11/06/09 - 08h17 - Atualizado em 11/06/09 - 09h56
Tabela Periódica ganha 112º elemento
Elemento superpesado descoberto por cientistas alemães existe apenas por alguns segundos e se desfaz.
Cientistas na Alemanha estão tentando encontrar um nome para o mais novo elemento da tabela periódica, que recebeu o número 112. Depois de mais de uma década de seu descobrimento, o elemento de número atômico 112 (que é a quantidade de prótons do núcleo) foi aceito oficialmente na tabela e recebeu, temporariamente, o nome de "ununbium". Ele é superpesado e altamente instável - existe por apenas alguns milionésimos de segundo e depois de desfaz.
Demorou muito para que a descoberta da equipe alemã do Centro para Pesquisa de Íons Pesados, liderada por Sigurd Hofmann, fosse reconhecida oficialmente pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC, em inglês). É que sua existência teve que ser confirmada de maneira independente - até agora apenas quatro átomos foram observados.
A Tabela Periódica dos elementos químicos é a disposição sistemática dos elementos, na forma de uma tabela, em função de suas propriedades. É muito útil para prever as características e tendências dos átomos.
Corrida por super-pesados
Hofmann começou sua busca por elementos para a tabela periódica em 1976. Para criar o elemento 112, a equipe usou um acelerador de partículas com 120 metros de comprimento para lançar um fluxo de íons de zinco contra átomos de chumbo. Os núcleos dos dois elementos se fundiram para formar o núcleo do novo elemento.
Estes núcleos muito grandes e pesados também são muito instáveis. Eles começam a se desintegrar pouco depois de formados. Isso libera energia, que os cientistas podem medir para descobrir o tamanho do núcleo que está se desfazendo.
Mas tais experiências resultam em poucas fusões bem sucedidas, e os cientistas precisam de aceleradores de partículas cada vez mais poderosos para realizar experiências mais longas e descobrir os elementos mais evasivos e instáveis.
Equipes de pesquisadores na Rússia, nos Estados Unidos e no Japão estão participando do que Hofmann qualificou como "uma competição amistosa" para descobrir elementos novos e mais pesados.
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