universo do filme "Matrix", as máquinas simulam uma realidade virtual dentro da mente dos seres humanos por meio de sinais elétricos interpretados pelo cérebro. É o mesmo método que os humanos renegados usam para fazer o download de certas habilidades para suas versões digitais dentro da Matrix.


Assim, com uma descarga elétrica no cérebro, os personagens de "Matrix" aprendem instantaneamente a fazer qualquer coisa, como dirigir uma moto ou lutar kung-fu. Pois este é o objetivo de um projeto desenvolvido por cientistas do Laboratório HRL, nos EUA: usar eletrodos para estimular o cérebro das "cobaias" a aprender coisas novas mais rapidamente.

Atualmente, o sistema é testado em pilotos de avião. Segundo Matthew Phillips, líder da pesquisa, o método consiste em mapear o cérebro de um piloto especialista, com muitos anos de experiência, e entender como esse cérebro se comporta durante um voo. Com base nisso, os cientistas descobrem onde e como aplicar estímulos elétricos no cérebro de uma pessoa sem experiência para que ela desenvolva as mesmas habilidades.

"Quando você aprende alguma coisa, o seu cérebro muda fisicamente", explica Phillips. 

"Conexões são realizadas e multiplicadas, em um processo chamado 'neuroplasticidade'. O que acontece é que algumas funções do cérebro, como a fala e a memória, ficam localizadas em regiões bem específicas do cérebro, do tamanho do seu dedo mínimo. O que o nosso sistema faz é acionar essas mudanças em regiões específicas do cérebro enquanto você aprende."

Com esse sistema, um aluno ainda sem experiência em pilotagem recebe pequenas descargas elétricas nas regiões do cérebro que o farão se comportar igual a um piloto experiente. 

Assim, o aluno pode aprimorar sua performance nessa tarefa e aprender a pilotar como um especialista em muito menos tempo do que o normal. Este mesmo método já foi usado anteriormente na recuperação de vítimas de acidente vascular cerebral (AVC).

FONTE: HRL


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