7 Pessoas que (literalmente) salvaram o mundo
Super-Homem, X-Men, Batman… O que não faltam são super-heróis que têm como tarefa constante salvar esse pobre planetinha azul. Ainda que na vida real seja mais difícil encontrar esses indivíduos que, sozinhos, conseguiram mudar muita coisa, isso não é impossível.
Abaixo contamos as história de sete pessoas que tiveram seus dias de heróis contemporâneos.
7. Stanislav Petrov Yevgrafovich impediu uma guerra nuclear entre os EUA e a URSS
Imagine que você sirva como coronel das Forças de Defesa Aérea Soviéticas, quando um dia o sistema de alerta nuclear do seu centro de comando começa a apitar, informando que os EUA lançaram um míssil que está vindo direto na sua direção. A maioria de nós provavelmente chamaria nossos superiores para avisá-los e correria para o abrigo mais próximo que pudesse encontrar, se encolhendo no chão e vendo sua vida passar como um filme diante de seus olhos.
Felizmente, Stanislav Petrov Yevgrafovich manteve a cabeça fria quando passou exatamente por essa situação, em 1983. Depois de examinar a questão, ele determinou que o relatório era um alarme falso e essa foi a informação que passou aos seus superiores, provavelmente evitando a retaliação nuclear e uma guerra maciça que poderia criar um deserto em todo o mundo.
Petrov pode não ter recebido o crédito que merecia de seus superiores soviéticos, mas tem chances de tornar-se um nome familiar depois que um filme indie e amplamente elogiado baseado em sua história, “The Man Who Saved the World”, foi lançado em outubro.
6. Vasili Alexandrovich Arkhipov impediu que a Crise dos Mísseis de Cuba começasse uma guerra
Geralmente, guerras são uma grande confusão, e isso era particularmente verdadeiro durante a Guerra Fria, quando os dois lados estavam apenas esperando que o outro atacasse. Assim como Stanislav Petrov Yevgrafovich, o oficial naval soviético Vasili Alexandrovich Arkhipov manteve a cabeça fria e entrou na lista dos que impediram que, basicamente, os EUA e a URSS implodissem a Terra.
Em 1962, durante a estressante Crise dos Mísseis cubana, o submarino nuclearmente armado de Arkhipov foi descoberto por forças norte-americanas e rodeado por onze destróieres da Marinha e um porta-aviões. Quando as forças ianques começaram a jogar bombas de profundidade no veículo na esperança de forçá-lo a voltar à superfície para que pudesse ser identificado, os tripulantes do submarino não tinham certeza se estavam sob ataque ou não. Como estavam numa profundidade grande demais para receber emissões de rádio, os soldados não tinham como saber se uma guerra tinha começado ou se as cargas sendo jogadas eram apenas cartuchos de exercício (o que de fato eram).
O comandante do submarino, Valentin Grigorievitch Savitsky, acreditava que eles estavam sob ataque e queria lançar um torpedo nuclear contra as forças norte-americanas. Felizmente, o protocolo exigia que três oficiais a bordo concordassem com o lançamento.
Enquanto o capitão Savitsky e o diretor político Ivan Semonovich Maslennikov eram a favor do lançamento, Arkhipov era contra.
Eventualmente, Arkhipov convenceu os outros a vir à tona e aguardar ordens de Moscou, evitando uma guerra nuclear. Em 2002, o diretor do Arquivo de Segurança Nacional dos EUA (o agora famoso NSA) agradeceu Arkhipov publicamente dizendo que “um cara chamado Vasili Arkhipov salvou o mundo”.
5. James Blunt evitou uma guerra entre a Rússia e a OTAN
Em 2005, “You’re Beautiful” tocava em todas as rádios e grudava em nossas cabeças com mais eficiência que qualquer outro hit do momento. Hoje, o autor, James Blunt, é um músico de sucesso, mas em 1999, ele era um soldado britânico servindo em Kosovo. Depois de ser condenado a tomar um campo de pouso, ele se deparou com um obstáculo – os russos já tinham poder sobre o local.
Seus supervisores ordenaram que ele dominasse os soldados inimigos, mas Blunt recusou, sabendo muito bem que poderia ser facilmente julgado por sua insubordinação na corte marcial. O soldado-artista acreditava que atacar as forças russas em nome da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) teria sido um caminho infalível para a guerra. Felizmente, o general Mike Jackson apoiou o seu movimento, afirmando na época que seus soldados não seriam “os responsáveis por iniciar a Terceira Guerra Mundial”.
Sua decisão acabou por ser o caminho certo, já que, apenas alguns dias mais tarde, os soldados russos concordaram em compartilhar o aeródromo em troca de comida e água, aos quais eles não teriam acesso sem o acordo pacífico.
4. Edward Jenner inventou a primeira vacina e derrotou a varíola
Independentemente do que aqueles que são contra a vacinação possam reivindicar, as vacinas têm ajudado a salvar bilhões de vidas, incluindo as dos infectados por varíola. As mortes por causa da doença só puderam ser evitadas graças à vacina original que foi desenvolvida por Edward Jenner.
A varíola vinha assolado o mundo desde 100 mil anos a.C. até ser finalmente erradicada completamente, em 1977.
No final dos anos 1700, Edward Jenner fez uma observação inovadora.
Ele notou que aqueles que pegavam varíola bovina se tornavam imunes à varíola. Enquanto alguns outros cientistas haviam observado essa correlação antes, muitas das suas tentativas para tornar pessoas imunes à doença acabavam deixando-as doentes.
Jenner desenvolveu a primeira vacina bem sucedida contra a varíola em 1796, injetando em pacientes uma amostra da varíola bovina. Logo seu tratamento se espalhou por todo o globo, com alguns países tornando a vacinação obrigatória. Conforme a ciência avançou junto com o transporte, a varíola tornou-se um problema cada vez menos frequente, eventualmente desaparecendo em 1977.
Embora existissem inoculações antes do trabalho de Jenner, elas geralmente envolviam uma injeção de uma estirpe menos mortal de uma doença. Na verdade, a palavra “vacina” foi criado por Jenner que usou a frase em latim, “Variolae Vaccinae”, que significa a varíola da vaca. Em 1881, Louis Pasteur propôs que o termo “vacinação” fosse estendido a todas as formas de inoculações protetoras, em vez de apenas aquelas ligadas à varíola bovina.
É fácil subestimar o quão mortal a doença era nos dias de hoje, mas, no final de 1800, 400 mil europeus morriam por causa dela a cada ano (um século depois que a vacina foi desenvolvida) e cerca de 500 milhões de pessoas foram vítimas da varíola em 1900.
3. Jonas Salk parou a poliomelite
Dependendo da sua definição de “salvar o mundo”, Jonas Salk pode ou não se encaixar. Afinal de contas, o mundo sobreviveria com o vírus da poliomielite, mas a doença era extremamente perigosa, tornando-se mais virulenta a cada ano e afetando uma grande percentagem da população. Salk parou uma praga que, eventualmente, poderia ter se tornado mais mortal do que a Peste Negra da Idade Média – em 1952, apenas nos EUA 3.145 pessoas padeceram da pólio, enquanto outras 21.269 foram paralisadas pela doença, a maioria crianças.
Jonas Salk começou a estudar a doença em 1948, quando a Fundação Nacional para a Paralisia Infantil contratou-o para determinar o número total de variedades de vírus da poliomielite. Felizmente para nós, o cientista não se contentou com a identificação dos tipos de pólio, mas reconheceu que essa informação poderia ajudar a levar a uma vacina para a doença. Seu campo de testes era tão grande que foi necessária a ajuda de 20 mil médicos e 1,8 milhões de crianças, que foram vacinadas com a sua criação.
Quando a notícia do sucesso da vacina foi tornada pública em 1955, países de todo o mundo apressaram-se para replicar sua vacina e começar a inoculação de suas crianças. Atualmente, a poliomielite está caminhando para ser completamente erradicada, como a varíola.
Talvez ainda mais surpreendente do que a contribuição de Salk para a ciência foi sua recusa em ter lucro pessoal com a vacina, deixando de patentear a sua fórmula. A revista “Forbes” estima que Salk poderia facilmente ter ganho 7 bilhões de dólares com a sua criação.
2. Norman Ernest Borlaug alimentou o mundo
Em meados da década de 1950, os cientistas descobriram uma nova praga que poderia acabar com milhões de pessoas: a fome. Claro, sempre houve pessoas em todo o mundo passando fome, porém, conforme a população mundial se multiplica aceleradamente, o planeta não dá conta de fornecer alimentos. Graças a avanços agrícolas de Norman Ernest Borlaug, contudo, o abastecimento de alimentos tem crescido junto com a população.
Tudo começou quando Borlaug aceitou uma posição como diretor do Programa de Aperfeiçoamento Internacional do Trigo, no México, onde foi incumbido de aumentar a produção de trigo para ajudar a nação.
Quando o projeto começou, o México importava a maior parte de seu abastecimento destes cereais, mas depois que Borlaug aperfeiçoou uma linhagem de trigo que produzia altos rendimentos e resistia à maioria das doenças, o país logo começou a exportar trigo.
Não contente em ajudar apenas um país, o cientista, em seguida, mudou a sua pesquisa para a Índia, que era assolada pela fome massiva, apesar de receber carregamentos de grãos dos EUA. Após uma série de atrasos, o trigo de Borlaug finalmente chegou ao país e logo passou a oferecer rendimentos recordes no Sul da Ásia.
Paquistão e Turquia logo importaram as sementes depois de ver o seu sucesso.
Índia e Paquistão dobraram a sua produção de trigo e são agora autossuficientes quando se trata de produzir grãos para a população comer. O sucesso destes programas foi apelidado de “Revolução Verde” e Borlaug é comumente referido como “o homem que salvou um bilhão de vidas”.
Apesar de enfrentar críticas de ambientalistas e nutricionistas, o biólogo eventualmente trouxe suas colheitas para a África para ajudar a prevenir a fome na região. O norte-americano é uma das sete pessoas que ganharam o Prêmio Nobel da Paz, a Medalha Presidencial da Liberdade e a Medalha de Ouro do Congresso. Além disso, ele também recebeu o Padma Vibhushan, segunda maior honraria da Índia disponível para civis.
1. Henrietta Lacks e o papel de suas células na pesquisa médica
A maioria das pessoas nesta lista tentou ativamente trazer um impacto para a sociedade, mas Henrietta Lacks não tinha intenção alguma de ajudar o mundo e não sabia que faria tamanha diferença.
Tudo começou quando Lacks visitou o hospital John Hopkins, em Baltimore, nos EUA, porque tinha continuado a sangrar muito tempo depois de dar à luz. Depois de ser examinada em busca de doenças sexualmente transmissíveis, o médico realizou uma biópsia, que revelou que ela tinha câncer de colo do útero.
Lacks voltou ao hospital regularmente para tratamentos e, em algum ponto, os médicos removeram duas amostras do seu tecido cervical, uma saudável e uma cancerosa. As células cancerosas, tomadas sem a permissão da paciente – o que era normal à época -, acabaram ganhando destade porque podiam ser mantidas vivas e cresciam em um ambiente de laboratório, enquanto as células da maioria das pessoas morriam em poucos dias.
Henrietta Lacks morreu em outubro de 1951, mas as suas células, apelidadas de “células HeLa”, sobrevivem em laboratórios ao redor do mundo, onde um total de mais de 20 toneladas já foram cultivadas.
As células HeLa são fundamentais para uma série de avanços médicos modernos, incluindo a vacina contra a poliomielite de Salk, a pesquisa de clonagem, o mapeamento de genes, a exposição à radiação e muito mais. Tratamentos de câncer e AIDS foram testados nas células, assim como produtos cosméticos, colas, fitas etc.
Infelizmente, entretanto, apesar de 11 mil patentes terem envolvido o uso de suas células, sua família nunca recebeu uma compensação ou um pedido de desculpas em relação às células que foram tiradas de Henrietta sem sua permissão.
FONTES: Odee, ABC News, Huffington Post, Forbes, BBC, NCBI, The Guardian, Washington Post
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