sábado, 30 de maio de 2009

Ato de cozinhar criou a humanidade

24/04/09 - 10h57 - Atualizado em 24/04/09 - 10h57

Ato de cozinhar criou a humanidade, afirma novo livro de antropólogo Richard Wrangham discute hipótese do 'macaco cozinheiro' com o NYT. Comida preparada no fogo tem maior valor nutritivo, argumenta ele.



Foto: Rick Friedman/NYT O primatólogo e antropólogo Richard Wrangham (Foto: Rick Friedman/NYT)Richard Wrangham, primatologista e antropólogo, passou quatro décadas observando chimpanzés selvagens na África para analisar o que seu comportamento pode nos dizer sobre os humanos pré-históricos. Wrangham, 60, nasceu na Inglaterra e desde 1989 está em Harvard, onde é professor de antropologia biológica. Ele está prestes a publicar outro livro, “Catching fire: how cooking made us human” (Pegando fogo: como cozinhar nos tornou humanos). Ele foi entrevistado durante um almoço vegetariano na última reunião da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Chicago, e em seguida mais uma vez por telefone. Segue uma versão editada das duas conversas:

PERGUNTA: Em seu novo livro, você sugere que o ato de cozinhar foi capaz de facilitar nossa evolução de macacos a humanos. Até hoje, os cientistas teorizaram que a criação de ferramentas e a alimentação com carne definiram as condições para a escalada do homem. Por que você argumenta que cozinhar foi o fator principal?

WRANGHAM: Tudo os fatores mencionados por você foram direcionadores da evolução de nossa espécie. Entretanto, nosso cérebro grande e o formato de nossos corpos são o produto de uma rica dieta, apenas disponível depois que nós começamos a cozinhar nossos alimentos. Foi a ação de cozinhar que deu a nossos corpos mais energia do que conseguiríamos anteriormente comendo comida crua.

Eu acompanhei chimpanzés selvagens e estudei o que, e como, eles comem. Chimpanzés modernos são inclinados a pegar os mesmos tipos de comida que nossos ancestrais. Na vida selvagem, eles seriam sortudos se encontrassem uma fruta tão deliciosa quanto uma framboesa. Com maior frequência eles encontram um cacho de frutas secas e de gosto forte, como frutos de espinheiros, mastigados por eles durante pelo menos uma hora. O chimpanzé passa a maior parte de seu dia descobrindo e mascando alimentos extremamente fibrosos. Sua dieta é bastante insatisfatória para humanos. Mas assim que nossos ancestrais começaram a comer alimentos cozidos – há aproximadamente 1,8 milhões de anos –, sua dieta se tornou mais suave, segura e muito mais nutritiva.

E foi isso o fator estimulador do desenvolvimento do corpo ereto e do cérebro grande associados aos humanos modernos. Ancestrais mais antigos tinham o tronco relativamente grande para proporções de macacos. O Homo erectus, nosso ancestral mais imediato, possui pernas compridas e um corpo esguio. Na verdade, ele poderia entrar numa loja da Quinta Avenida hoje e comprar um terno diretamente do cabide.

Nossos ancestrais foram capazes de evoluir porque as comidas cozidas eram mais ricas, mais saudáveis e exigiam menos tempo para mastigar.

P: Para cozinhar, você precisa de fogo. Como os humanos antigos o conseguiam?

WRANGHAM: Os australopitecos, predecessores de nossos ancestrais pré-humanos, viviam em savanas de planaltos secos. Eles muitas vezes encontravam fogos naturais e alimentos aprimorados por essas chamas. Além disso, sabemos, por marcas de cortes em antigos ossos, que nosso distante ancestral, o Homo habilis, comia carne. Eles certamente fizeram martelos de pedras, possivelmente usados para amaciar essa proteína animal. Sabemos que voam faíscas quando se bate pedras. É razoável imaginar que nossos ancestrais comeram alimentos aquecidos pelo fogo, criado, diga-se de passagem, por eles próprios, enquanto preparavam sua carne.

Agora, com fogueiras comunitárias, alimentos cozidos e uma dieta rica em calorias, o mundo social de nossos ancestrais também mudou. Quando indivíduos eram atraídos a um local específico onde havia uma fogueira, eles passavam muito tempo juntos, em volta do fogo. Isso era claramente um sistema extremamente distinto do estilo errante dos chimpanzés, acostumados a dormir onde quer que fosse, sempre capazes de abandonar um grupo se houvesse qualquer tipo de conflito social.

Tínhamos de conseguir olhar um para o outro nos olhos. Não podíamos reagir com impulsividade. Uma vez que se está sentado em volta do fogo, você precisa reprimir emoções reativas capazes, de outra forma, de levar ao caos social. Ao redor daquele fogo, nos tornamos mais mansos.

P: Seus críticos dizem que você tem uma boa teoria, mas nenhuma prova. Eles dizem que não há evidência de fogueiras há 1,8 milhões de anos. O que você responde para eles?

WRANGHAM: Sim, existem aqueles que necessitam das provas arqueológicas acerca da existência de fogueiras há 1,8 milhões de anos. E sim, até agora, nenhuma prova foi encontrada. Há evidências em Israel capazes de mostrar o controle de fogo há cerca de 800 mil anos. Eu adoraria ver sinais arqueológicos mais antigos. Em algum momento, vamos encontrá-los.

Todavia, nesse meio tempo, temos fortes evidências biológicas. Nossos dentes e nossos órgãos internos ficaram menores há 1,8 milhões de anos. Essa mudança só pode ser explicada pelo fato de que nossos ancestrais estavam obtendo mais nutrientes e comidas mais macias. Isso só poderia ter acontecido se eles estivessem cozinhando. A dieta que vemos nos chimpanzés modernos, simplesmente não era suficiente para estimulá-los.

P: Vi que certa vez você embarcou numa dieta de chimpanzé. Como foi isso?

WRANGHAM: Em 1972, quando eu estava estudando comportamento de chimpanzés na Tanzânia, pensei ser interessante ver como eu viveria com a alimentação dos chimpanzés. Perguntei a Jane Goodall, o diretora do projeto, se eu poderia viver como um chimpanzé por algum tempo. Ela concordou. Porém, eu queria ser realmente natural e verdadeiramente uma parte da selva, então acrescentei: “Gostaria de fazer isso nu”. Nesse ponto ela fincou o pé: “Você vai usar pelo menos uma tanga!”.

No fim, acabei não realizando o experimento completo. Entretanto, houve tempos em que eu passei a não comer pela manhã e tentei viver do que encontrasse. Isso me deixou extremamente faminto.

P: O que você come, usualmente?

WRANGHAM: Comida comum, ocidental e industrializada. Não como um animal que não estou preparado para matar eu mesmo. Não como um mamífero há mais de 30 anos, exceto por um par de vezes nos anos 1990, quando comi um pouco de macaco cru que os chimpanzés haviam matado e deixado para trás.

Eu queria ver qual era o gosto. O colobo-branco-e-preto é muito duro e desagradável. O colobo-vermelho é mais doce. Os chimpanzés o preferem por bons motivos.

P: Você comeu macaco cru pela ciência?

WRANGHAM: Sim. Sinto que, ao assumir a pele de um chimpanzé, você ganha percepções que não conseguiria de outra maneira. Foi assim que cheguei a este entendimento sobre o papel do cozinhar.

P: Já que você acredita que as porções cruas da pré-história deixariam uma pessoa moderna faminta, isso significa que estamos adaptados aos alimentos consumidos atualmente – McDonald’s, pizza?

WRANGHAM: Acho que estamos adaptados à nossa dieta. Todavia, nosso estilo de vida não está. Estamos adaptados no sentido de que nossos corpos são projetados para maximizar a quantidade de energia obtida de nosso alimento. Então somos muito bons em selecionar as comidas capazes de produzir muita energia. Entretanto, nós absorvemos muito mais do que precisamos. Isso não é uma boa adaptação.

Detectaram 'gêmeo gordo' da Terra

Astrônomos detectam 'gêmeo gordo' da Terra fora do Sistema Solar
Planeta tem menos de duas vezes o tamanho do nosso, diz pesquisa.
Objeto foi detectado a cerca de 20 anos-luz daqui.

Pesquisadores ligados à Organização Europeia para Pesquisa Astronômica no Hemisfério Sul anunciaram nesta terça (21) a descoberta do menor exoplaneta (ou seja, um planeta que fica fora do Sistema Solar) já encontrado. Apelidado pelo astrônomo suíço Michel Mayor e seus colegas de "Planeta e", o objeto é um gêmeo mais gordo da Terra, com pouco menos de duas vezes a massa de nosso planeta e provável composição rochosa. O objeto está na constelação de Libra, no sistema estelar Gliese 581, a 20,5 anos-luz daqui. No entanto, as chances de ele abrigar vida são baixas, porque ele está muito perto de sua estrela e, por isso, deve ser quente demais.



Concepção artística mostra o planeta rochoso (à esquerda) em seu sistema estelar (Foto: AP/ESO)

Apple bate recorde de 1 bilhão de DOWNLOADS

25/04/09 - 10h11 - Atualizado em 25/04/09 - 10h11

Apple bate recorde de 1 bilhão de downloads de aplicativos para iPhone
Programa que marcou o recorde foi baixado na noite de quinta-feira (23).
Connor Mulcahey, de 13 anos, receberá prêmio de US$ 10 mil no iTunes.

A Apple anunciou nesta sexta-feira (24) ter batido a marca de um bilhão de downloads de aplicativos para o iPhone no iTunes, sua loja on-line, nove meses após estes programas terem sido lançados.



Aplicativos oferecidos pela Apple dão novas funções ao celular multimídia iPhone. (Foto: Divulgação )

O recorde, segundo fontes da companhia, foi alcançada na noite de quinta-feira (23), e o aplicativo baixado que bateu a marca de um bilhão foi o Bump, um programa desenvolvido pela Bump Technologies que permite tramitar a informação dos contatos.

O programa foi baixado por Connor Mulcahey, um adolescente de 13 anos de Connecticut, que receberá como prêmio US$ 10 mil para gastar no iTunes, um reprodutor iPod Touch e um computador MacBook, entre outras coisas.

Novas funções
Os aplicativos para o iPhone, a maior parte gratuita ou custando menos que US$ 3, transformaram o telefone celular em um aparelho muito parecido com um computador portátil.

Na maioria, estes programas foram criados por programadores autônomos de fora da Apple que retêm 70% do lucro obtido com as vendas.

A lista dos aplicativos pagos mais comprados tem jogos como "Crash Bandicoot nitro kart 3D", em primeiro, ou "Enigmo", em terceiro.

Entre os aplicativos mais baixados está um para usar o Facebook no iPhone, o serviço Google Earth ou um curioso programa chamado Shazam, que "escuta" pelo microfone do telefone a música que toca no ambiente e dá o nome da canção e o autor em segundos.

Atualmente, o iTunes oferece 35 mil aplicativos diferentes, em 77 países.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Animais eram julgados e até executados

09/09/08 - 13h01 - Atualizado em 23/10/08 - 09h11
Animais eram julgados e até executados na Idade Média
Porcos eram os bichos que mais recebiam acusações.
Julgamento muitas vezes acabava com a pena máxima: forca.



Foto: Ilustração mostra porco prestes a ser enforcado. Na Idade Média, animais eram julgados como humanos e podiam pegar a pena máxima, de execução (Foto: Arte/G1)Em 1386, um julgamento na cidade francesa de Falaise condenou o réu à pena máxima, enforcamento em praça pública, por cometer infanticídio – assassinato de criança. No dia da execução, o povo se aglomerou para ver o espetáculo. Pela importância da solenidade, o carrasco recebeu um par de luvas brancas. No centro do show estava a ré: uma porca. Sim, isso mesmo. A porca havia sido julgada e condenada à forca. Na Europa feudal, o julgamento de animais era comum, já que se acreditava que, se eles eram responsáveis por crimes, deveriam responder por eles.

O júri era igual ao aplicado aos humanos – e até a advogados os animais tinham direito. A interpretação da criminalidade animal provavelmente vinha das crenças judaico-cristãs. Em uma passagem bíblica, a morte por apedrejamento é citada: “E se algum boi escornear homem ou mulher, que morra, o boi será apedrejado certamente, e a sua carne se não comerá; mas o dono do boi será absolvido.” (Êxodo, capítulo 21, versículo 28).

Segundo a professora de literatura inglesa da Universidade da California e autora do
recém-lançado "For the Love of Animals: The Rise of the Animal Protection Movement" ("Pelo amor dos animais: o surgimento do movimento de proteção animal", em tradução literal), Kathryn Shevelow, em entrevista ao G1 por e-mail, a tradição de julgamentos era especialmente comum na França. "Os crimes eram geralmente homicídio ou crimes sexuais, como de humanos que fazem sexo com animais. Nessa época, os homens consideravam os animais moralmente responsáveis por seus atos."

No livro “The criminal prosecution and capital punishment of animals”, inédito em português, o americano Edward Payson Evans examina detalhes de 191 casos do tipo. Segundo ele, os julgamentos ocorreram principalmente entre os séculos XV e XVII, sendo que o primeiro registro encontrado pelo autor data de 824, quando toupeiras foram excomungadas no Vale de Aosta, noroeste da Itália. O último caso, segundo o livro, foi em 1906, quando um cachorro foi julgado em Délémont, na Suíça.

Em alguns casos, os animais obtinham clemência. O júri podia ser tanto eclesiástico como secular, e o crime mais comum era homicídio - mas também foram registrados roubos. Além dos porcos, entre os bichos citados há abelhas, touros, cavalos, ratos, lobos, gatos e cobras.

Porcos
Entre os animais acusados, os porcos estavam entre os que mais frequentavam o banco dos réus. Segundo escreveu Piers Beirne, professor de criminologia da Universidade de Southern Maine (EUA), em um artigo sobre o assunto, o motivo de os porcos serem comunmente acusados é que eles viviam livremente com os homens, e seu peso e tamanho faziam com que causassem problemas.

O filme “Entre a Luz e as Trevas”, de 1993, mostra um advogado que viajou ao interior da França e acabou defendendo um porco em um julgamento.

terça-feira, 26 de maio de 2009

‘Briga’ entre EUA e Cuba

18/04/09 - 08h00 - Atualizado em 18/04/09 - 15h58

‘Briga’ entre EUA e Cuba já dura 47 anos
Embargo comercial teve início em 1962.
Nesta semana, Obama liberou viagens e remessas de dinheiro à ilha.

No começo desta semana, o presidente americano, Barack Obama, levantou as restrições de viagens a uba e de remessas de dinheiro feitas por cubano-americanos para suas famílias que moram na ilha. O anúncio representa uma das maiores mudanças da política americana em relação a Cuba em décadas e demonstra um claro abandono da vertente linha-dura de George W. Bush.
As relações entre EUA e Cuba prometem ser o assunto dominante da Cúpula das Américas neste final de semana.

A história do conflito diplomático e comercial entre os dois países é antiga e teve seu auge na Guerra Fria, quando a polarização comunismo X capitalismo dominava o mundo.

A marca mais profunda deste conflito é o bloqueio econômico imposto pelos EUA, que já é um dos mais duradouros embargos da história contemporânea. Na Assembleia Geral da ONU em 2007, apenas 4 dos 188 membros não condenaram as sanções.


Conheça os principais momentos da histórica briga:



Independente, pero no mucho
A ilha da América Central ficou independente da colonização espanhola em 1898, após uma sangrenta guerra. No entanto, continuou ocupada pelo EUA (que entraram no final da guerra) até 1902.



Foto: AFP Imagem mostra rendição das tropas espanholas de Cuba diante do exército
americano, em julho de 1898 (Foto: AFP)
Os americanos só foram embora depois de conseguirem deixar oficializado seu poder na região. Por meio de uma emenda na nova Constituição cubana, a emenda Platt, eles ficavam autorizados a intervir em qualquer assunto interno da ilha.


A revolução de Castro
Desta maneira, Cuba vivia como um protetorado americano. Seus cassinos e hotéis de luxo abrigavam reuniões da máfia americana e eram destino de luxo de endinheirados. Apoiado pelos americanos, o general Fulgêncio Batista deu um golpe em 1952 e impôs em Cuba um regime repressor e alvo de muitas denúncias de corrupção. Em 1953, um opositor chamado Fidel Castro organizou um ataque ao quartel Moncada, em Santiago de Cuba. O ato foi frustrado, e seus líderes foram presos.
Três anos depois, Fidel liderou uma revolução que marchou da fronteira com o México até a Sierra Maestra, para entrar triunfante em Havana. Em janeiro de 1959, vitorioso, Fidel assustou de verdade os americanos com seu “espírito nacionalista” - em plena Guerra Fria. A partir daí, tudo mudou na relação com os EUA.



Foto: AFP O líder Fidel Castro entrou triunfante em Havana, no começo de janeiro de 1959
(Foto: AFP)

Ao contrário do que muitos pensam, a Revolução Cubana não teve ajuda da União Soviética e nem um caráter socialista definido. A ligação com a ideologia e com o país opositor aos EUA veio apenas um ano depois de formado o novo governo.


Fim de papo
A partir de 1960, a política americana de retaliação ao que considerava “o governo
socialista de Cuba” ficou cada vez mais clara. A importação do açúcar cubano foi reduzida em 95%. Como resposta, Cuba nacionalizou empresas estrangeiras e propriedades rurais.

Empresas americanas de petróleo, como a Texaco e a Esso, se negaram a enviar petróleo a Cuba e a processar o óleo cru vindo da URSS.

Em janeiro de 1961, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com a ilha. No mesmo mês, Cuba estreitou laços com a União Soviética e assinou um acordo de venda de açúcar e de importação de petróleo.


Baía dos Porcos
A irritação americana chegou ao ápice em abril de 1961, quando o governo liderou uma
fracassada tentativa de invasão, apoiando mais de mil exilados cubanos e herdeiros das empresas nacionalizadas em Cuba a desembarcarem na região da Baía dos Porcos, na província de Las Villas.



Foto: Reprodução/Wikimedia Commons Imagem de 1962 mostra o que seira a base de lançamento de mísseis em Cuba (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)Derrotada pelas forças nacionais em poucos dias, com um saldo de 176 mortos, a operação deixou claros os objetivos americanos de fazer de tudo para impedir a criação de mais uma nação socialista. O governo Kennedy foi obrigado a assumir a ação. A resposta de Fidel foi declarar pela primeira vez publicamente o caráter socialista da revolução. Em fevereiro de 1962, os EUA impuseram um embargo comercial total contra Cuba.



Crise dos mísseis
Um dos momentos mais críticos da Guerra Fria ocorreu quando, em outubro de 1962, os
soviéticos instalaram mísseis na ilha e foram descobertos pelos americanos. O presidente Kennedy fez um pronunciamento declarando um bloqueio naval ao país, e os Exércitos de ambas as potências foram movimentados. O líder soviético Nikita Khrushchev, no entanto, concordou em desativar os mísseis, e o conflito foi resolvido pacificamente. Em resposta, os EUA prometeram não invadir Cuba.

Imigração
Nos três primeiros anos após a revolução, cerca de 250 mil cubanos deixaram o país em direção aos EUA. Essa primeira onda imigratória era composta por pessoas de alto nível técnico e econômico. Em abril de 1980, a ilha autorizou a ida de quem quisesse deixar o país e 125 mil pessoas viajaram do porto de Mariel aos EUA – o que ficou conhecido como “Fuga de Mariel”.


Embargo reforçado
Após o fim da União Soviética, em 1991, os EUA se preocuparam em afirmar e ampliar o
embargo com o objetivo de forçar uma transição para o livre-mercado e a democracia na ilha de Fidel. Para isso, em outubro de 1992, o Congresso aprovou a Lei Torricelli, que ampliava o embargo e permitia ao presidente americano punir países que prestassem assistência a Cuba.



Foto: Roberto Schmidt/AFP O menino Elián Gonzalez foi protagonista de uma das brigas
entre EUA e Cuba (Foto: Roberto Schmidt/AFP)Mais tarde, em 1996, outra lei de reforço foi aprovada, a Helms-Burton, que tornou possível processar empresas nacionais e estrangeiras que tivessem relações comerciais com Cuba – algo que contraria as regras do direito internacional.

O menino Elián
No dia 25 de novembro de 1999, o menino Elián González, de seis anos, perdeu a mãe junto com outros 10 cubanos que naufragaram quando fugiam para os Estados Unidos. O caso virou uma alegoria da briga EUA X Cuba, e uma verdadeira batalha foi travada para ver quem ficava com o garoto. A pressão norte-americana era liderada pelos exilados cubanos.

Mas Elián acabou sendo devolvido à família paterna e, quando chegou à ilha, foi recebido com uma marcha comandada pelo próprio Fidel.

'Eixo do mal'
O mundo era outro após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, mas, a relação Cuba X EUA não tinha mudado. Pelo contrário. Em maio de 2002, o presidente George W. Bush colocou a ilha entre os membros do chamado ‘eixo do mal', acusando-a de desenvolver armas biológicas. Ao lado de países como Líbia e Síria, Cuba também foi considerada uma nação que patrocina o terrorismo.

Atores de Hollywood que 'mais morreram'

22/04/09 - 16h26 - Atualizado em 22/04/09 - 16h27
Revista lista os atores de Hollywood que 'mais morreram' em filmes
Robert De Niro lidera ranking com 14 mortes no currículo.
Will Smith e Harrison Ford saem ‘ilesos’, com duas mortes cada.



Foto: Divulgação O ator Robert De Niro (Foto: Divulgação)
A revista “Premiere” compilou uma lista com os atores de filmes de ação de Hollywood que mais morreram em cena. Liderando o número de personagens que passaram desta para melhor está Robert De Niro, com 14 mortes em diferentes filmes, três a mais que o segundo colocado Bruce Willis.

O terceiro lugar fica com Johnny Depp, com “nove mortes e meia” – a “meia morte” é contabilizada pela volta à vida do personagem, da franquia “Piratas do Caribe”. Empatados em quarto lugar, com nove mortes cada, estão Christian Bale, Brad Pitt, Jack Nicholson e Al Pacino.

No final do ranking ficam atores que pouco interpretaram personagens que perderam a vida nas telas, caso de Will Smith, Harrison Ford (ambos com duas mortes) e Mel Gibson, falecido três vezes. Confira abaixo a lista completa:

Atores de Hollywood que mais morreram em filmes



1 – Robert De Niro (14 mortes)

2 – Bruce Willis (11)

3 – Johnny Depp (9 ½)

4 – Brad Pitt (9)
Al Pacino (9)
Jack Nicholson (9)
Dustin Hoffman (9)
Christian Bale (9)

9 – Denzel Washington (7)

10 – George Clooney (5)
Robert Downey Jr. (5)

12 – Tom Cruise (4)

13 – Mel Gibson (3)

14 – Harrison Ford (2)
Will Smith (2)

Reino Unido cria 'orçamentos de carbono'

22/04/09 - 17h31 - Atualizado em 22/04/09 - 17h31

Reino Unido cria 'orçamentos de carbono' para reduzir emissões em 34% até 2022
Governo britânico elabora estratégias com base em sugestão de comitê.
Grupo sugere taxas futuras e decrescentes de emissões de gases-estufa.
O Reino Unido anunciou nesta quarta-feira (22) o início de um plano ambicioso para reduzir suas emissões de carbono e levar sua economia para o caminho da energia limpa. Junto ao Orçamento fiscal britânico foram apresentados os primeiros "orçamentos de carbono", que têm por objetivo guiar a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. Com isso, o país estabeleceu a meta de reduzir em 34% suas emissões até 2022, com relação aos níveis de 1990.
Os orçamentos de carbono são produzidos por um órgão que tem como função agir como uma espécie de Copom da mudança climática -- se aqui no Brasil o tradicional Copom define a taxa de juros da economia, lá o CCC, como é chamado, é um comitê destinado a apontar e guiar a taxa de emissão de carbono por período.
Esses orçamentos são divididos em períodos de quatro anos. Agora, os britânicos apresentaram os próximos três, relativos aos períodos 2008-2012, 2013-2017 e 2018-2022. As metas estão alinhadas com o objetivo de longo prazo, já estabelecido pelo governo britânico, de reduzir em 80% suas emissões até 2050.
Os orçamentos de carbono tornam o esforço do Reino Unido de combater o aquecimento global mais que um exercício de retórica. Agora, o governo é obrigado a prestar contas e gerir suas emissões de carbono da mesma forma que faz com os recursos declarados nos orçamentos anuais. A flexibilidade, naturalmente, é maior. Ainda assim, é um passo importante para tornar a ação contra a mudança climática mais concreta.
Os britânicos também sinalizam com isso que não esperarão acordos globais de novas metas de redução para o chamado período pós-Kyoto (que vai além do protocolo assinado no Japão, quase duas décadas atrás) e pretendem fazer sua parte independentemente -- talvez como forma de estimular outros países a fazerem o mesmo.
Ainda assim, o Reino Unido tem esperança de que surja um novo acordo mundial na próxima reunião mundial do clima, em Copenhague, Dinamarca, em dezembro próximo. Caso isso ocorra, os orçamentos de carbono daquele país serão refinados para refletir a decisão internacional.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Paraíso dos gorilas no Congo

05/08/08 - 14h10 - Atualizado em 05/08/08 - 14h10

Primatólogos descobrem paraíso dos gorilas no Congo, com 125 mil macacos
Achado na floresta equatorial africana dobra o número de indivíduos conhecidos de espécie.
Primatas estão entre os mais ameaçados do mundo, sob pressão de caça e do vírus Ebola.


Reprodução
Mamãe e filhote vivem em tranqüilidade no santuário de gorilas da República do Congo


(Foto: Reprodução)Pesquisadores anunciaram nesta terça (5) a descoberta de 125 mil gorilas-da-planície-ocidentais, nas profundezas da floresta equatorial da República do Congo. Com isso, a população estimada da espécie, uma das mais ameaçadas entre os primatas, pode dobrar, afirma a Sociedade para a Conservação da Vida Selvagem (WCS, na sigla inglesa).


A "explosão populacional" dos grandes macacos vem de duas áreas recentemente descobertas no norte da República do Congo. Estimativas anteriores, feitas nos anos 1980, afirmavam que a população da espécie era inferior a 100 mil indivíduos. Acreditava-se que esse número tinha caído pelo menos 50% desde então, graças à caça e a epidemias. Os novos indivíduos da espécie significam que a população real deve estar entre 175 mil e 225 mil gorilas.

"É uma descoberta muito significativa, se levarmos em conta o terrível declínio populacional dessas criaturas magníficas causado pelo vírus Ebola e pela busca por carne de caça", diz Emma Stokes, membro da equipe de pesquisa. A estimativa foi feita contando os "ninhos" que os gorilas constroem para dormir -- os primatas, muito tímidos, são difíceis de contar individualmente.

Todos ameaçados
As quatro espécies reconhecidas de gorilas (às vezes também classificadas como subespécies) são consideradas ameaçadas ou criticamente ameaçadas (a pior situação possível para um animal ainda não extinto) pelos critérios internacionais. Por isso, Stokes afirma que o novo senso não quer dizer que os bichos estejam a salvo. "Não podemos nos tornar complacentes. O Ebola é capaz de matar milhares deles num período muito curto", afirma.
Os dados esperançosos foram liberados em Edimburgo, na Escócia (Reino Unido), junto com um novo relatório sobre a situação dos primatas no mundo. As notícias não são boas: quase metade das 634 espécies e subespécies dos parentes mais próximos do homem correm risco de desaparecer.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Garantia de um sono tranquilo e revigorante

21/04/09 - 07h56 - Atualizado em 21/04/09 - 07h56

Médica dá dicas para você garantir um sono tranquilo e revigorante
Recomendações simples ajudam a dormir bem todas as noites.
Mas, se o problema permanecer, é preciso procurar ajuda.

Se você aproveitou o feriado e dormiu até não poder mais para diminuir o cansaço durante a semana de trabalho, temos uma má notícia: você pode ter piorado tudo. “É importante manter a regularidade dos horários do sono para ter uma noite tranquila. Você precisa dormir e acordar mais ou menos na mesma hora todos os dias – mesmo nos finais de semana e nos feriados”, orienta a médica Luciana Palombini, especialista em saúde do sono.



São regras simples que seguem uma máxima: “o sono é sagrado”. E por isso deve ser reverenciado e ter um templo: o seu quarto. Quarto não é lugar de trabalhar, não é lugar de estudar, nem de ver TV. Quarto é lugar de dormir (mas não se preocupe, os encontros, digamos, “íntimos” estão liberados). E de dormir com conforto. Você tem que mantê-lo sem luz excessiva, livre de ruído e com uma temperatura agradável.




Foto: Reprodução Quarto precisa virar um 'templo do sono' para que você possa dormir em paz (Foto: Reprodução)Além de respeitar o seu quarto, você tem que respeitar a hora de dormir. Quem tem problemas durante o sono tem que começar a relaxar algumas horas antes de ir para cama. Ou seja, nada de estimulantes à noite. Esqueça cigarro, café e refrigerantes a base de cafeína, prefira chás e leite. E evite se exercitar à noite. “A melhor hora para fazer exercícios é de manhã e à tarde”, recomenda Palombini.

E, é claro, é preciso respeitar também o seu corpo. Se ele não quer dormir, não adianta ficar brigando com ele. “A pior coisa que uma pessoa com insônia pode fazer é ficar deitada na cama tentando se forçar a dormir. Isso só aumenta a ansiedade e piora tudo”, diz a médica. “

Não importa se é no começo, no meio ou no final da noite, se passar trinta minutos e você não conseguir dormir, levante da cama”, avisa Palombini. Levante e vá fazer algo relaxante. Nada de exercícios ou filmes agitados. Procure tomar um chá, ler um livro, ouvir uma música mais calma. E só volte para a cama quando estiver pronto para dormir.

Levantamento de peso e musculação podem ajudar hipertensos

22/04/09 - 09h08 - Atualizado em 22/04/09 - 09h08

Levantamento de peso e musculação podem ajudar hipertensos, dizem estudos
Músculos mais fortes diminuem esforço do coração para bombear sangue.
Para começar os exercícios, contudo, é bom consultar um médico.

Será que levantar peso é ruim para a pressão sanguínea? Sabe-se que exercícios aeróbicos regulares podem melhorar a circulação e reduzir a pressão do sangue. Porém, o que dizer da musculação?


Levantamento de peso pode até ajudar no controle da pressão (Foto: Reprodução)
Durante anos, pessoas com hipertensão foram alertadas a não praticar o esporte, pois os médicos temiam que picos de pressão sanguínea, provocados durante o levantamento de peso vigoroso, pudessem causar problemas perigosos e, no longo prazo, aumentar a pressão. No entanto, estudos não oferecem muitas evidências em relação a isso. Nos últimos anos, grandes pesquisas descobriram o contrário: a musculação reduz a pressão sanguínea, pois, com músculos mais fortes, exige-se menos do coração para as atividades do dia-a-dia.

Por exemplo, uma análise, publicada no periódico "Hypertension", observou 11 exames clínicos comparando 182 adultos praticantes de musculação várias vezes por semana e 138 não praticantes deste tipo de exercício. No geral, o estudo descobriu que a musculação diminuiu a pressão sanguínea sistólica (o maior número num exame de pressão) em até 2%, e a pressão diastólica em cerca de 4% - pequenos benefícios capazes de melhorar enormemente a saúde cardiovascular.

Outro relatório da American Heart Association, publicado na revista científica "Circulation", revelou que apenas duas ou três sessões de levantamento de peso por semana – com exercícios de flexões e pressões – eram suficientes para diminuir a pressão sanguínea.

A associação afirma que o treinamento de resistência pode também beneficiar pacientes cardíacos, mas recomenda uma consulta inicial com um médico, para orientação.

Portanto, o levantamento de peso pode diminuir a pressão sanguínea.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Intervalos muito longos ou curtos entre gestações podem fazer mal

14/04/09 - 14h16 - Atualizado em 14/04/09 - 14h16

Intervalos muito longos ou curtos entre gestações podem fazer mal a bebê
Espaço ideal entre gravidezes é entre 18 meses e cinco anos, diz estudo.
Problemas podem envolver baixo peso, prematuridade e até morte.
Intervalos muito pequenos ou longos demais entre as gestações estão entre os fatores de risco para as crianças e suas mães. Para avaliar a extensão matemática desse risco, cientistas escoceses reavaliaram dados de gravidezes ocorridas durante um período de sete anos.
O estudo comprovou a hipótese do aumento do risco nas gestações com intervalo pequeno e levantou importantes correlações sociais e econômicas. Foram avaliadas mais de 89 mil gestações, em mães que apresentavam um intervalo menor do que cinco anos a partir do primeiro filho.
O estudo buscava evidenciar a incidência de alguns problemas, como baixo peso ao nascer, prematuridade extrema (bebês nascidos entre 24 a 23 semanas) e prematuridade média (33 a 36 semanas) e morte perinatal. Os resultados mostraram que, se a segunda gestação ocorresse comum intervalo de menos de seis meses, o risco da ocorrência de problemas era de até duas vezes maior para prematuridade extrema, 60% maior para prematuridade média e quase três vezes maior para morte perinatal das crianças.
As mães que engravidavam com intervalo menor do que seis meses eram mais propensas a serem fumantes, mais jovens, com menos de 20 anos, e viviam em regiões com condições sociais e econômicas desfavoráveis.
Na mesma linha de pesquisa um estudo feito pela Fundação Santa Fé, na Colômbia reviu as publicações sobre o intervalo ideal entre as gestações. Não somente as gravidezes muito próximas, mas também as com intervalos muito longos, apresentavam riscos. Decidir engravidar após cinco anos de intervalo aumenta, embora de forma pequena, os riscos de prematuridade e baixo peso ao nascer.
Após todos os resultados avaliados, o intervalo considerado ideal entre as gestações ficou entre os 18 meses e os 5 anos. O que todas essas pesquisas apontam é aa necessidade de um planejamento familiar consciente e acompanhado por médicos para que os riscos, tanto para mães quanto para bebês, possam ser minimizados.

Gato pede esmola

17/03/09 - 20h00 - Atualizado em 17/03/09 - 20h00

Gato pede esmola com cartaz: 'preciso de dinheiro para comprar peixe'
Gato foi flagrado pedindo esmola em uma cidade da Belarus.
Proprietária do felino fica nas proximidades só observando.


Gato pede esmola em uma cidade da Belarus. Animal permanece no local com um cartaz, que diz: 'preciso de dinheiro para comprar peixe'. Felino não abandona seu lugar e protege o dinheiro apenas com o olhar. A proprietária do gato fica nas proximidades. (Foto:Divulgação)




Segundo o site 'englishrussia.com', a mulher disse que tinha salvo o gato, mas, como já contava com outros animais de estimação, não poderia alimentar todos eles. Por isso, ela decidiu levá-lo junto para pedir esmola na cidade. (Foto: Divulgação)

Formigas têm grande capacidade de escolher

22/04/09 - 17h03 - Atualizado em 22/04/09 - 17h14
Formigas têm grande capacidade de escolher locais para colônias, diz estudo
Insetos preferem locais melhores para ninhos mesmo que mais distantes.

As formigas tem uma grande capacidade inata para escolher o melhor local para seus ninhos, de acordo com uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha.
Os pesquisadores instalaram minúsculos transmissores de rádio para identificação e observação das formigas.
No experimento, as formigas puderam escolher entre dois ninhos, um próximo mas pior e outro melhor mas nove vezes mais distante.
"Formigas que encontraram primeiro o ninho próximo tendiam a procurar outro, enquanto que as que foram primeiro ao ninho distante, se fixaram por lá", disse Elva Robinson, que liderou a equipe de estudos da Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Bristol.
A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira na revista especializada "Proceedings of the Royal Society B".

Decisão coletiva
O melhor ninho era escolhido apesar do fato de que poucas formigas, individualmente, terem feito comparações diretas entre os locais examinados.
Na busca de um novo ninho para a colônia, as formigas da rocha enviam formigas exploradoras antes, para descobrirem novos ninhos e avaliar os locais. Feita a escolha, estas formigas exploradoras trazem para o novo ninho outras formigas, que vão preparar o local para a instalação da colônia e a vinda do resto das formigas.
Aproximadamente 41% das formigas que visitaram o local pior e mais próximo depois trocaram o local do ninho para o que ficava mais longe do antigo ninho.
Apenas 3% das formigas que visitaram o ninho mais distante em primeiro lugar depois fizeram a troca para o ninho mais próximo.
Robinson afirma que outros animais, incluindo humanos, que usam avaliação comparativa, com frequência tomam decisões "irracionais", devido ao contexto no qual as opções são comparadas, entre outros fatores.
"A regra das formigas leva a uma avaliação absoluta da qualidade do ninho que não está sujeita a estes riscos, e dispensa a necessidade de memorização e comparação de cada local visitado."
Assim, o comportamento individual simples substitui a comparação direta, facilitando uma escolha eficaz entre locais para a colônia se instalar", acrescentou.

sábado, 16 de maio de 2009

Fidel nega querer exportar socialismo aos EUA

22/04/09 - 22h30 - Atualizado em 22/04/09 - 22h30

Fidel nega querer exportar socialismo aos EUA

Havana, 22 abr (EFE).- O líder cubano Fidel Castro afirmou hoje, dirigindo-se ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que não pretende "exportar" à nação o sistema político de seu país, o único comunista do continente.

"Não solicitamos a democracia capitalista na qual o senhor se formou e na qual sinceramente e com todo direito acredita. Não pretendemos exportar nosso sistema político aos Estados Unidos". disse Fidel em um novo artigo da série "Reflexões", divulgado pela imprensa estatal.

"O índice de mortalidade infantil em Cuba é menor que o dos Estados Unidos; há muito tempo não há analfabetos; as crianças brancas, negras ou mestiças vão todos os dias à escola, dispõem de possibilidades iguais de estudo, incluídos os que requerem educação especial", afirmou o ex-presidente cubano.

"Alcançamos não toda a justiça, mas sim o máximo de justiça possível. Todos os membros da Assembleia Nacional são indicados e escolhidos pelo povo, votam mais de 90% da população com direito a voto", acrescenta.

"No subconsciente, Obama compreende que Cuba tem prestígio pelos serviços dos médicos na região e até dá mais importância que nós mesmos. Talvez sequer tenham informado de que Cuba enviou os médicos não só à América Latina e ao Caribe, mas também a vários países da África, a países asiáticos", ressaltou.

Fidel reitera a crítica a vários artigos dos últimos dias que o embargo comercial que os Estados Unidos aplicam a Cuba desde 1962 "sequer foi mencionado" na declaração final da Cúpula das Américas realizada no fim de semana passado em Trinidad e Tobago.

Segundo o líder cubano, nessa reunião "se percebia uma estratégia arrumada para exaltar as posições mais afins aos interesses dos EUA e mais opostas às políticas partidárias das mudanças sociais, à unidade e à soberania dos povos".

Fidel também falou sobre a polêmica levantada pelo presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que afirmou que, na Cúpula das Américas, houve censura e que alguns governantes foram vítimas de maus-tratos.

"Perguntei e ele me contou que seis dirigentes de alto nível tiveram que esperar na pista (de Port of Spain): Lula; (Stephen) Harper, do Canadá; (Michelle) Bachelet, do Chile; Evo (Morales), da Bolívia; (Felipe) Calderón, do México e ele (Ortega), que era o sexto", conta Fidel.

"O Motivo? Os organizadores, em um ato de adulação, decidiram isso para receber o presidente dos Estados Unidos. Daniel permaneceu as 3 horas dentro do avião da LACSA, ao ser retido no aeroporto sob sol radiante do Trópico". EFE

Comando militar de segurança do ciberespaço

22/04/09 - 13h10 - Atualizado em 22/04/09 - 13h10

EUA vão criar comando militar de segurança do ciberespaço
Foco será nas redes do Pentágono e em ofensivas de 'guerra cibernética'.
Objetivo é barrar hackers de países como China e Rússia, diz jornal.


Foto: Jason Reed/Reuters Barack Obama deve anunciar um plano de 'segurança cibernética' ainda este mês (Foto: Jason Reed/Reuters)

O governo Obama planeja criar um novo comando militar cujo foco estará nas redes de computadores do Pentágono e em capacidades ofensivas de guerra cibernética, reportou o "Wall Street Journal", mencionando atuais e antigos funcionários do governo que conhecem os planos.
A iniciativa reformulará os esforços das forças armadas para proteger suas redes contra ataques de hackers, especialmente aqueles vindos de países como China e Rússia, informou o jornal.
Funcionários do Pentágono foram citados como tendo declarado que o novo comando será
anunciado dentro de poucas semanas.
O comando do ciberespaço será liderado inicialmente por um oficial militar de quatro
estrelas, e será parte do Comando Estratégico do Pentágono, afirmou o jornal, citando funcionários conhecedores da proposta.
Porta-vozes da Casa Branca e do Pentágono não comentaram de imediato.


'Cibercomando'
O presidente Barack Obama deve anunciar um plano para melhorar a segurança cibernética ainda este mês, depois que a Casa Branca concluir sua revisão sobre o assunto, de acordo com o jornal.
O secretário da Defesa Robert Gates planeja anunciar a criação do novo "cibercomando" das Forças Armadas depois que a revisão da Casa Branca for concluída, segundo a reportagem, que cita múltiplos funcionários das forças armadas familiarizados com o plano.

O jornal havia reportado anteriormente que espiões cibernéticos haviam violado repetidamente o mais dispendioso programa de armamentos do Pentágono, o projeto Joint Strike Fighter, de US$ 300 bilhões.
A identidade dos atacantes e as dimensões dos danos causados ao projeto não foram reveladas, segundo o jornal.
O "Wall Street Journal" citou antigos funcionários do governo norte-americano como tendo declarado que os ataques parecem ter se originado da China, ainda que apontasse a dificuldade de identificar a origem dada a facilidade de ocultar identidades on-line.

A embaixada chinesa declarou que a China "se opõe e proíbe todas as formas de crimes
cibernéticos", de acordo com o jornal.

Chinelo que serve como 'garrafa'

15/12/08 - 21h08 - Atualizado em 15/12/08 - 21h08

Conheça o chinelo que serve como 'garrafa' para esconder bebida
Produto é vendido nos Estados Unidos por US$ 45.
Fabricante sugere uso na praia ou à beira de piscinas.


Foto: Divulgação Deu sede na praia? Que tal esvaziar o chinelo? (Foto: Divulgação)

"Não falta nada pra ser inventado". Apesar dos limites da criação humana, essa frase a cada dia
fica mais verdadeira. Uma das mais recentes produções da humanidade é, pasmem, um chinelo capaz de carregar bebidas.
Difícil pensar em uma utilidade para o objeto que não seja a de entrar com bebidas em um lugar onde elas não são permitidas, mas os fabricantes alegam que a idéia é facilitar a vida de quem vai para a praia ou para a beira de uma piscina...

Cada par das Reef Dram Sandals, como foi batizado o chinelo-cantil, é vendido nos Estados Unidos por US$ 45, o equivalente a cerca de R$ 100. E aí? Vale a pena pagar para poder tirar água do pé?

Cientistas testam vacina contra malária

22/04/09 - 22h54 - Atualizado em 22/04/09 - 22h55


Cientistas testam vacina contra malária usando parasita de mosquito
(embargada até as 1h15 desta quinta-feira, horário de Brasília)

Washington, 22 abr (EFE).- A empresa farmacêutica Sanaria anunciou hoje que iniciou a primeira fase de testes nos Estados Unidos de uma vacina contra a malária a partir do uso de uma forma completa, mas enfraquecida, do parasita do mosquito transmissor propagado.
Os testes foram autorizados pela agência reguladora de alimentos e remédios dos Estados Unidos (FDA, em inglês) e serão realizados no Centro de Pesquisas Médicas da Marinha e no Centro para o Desenvolvimento de Vacina da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, indicou o anúncio.
Sanaria acrescentou que os testes para determinar a segurança e a eficácia da inoculação terão com a participação de 105 voluntários adultos, e espera-se que as vacinações dos primeiros grupos comecem em meados de maio.
"O começo do teste aumenta o espectro das vacinas contra a malária que estão em desenvolvimento clínico", explicou Christian Loucq, diretor da Iniciativa contra a Malária.

A malária é uma doença que se manifesta principalmente em zonas tropicais e é transmitida pelo mosquito Anopheles. EFE

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Caça-fantasmas diz ter encontrado 'assombração'

14/04/09 - 11h07 - Atualizado em 14/04/09 - 11h07

Caça-fantasmas diz ter encontrado 'assombração' em salão de cabeleireiro

Filmagem mostra luz que se movimenta em direção à câmera.
Dono do salão relata diversas histórias consideradas estranhas.
Assustado com acontecimentos estranhos em seu salão de beleza, o cabeleireiro britânico Harry Browns, 35, decidiu contratar uma equipe de caça-fantasmas. Depois de fazer filmagens no local, eles disseram ter capturado a imagem de um fantasma saindo da lareira e se movimentando em direção ao equipamento.
Segundo a empresa contratada, o espectro foi identificado no dia 28 de fevereiro, às 20h21, no salão que funciona em uma casa construída em 1820. Kelly Goddard, responsável pela Ghost UK, disse que pode se tratar de um prisioneiro.


Empresa diz que imagem de fantasma (mancha branca do lado direito) foi capturada em fevereiro. (Foto: Reprodução )
“A parte mais interessante da noite foi quando vimos algo que se parecia com um espírito. Na tela, parece que houve uma mudança no formato. Acreditamos que essa forma pode estar relacionada com o que a construção foi usada no passado”, disse Kelly.

Ainda de acordo com ela, no local funcionava um tribunal onde os criminosos eram enforcados. “Isso pode explicar a queda de temperatura sentida pelos clientes e funcionários”, continuou a responsável pela empresa Ghost UK. O cabeleireiro Browns, dono do salão, disse que os fantasmas podem continuar no local, desde que eles mantenham um comportamento amigável.
Ele contou diversas situações consideradas suspeitas no ambiente de trabalho, que fica em Market Harborough, Leicestershire. “Estamos cientes de uma presença esquisita há anos, mas ver a imagem em um filme é muito estranho. Algumas das funcionárias se assustaram com o que viram”, afirmou.
De acordo com ele, diversas tesouras e escovas já desapareceram do local. “Em uma ocasião, um cliente disse ter visto duas pessoas perto da lareira com roupas antigas. Ele se apavorou quando dissemos que não havia ninguém lá, então decidimos contratar profissionais para investigar.”

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Astro chinês de Hollywood defende comunismo

22/04/09 - 11h30 - Atualizado em 22/04/09 - 11h32

Astro chinês de Hollywood defende comunismo e pode sofrer boicote
Para o ator Jackie Chan, 'Taiwan é caótica'.
Legisladores de Taiwan criticaram comentário de astro do cinema.




Foto: Zhao Yingquan/AP Jackie Chan (à esquerda) durante fórum realizado na província de Hainan, na China, no sábado (18), em foto divulgada pela agência de notícias chinesa 'Xinhua' (Foto: Zhao Yingquan/AP) O ator chinês que faz sucesso em filmes de ação de Hollywood pode sofrer um boicote dentro de Taiwan após ter declarado que o país “é caótico”.

Especialista em artes marciais, Jackie Chan, de 55 anos, participava de um fórum do Partido Comunista Chinês, no sábado (18), na província chinesa de Hainan quando fez comentários sobre o que achava de o país ter uma sociedade mais livre, de viver sem o autoritarismo.

“Não tenho certeza se é bom ter liberdade ou não”, afirmou Chan. “Se você tem muita liberdade, você vai seguir o caminho de Hong Kong. É muito caótico. Taiwan também é caótica”, completou Jackie Chan, famoso por filmes como ‘Hora do Rush’.

“Estou começando a sentir que gradualmente nós chineses precisamos ser controlados. Se não estamos sendo controlados, nós vamos fazer apenas o nós queremos”, completou ele.

Legisladores de Taiwan, porém, criticaram os comentários do ator e já falam até em boicotar os filmes do ator.

Taiwan separou-se da China continental em 1949, no fim da guerra civil chinesa, quando o governo nacionalista chinês se refugiou na ilha após ser derrotado pelos comunistas.




Foto: Zhao Yingquan/AP Em foto da agência 'Xinhua', Jackie Chan, fala durante fórum (Foto: Zhao Yingquan/AP)“Ele insultou o povo chinês. O povo chinês não é um ‘animal de estimação’”, afirmou Leung Kwok-hung, legislador que defende a democracia. “A sociedade chinesa precisa de um sistema democrático para proteger os direitos humanos”, completou ele, em entrevista para a agência de notícias “Associated Press” (AP).

“Os comentários dele foram racistas. Pessoas por todo o mundo estão fazendo o melhor para seus países. Por que os chineses não podem fazer o mesmo”, disse outro legislador, Albert Ho, para a a “AP”.

“Ele mesmo se aproveita da liberdade e democracia e dos benefícios do capitalismo”, disse o legislador Huang Wei-che.

Censura
Ho disse que Chan chegou a ser um crítico do governo militar chinês, principalmente após o conflito em 1989. Mas o ator, porém, sempre foi bem visto pelo partido comunista e chegou a ser um dos convidados a carregar a tocha olímpica antes da Olimpíada de Pequim, em 2008.

Em fevereiro, Chan e a produtora disseram que o novo filme que protagoniza não será passado em território chinês.

O diretor Derek Yee, de Hong Kon, afirmou que pensou em aliviar a violência de "Shinjuki incident" para que pudesse passar nas leis de censura chinesas, mas preferiu não fazê-lo por acreditar que afetaria a integridade do filme.

Yee afirmou que o filme de US$ 25 milhões tem cenas que mostram personagens tendo as mãos cortadas e perfuradas com facas.

A China não tem um sistema de classificação etária, por isso todo filme é lançado para todas as idades. Os censores do país também se preocupam com assuntos que lidem com política, como Tibet ou a investida do exército contra manifestantes pró-democracia na praça de Tiananmen, em 1989.

O diretor contou que não se preocupou com a ambientação do filme no Japão - outro tópico sensível na China. "Para nós, o problema era só a violência", falou.

As relações entre China e Japão ainda são tensas por conta da ocupação brutal do Japão durante a Segunda Guerra Mundial. A produção hollywoodiana de 2005 "Memórias de uma gueixa" não foi lançada na China por que a imagem de atores chineses, Zhang Ziyi e Gong Li, retratando personagens japoneses seria considerada uma ofensa às plateias.

Vírus 'antipirata' bloqueia acesso a sites

05/01/09 - 20h13 - Atualizado em 05/01/09 - 20h47
Vírus 'antipirata' bloqueia acesso a sites de download de arquivos ilegais
Usuário infectado fica sem acesso a serviços como Pirate Bay e Mininova.
Praga 'Troj/Qhost-AC' foi identificada pelo empresa de segurança Sophos.



Foto: Reprodução Cavalo-de-tróia impede acesso ao site de compartilhamento de arquivos Pirate Bay (Foto: Reprodução) Uma praga virtual que começou a se espalhar nas últimas semanas impede que o computador infectado acesse sites de compartilhamento de arquivos torrent.

A praga, do tipo cavalo-de-tróia ("trojan"), altera arquivos no computador do usuário e impede o acesso aos sites Mininova e The Pirate Bay, diz o site "Torrent Freak".
A empresa de segurança Sophos batizou a praga de "Troj/Qhost-AC", e diz que sua disseminação foi baixa - a correção está disponível desde sexta-feira (2).
Usuários do "Torrent Freak" relataram que o cavalo-de-tróia também aciona janelas pop-up e dispara mensagens sonoras dizendo que "é errado fazer download".



Relatório de empresa de segurança detalha a ação da praga 'antidownload' (Foto: Reprodução)

Twitter pode deixar pessoas insensíveis

15/04/09 - 08h29 - Atualizado em 15/04/09 - 08h29

Twitter pode deixar pessoas insensíveis, diz estudo
Pesquisa afirma que cérebro precisa ‘processar’ informações.
Sem isso, pessoas podem se tornar indiferentes a sofrimento humano.


Foto: Divulgação Logotipo do Twitter, site que permite publicação de posts com até 140 caracteres. (Foto: Divulgação ) As breves e constantes atualizações disparadas pela TV e internet – em sites como o Twitter e agregadores de notícias -- podem reduzir a moral das pessoas, além de torná-las indiferentes ao sofrimento humano. A informação pertence a um estudo da University of Southern California, divulgado nesta terça-feira (14) pela CNN.

De acordo com a pesquisa, esse tipo de notícia é muito rápida para ser processada pelo “ritmo moral” do cérebro, podendo assim prejudicar o desenvolvimento emocional dos jovens. Isso porque antes de o cérebro “digerir” completamente a angústia e sofrimento de uma história, ele já é bombardeado por novas informações.
“Se as coisas acontecem de maneira muito rápida, é possível que a pessoa nunca experimente por completo as emoções relacionadas ao estado psicológico de terceiros. Isso teria implicações para a moral”, afirmou a pesquisadora Mary Helen Immordino-Yang, segundo a CNN. A pesquisa será divulgada oficialmente na próxima semana na “Proceedings of the National Academy of Sciences Online Early Edition”.
Para chegar às conclusões do estudo, os especialistas analisaram como voluntários responderam a histórias reais selecionadas para estimular a admiração por virtudes e habilidades, além de compaixão por dores físicas e sociais. A análise cerebral mostrou que eles responderam rapidamente a sinais de dor física nos outros, mas levaram mais tempo para manifestar admiração e compaixão.

“Para alguns tipos de pensamento, especialmente decisões morais relacionadas a situações psicológicas e sociais envolvendo terceiros, precisamos de tempo suficiente para refletir”, disse Immordio-Yang.
De acordo com ela, o estudo questiona o custo emocional, principalmente entre os mais jovens, do uso intensivo de serviços via TV e internet de constante atualização. “Precisamos entender como a experiência social molda as interações entre o corpo e mente, para que possamos assim educar cidadãos com uma moral fortalecida.”

terça-feira, 12 de maio de 2009

Spammers criam estratégia - TWITTER

30/05/08 - 11h19 - Atualizado em 30/05/08 - 13h00

Spammers criam estratégia para bombardear usuários do Twitter
Eles fazem perfis com o único objetivo de oferecer sites, serviços e downloads.
Estratégia marca o surgimento dos 'spitters', ou spammers do Twitter.

Internautas que disparam mensagens não-solicitadas -- os chamados spammers -- já importunam usuários de e-mail, comunicadores instantâneos, blogs e redes sociais, entre outras ferramentas de comunicação on-line. Agora, com a popularização do serviço de microblog Twitter, eles criaram uma maneira de bombardear também esse ambiente com suas mensagens. O golpe marca o surgimento dos spitters, ou spammers do Twitter.


A estratégia consiste em criar um perfil que divulga sites, serviços on-line, programas para download ou qualquer outro tipo de oferta. Em seguida, o spammer passa a seguir (follow) o maior número de pessoas possível, para entrar na lista de “followers” desses milhares de usuários. Quando o internauta confere quem são seus seguidores e se depara com aquele novo perfil, pode acabar acessando a mensagem criada pelo spammer.

Em outras palavras, esses spitters não seguem as pessoas para saber o que elas publicam no Twitter. O objetivo é exatamente o contrário: fazer com que essas pessoas vejam o que o spitter divulga no serviço on-line. Veja abaixo um exemplo dessas páginas.

Perfil que divulga papéis de parede se tornou seguidor de 16,3 mil pessoas. Objetivo é divulgar esse serviço on-line para o maior número de internautas possível. (Foto: Reprodução) Diferente do que acontece no Orkut, site no qual é possível escrever mensagens na página de outras pessoas, o usuário do Twitter só recebe textos das pessoas que adiciona. Por isso, ele só verá as mensagens do spammer se adicioná-lo ou se xeretar no perfil daquele que se tornou seu seguidor.
Vale lembrar que a divulgação de spams no Orkut foi seguida pela publicação de links que tentavam instalar programas maliciosos no PC. Para evitar problemas, os membros do Twitter não devem clicar em endereços sugeridos por pessoas desconhecidas. Principalmente aquelas que, do nada, aparecem em sua lista de seguidores.

1 milhão de amigos
Um dos obstáculos dessa estratégia seria começar a seguir um grande número de pessoas -- o processo não é difícil, mas clicar sobre o perfil de 10 mil usuários pode levar tempo. Para evitar isso, já são oferecidas na internet ferramentas com as quais os spitters conseguem rastrear milhares de pessoas e, automaticamente, se inserir em suas listas de seguidores.
A divulgação desses programas está sendo feita, inclusive, através desse esquema de
bombardeio de mensagens. Essas ferramentas são pagas e seus desenvolvedores já divulgam até promoções: de US$ 50 por US$ 30, em um dos casos. Uma "amostra grátis" lhe dá 20 novos contatos.

Reprodução
Com ferramenta, spitters rastreiam milhares de pessoas e entram em suas listas de seguidores.

(Foto: Reprodução).
Em sua seção on-line de FAQ (perguntas mais freqüentes), o desenvolvedor da ferramenta acima afirma que ela é de fácil uso e adiciona o usuário às listas de 2 mil pessoas em apenas um dia. Para comprovar a eficácia de sua invenção, ele divulga um perfil criado há quatro dias que já se tornou seguidor de 30 mil usuários.

O que é?
O Twitter propõe que os participantes respondam com até 140 caracteres à pergunta “o que você está fazendo?”. “Mesmo se a resposta for ‘cortando a grama’ ou ‘fazendo o jantar’, ela nos interessa”, diz a apresentação do serviço. Os responsáveis pela página reconhecem a vasta oferta de ferramentas de comunicação, mas defendem que seu serviço é diferente dos demais: “você não enviaria um e-mail para um amigo para contar que está tomando café.”

Popularidade das redes sociais causa 'ressaca'

23/03/09 - 09h02 - Atualizado em 23/03/09 - 09h12

Popularidade das redes sociais causa 'ressaca' em seus veteranos
Fenônemo já visto no Orkut começa a se repetir no microblog Twitter.
Usuários antigos torcem o nariz para popularidade de seu 'clube virtual'.



Foto: Divulgação Popularização do Twitter desagrada muitos 'veteranos'.
(Foto: Divulgação)

“O Orkut é brega”, “Facebook é a bola da vez” e “Orkut sucks, Twitter rules” (“Orkut é péssimo, Twitter domina”) foram alguns dos comentários postados. Em outro texto, este sobre informações judiciais divulgadas nos microblogs, a reação seguiu o mesmo tom: “peço às autoridades jornalísticas que parem de divulgar o Twitter no Brasil. Já basta o Orkut ter sido infestado dessa ralé”, escreveu um leitor identificado como Seu Madruga, que ganhou o apoio de outros anônimos.
Os comentários mostram um comportamento que vem se tornando constante na web brasileira:
aqueles que aderem primeiro a uma rede social torcem o nariz ao ver seu “clube virtual” ser invadido.


Quando isso acontece, os pioneiros optam por abandonar o ambiente (ação conhecida como Orkuticídio, quando na rede social do Google) ou deixam de atualizar seus perfis com tanta frequência, geralmente investindo em algo novo. Essa debandada já foi vista no Orkut --
quando seus usuários partiram em busca do MySpace, Facebook e afins – e agora dá sinais no Twitter, serviço de microblog que vem ganhando adeptos no Brasil. Se você ainda não conhece o Twitter, entenda aqui como funciona.

Conforme acumulam seguidores (usuários que acompanham seus textos de até 140 caracteres), muitos twitteiros “veteranos” reclamam da invasão do site. O blog Maldita cultura pop fez uma previsão do que acontecerá, com base na experiência testemunhada no Orkut. Segundo o post, adolescentes marcarão briga usando o Twitter, surgirão os twitts pagos (como já fez o apresentador Marcelo Tas), o Google vai comprar o Twitter, estrangeiros vão discriminar brasileiros, casais de namorados brigarão por coisas que foram escritas no Twitter dos outros, uma enxurrada de perfis de gatos, cachorros e bebês serão criados e -- é claro -- usuários cometerão “twittercídio”.

Exclusividade

Foto: Juliana Carpanez/G1 Emerson Calegaretti, diretor-geral do MySpace no Brasil. (Foto: Juliana Carpanez/G1) Emerson Calegaretti, diretor-geral do MySpace no Brasil, concorda que essa tendência da ressaca das redes sociais existe. “Para uma pequena parcela da população, ter acesso exclusivo a um produto ou serviço tem muito mais valor do que sua utilidade ou benefício percebido”, afirma. “Os early adopters [adeptos às novidades] usam os sites de relacionamento como símbolo de status. Pertencer a uma rede que ninguém conhece ou usa torna essa pessoa um desbravador, um conhecedor de mistérios herméticos que os demais ainda não conhecem.” Calegaretti lembra, no entanto, que a tendência de sites sociais é crescer de forma geométrica.
É isso o que mostram os números do Ibope Nielsen Online: na internet residencial brasileira, o Twitter passou de 225 mil visitantes únicos em janeiro de 2009 para 344 mil em fevereiro – crescimento de 52,8% em um mês. No início do ano, o Orkut teve 17,5 milhões de internautas domésticos (mais de 70% dos usuários residenciais ativos no país), MySpace chegou a 1 milhão e Facebook teve 900 mil -- todas as páginas, diz o Ibope, apresentam crescimento.

Foto: Arquivo pessoal Gilberto Pavoni Junior, que se declara viciado no universo virtual, está em cerca de 30 comunidades. (Foto: Arquivo pessoal) Gilberto Pavoni Junior, jornalista que se diz viciado no universo virtual, afirma que o movimento de migração surgiu paralelamente à popularização das redes sociais. “A Tecnologia da Informação é uma indústria de bolhas. Os novidadeiros ajudam a criar, enquanto o público comum ajuda a estourar, e assim começa tudo de novo. Os novidadeiros não querem correr o risco de serem confundidos com um cidadão médio: por isso eles migram em busca de algo novo”, diz Pavoni, que está cadastrado em cerca de 30 dessas redes.
Ele não acredita que esse movimento represente o fim de sites sociais. “Eles podem morrer para os early adopters, mas permanecem para os demais.” Pessoalmente, Pavoni não se incomoda com a popularização dos grupos: para ele, isso mostra que os novidadeiros estavam certos, cria um mercado para sustentação comercial do que foi descoberto e empurra os fãs de novidades para outras descobertas. “Alguns encontram uma praia. Quando a muvuca invade e fica surfando, é hora de procurar uma nova praia deserta.”

Confusão

O administrador de sistemas Rodrigo Correia, 32, se considera um early adopter por gostar de novidades tecnológicas. Ele, que em meados do ano passado fez uma lista com “bons motivos para sair do Orkut e migrar para o Facebook” diz não se importar com a popularização de uma rede, um indicador de sucesso. “O que me incomoda não são os usuários genuínos, mas os spammers que inevitavelmente chegam com o crescimento desses sites”, conta (saiba como funcionam as mensagens indesejadas no Twitter).

Foto: Arquivo pessoal Fernando Gouveia saiu do Twitter, mas depois voltou. (Foto: Arquivo pessoal ) Ícaro Leal da Silva, 17, faz parte da primeira leva de internautas brasileiros a cometer twittercídio – ele disse preferir outros serviços de microblog, como Jaiku e Plurk.

Participante de diversas redes sociais, Silva reforça a tese de que o medo em relação à popularização das páginas está ligado à confusão que eles viram com a adesão de um grande número de pessoas. “Aconteceu isso no Orkut, que tem excesso de spam e comunidades inúteis. É como se fosse um trauma”, acredita.

Também nas estatísticas dos twittercidas, Fernando Gouveia, 32, abandonou o site e depois voltou. Conhecido como Gravataí Merengue, por causa de seu blog, o advogado saiu quando estava sobrecarregado de trabalho, por achar que o microblog atrapalhava na concentração.
Encontrou mais paz para trabalhar, mas acabou voltando com o objetivo de participar de discussões e conversas que considera interessantes.

“Algumas pessoas se irritam nos sites de relacionamento porque não gostam de povo. Quanto mais popular for um twitteiro, menos ele é ‘pop’ no sentido lato. Menos ele tolera um ‘miguxo’, uma pessoa mais humilde ou que cometa mais erros de português do que ele”, diz Gouveia.

Fidelidade

Foto: Arquivo Pessoal Silvio Meira acredita que usuários abandonam redes sociais quando nada os prende lá. (Foto: Arquivo Pessoal ) O professor e pesquisador Silvio Meira não acredita que sites de relacionamento sejam abandonados porque se tornam populares. “O pessoal que começa a rede tem acesso a essa tecnologia em estado alfa e beta, quando os demais usuários ainda não estão lá. Se os early adopters não estiverem usando os sites como parte do que seriam processos essenciais para seu trabalho e vida, não há razão para permanecerem lá, onde nada os prende.”

“Ninguém troca seu provedor de e-mail de uma hora para outra. Há um custo relativamente alto envolvido nesse tipo de mudança, como mensagens que enviamos, que recebemos e muitas pessoas que conhecem aquele endereço”, compara o professor de engenharia de software do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, e cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife.

Meira exemplifica, dizendo que grupos -- sejam eles de ciclistas ou de um maracatu -- que usam sites de relacionamento para se articular continuarão lá por muito tempo, pois a atividade dos integrantes será a motivação do uso. “Se abandonarem o serviço, seja ele qual for, será porque não veem ali agregação de valor que remunere o custo de usá-lo. No caso das redes socais, esse custo é o trabalho de manter um perfil ativo”, reforça.

De olho nisso, o MySpace tem uma estratégia de ir além da rede social, oferecendo aos seus usuários conteúdo exclusivo, de seu interesse – exemplo disso são os off-line shows promovidos pelo site e também lançamentos on-line de novas músicas. Outra aposta da companhia, assim como de seus concorrentes diretos, são ferramentas de gerenciamento de privacidade. Com elas, os internautas podem selecionar as pessoas que verão as informações divulgadas nos sites, como recados e fotos.

FOTOS:



segunda-feira, 11 de maio de 2009

Micróbios na Antártida aumentam chances de encontrar vida extraterrestre

17/04/09 - 06h00 - Atualizado em 17/04/09 - 10h41

Micróbios na Antártida aumentam chances de encontrar vida extraterrestre
Criaturas formaram ecossistema debaixo de quase 500 m de gelo.
Água em que vivem é extremamente salgada e sem oxigênio algum.

Quase meio quilômetro de gelo na cabeça, sal a dar com o pau e zero oxigênio. O cenário pode parecer inóspito, mas não para a comunidade de bactérias que habita o fundo da geleira Taylor, na Antártida Oriental. Pesquisadores americanos conseguiram analisar a salmoura que sai debaixo do bloco de gelo e determinaram que se trata de um grupo muito "saudável" de microrganismos, utilizando o ferro e o enxofre do local para se reproduzir há pelo menos 1,5 milhão de anos.


Óxido de ferro dá cor vermelha a fluxo que sai da geleira (Foto: Benjamin Urmston/Divulgação )

A pesquisa, que está na edição desta semana da revista especializada "Science", foi coordenada por Jill A. Mikucki, da Universidade Harvard (Costa Leste dos EUA). A cientista e seus colegas explicam que a salmoura debaixo da geleira é o resto de um braço de mar que foi engolfado por causa de mudanças geológicas na Antártida. No entanto, bactérias de origem marinha ficaram presas nessa água, que foi se tornando cada vez mais salgada. Em episódios cuja razão ainda não é bem conhecida, essa salmoura às vezes "vaza" debaixo da geleira. Em contato com o oxigênio do ar, ela forma óxidos de ferro, que dão ao vazamento a cor avermelhada acima.
Apesar do isolamento, do frio e da completa falta de oxigênio, os micróbios conseguem usar elementos na água e na rocha debaixo da geleira para sobreviver e prosperar. As condições lembram vagamente as existentes em locais como Europa, a lua gelada de Júpiter que possui um oceano debaixo de uma grossa camada de gelo. Se a vida consegue se estabelecer em locais como essa geleira, não é impossível que ela também floresça em Europa e em outros lugares remotos do Sistema Solar.

Justiça sueca condena diretores do site Pirate Bay à prisão

17/04/09 - 07h37 - Atualizado em 17/04/09 - 13h05
Justiça sueca condena diretores do site Pirate Bay à prisão
Cada diretor pegou um ano de prisão por violação de direitos autorais.
Pirate Bay é uma das principais páginas de conteúdo pirata no mundo.
O primeiro servidor do Pirate Bay, em exposição em museu de Estocolmo (Foto: Reuters)A Justiça sueca condenou nesta sexta-feira (17) quatro diretores do site The Pirate Bay, uma das principais páginas de acesso a conteúdo pirata no mundo, a um ano de prisão por cumplicidade na violação dos direitos autorais.

"O tribunal de Estocolmo condenou hoje (sexta-feira, 17) as quatro pessoas que eram

processadas por cumplicidade na violação da lei sobre direitos autorais. O tribunal decidiu condenar cada uma delas a um ano de prisão", informa o comunicado sobre a decisão.

O tribunal condenou os réus ainda a pagar o equivalente a cerca de R$ 7,6 milhões por danos e prejuízos à indústria fonográfica, cinematográfica e de jogos eletrônicos, que pediam pagamento de cerca de R$ 30 milhões a título de lucros não obtidos provocados pelos downloads via internet. Warner Bros, MGM, Columbia Pictures, 20th Century Fox Films, Sony, BMG, Universal e EMI estão entre as companhias que defendiam o pagamento dessa quantia.

A promotoria havia pedido um ano de prisão para os quatro acusados: Fredrik Neij, 30 anos, Gottfrid Svartholm, 24, e Peter Sunde, 30, fundador do Pirate Bay, e para Carl Lundstrm, 48 anos, acusado de ter investido no site.
Segundo a agência de notícias Reuters, o veredicto pode representar um passo importante para a indústria fonográfica, na recuperação dos milhões de dólares de lucros perdidos com a troca de arquivos na internet. Analistas, no entanto, duvidam que a decisão freie o download ilegal de conteúdo.

O julgamento, que durou três semanas, era considerado um dos mais importantes na luta da indústria do entretenimento contra a pirataria.

‘Inocentes’
Os quatro condenados, que negaram ter feito qualquer coisa fora da lei, devem apelar do veredicto. Eles já haviam afirmado que levariam o caso à Suprema Corte da Suécia em caso de necessidade.
Per Samuelson, advogado de Lundstrm, disse a jornalistas estar chocado com o veredicto e com uma sentença tão severa. “É ultrajante, no meu ponto de vista. Claro que vamos apelar.
Trata-se de uma primeira decisão, e a última palavra será nossa”, afirmou o advogado.

Fundado em 2003, o Pirate Bay possibilita a troca de arquivos de filmes, músicas e jogos por meio da tecnologia de bittorrent, mas nenhum material baixado pode ser encontrado no servidor do Pirate Bay – por isso, eles alegam que não podem ser responsabilizados pelo conteúdo trocado via web. O site afirma ter 22 milhões de usuários em todo o planeta.
A indústria fonográfica discorda. Seus advogados alegam que ao financiar, programar e
administrar o site, os quatro estão infringindo os direitos de propriedade de conteúdo.
A procuradoria sueca abriu um caso contra o site em 2005 e, em maio do ano seguinte, a Polícia deteve três dos acusados em uma operação na qual foram confiscados todos os
servidores. Os quatro responsáveis foram acusados formalmente em janeiro de 2008.

Impacto
Especialistas ouvidos pela agência de notícias Reuters não estão convencidos de que o veredicto terá um efeito duradouro. “Sempre que você se livra de um representante desse tipo de serviço, outro maior aparece. Quando o Napster se foi, vieram diversos outros. O problema é que a troca de arquivos na internet cresce a cada ano, dificultando qualquer ação da indústria”, afirmou o analista Mark Mulligan, especialista da Forrester Research para o setor musical.

Para Dan Cryan, da empresa Screen Digest, a inexistência de uma lei internacional para os direitos autorais permite que sites dedicados ao download ilegal de conteúdo simplesmente se mudem para um novo país, se a legislação de seu país de origem ficar mais rígida. “O Pirate Bay era brilhante eu autopromoção, mas na realidade há diversos outros sites que cumprem sua mesma função. O fechamento da página que se diz a maior de todas, nesse setor, não fará a menor diferença”.


Antigo servidor do Pirata Bay

Gelo sublima e revela detalhes de terrenos acidentados em Marte

30/03/09 - 15h16 - Atualizado em 30/03/09 - 15h19

Gelo sublima e revela detalhes de terrenos acidentados em Marte
Imagens foram captadas pela Mars Reconnaissance Orbiter.
Mudanças marcam a chegada da primavera no planeta vermelho.
Quando a capa de gelo de dióxido de carbono sublima -- vira gás -- e sobe para a atmosfera, o fenômeno revela acidentes antes ocultos na superfície de Marte. As imagens foram obtidas pela câmera HiRISE, a bordo da sonda americana Mars Reconnaissance Orbiter, e mostram os estranhos efeitos da chegada da primavera no planeta vermelho.


Imagem da Mars Reconnaissance Orbiter mostra mudanças sazonais na superfície marciana (Foto: Nasa)

Os padrões, acreditam os cientistas, são formadas pelo fluxo de gás por baixo do gelo sazonal até rachaduras por onde ele escapa para a atmosfera, levando com ele poeira da superfície. O pó volta a cair sobre a superfície do gelo, formando depósitos com padrões exóticos.


A imagem acima cobre uma área de um quilômetro de largura.

domingo, 10 de maio de 2009

Florestas correm risco de parar de 'filtrar' carbono

18/04/09 - 18h59 - Atualizado em 18/04/09 - 19h21
Florestas correm risco de parar de 'filtrar' carbono, diz estudo
Especialistas alertam para danos provocados se temperatura terrestre subir 2,5 C.
O papel das florestas de atuar como filtros gigantes de carbono está sob o risco de "ser totalmente perdido", segundo um relatório compilado por alguns dos maiores cientistas florestais do mundo.
O documento compilado por 35 profissionais da União Internacional das Organizações de Pesquisas Florestais (IUFRO, na sigla em inglês) afirma que as florestas estão sob um crescente estresse como resultado das mudanças climáticas.
Ainda segundo o relatório, as florestas podem começar a liberar uma enorme quantidade de carbono na atmosfera se as temperaturas do planeta subirem 2,5 C acima dos chamados níveis pré-industriais.
As descobertas serão apresentadas no Fórum da ONU sobre Florestas, que começa nesta segunda-feira, em Nova York, e estão sendo descritas como sendo a primeira avaliação mundial da capacidade das florestas se adaptarem às mudanças climáticas.


Seca e pobreza

"Normalmente, pensamos nas florestas como 'freios' do aquecimento global", disse à BBC Risto Seppala, do Instituto de Pesquisa Florestal da Finlândia e presidente do painel de especialistas.
"Mas nas próximas décadas, os danos provocados pelas mudanças climáticas podem fazer com que as florestas comecem a liberar uma enorme quantidade de carbono, criando uma situação em que elas contribuirão mais para o aceleramento do aquecimento do que ajudarão a reduzi-lo."
Os cientistas esperam que o relatório ajude a informar os profissionais envolvidos nas negociações sobre as políticas ambientais.
O documento destaca ainda outros fatos novos, como a projeção de que as secas devem se tornar mais intensas e frequentes nas florestas subtropicais e temperadas do sul, e de que as plantações comerciais de madeira podem se tornar inviáveis em algumas áreas.
O relatório diz também que as mudanças climáticas podem "aprofundar a pobreza, deteriorar a saúde pública e aumentar os conflitos sociais" entre as comunidades da África que dependem das florestas.
Andreas Fischlin, do Instituto Federakl Suíço de Tecnologia, e co-autor do estudo, ressalta, no entanto, que mesmo que se implemente todas as medidas necessárias, as mudanças climáticas podem ainda neste século exceder a capacidade adaptativa de muitas florestas".
"A única maneira de assegurar que as florestas não sofram danos sem precedentes é conseguir fazer uma enorme redução nas emissões dos gases de efeito estufa", concluiu.

sábado, 9 de maio de 2009

Escavações podem confirmar existência histórica de 'minas do rei Salomão'

28/10/08 - 06h00 - Atualizado em 28/10/08 - 09h43

Escavações podem confirmar existência histórica de 'minas do rei Salomão'
Extração industrial de cobre na Jordânia é contemporânea do monarca.
Mineração seria feita por reino vassalo; especialista contesta estudo.

A velha briga para determinar o que é fato e o que é lenda nos textos bíblicos acaba de passar por mais uma reviravolta -- e quem saiu ganhando foi o glorioso reino de Salomão, filho de Davi, que teria governado os israelitas há 3.000 anos. Escavações na Jordânia sugerem que a extração de cobre em escala industrial no antigo reino de Edom -- região que, segundo a Bíblia, teria sido vassala dos reis de Israel -- coincide, em seu auge, com a época do filho de Davi. Em outras palavras: as célebres "minas do rei Salomão" podem ter existido do outro lado do rio Jordão.


Rejeitos da extração de cobre têm 6 m de comprimento (Foto: T.E. Levy)

A pesquisa, coordenada pelo arqueólogo Thomas E. Levy, da Universidade da Califórnia em San Diego, está na edição desta semana da prestigiosa revista científica americana "PNAS" , e bate de frente com os que duvidam da existência de uma monarquia poderosa em Jerusalém durante o século 10 a.C. Segundo esses pesquisadores, como Israel Finkelstein, da Universidade de Tel Aviv, tanto a região de Jerusalém quanto a área de Edom, onde as minas foram encontradas, eram habitadas por uns poucos aldeões e pastores nômades nessa época. O surgimento de reinos politicamente bem organizados e capazes de empreendimentos de larga escala só teria sido possível por ali cerca de 200 anos depois.



Levy discorda. "O que nós mostramos de forma definitiva é a produção de metal em larga escala e a presença de sociedades complexas, que podemos chamar de reino ou Estado arcaico, nos séculos 10 a.C. e 9 a.C. em Edom. Trabalhos anteriores afirmavam que o que a Bíblia dizia a respeito disso era um mito. Nossos dados simplesmente mostram que a história de Edom no começo da Idade do Ferro precisa ser reinvestigada usando ferramentas científicas", declarou o arqueólogo ao G1.

Cobre a dar com o pau

A região escavada por Levy e seus colegas na Jordânia é uma velha suspeita de ter abrigado as famosas minas salomônicas. Nos anos 1940, o arqueólogo americano Nelson Glueck já tinha defendido a idéia. No entanto, foi só com as escavações em larga escala no sítio de Khirbat en-Nahas (em árabe, "as ruínas de cobre"), ao sul do mar Morto, que o tamanho da atividade mineradora ali ficou claro. Estima-se que, só em sobras da extração do minério, existam no local entre 50 mil e 60 mil toneladas de detritos.


Numa escavação iniciada em 2006, Levy e seus colegas desceram pouco mais de 6 m e montaram um quadro em alta resolução da história de Khirbat en-Nahas. A ocupação começa com uma estrutura retangular de pedra, com protuberâncias ou "chifres". "Pode ter sido um altar", conta o arqueólogo -- esses "chifres" eram usados como plataforma para besuntar o sangue dos animais sacrificados na antiga Palestina. Acima dessa estrutura, ao menos duas grandes fases de extração de cobre estão documentadas, com paredes de pedra que serviam como instalação industrial.



Vista aérea do sítio de Khirbat en-Nahas, com antiga fortaleza em formato quadrado abaixo, no centro (Foto: UCSD Levantine Archaeology Laboratory)
Uma das formas de datar a atividade mineradora é a presença de artefatos egípcios -- um escaravelho e um colar -- que aparentemente datam da época dos faraós Siamun e Shesonq (chamado de Sisac na Bíblia) -- o século 10 a.C. Mas os pesquisadores também usaram o método do carbono-14 para estimar diretamente a idade de restos de madeira usados para derreter o minério e extrair o cobre. O veredicto? O mais provável é que a atividade industrial na área tenha começado em 950 a.C., data equivalente ao auge do reinado de Salomão, e terminado em torno de 840 a.C.



E não é só isso: escavações numa fortaleza próxima também sugerem uma construção na era salomônica, durante o século 10 a.C. Segundo o relato bíblico, Salomão usou vastas quantidades de bronze (cuja matéria-prima, ao lado do estanho, era o cobre) na construção do templo de Jerusalém. Também teria continuado o domínio estabelecido por seu pai Davi sobre Edom e financiado uma frota de navios mercantes que saíam do litoral edomita em busca de produtos de luxo.



Levy diz que os dados obtidos em Khirbat en-Nahas são compatíveis com o quadro do Antigo Testamento, mas mostra cautela. "Se as atividades lá podem ser atribuídas ao controle da produção de metal pela Monarquia Unida israelita, pelos edomitas ou por uma combinação de ambos, ou até por um outro grupo, é algo que nossa equipe na Jordânia ainda está investigando", ressalta ele.

Ilusão?

A pedido do G1, o arqueólogo Israel Finkelstein comentou o estudo na "PNAS" e fez pesadas críticas. Para começar, Finkelstein não reconhece a região de Khirbat en-Nahas como parte do antigo reino de Edom, porque o sítio fica nas terras baixas jordanianas, e não no planalto do além-Jordão.





Pesquisadores reconstruíram lugar em realidade virtual para localizar amostras de forma precisa (Foto: Pinar Istek/UC San Diego-Calit2)
"Na época em que Nahas está ativa, não há um único sítio arqueológico no platô de Edom, que só passa a ser ocupado nos séculos 8 a.C. e 7 a.C.", diz o pesquisador israelense. "A mineração em Nahas não tem a ver com o povoamento de Edom, mas com o do vale de Bersabéia [parte do reino israelita de Judá], que fica a oeste, ao longo das estradas pelas quais o cobre era transportado até o Mediterrâneo", afirma.



Finkelstein também critica o fato de Levy e seus colegas teram usado os rejeitos de mineração como base para sua estratigrafia, ou seja, as camadas que ajudam a datar o sítio arqueológico, porque eles formariam estratos naturalmente "bagunçados" de terra. E afirma que a fortaleza estudada pelos pesquisadores também é posterior ao século 10 a.C.



"Aceitar literalmente a descrição bíblica do rei Salomão equivale a ignorar dois séculos de pesquisa bíblica. Embora possa existir algum fundo histórico nesse material, grande parte dele reflete a ideologia e a teologia da época em que saiu da tradição oral e foi escrito, por volta dos séculos 8 a.C. e 7 a.C. Os dados de Nahas são importantes, mas não vejo ligação entre eles e o material bíblico sobre Salomão", arremata Finkelstein.



Levy preferiu não responder diretamente as críticas do israelense, embora um artigo anterior de sua lavra aponte que, ao contrário do que diz Finkelstein, há ligação cultural entre os habitantes das terras baixas e os edomitas do planalto. "Suponho que, toda vez que há uma interface entre textos sagrados e dados arqueológicos, é natural que o debate se torne emocional", diz ele.