quinta-feira, 9 de junho de 2016

Arqueólogos encontram vestígios de massacre de 6.000 anos na França


Arqueólogos encontram vestígios de massacre de 6.000 anos na França

Equipe descobriu conjunto de mais de 300 'silos' em Achenheim (Foto: Philippe Lefranc/AFP)

Equipe descobriu conjunto de mais de 300 'silos' em Achenheim.
Arqueólogos encontraram seis esqueletos completos com várias fraturas.


Uma equipe de arqueólogos descobriu vestígios de um massacre ocorrido há mais de 6.000 anos no leste da França, a prova de uma "fúria guerreira ritualizada", de acordo com eles.


Em Achenheim, a cerca de 10 km de Estrasburgo, uma equipe do Inrap (Instituto Nacional de Pesquisa Arqueológica), descobriu um conjunto de mais de 300 "silos", fossas cobertas que serviam principalmente para armazenar grãos e outros produtos do neolítico.

Estes depósitos estão localizados dentro de um grande recinto, representado por um fosso em forma de V. Um dispositivo defensivo que evoca "tempos confusos, um período de insegurança que, no período neolítico médio entre 4400 e 4200 a.C, forçou as pessoas a se protegerem", explicaram os arqueólogos do Inrap numa coletiva de imprensa.

Na parte inferior de um dos depósitos foram encontrados os restos de dez indivíduos, aparentemente vítimas de uma chacina.

Arqueólogos encontraram seis esqueletos completos com várias fraturas (Foto: Philippe Lefranc/AFP)

Os arqueólogos encontraram seis esqueletos completos com várias fraturas, especialmente nas pernas, mãos e crânio. Os pesquisadores acreditam que se trata de guerreiros, uma vez que todos eram do sexo masculino.

"Eles foram severamente torturados e receberam golpes violentos, esmagados por machados de pedra", disse Philippe Lefranc, especialista do neolítico no Inrap.

Foram encontrados também quatro braços de três homens e de um jovem com idade entre 12 e 16 anos.

Estes braços eram, sem dúvida "troféus guerreiros", como os que foram encontrados em 2012, em Bergheim, no norte de Estrasburgo, de acordo com Lefranc.

O Inrap apontou que "esta crueldade e mutilação de cadáveres" poderia ser a "expressão de uma fúria guerreira ritualizada".


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