14/04/09 - 14h16 - Atualizado em 14/04/09 - 14h16
Intervalos muito longos ou curtos entre gestações podem fazer mal a bebê
Espaço ideal entre gravidezes é entre 18 meses e cinco anos, diz estudo.
Problemas podem envolver baixo peso, prematuridade e até morte.
Intervalos muito pequenos ou longos demais entre as gestações estão entre os fatores de risco para as crianças e suas mães. Para avaliar a extensão matemática desse risco, cientistas escoceses reavaliaram dados de gravidezes ocorridas durante um período de sete anos.
O estudo comprovou a hipótese do aumento do risco nas gestações com intervalo pequeno e levantou importantes correlações sociais e econômicas. Foram avaliadas mais de 89 mil gestações, em mães que apresentavam um intervalo menor do que cinco anos a partir do primeiro filho.
O estudo buscava evidenciar a incidência de alguns problemas, como baixo peso ao nascer, prematuridade extrema (bebês nascidos entre 24 a 23 semanas) e prematuridade média (33 a 36 semanas) e morte perinatal. Os resultados mostraram que, se a segunda gestação ocorresse comum intervalo de menos de seis meses, o risco da ocorrência de problemas era de até duas vezes maior para prematuridade extrema, 60% maior para prematuridade média e quase três vezes maior para morte perinatal das crianças.
As mães que engravidavam com intervalo menor do que seis meses eram mais propensas a serem fumantes, mais jovens, com menos de 20 anos, e viviam em regiões com condições sociais e econômicas desfavoráveis.
Na mesma linha de pesquisa um estudo feito pela Fundação Santa Fé, na Colômbia reviu as publicações sobre o intervalo ideal entre as gestações. Não somente as gravidezes muito próximas, mas também as com intervalos muito longos, apresentavam riscos. Decidir engravidar após cinco anos de intervalo aumenta, embora de forma pequena, os riscos de prematuridade e baixo peso ao nascer.
Após todos os resultados avaliados, o intervalo considerado ideal entre as gestações ficou entre os 18 meses e os 5 anos. O que todas essas pesquisas apontam é aa necessidade de um planejamento familiar consciente e acompanhado por médicos para que os riscos, tanto para mães quanto para bebês, possam ser minimizados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário