terça-feira, 11 de novembro de 2025

EUA - A nova corrida por energia nuclear - 11.11.2025

EUA - A nova corrida por energia nuclear - 11.11.2025 

Saiba por que usinas nucleares voltaram ao foco dos debates sobre produção de energia nos EUA.

Grandes empresas de tecnologia precisam de data centers que consomem muita energia, e uma constelação de pequenas empresas, startups, surgiu para pesquisar novas formas de produzir usinas nucleares com eficiência.

Um dos dilemas ambientais mais urgentes do planeta é a geração de energia. Como aumentar a oferta de eletricidade sem poluir? Antes de viajar para a COP30, em Belém, o Felipe Santana preparou uma reportagem sobre a nova corrida nos Estados Unidos por energia nuclear.


A usina nuclear de Indian Point, nos EUA


Nunca dormir virou símbolo máximo de modernidade, que Nova York espalhou para o mundo. De Xangai a São Paulo. De Tóquio a Las Vegas. As luzes que nunca se apagam transformaram o século 20.

Por décadas, esse sonho foi abastecido por uma estrutura na beira do rio, 60 km ao norte da Times Square. A usina nuclear de Indian Point chegou a gerar um quarto da eletricidade de Nova York. A sala de comando parece realmente um filme dos anos 1970. Em um dia normal de trabalho, a pessoa que trabalha lá não está fazendo nada. Está só olhando o painel de controle e vendo se está tudo correndo bem. Agora, em caso de emergência, um botão é o mais importante: é o que desliga a usina imediatamente.

Esse botão foi acionado pela última vez em 2021. Foi quando os donos da usina resolveram desativá-la para sempre. Foi um dia triste para o engenheiro mecânico Brian Vangor, que trabalha lá há muito tempo.

“Eu passei 32 anos na sala de comando”, conta Brian.

Usinas nucleares do mundo todo tiveram o mesmo fim, depois de uma tragédia que entrou para a história. É impressionante andar pelas ruas de Fukushima e perceber como as casas estão abandonadas. Muitas foram saqueadas em um dos países mais seguros do mundo. Algumas áreas estão até hoje contaminadas. Depois de um terremoto e um tsunami, os reatores explodiram. O material radioativo se espalhou pela região.

E o medo se espalhou pelo mundo. Vários países aprovaram novas regras para que as usinas nucleares ficassem mais seguras. As restrições tornaram as operações mais caras e muitas usinas começaram a ser desativadas. Só que demora muito. Fukushima, por exemplo, só vai ser totalmente desativada em 2080, de acordo com algumas estimativas.

Na usina de Nova York, a equipe do Jornal Nacional foi entender por que demora tanto.

“A gente está se preparando para entrar em uma zona de alta radiação. Por isso, a gente tem que colocar o uniforme para se proteger. Nossa equipe entrou no reator 2, que deve ser completamente desativado só daqui a 30 anos. A partir de agora, a gente vai entrar na área contaminada. Eles estão pedindo para a gente ter cuidado no que a gente toca, porque as superfícies estão contaminadas - e principalmente não botar a mão no rosto. Claro que agora está dando muita coceira no nariz”, conta o correspondente Felipe Santana.



Fukushima, no Japão


Quando a usina estava funcionando, na piscina não tinha água. Era só o buraco onde ficava o reator nuclear. Para fazer esse reator parar de funcionar, tiveram que encher de água para conter a radiação, e instalaram guindastes que têm, na verdade, serras que vão cortando em fatias para poder tirar de lá. E aí ele vai para dentro de grandes barris para ser levado lá para fora. Ou seja, o reator nuclear contaminado tem que ser cortado que nem um grande salame. E tem que ser embaixo da água, o que dificulta tudo, mas é essencial.

“Na hora em que você abre o reator, tem que encher imediatamente de água para não ficar exposto à radiação”, afirma Brian Vangor.

Mas em maio de 2025, os ventos começaram a mudar de direção.

“Eu tenho um grande anúncio hoje e tem a ver com energia nuclear", disse o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O secretário do Interior Doug Burgum explicou:

"A gente vai voltar 50 anos no tempo e reverter décadas de regulação".

O plano dos Estados Unidos é aumentar em quatro vezes a capacidade nuclear. O Brian até já fez as contas:

“Agora que os maiores componentes já foram cortados, teríamos que comprar tudo de novo. Ia demorar anos e custar US$ 10 bilhões para reativar a usina”.

Desde 2015, com a demanda crescente de energia, outro movimento vem ocorrendo na economia americana. Principalmente na Califórnia, onde ficam as grandes empresas de tecnologia. Elas precisam de data centers que consomem muita energia, e aí uma constelação de pequenas empresas, startups, surgiu para pesquisar novas formas de produzir usinas nucleares com eficiência.

Uma empresa na Califórnia desenvolveu uma tecnologia nova. Lembra do reator que está virando salame? Quando ele estava em funcionamento, dentro dele, o urânio que serve de combustível nuclear vinha em salsichas de 4 metros de altura. Essa empresa está colocando o urânio em bolinhas.

“Esse é um exemplo do nosso combustível. Esses pontinhos representam o urânio e eles são envolvidos em um revestimento muito robusto. A gente coloca essas bolinhas dentro de sal derretido, que funciona para resfriar as bolinhas. E esse sistema vai aquecer a água que vai fazer as turbinas girarem e produzirem energia”, explica Mike Laufer, CEO da Kairos Power.

A promessa é que o sal nunca vai superaquecer e explodir como aconteceu em Fukushima e que, se explodir, o urânio vai cair, mas vai estar dentro da bolinha que não quebra. Seria como bolinhas de gude se espalhando pelo chão.

"Então, não há um impacto da usina nuclear na população", afirma Mike Laufer.




Saiba por que usinas nucleares voltaram ao foco dos
debates sobre produção de energia nos EUA


Essa guinada da energia nuclear tem animado até alguns ambientalistas porque ela não emite gases causadores do efeito estufa. O problema está aqui: o urânio enriquecido, que aquece a água que faz girar as turbinas de uma usina nuclear é material radioativo. Uma dose extrema pode provocar a morte em dias. Ele é radioativo para sempre. Por enquanto, as usinas nucleares guardam em grandes tambores de concreto.

“Eles são projetados para serem à prova de explosão, fogo, terremoto, enchente”, afirma Brian Vangor.

Mas a pergunta é: e daqui a 100 anos?

“Até lá, a gente espera que ele já tenha sido tirado daqui", diz Brian Vangor.

A maior esperança das usinas é que o governo tire essa batata quente da mão deles e coloque em algum lugar em que sejam esquecidos para sempre. As novas tecnologias repetem o mesmo problema: geram resíduos.

“Nossa estratégia é similar: colocar o combustível em contêineres. E vamos agir de acordo com o que for desenvolvido a longo prazo”, afirma Mike Laufer.

Vamos ter que produzir cada vez mais energia se a gente quiser aproveitar a capacidade da inteligência artificial. Matriz energética é poder. As grandes potências não querem que ninguém mude a estratégia do jogo.

Mas as mudanças climáticas já são tragédia hoje na vida de muita gente e prometem ser ainda mais no futuro. É uma equação com muitos fatores, que levou o mundo a Belém do Pará para tentar se entender. A ausência dos Estados Unidos dificulta tudo. Mas essa é a discussão mais urgente das nossas vidas. Pelo menos se a gente quiser continuar vivendo como vive: sem nunca dormir.



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