07/05/09 - 17h53 - Atualizado em 07/05/09 - 17h53
Magnata da mídia defende cobrança de conteúdo on-line
Dono da News Corp., Rupert Murdoch quer cobrar pelo acesso em um ano. Conglomerado reúne veículos como Wall Street Journal e New York Post
O magnata da mídia Rupert Murdoch afirmou nesta quinta-feira (7) esperar que os sites dos jornais pertencentes ao conglomerado de comunicação News Corporation, do qual ele é dono, passem a cobrar de seus usuários pelo acesso ao conteúdo dentro de um ano, num movimento que deverá mudar radicalmente a cultura do conteúdo gratuito na web.
"Estamos agora no meio de um longo debate sobre o valor do conteúdo e está claro para muitos jornais que o modelo atual não está funcionando bem", disse o diretor-executivo da News Corp., conforme reportagem publicada pela "CNN". "Os dias atuais da internet estão chegando ao fim", sentenciou.
Ainda de acordo com a "CNN", Murdoch afirmou que a experiência da News Corp. com o "Wall Street Journal" (WSJ) comprova que a cobrança por conteúdo pode funcionar.
Segundo revelou o magnata das comunicações, em três semanas, 360 mil pessoas fizeram o download do aplicativo do “WSJ” para o iPhone. Isso o faz acreditar que esses usuários em breve possam ser levados "tranquilamente" a pagar pelo acesso ao conteúdo do "WSJ". E sua expectativa é de que outros títulos da News Corp. passem a cobrar pelo conteúdo dentro de um ano.
O império jornalístico de Murdoch inclui títulos de peso como o norte-americano "New York Post", o grupo News International - que conta com os britânicos "Sun" e "Times" -, e um conglomerado de jornais australianos, incluindo "Daily Telegraph" e "Herald Sun".
Desafio
Alguns especialistas, no entanto, acreditam que o desafio para as empresas de comunicação é encontrar o equilíbrio entre as receitas vindas de publicidade e de assinaturas, além de descobrir como cobrar pelo conteúdo on-line sem perder os leitores atuais - o que pode levar os sites a oferecerem níveis de conteúdo gratuito e de material pago.
Pelo menos 120 jornais fecharam as portas nos Estados Unidos, desde janeiro de 2008, de acordo com o Paper Cuts, site especializado na avaliação da indústria jornalística. Mais de 21 mil empregos em 67 jornais deixaram de existir nesse período, ainda de acordo com o site.
PUBLICADOS BRASIL NO ORKUT
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