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quinta-feira, 30 de junho de 2022

Por que a morte de Bob Marley está diretamente ligada à religião rastafari

Por que a morte de Bob Marley está diretamente ligada à religião rastafari

Lenda do reggae sofria de um câncer que se originou de um ferimento em seu pé.

sábado, 28 de maio de 2022

A parte mais obscura da vida de Pelé - A história da filha que o rei não reconheceu

A parte mais obscura da vida de Pelé - A história da filha que o rei não reconheceu

Exame de DNA provou que a lenda do futebol era pai de Sandra, mas ele recorreu na Justiça.

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Futebol feminino foi proibido no Brasil há 80 anos por decreto de Getúlio Vargas

Futebol feminino foi proibido no Brasil há 80 anos por decreto de Getúlio Vargas

A modalidade estava se popularizando entre mulheres, para escândalo de parte da sociedade.

domingo, 10 de janeiro de 2021

Os momentos históricos de Maradona, dentro e fora dos gramados

 Os momentos históricos de Maradona, dentro e fora dos gramados

Diego Maradona fez história dentro e fora dos gramados. 

sábado, 28 de novembro de 2020

Maradona teve problemas de saúde e crises por uso de cocaína e de álcool; médicos analisam complicações

Maradona teve problemas de saúde e crises por uso de cocaína e de álcool; médicos analisam complicações

Diego Maradona comemora após marcar seu gol da vitória contra a Inglaterra na semifinal da Copa do Mundo no México, em 22 de junho de 1986

Jogador chegou a declarar: "Eu era, sou e serei um viciado em drogas". Vício em cocaína levou à primeira complicação na carreira em março de 1991, quando foi afastado por 15 meses do futebol.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Bolas de couro de 3200 anos são encontradas em túmulos de cavaleiros na China

 Bolas de couro de 3200 anos são encontradas em túmulos de cavaleiros na China

Esportes que envolvem o uso de bolas estão entre as atividades mais populares do mundo. 

sexta-feira, 15 de junho de 2018

COMO NASCEU O FUTEBOL QUE CONHECEMOS HOJE


COMO NASCEU O FUTEBOL QUE CONHECEMOS HOJE

O famoso momento de tensão

O Esporte com sua versão com regras claras só poderia ter se popularizado durante a Revolução Industrial Inglesa.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

As maiores goleadas da história das Copas do Mundo - Futebol


As maiores goleadas da história das Copas do Mundo - Futebol


A derrota retumbante do Brasil, anfitrião da última Copa da FIFA, que perdeu para a Alemanha de 7 a 1, é atualmente a goleada mais relembrada das Copas. No entanto, não é a única.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Ciência do chute com efeito - Futebol

A CIÊNCIA DO CHUTE COM EFEITO - Futebol



Na história do futebol, alguns jogadores ficaram famosos por seus tiros enviesados, que surpreendem os goleiros ao mudar subitamente de rumo. Mas essa invejável habilidade tem explicação científica.

A bola, chutada quase da intermediária, subiu demais, passando por cima da barreira formada a uma distância de 10 metros. Se continuasse nessa trajetória, iria fatalmente para fora do campo. De repente, porém, a bola fez uma curva no ar e pareceu perder força, surpreendendo o goleiro, que nem sequer teve tempo de corrigir seus cálculos e saltar antes que ela caísse suavemente dentro de suas redes. O gol, aos 27 minutos do segundo tempo no jogo com o Peru, classificou o Brasil para a disputa da Copa do Mundo de 1958, na Suécia. O resto da história todo mundo conhece: Brasil, campeão mundial de futebol revelando ao mundo um meia-esquerda apelidado Pelé.
Mas o gol que levou o Brasil à Suécia nasceu dos pés de um meia-direita. O goleiro peruano foi traído pela folha-seca - a grande especialidade de Valdir Pereira dos Santos, do Botafogo do Rio de Janeiro, conhecido como Didi. É provável que ele não soubesse disso, mas dois fenômenos aerodinâmicos são responsáveis por aquele e dezenas de outros gols parecidos que marcou: a força ascensional, a mesma que.ajuda os aviões a voar, e o chamado efeito Magnus, de onde se originou a expressão tiro com efeito, para designar os chutes enviesados que fazem o desespero dos goleiros.
Atuando sobre um avião em vôo, a força ascensional se manifesta quando o ar que passa ao redor do aparelho alcança uma velocidade maior na parte superior das asas. Isso acontece justamente por causa da forma especial do perfil das asas nos aviões. Segundo uma lei formulada pelo físico e matemático suíço Daniel Bernouilli, no século XVIII, a pressão sobre um gás ou uma superfície será menor quanto maior a velocidade do fluido. Por isso, a pressão na parte superior da asa é menor que na parte inferior. Essa diferença de pressão gera uma força que fornece ao avião seu empuxo aerodinâmico. A força ascensional aerodinâmica pode aparecer também aliada ao efeito Magnus no vôo de uma bola - quando, além de subir, ela gira ao redor de seu próprio eixo. Os jogadores de futebol costumam dizer então que a bola está "envenenada".
Ao girar sobre seu próprio eixo, a superfície da bola sofre o atrito do ar. Isso influi na velocidade com que o ar passa ao seu redor: na parte superior da bola, o ar é mais rápido; na inferior, mais lento. Devido a essa diferença de velocidade - assim como no caso das asas do avião -, ocorre uma diferença de pressão entre a parte de cima e a de baixo; em conseqüência, chutada embaixo, a bola sobe, numa trajetória também determinada pela força de gravidade e a resistência do ar.
Já a intensidade do efeito Magnus e sua influência na trajetória da bola dependem de vários fatores. A superfície áspera da bola e a grande velocidade do giro sobre o próprio eixo, em relação à velocidade de vôo, aumentam o efeito. Já a influência na trajetória aparece principalmente nas bolas mais leves. O efeito Magnus foi observado pela primeira vez em 1852 pelo físico alemão Gustav Magnus - daí o nome -, a pedido da Comissão de Provas da Real Artilharia Prussiana. Pouco a pouco, essas observações começaram a ser aplicadas em vários campos da ciência.
Mas não apenas os cientistas recorreram às descobertas de Gustav Magnus. Desde muito cedo, na história moderna do futebol, também os jogadores aprenderam na prática a chutar com efeito. Os princípios são simples: se a bola é chutada na parte de cima, tende a sofrer uma queda mais acentuada; se o chute é aplicado na parte de baixo, a bola volta para trás - um recurso muito usado na jogada conhecida como "bicicleta", que o atacante brasileiro Leônidas da Silva celebrizou, na década de 30.
Bater na bola lateralmente faz com que, em função do giro sobre seu próprio eixo - para a direita ou para a esquerda -, ela se desvie da trajetória normal. Chutando corretamente a bola - na parte de cima ou de baixo, na lateral direita ou esquerda - é possível fazê-la descrever curvas numa trajetória aparentemente imprevisível. Os jogadores mais habilidosos até conseguem marcar gols em cobrança de escanteio, quando a bola parte da mesma linha onde estão fincadas as traves. E o gol olímpico, assim chamado por ter sido obtido pela primeira vez pela Seleção do Uruguai nos Jogos Olímpicos de 1924.
No Brasil, quem não se lembra das cobranças de falta de Nelinho, no Cruzeiro de Belo Horizonte ou na seleção, há seis anos? "Ele foi o mais impressionante cobrador de faltas que já conheci", lembra o cronista esportivo Vital Bataglia. "Alguns, como Pepe, do Santos, ou Miranda, do Corinthians, até chutavam mais forte; outros, como Ailton Lira, do Santos, e Mário Sérgio, do Grêmio de Porto Alegre e depois do São Paulo, eram virtuoses do efeito. Mas nenhum deles, como Nelinho, combinava perfeitamente as duas coisas a ponto de dar a impressão de que a bola mudava de rumo três vezes no ar."
Para contrabalançar a vantagem que os chutes de Nelinho davam ao time do Cruzeiro, seu arquiinimigo no futebol mineiro, o Atlético, contava com o ponta-esquerda Éder, também ele um artista na cobrança de faltas, com seus chutes fortes e cheios de efeito. Éder, Nelinho e o flamenguista Zico substituíram, na Seleção Brasileira, outros especialistas na arte de envenenar a bola: Gérson e Rivelino, estrelas da seleção que conquistou o tricampeonato mundial em 1970.
A maior dificuldade nesse tipo de chute está em bater na bola com força suficiente para obter uma mudança significativa em sua rota normal. Uma bola oficial de futebol tem um peso relativamente alto - entre 453 e 534 gramas - e não é fácil fazê-la descrever uma curva no ar.
Quem já chutou uma bola de praia sabe como ela descreve as mais estranhas curvas. Isso acontece porque, sendo muito leve, lhe é muito difícil vencer a resistência do ar. Ao ter o movimento de rotação sobre seu próprio eixo interrompido pelo ar, ela muda bruscamente de direção. Alguns jogadores têm um domínio tão grande dos chutes de efeito que não o utilizam apenas na cobrança de faltas, mas também para lançamentos de longa distância aos companheiros.
O mestre de todos eles, Didi, aprendeu a arte com outro gênio em bolas envenenadas: Jair Rosa Pinto, Mestre Jajá, como era chamado, não chegava a impressionar os adversários. Mas de seus pés pequenos, calçados com chuteiras número 37, saíam bolas que ele colocava onde desejava, depois de fazê-las descrever graciosas curvas no ar. Observando Jair Rosa Pinto, Didi desenvolveu sua folha-seca.
Embora teoricamente não tenha segredo para os profissionais do futebol - que o chamam de "três dedos", pela forma com que o pé bate na bola -, o chute de Didi ainda não foi imitado. Elegante, boêmio e sem paciência para as longas sessões de treinamentos físicos - "no futebol, quem deve correr é a bola, não o jogador", dizia -, Didi batia na bola com impulso suficiente para fazê-la chegar até perto do gol adversário, para então perder força, descrever uma curva e cair suavemente, como uma folha seca levada pelo vento.

Ensinamentos do mestre.

Em seu livro, Jogando com Pelé, ele ensina como enviesar um tiro: "Usa-se o dorso interno ou externo do pé para os chutes de curva. A fim de obrigar a bola a fazer uma curva para a esquerda, chuta-se com o dorso interno do pé, visando não o meio, mas o lado direito da bola, no caso de o chute ser feito com o pé direito. Com o esquerdo, a ação é ao contrário. Se você quiser chutar em curva para a direita - com o pé direito -, utilize o dorso externo do pé e a área de impacto é o lado esquerdo da bola. Os lados interno e externo do pé são usados nos chutes próximos à meta, quando o goleiro adversário sai do gol em direção ao atacante.
O goleiro sempre oferece um canto da meta, tentando obrigar-nos a chutar naquele canto, como ele queria. É por isso que, quando próximos da meta, devemos colocar a bola, observando bem a posição do goleiro. Sabe por quê? É muito mais fácil o goleiro defender um chutão do que um chute fraco, mas bem colocado. No chutão, a bola sai violentamente, mas não modifica muito a sua rota, e o chute com menos força, mas colocado, pode modificar o rumo pela maneira como a gente bate na bola. Com a parte interna do pé, é possível colocá-la muito bem, porque a área de contato é maior, portanto a precisão do chute também é maior"

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Entregamos a Copa de 1998 ???

ENTREGAMOS A COPA de 1998 ???



Se há uma conspiração capaz de arregimentar um número incrível de crentes é a de que o Brasil entregou a Copa do Mundo de 1998 - para ganhar a de 2002? Talvez? O fato é que o mundo futebolístico foi tomado de surpresa quando, pouco antes da final entre Brasil e França, no dia 12 de julho, foi divulgada a notícia de que o craque Ronaldo não iria jogar. Logo depois circulou a informação de que, cinco horas antes da partida, o "Fenômeno" teria sofrido uma convulsão. Por isso, o reserva Edmundo jogaria no seu lugar. No último instante, Ronaldo foi escalado e a seleção do Brasil, talvez assustada com toda a confusão, entrou irreconhecível em campo. A França enfiou 3 a 0, com extrema facilidade, e conquistou a Copa.

Ronaldo teria sido escalado na subida do vestiário para o gramado. O capitão Dunga bateu o pé e exigiu que a seleção não fosse modificada novamente em cima da hora e que Edmundo jogasse. Zagallo explicou a Ronaldo que já havia mudado a tática da equipe e também que, àquela altura, a imprensa já tinha recebido a folha de escalação. O ex-goleiro Gilmar Rinaldi, observador da seleção em 1998, contou o fato ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, que imediatamente ordenou que, se Ronaldo estivesse bem, deveria jogar. E assim foi feito. Ronaldo jogou, ou melhor, fez volume em campo durante os 90 minutos.

No Brasil, logo correu o boato de que a CBF e a Nike (patrocinadora da seleção) tinham vendido o jogo. Uma suspeita compreensível. A seleção perdera com facilidade nunca vista. Apesar de a França contar com bons jogadores, como Zinedine Zidane, o elenco brasileiro era superior. No embalo, surgiu todo tipo de teoria conspiratória. Boatos diziam que o contrato entre a Nike e a CBF estipulava que Ronaldo tinha de disputar todos os jogos do certame. A Nike teria forçado sua escalação, abalando o resto do time e causado a derrota.

Outro boato da época dizia que o Brasil tinha entregado o título para, em troca, sediar uma das próximas Copas. Outra tese, absurda, dizia que Ronaldo havia sido envenenado pelo cozinheiro francês da concentração. A história oficial atesta que a convulsão foi provocada por uma injeção de xilocaína (um analgésico) no joelho de Ronaldo e que a decisão de escalá-lo foi exclusiva do técnico Zagallo.

Mas todas essas suspeitas só surgiram porque o futebol virou um negócio milionário, atraindo investidores poderosos - e toda sorte de interesses. Para o jornalista inglês David A. Yallop, autor do livro Como Eles Roubaram o Jogo, o culpado pela transformação do futebol em negócio tem nome e sobrenome: João Havelange, o brasileiro que comandou o futebol mundial por 24 anos. No livro, Yallop expõe vários argumentos que colocam em xeque a lisura dos resultados de alguns jogos decisivos da Copa do Mundo. Mostra também como as conspirações e os interesses comerciais tomaram conta do esporte mais popular do planeta. Conspirações que, segundo Yallop, aumentaram sobretudo com a eleição de Havelange à presidência da Fifa, 1974, quando venceu o inglês Stanley Rous numa eleição marcada por denúncias de compra de votos. A seguir, algumas histórias suspeitas citadas no livro de Yallop.

O CASO MANÉ

"Garrincha ser expulso de campo por agredir um adversário parecia tão absurdo quanto São Francisco de Assis disputar um concurso de tiros aos pombos ou Branca de Neve ser apedrejada por discriminar anões. Mas foi o que aconteceu pelas semifinais da Copa de 62, durante Brasil e Chile." Assim o escritor Ruy Castro, no livro Estrela Solitária, Um Brasileiro Chamado Garrincha, descreve a personalidade dócil de Mané Garrincha. Mas, naquele jogo, Mané não agüentou as botinadas do zagueiro chileno Eladio Rojas e revidou, dando um pequeno tostão nas nádegas do adversário. O bandeirinha uruguaio Esteban Marino achou aquele ato de Garrincha uma agressão despropositada e o denunciou ao juiz peruano Arturo Yamazaki, que expulsou o brasileiro. Embora não estivesse prevista a suspensão automática, os membros da comissão disciplinar da Fifa iriam se reunir no dia seguinte para julgar o caso, com base no relatório do árbitro. Pelo estardalhaço feito pela imprensa chilena, Garrincha fatalmente ficaria fora da final.

Imediatamente, os brasileiros e, principalmente, João Havelange, então presidente da Confederação Brasileira dos Desportos (CBD), começaram a tramar para que Garrincha jogasse a final da Copa, pois o Brasil já estava desfalcado de Pelé, que se contundira no início da competição. Segundo os conspirólogos, antes da reunião que decidiria a questão disciplinar, chegou ao Chile, vindo do Rio de janeiro, uma valise cheia de dinheiro. O presidente do Peru, Manuel Prado y Ugarteche, atendendo a pedidos de políticos brasileiros, pediu ao árbitro peruano que não acusasse Garrincha na súmula. O bandeirinha Esteban Marino, por sua vez, tomou um chá de sumiço. Resultado: Yamazaki escreveu na súmula que não vira a agressão de Garrincha, e o craque foi liberado para jogar a final contra os tchecos. E o Brasil voltou do Chile com a taça de bicampeão do mundo.

COPA DE 78

A Copa do Mundo de 1978, na Argentina, aconteceu logo depois de o país sofrer um golpe militar. Os hermanos precisavam ganhar a Copa de qualquer maneira, para melhorar sua imagem no exterior, abalada por causa da ditadura. Além disso, o futebol era a válvula de escape para que o povo esquecesse os assassinatos e desaparecimentos dos que se opunham ao governo do general Jorge Videla. A comissão organizadora da Copa era encabeçada pelo general Carlos Omar Actis, uma figura respeitada em seu país. O mesmo não se podia dizer do vice-presidente da comissão, o capitão Carlos Lacoste, um homem ambicioso que queria construir novos estádios e adotar o sistema de transmissão de TV em cores.

O general Actis sabia que o país não podia arcar com as idéias megalômanas de Lacoste. Mas, a caminho de uma entrevista coletiva, em que explicaria seus planos para a Copa de 78, Actis foi assassinado. Lacoste então foi nomeado presidente da comissão organizadora e fez o que queria. Construiu três novos estádios e, para a alegria dos patrocinadores, a transmissão dos jogos para o resto do mundo foi feita em cores.

No campo, a Argentina mostrou que não estava com essa bola toda. Nas semifinais, os anfitriões caíram num grupo difícil, com Brasil, Polônia e Peru. Brasileiros e argentinos estavam empatados em número de pontos. Só uma das seleções chegaria à final. Na última rodada dessa fase, o Brasil jogaria contra a Polônia, enquanto a Argentina enfrentaria o Peru. Espertamente, Lacoste marcou o jogo dos brasileiros para tarde e o dos argentinos para a noite. Assim, os hermanos entrariam em campo já sabendo do resultado que precisariam para disputar a final.

O Brasil cumpriu seu papel e bateu a Polônia por 3 x 1. A Argentina teria que vencer o Peru por no mínimo quatro gols de diferença. Não seria uma tarefa fácil, já que, na fase de classificação, o time peruano havia terminado seu grupo em primeiro lugar. Segundo os conspirólogos, a ordem para que o resultado fosse manipulado partiu do general Videla e foi prontamente atendida por Lacoste. O fato é que os peruanos entraram em campo com quatro reservas inexperientes, um zagueiro escalado no ataque e o goleiro argentino naturalizado peruano (!).

O resultado não poderia ser outro: a Argentina meteu 6 x 0 no Peru e eliminou o Brasil no saldo de gols. Na final, derrotou a Holanda por 3 X 1 e conquistou seu primeiro título mundial. Lacoste, por sua vez, tornou-se vice-presidente da Fifa e amigo de Havelange.

MARADONA

Depois de encantar o mundo em 1986, liderando os argentinos no bicampeonato mundial no México, e também decepcionar muitos fãs em 1991, ao ser pego no exame antidoping por uso de cocaína, Maradona foi anistiado pela Fifa e começou a preparar-se para a Copa dos Estados Unidos, em 1994. Submeteu-se a uma rigorosa dieta e renasceu do inferno. Logo no primeiro jogo, ele mostrou a que veio: comandou os argentinos na goleada de 4 x 0 sobre os gregos. Contra os nigerianos, novo show de Maradona: 2 x 1 para a Argentina, e o mundo começou a temer os hermanos. Mas, no exame antidoping, foi detectada em sua urina uma substância chamada efedrina, medicamento usado para redução de peso e que atua também como estimulante. Maradona jurou inocência, mas pegou uma suspensão de 15 meses. Sua carreira tinha chegado ao fim.

E mais uma tese conspiratória veio à tona. Uma das versões diz que a Fifa queria que o astro argentino jogasse na Copa dos Estados Unidos para atrair público. Por essa razão, a entidade havia prometido a Maradona imunidade nos testes de presença de drogas. O jogador então se esforçou para perder peso e chegou em forma à Copa. Porém, poucos acreditavam que ele conseguisse voltar a jogar tão bem como antes. A Fifa entrou em pânico. Afinal, Maradona só tinha que participar da Copa, não precisava vencê-la. E deu no que deu: o craque foi flagrado no exame antidoping e, sem o seu melhor jogador, a seleção argentina perdeu suas duas partidas seguintes, para a Bulgária e a Romênia. O resto é história. Sem um adversário à altura, o apenas razoável time do Brasil abriu caminho até a final contra a Itália. E aí foi só correr para o abraço.
É tetra! É tetra!

Eu acredito!

"Não concordo basicamente com duas coisas do livro Como Eles Roubaram o Jogo, do David Yallop. Uma, técnica: ele chupou uma matéria da Playboy brasileira sobre o Havelange, sem citar a fonte e o autor, Roberto José Pereira. E tem uma visão sobre a corrupção no futebol que exime os ingleses, o que é uma bobagem. O que ele conta é verdade, muitas artimanhas realmente aconteceram, mas é parcial em relação aos seus conterrâneos. Infelizmente, o processo eleitoral continua na mesma. Compram-se votos sem a menor cerimônia. E o poder está nas mãos desses homens que, como gostam de dizer em seu estatuto, estão lá ‘para o bem do jogo’, mesmo que, para isso, tenham que roubá-lo primeiro."
Juca Kfouri é jornalista