quarta-feira, 13 de maio de 2009

Twitter pode deixar pessoas insensíveis

15/04/09 - 08h29 - Atualizado em 15/04/09 - 08h29

Twitter pode deixar pessoas insensíveis, diz estudo
Pesquisa afirma que cérebro precisa ‘processar’ informações.
Sem isso, pessoas podem se tornar indiferentes a sofrimento humano.


Foto: Divulgação Logotipo do Twitter, site que permite publicação de posts com até 140 caracteres. (Foto: Divulgação ) As breves e constantes atualizações disparadas pela TV e internet – em sites como o Twitter e agregadores de notícias -- podem reduzir a moral das pessoas, além de torná-las indiferentes ao sofrimento humano. A informação pertence a um estudo da University of Southern California, divulgado nesta terça-feira (14) pela CNN.

De acordo com a pesquisa, esse tipo de notícia é muito rápida para ser processada pelo “ritmo moral” do cérebro, podendo assim prejudicar o desenvolvimento emocional dos jovens. Isso porque antes de o cérebro “digerir” completamente a angústia e sofrimento de uma história, ele já é bombardeado por novas informações.
“Se as coisas acontecem de maneira muito rápida, é possível que a pessoa nunca experimente por completo as emoções relacionadas ao estado psicológico de terceiros. Isso teria implicações para a moral”, afirmou a pesquisadora Mary Helen Immordino-Yang, segundo a CNN. A pesquisa será divulgada oficialmente na próxima semana na “Proceedings of the National Academy of Sciences Online Early Edition”.
Para chegar às conclusões do estudo, os especialistas analisaram como voluntários responderam a histórias reais selecionadas para estimular a admiração por virtudes e habilidades, além de compaixão por dores físicas e sociais. A análise cerebral mostrou que eles responderam rapidamente a sinais de dor física nos outros, mas levaram mais tempo para manifestar admiração e compaixão.

“Para alguns tipos de pensamento, especialmente decisões morais relacionadas a situações psicológicas e sociais envolvendo terceiros, precisamos de tempo suficiente para refletir”, disse Immordio-Yang.
De acordo com ela, o estudo questiona o custo emocional, principalmente entre os mais jovens, do uso intensivo de serviços via TV e internet de constante atualização. “Precisamos entender como a experiência social molda as interações entre o corpo e mente, para que possamos assim educar cidadãos com uma moral fortalecida.”

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