EXTINÇÃO IMEDIATA - Gazela do Iêmen
A gazela-do-iêmen era um animal comum nas montanhas próximas à cidade de Ta’izz, em 1951, quando cinco exemplares foram levados para o Museu de História Natural de Chicago, nos Estados Unidos. Os pesquisadores estrangeiros só voltaram ao local para estudar o comportamento e os hábitos da Gazella bilkis em 1992. Dessa vez, a história era bem diferente. Os cientistas vasculharam todas as planícies e colinas de Ta’izz, mas não encontraram nem rastro do animal. Em 1999, a IUCN (sigla em inglês para União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) declarou o bicho extinto.
Também chamada de rainha-de-sabá, a gazela-do-iêmen vivia em pequenos grupos, normalmente com um macho e três fêmeas. O lugar preferido eram as montanhas de Ta’izz, com altitudes que variam de 1 230 até 2 150 metros. Os animais nunca foram avistados próximos a áreas cultivadas ou estradas, o que indica que a presença humana não transmitia muita confiança para eles. Como em todos os bichos, o instinto de sobrevivência falava alto. A progressiva degradação do ambiente natural e a caça descontrolada, motivadas pelo homem, reduziram a população de gazelas-do-iêmen. Para a extinção, bastaram os 40 anos nos quais a espécie ficou esquecida nas pesquisas dos cientistas. As únicas gazelas restantes estão empalhadas e são exibidas num museu de Chicago, nos Estados Unidos. A triste imagem imóvel revela um animal elegante, com pêlo marrom e detalhes de branco em volta dos olhos, no pescoço e na barriga. Para se defender dos predadores, a gazela-do-iêmen tinha dois chifres levemente curvados para trás.
O nome da gazela é uma referência à região onde ela vivia. Há 3 000 anos, a rainha de Sabá governava parte da região que é o atual Iêmen. Para os árabes, ela se chamava Belkis, daí o nome científico ser bilkis. A tradição religiosa apresenta a rainha como uma mulher sábia e justa. Exatamente as qualidades que faltaram ao homem antes de exterminar definitivamente a gazela-do-iêmen.
Gazela-do-Iêmen
Nome científico: Gazella bilkis
Ano da extinção: 1999
Habitat: Iêmen
PUBLICADOS BRASIL - DOCUMENTARIOS E FILMES... Todo conteúdo divulgado aqui é baseado em compilações de assuntos discutidos em listas de e-mail, fóruns profissionais, relatórios, periódicos e notícias. Caso tenha algo a acrescentar ou a retirar entre em contato. QSL?
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Saiba quais são as fraudes mais comuns na internet no fim de ano
23/12/2010 15h57 - Atualizado em 23/12/2010 16h02
Saiba quais são as fraudes mais comuns na internet no fim de ano
Época é mais favorável a golpes na web.
Veja dicas de analistas e pesquisadores para compra segura na rede.
Mulher realiza compra pela internet.
(Foto: Robert Galbraith/Reuters)À medida que a Internet cresce, a popularidade das compras on-line também aumenta nos sites de e-commerce.
As estimativas mais recentes na América Latina indicam que devem ser gastos cerca de US$ 22 milhões em 2010 com o comércio eletrônico – valor que especialistas esperam que seja elevado até 58% em 2011 e, que está chamando atenção de criminosos cibernéticos em todo o mundo.
Pensando na segurança do internauta, a equipe global de analistas e pesquisadores da Kaspersky Lab preparou uma lista com as principais ameaças e fraudes utilizadas no fim de ano, além de dicas para o usuário efetuar as compras.
Ameaças mais comuns
Engenharia Social
Essa técnica usa, normalmente, o senso de urgência para atrair a atenção do internauta, oferecendo, por exemplo, uma grande oferta por tempo limitado. Essas promoções falsas podem levar a contaminações geradas por websites e e-mails inescrupulosos; links infectados; e até mesmo mensagens maliciosas do Twitter.
Phishing
E-mails supostamente de organizações legítimas solicitando doações a pessoas carentes durante as festividades ou indicando produtos para as compras de final de ano. Na verdade, os links dos e-mails levam a websites maliciosos e coletam as informações pessoais e de cartões de crédito do remetente.
Cupons de Natal
Os criminosos estão usando websites e e-mails maliciosos com cupons promocionais falsos para roubar o dinheiro dos usuários que buscam economizar nas compras de fim de ano.
Resultados de busca infectados
Também conhecido como Blackhat SEO. Os fraudadores manipulam as ferramentas de busca para que os links maliciosos sejam os primeiros na lista de resultados. Eles levam a vítima a páginas que infectam o computador para roubar seu dinheiro e/ou sua identidade.
Fraudes em redes sociais
Mensagens postadas automaticamente no perfil do usuário por amigos que tiveram as contas comprometidas ou recados particulares que pareçam suspeitos levam, frequentemente, a sites maliciosos ou a softwares projetados para roubar dinheiro. Com o uso difundido das redes como Facebook e Twitter, esse tipo de ameaça está se tornando cada vez mais comum. O Koobface é um tipo particular de ameaça com foco nas redes sociais, com mais de 1.000 versões diferentes desse malware detectados.
Os alvos favoritos dos criminosos cibernéticos
Como sempre, o alvo é o dinheiro do internauta. Segundo a pesquisa mais recente da Kaspersky Lab, os criminosos cibernéticos tentam enganar as pessoas ao utilizarem nomes confiáveis de lojas virtuais, companhias aéreas, bancos, sistemas de cartões de crédito ou serviços de entrega conhecidos para distribuir softwares maliciosos, tais como Trojan-Banker.Win32, Trojan-Spy.Win32 ou Trojan-PSW.Win32, produzidos na América Latina. Esses malwares são capazes de roubar todos os tipos de informações sigilosas e não apenas os dados financeiros da vítima.
Outra fraude comum envolve as ofertas de iPhones e outros smartphones de forma gratuita e de recarga para celular, que são publicadas como sendo de operadoras de telefonia móvel oficiais. Essa é outra tendência típica da América Latina. Ao contrário do resto do mundo, os criminosos cibernéticos latino-americanos preferem táticas de engenharia social ao invés de explorar vulnerabilidades de softwares. Isso inclui ataques direcionados, via MSN ou e-mail, por exemplo, vindo de amigos que tiveram as contas controladas pelos cybercriminosos. Esses ataques levam a websites maliciosos, que fazem o download de trojans bancários para roubar as informações financeiras das vítimas.
Dicas de segurança
Antes de efetuar as compras:
1. Saiba o que e de quem você está comprando. Dê preferência a websites conhecidos, de boa reputação, confiáveis e, que tenham números de atendimento ao cliente e endereço físico. Sempre fique atento ao comprar em novos locais.
2. Mantenha o seu computador e solução antivírus atualizados e seguros. As ameaças explicadas acima ocorrem normalmente sem serem detectadas e acontecem em seu navegador. Portanto, atuam facilmente se não houver a proteção correta. Certifique-se também de usar sempre a última versão dos programas, incluindo navegador e sistema de operacional.
3. Esteja atento ao receber cupons eletrônicos que você não tenha solicitado. Isso pode ser uma tática dos criminosos cibernéticos para roubar seu dinheiro, sua identidade ou ambos.
4. Sempre siga a regra de ouro da compra on-line: quando algo parece muito bom para ser verdade, desconfie. Evite ofertas e promoções irreais.
Ao fazer suas compras:
1. Sempre digite o nome do website que você quer visitar na barra de endereço do navegador.
2. Sempre vá diretamente ao endereço real do website das organizações de caridade para as quais deseja fazer uma doação. Nunca clique em links fornecidos em e-mails ou em resultados de ferramentas de busca.
3. Certifique-se de que sua transação está criptografada e que a sua privacidade está protegida. Muitos sites usam o protocolo SSL (Secure Sockets Layer) para proteger as informações. Verifique a URL do seu navegador para garantir que ele começa por "https://" e tenha o ícone de um cadeado fechado do lado direito da barra de endereço ou na parte inferior da janela. De acordo com as tendências mais recentes de malware, isso não é garantia, mas é um indicador útil sobre a segurança do site.
4. Utilize um cartão de crédito exclusivo para compras on-line.
5. Utilize senhas difíceis e não utilize as mesmas palavras-chaves para todos os websites. Evite utilizar termos e frases comuns.
6. Para evitar o roubo de informações pessoais em compras tradicionais, mantenha sempre o cartão de crédito próximo a você e utilize caixas eletrônicos conhecidos e de confiança.
Depois de fazer suas compras:
1. Verifique seus extratos de banco e de cartões de crédito para conferir se há erros e transações suspeitas.
2. Utilize um serviço de monitoramento de crédito para alertá-lo sobre possíveis problemas.
Saiba quais são as fraudes mais comuns na internet no fim de ano
Época é mais favorável a golpes na web.
Veja dicas de analistas e pesquisadores para compra segura na rede.
Mulher realiza compra pela internet.
(Foto: Robert Galbraith/Reuters)À medida que a Internet cresce, a popularidade das compras on-line também aumenta nos sites de e-commerce.
As estimativas mais recentes na América Latina indicam que devem ser gastos cerca de US$ 22 milhões em 2010 com o comércio eletrônico – valor que especialistas esperam que seja elevado até 58% em 2011 e, que está chamando atenção de criminosos cibernéticos em todo o mundo.
Pensando na segurança do internauta, a equipe global de analistas e pesquisadores da Kaspersky Lab preparou uma lista com as principais ameaças e fraudes utilizadas no fim de ano, além de dicas para o usuário efetuar as compras.
Ameaças mais comuns
Engenharia Social
Essa técnica usa, normalmente, o senso de urgência para atrair a atenção do internauta, oferecendo, por exemplo, uma grande oferta por tempo limitado. Essas promoções falsas podem levar a contaminações geradas por websites e e-mails inescrupulosos; links infectados; e até mesmo mensagens maliciosas do Twitter.
Phishing
E-mails supostamente de organizações legítimas solicitando doações a pessoas carentes durante as festividades ou indicando produtos para as compras de final de ano. Na verdade, os links dos e-mails levam a websites maliciosos e coletam as informações pessoais e de cartões de crédito do remetente.
Cupons de Natal
Os criminosos estão usando websites e e-mails maliciosos com cupons promocionais falsos para roubar o dinheiro dos usuários que buscam economizar nas compras de fim de ano.
Resultados de busca infectados
Também conhecido como Blackhat SEO. Os fraudadores manipulam as ferramentas de busca para que os links maliciosos sejam os primeiros na lista de resultados. Eles levam a vítima a páginas que infectam o computador para roubar seu dinheiro e/ou sua identidade.
Fraudes em redes sociais
Mensagens postadas automaticamente no perfil do usuário por amigos que tiveram as contas comprometidas ou recados particulares que pareçam suspeitos levam, frequentemente, a sites maliciosos ou a softwares projetados para roubar dinheiro. Com o uso difundido das redes como Facebook e Twitter, esse tipo de ameaça está se tornando cada vez mais comum. O Koobface é um tipo particular de ameaça com foco nas redes sociais, com mais de 1.000 versões diferentes desse malware detectados.
Os alvos favoritos dos criminosos cibernéticos
Como sempre, o alvo é o dinheiro do internauta. Segundo a pesquisa mais recente da Kaspersky Lab, os criminosos cibernéticos tentam enganar as pessoas ao utilizarem nomes confiáveis de lojas virtuais, companhias aéreas, bancos, sistemas de cartões de crédito ou serviços de entrega conhecidos para distribuir softwares maliciosos, tais como Trojan-Banker.Win32, Trojan-Spy.Win32 ou Trojan-PSW.Win32, produzidos na América Latina. Esses malwares são capazes de roubar todos os tipos de informações sigilosas e não apenas os dados financeiros da vítima.
Outra fraude comum envolve as ofertas de iPhones e outros smartphones de forma gratuita e de recarga para celular, que são publicadas como sendo de operadoras de telefonia móvel oficiais. Essa é outra tendência típica da América Latina. Ao contrário do resto do mundo, os criminosos cibernéticos latino-americanos preferem táticas de engenharia social ao invés de explorar vulnerabilidades de softwares. Isso inclui ataques direcionados, via MSN ou e-mail, por exemplo, vindo de amigos que tiveram as contas controladas pelos cybercriminosos. Esses ataques levam a websites maliciosos, que fazem o download de trojans bancários para roubar as informações financeiras das vítimas.
Dicas de segurança
Antes de efetuar as compras:
1. Saiba o que e de quem você está comprando. Dê preferência a websites conhecidos, de boa reputação, confiáveis e, que tenham números de atendimento ao cliente e endereço físico. Sempre fique atento ao comprar em novos locais.
2. Mantenha o seu computador e solução antivírus atualizados e seguros. As ameaças explicadas acima ocorrem normalmente sem serem detectadas e acontecem em seu navegador. Portanto, atuam facilmente se não houver a proteção correta. Certifique-se também de usar sempre a última versão dos programas, incluindo navegador e sistema de operacional.
3. Esteja atento ao receber cupons eletrônicos que você não tenha solicitado. Isso pode ser uma tática dos criminosos cibernéticos para roubar seu dinheiro, sua identidade ou ambos.
4. Sempre siga a regra de ouro da compra on-line: quando algo parece muito bom para ser verdade, desconfie. Evite ofertas e promoções irreais.
Ao fazer suas compras:
1. Sempre digite o nome do website que você quer visitar na barra de endereço do navegador.
2. Sempre vá diretamente ao endereço real do website das organizações de caridade para as quais deseja fazer uma doação. Nunca clique em links fornecidos em e-mails ou em resultados de ferramentas de busca.
3. Certifique-se de que sua transação está criptografada e que a sua privacidade está protegida. Muitos sites usam o protocolo SSL (Secure Sockets Layer) para proteger as informações. Verifique a URL do seu navegador para garantir que ele começa por "https://" e tenha o ícone de um cadeado fechado do lado direito da barra de endereço ou na parte inferior da janela. De acordo com as tendências mais recentes de malware, isso não é garantia, mas é um indicador útil sobre a segurança do site.
4. Utilize um cartão de crédito exclusivo para compras on-line.
5. Utilize senhas difíceis e não utilize as mesmas palavras-chaves para todos os websites. Evite utilizar termos e frases comuns.
6. Para evitar o roubo de informações pessoais em compras tradicionais, mantenha sempre o cartão de crédito próximo a você e utilize caixas eletrônicos conhecidos e de confiança.
Depois de fazer suas compras:
1. Verifique seus extratos de banco e de cartões de crédito para conferir se há erros e transações suspeitas.
2. Utilize um serviço de monitoramento de crédito para alertá-lo sobre possíveis problemas.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
O Primo da zebra - Os Quaggas
O PRIMO DA ZEBRA - Os Quaggas
Nativo da África do Sul e extinto desde 1883, o Equus quagga quagga era um parente próximo das zebras comuns que hoje vemos em zoológicos, filmes e fotos de safáris. Mas ele tinha uma particularidade bem aparente: as listras de sua pelagem eram marrons, em vez de pretas, e se fundiam à medida que se aproximavam do quadril.
Os quaggas (pronuncia-se quarra, numa referência ao som produzido por eles) viviam em bandos, com um líder, seu harém de fêmeas e filhotes. Quando notava o afastamento de algum membro do grupo, o líder emitia um som peculiar para chamar o fujão e alertar o resto da família. Se um dos animais adoecia ou se machucava, o bando protegia o companheiro ajustando seu ritmo ao do doente.
De hábitos diurnos, os quaggas evitavam se mover à noite para não atrair predadores. Alguns passavam horas pastando quase imóveis. Enquanto o grupo dormia, um se encarregava da segurança. Durante o dia, as famílias andavam em fila no pasto alto por vários quilômetros, parando no meio do caminho para beber água e cuidar da higiene. Os quaggas mordiscavam uns aos outros para retirar parasitas. O mesmo serviço era prestado por pequenos pássaros, que se alimentavam dos insetos no lombo desses animais de cerca de 300 quilos.
A coloração e a estampa diferente do pêlo eram apreciadas por colonos europeus, que perseguiram essas zebras até a sua extinção, transformando-as em roupas e acessórios e servindo a carne aos empregados. Havia ainda os novos burgueses que viajavam para os arredores do Cabo da Boa Esperança para fazer safáris, levando partes desses animais como troféus. Além disso, os criadores não queriam ninguém competindo com as suas ovelhas e cabras pelas pastagens nem sempre abundantes da região. Quando o último exemplar livre na natureza foi morto a tiros por caçadores, em 1878, existia apenas um indivíduo em cativeiro. Era uma fêmea e vivia no Zoológico de Amsterdã, na Holanda. Ela morreu em 12 de agosto de 1883.
Quagga
Nome científico: Equus quagga quagga
Ano da extinção: 1883
Habitat: África do Sul
Nativo da África do Sul e extinto desde 1883, o Equus quagga quagga era um parente próximo das zebras comuns que hoje vemos em zoológicos, filmes e fotos de safáris. Mas ele tinha uma particularidade bem aparente: as listras de sua pelagem eram marrons, em vez de pretas, e se fundiam à medida que se aproximavam do quadril.
Os quaggas (pronuncia-se quarra, numa referência ao som produzido por eles) viviam em bandos, com um líder, seu harém de fêmeas e filhotes. Quando notava o afastamento de algum membro do grupo, o líder emitia um som peculiar para chamar o fujão e alertar o resto da família. Se um dos animais adoecia ou se machucava, o bando protegia o companheiro ajustando seu ritmo ao do doente.
De hábitos diurnos, os quaggas evitavam se mover à noite para não atrair predadores. Alguns passavam horas pastando quase imóveis. Enquanto o grupo dormia, um se encarregava da segurança. Durante o dia, as famílias andavam em fila no pasto alto por vários quilômetros, parando no meio do caminho para beber água e cuidar da higiene. Os quaggas mordiscavam uns aos outros para retirar parasitas. O mesmo serviço era prestado por pequenos pássaros, que se alimentavam dos insetos no lombo desses animais de cerca de 300 quilos.
A coloração e a estampa diferente do pêlo eram apreciadas por colonos europeus, que perseguiram essas zebras até a sua extinção, transformando-as em roupas e acessórios e servindo a carne aos empregados. Havia ainda os novos burgueses que viajavam para os arredores do Cabo da Boa Esperança para fazer safáris, levando partes desses animais como troféus. Além disso, os criadores não queriam ninguém competindo com as suas ovelhas e cabras pelas pastagens nem sempre abundantes da região. Quando o último exemplar livre na natureza foi morto a tiros por caçadores, em 1878, existia apenas um indivíduo em cativeiro. Era uma fêmea e vivia no Zoológico de Amsterdã, na Holanda. Ela morreu em 12 de agosto de 1883.
Quagga
Nome científico: Equus quagga quagga
Ano da extinção: 1883
Habitat: África do Sul
Começou mal, terminou pior - Bandicoot - Pé de porco
COMEÇOU MAL, TERMINOU PIOR - Bandicoot - Pé de porco
Considerado extinto desde 1907, o australiano Chaeropus ecaudatus, ou bandicoot-pé-de-porco, é até hoje um marsupial polêmico. As divergências começam pelo nome científico do bichinho - que significa "pé-de-porco e sem rabo". Depois do batismo, descobriu-se que o responsável pela classificação analisou um exemplar que havia perdido a cauda numa briga ou num ataque de predador (incluindo os aborígines, que usavam o rabo do bicho como ornamento, além de apreciarem a carne do animal). Na verdade, o Chaeropus ecaudatus tem o mais longo rabo de todos os bandicoots. A trapalhada só foi descoberta quando já não dava mais para mudar o nome.
Antes da chegada dos colonizadores europeus à Austrália, no século 18, os nativos costumavam queimar as pequenas áreas gramadas, que logo se regeneravam, resultando em comida fresca e abrigo para os bandicoots. Os europeus aboliram essa prática, mudando o habitat dos animais. A criação de gado e ovelhas na região também alterou as condições do solo. Embora os europeus tenham introduzido posteriormente gatos, raposas e coelhos - predadores não-naturais e adversários dos bandicoots -, a extinção do pé-de-porco é atribuída principalmente às modificações provocadas na flora.
O ecaudatus tinha entre 23 e 26 centímetros de comprimento, e sua cauda media entre 10 e 15 centímetros. O formato da cabeça se assemelhava ao dos demais bandicoots, mas as orelhas lembravam as dos coelhos. O diferencial, no entanto, estava nas patas, compridas e finas. Os "pés" dianteiros tinham dois "dedos", com cascos semelhantes aos dos porcos (entendeu de onde veio seu nome popular?). Atrás, havia quatro "dedos" em cada pata. As estruturas dentárias e intestinais indicam que a dieta devia ser herbívora, embora nativos australianos contem que o pé-de-porco apreciava cupins, formigas e, eventualmente, carne.
Bandicoot-pé-de-porco
Nome científico: Chaeropus ecaudatus
Ano da extinção: 1907
Habitat: Austrália
Considerado extinto desde 1907, o australiano Chaeropus ecaudatus, ou bandicoot-pé-de-porco, é até hoje um marsupial polêmico. As divergências começam pelo nome científico do bichinho - que significa "pé-de-porco e sem rabo". Depois do batismo, descobriu-se que o responsável pela classificação analisou um exemplar que havia perdido a cauda numa briga ou num ataque de predador (incluindo os aborígines, que usavam o rabo do bicho como ornamento, além de apreciarem a carne do animal). Na verdade, o Chaeropus ecaudatus tem o mais longo rabo de todos os bandicoots. A trapalhada só foi descoberta quando já não dava mais para mudar o nome.
Antes da chegada dos colonizadores europeus à Austrália, no século 18, os nativos costumavam queimar as pequenas áreas gramadas, que logo se regeneravam, resultando em comida fresca e abrigo para os bandicoots. Os europeus aboliram essa prática, mudando o habitat dos animais. A criação de gado e ovelhas na região também alterou as condições do solo. Embora os europeus tenham introduzido posteriormente gatos, raposas e coelhos - predadores não-naturais e adversários dos bandicoots -, a extinção do pé-de-porco é atribuída principalmente às modificações provocadas na flora.
O ecaudatus tinha entre 23 e 26 centímetros de comprimento, e sua cauda media entre 10 e 15 centímetros. O formato da cabeça se assemelhava ao dos demais bandicoots, mas as orelhas lembravam as dos coelhos. O diferencial, no entanto, estava nas patas, compridas e finas. Os "pés" dianteiros tinham dois "dedos", com cascos semelhantes aos dos porcos (entendeu de onde veio seu nome popular?). Atrás, havia quatro "dedos" em cada pata. As estruturas dentárias e intestinais indicam que a dieta devia ser herbívora, embora nativos australianos contem que o pé-de-porco apreciava cupins, formigas e, eventualmente, carne.
Bandicoot-pé-de-porco
Nome científico: Chaeropus ecaudatus
Ano da extinção: 1907
Habitat: Austrália
Rio de Janeiro ganha salão de tecnologia em feira de moda
24/12/2010 07h00 - Atualizado em 24/12/2010 07h00
Rio de Janeiro ganha salão de tecnologia em feira de moda
Rio Fashion Business apresentará lançamentos tecnológicos para lojistas.
Área de 2 mil m² reúne expositores e compradores em bolsa de negócios.
Salão tech em feira de moda no Rio de Janeiro.
(Foto: Divulgação)Criado para apresentar aos lojistas de moda os lançamentos de produtos e serviços que agregam o que há de mais moderno em tecnologia, o Salão Tech do Senac Rio Fashion Business reúne numa área exclusiva de 2 mil m² nada menos que 60 expositores.
É nesse espaço que os expositores e compradores da maior bolsa de negócios da moda, de 10 a 13 de janeiro na Marina da Glória, conhecerão as novas tendências do comércio.
Veja algumas das novidades que serão apresentadas na 17ª edição do evento em 2011.
MFace
Uma das novidades que promete sucesso é o sistema MFace, da empresa Milongas, que oferecerá aos lojistas a possibilidade de rastrear o cliente: é o Big Brother chegando ao comércio. Em segundos, uma câmera registra a imagem do consumidor, que diz seu nome, telefone e e-mail. O sistema fornecerá informações sobre as lojas da rede que mais visitou, por onde ele passou, que compras fez ou deixou de fazer, quanto gastou. Informações preciosas para o comerciante, obtidas num piscar de olhos.
Slim Tile
A tecnologia pode estar, também, a serviço da natureza. A Duo Design Studio acaba de lançar o Slim Tile, azulejo plástico com 3,5 mm de espessura que além de ser um produto sustentável, facilita a vida de quem está fazendo uma reforma em casa. O cliente pode personalizar o ambiente e montar seu próprio painel, escolhendo entre estampas ousadas ou clássicas, nas cores que serão a tendência em 2011.
Manequim Espelho
Se você é do tipo que hesita em comprar um vestido por falta de tempo para experimentar a peça, seus problemas acabaram. O Manequim Espelho, tecnologia inovadora, sem similar nacional ou importado, tem um espelho fixado na cabeça, de forma que a consumidora se vê na vitrine com o vestido desejado. Se a altura for diferente, comandos controlados pela própria cliente adaptam a estatura do manequim. Ou seja: o manequim sobe ou desce para que a consumidora se sinta "dentro" dele.
Estampas projetadas em manequim permitem escolher as melhores opções de vestido sem precisar confeccioná-los. (Foto: Divulgação)Vitrines interativas
Vitrines totalmente estáticas fazem parte do passado. Loja "antenada" usa vitrines interativas, como as adotadas nos Estados Unidos em lojas da Nike. Com temas relacionados a datas comemorativas, a exemplo do Natal e dos dias das Mães ou dos Namorados, a vitrine vira um grande painel de 9 metros de frente no qual os produtos são projetados por trás de imagens que cobrem o espaço por inteiro. Basta o consumidor tocar na vitrine que as imagens (folhas, desenhos geométricos ou o que a imaginação criar) abrem brechas para que o produto apareça, como num misterioso toque de mágica.
Top model virtual
A top model Isabeli Fontani não desfilará no evento. Mas estará em forma de manequim para o lojista que desejar incluí-la em sua vitrine. A inovadora tecnologia E-Models, criada pela empresa paulista Expor Manequins, permite que a modelo seja ‘escaneada’ e sua imagem vira um manequim tridimensional Uma perfeita reprodução de uma modelo na forma de manequim, em diferentes poses e atitudes.
Rio de Janeiro ganha salão de tecnologia em feira de moda
Rio Fashion Business apresentará lançamentos tecnológicos para lojistas.
Área de 2 mil m² reúne expositores e compradores em bolsa de negócios.
Salão tech em feira de moda no Rio de Janeiro.
(Foto: Divulgação)Criado para apresentar aos lojistas de moda os lançamentos de produtos e serviços que agregam o que há de mais moderno em tecnologia, o Salão Tech do Senac Rio Fashion Business reúne numa área exclusiva de 2 mil m² nada menos que 60 expositores.
É nesse espaço que os expositores e compradores da maior bolsa de negócios da moda, de 10 a 13 de janeiro na Marina da Glória, conhecerão as novas tendências do comércio.
Veja algumas das novidades que serão apresentadas na 17ª edição do evento em 2011.
MFace
Uma das novidades que promete sucesso é o sistema MFace, da empresa Milongas, que oferecerá aos lojistas a possibilidade de rastrear o cliente: é o Big Brother chegando ao comércio. Em segundos, uma câmera registra a imagem do consumidor, que diz seu nome, telefone e e-mail. O sistema fornecerá informações sobre as lojas da rede que mais visitou, por onde ele passou, que compras fez ou deixou de fazer, quanto gastou. Informações preciosas para o comerciante, obtidas num piscar de olhos.
Slim Tile
A tecnologia pode estar, também, a serviço da natureza. A Duo Design Studio acaba de lançar o Slim Tile, azulejo plástico com 3,5 mm de espessura que além de ser um produto sustentável, facilita a vida de quem está fazendo uma reforma em casa. O cliente pode personalizar o ambiente e montar seu próprio painel, escolhendo entre estampas ousadas ou clássicas, nas cores que serão a tendência em 2011.
Manequim Espelho
Se você é do tipo que hesita em comprar um vestido por falta de tempo para experimentar a peça, seus problemas acabaram. O Manequim Espelho, tecnologia inovadora, sem similar nacional ou importado, tem um espelho fixado na cabeça, de forma que a consumidora se vê na vitrine com o vestido desejado. Se a altura for diferente, comandos controlados pela própria cliente adaptam a estatura do manequim. Ou seja: o manequim sobe ou desce para que a consumidora se sinta "dentro" dele.
Estampas projetadas em manequim permitem escolher as melhores opções de vestido sem precisar confeccioná-los. (Foto: Divulgação)Vitrines interativas
Vitrines totalmente estáticas fazem parte do passado. Loja "antenada" usa vitrines interativas, como as adotadas nos Estados Unidos em lojas da Nike. Com temas relacionados a datas comemorativas, a exemplo do Natal e dos dias das Mães ou dos Namorados, a vitrine vira um grande painel de 9 metros de frente no qual os produtos são projetados por trás de imagens que cobrem o espaço por inteiro. Basta o consumidor tocar na vitrine que as imagens (folhas, desenhos geométricos ou o que a imaginação criar) abrem brechas para que o produto apareça, como num misterioso toque de mágica.
Top model virtual
A top model Isabeli Fontani não desfilará no evento. Mas estará em forma de manequim para o lojista que desejar incluí-la em sua vitrine. A inovadora tecnologia E-Models, criada pela empresa paulista Expor Manequins, permite que a modelo seja ‘escaneada’ e sua imagem vira um manequim tridimensional Uma perfeita reprodução de uma modelo na forma de manequim, em diferentes poses e atitudes.
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Lobo Bom - O Lobo das Malvinas
LOBO BOM - Lobo das Malvinas
Dócil e facilmente domesticável, o lobo-das-malvinas, também chamado de warrah, recebeu tranqüilamente os primeiros colonizadores do arquipélago próximo à Argentina, no século 17. Afinal, era o único mamífero terrestre da região, não temia predadores, vivia em harmonia com lobos-marinhos e focas e gostava de brincar. Tanto que recebeu o nome científico Dusicyon australis, que significa "cão bobo do sul". Do que o animal não poderia suspeitar é que essa ingenuidade facilitaria sua extinção, antes do final do século 19. O último exemplar da espécie foi abatido a tiros em 1876. Carcaças e esqueletos de 11 indivíduos viraram peças de museus da Europa e dos Estados Unidos.
Pouco se sabe sobre os hábitos alimentares desse lobo com ares de raposa, mas tudo leva a crer que ele comia pássaros - ovos e filhotes que encontrava em ninhos próximos ao chão -, pingüins, insetos e vegetais. Segundo relatos de marinheiros britânicos que andaram por aquelas terras, o animal chamava a atenção por emitir um som similar ao latido de um cão e tinha cerca de 60 centímetros de altura. Comportamento social e outras características permanecem um mistério. Nem mesmo o pai da teoria da evolução das espécies, o inglês Charles Darwin, que conheceu o warrah em 1833, coletou muitas informações quando esteve nas Malvinas - ou Ilhas Falkland, como preferem os britânicos, donos do território. Mas, já naquela época, ele conseguiu prever que o Dusicyon australis estava com os dias contados.
A perseguição ao lobo-das-malvinas começou quando os espanhóis e os escoceses passaram a criar gado e ovelhas na região. Acreditando que os animais nativos representariam uma ameaça para seus rebanhos, eles decidiram exterminá-los como se fossem pragas. E não era difícil chamar o canídeo para a morte, pois seu instinto mandava que ele se comportasse como o melhor amigo do homem. Os colonizadores atraíam o lobo com alguma comida ou uma simples promessa de afago, seguravam-no com uma mão e o esfaqueavam com a outra. Os criadores de ovelhas preferiam o método de envenenamento, mas não descartavam a caça a tiros em campo aberto. Ironicamente, nunca se comprovou que esses mamíferos realmente atacassem rebanhos.
A partir de 1830, caçadores de peles de empresas americanas começaram a desembarcar na região para transformar o warrah em casacos. O Império Britânico oferecia recompensas a quem exterminasse esses lobos de pêlo castanho-acinzentado. Roupas confeccionadas com a pele densa dessa espécie exótica logo se tornaram um sonho de consumo da burguesia da época. O único exemplar levado vivo para a Europa passou uma temporada no Zoológico de Londres, em 1868, e resistiu pouquíssimos anos. Os esforços de preservação foram feitos tardiamente. O lobo-das-malvinas já tinha pagado um alto preço por ser bonito demais aos olhos humanos.
Lobo-das-Malvinas
Nome científico: Dusicyon australis
Ano da extinção: 1876
Habitat: Ilhas Malvinas
Dócil e facilmente domesticável, o lobo-das-malvinas, também chamado de warrah, recebeu tranqüilamente os primeiros colonizadores do arquipélago próximo à Argentina, no século 17. Afinal, era o único mamífero terrestre da região, não temia predadores, vivia em harmonia com lobos-marinhos e focas e gostava de brincar. Tanto que recebeu o nome científico Dusicyon australis, que significa "cão bobo do sul". Do que o animal não poderia suspeitar é que essa ingenuidade facilitaria sua extinção, antes do final do século 19. O último exemplar da espécie foi abatido a tiros em 1876. Carcaças e esqueletos de 11 indivíduos viraram peças de museus da Europa e dos Estados Unidos.
Pouco se sabe sobre os hábitos alimentares desse lobo com ares de raposa, mas tudo leva a crer que ele comia pássaros - ovos e filhotes que encontrava em ninhos próximos ao chão -, pingüins, insetos e vegetais. Segundo relatos de marinheiros britânicos que andaram por aquelas terras, o animal chamava a atenção por emitir um som similar ao latido de um cão e tinha cerca de 60 centímetros de altura. Comportamento social e outras características permanecem um mistério. Nem mesmo o pai da teoria da evolução das espécies, o inglês Charles Darwin, que conheceu o warrah em 1833, coletou muitas informações quando esteve nas Malvinas - ou Ilhas Falkland, como preferem os britânicos, donos do território. Mas, já naquela época, ele conseguiu prever que o Dusicyon australis estava com os dias contados.
A perseguição ao lobo-das-malvinas começou quando os espanhóis e os escoceses passaram a criar gado e ovelhas na região. Acreditando que os animais nativos representariam uma ameaça para seus rebanhos, eles decidiram exterminá-los como se fossem pragas. E não era difícil chamar o canídeo para a morte, pois seu instinto mandava que ele se comportasse como o melhor amigo do homem. Os colonizadores atraíam o lobo com alguma comida ou uma simples promessa de afago, seguravam-no com uma mão e o esfaqueavam com a outra. Os criadores de ovelhas preferiam o método de envenenamento, mas não descartavam a caça a tiros em campo aberto. Ironicamente, nunca se comprovou que esses mamíferos realmente atacassem rebanhos.
A partir de 1830, caçadores de peles de empresas americanas começaram a desembarcar na região para transformar o warrah em casacos. O Império Britânico oferecia recompensas a quem exterminasse esses lobos de pêlo castanho-acinzentado. Roupas confeccionadas com a pele densa dessa espécie exótica logo se tornaram um sonho de consumo da burguesia da época. O único exemplar levado vivo para a Europa passou uma temporada no Zoológico de Londres, em 1868, e resistiu pouquíssimos anos. Os esforços de preservação foram feitos tardiamente. O lobo-das-malvinas já tinha pagado um alto preço por ser bonito demais aos olhos humanos.
Lobo-das-Malvinas
Nome científico: Dusicyon australis
Ano da extinção: 1876
Habitat: Ilhas Malvinas
Kindle supera Harry Potter como produto mais vendido pela Amazon
27/12/2010 13h58 - Atualizado em 27/12/2010 14h35
Kindle supera Harry Potter como produto mais vendido pela Amazon
Terceira geração de aparelho chegou ao mercado no final de agosto.
Empresa teve recorde histórico de encomendas em 28 de novembro.
Nova versão do Kindle chegou aos EUA no
final de agosto. (Foto: Divulgação)A varejista online Amazon afirmou nesta segunda-feira (27) que a terceira geração de seu leitor digital Kindle se tornou o produto mais vendido em toda a história da empresa.
O Kindle ultrapassou a marca de vendas do último livro da série do bruxo Harry Potter, até então o item mais vendido na Amazon.com. A companhia não revelou números de vendas do leitor digital.
A Amazon.com também informou que em 29 de novembro registrou recorde de encomendas em um único dia, com 13,7 milhões de pedidos em todo o mundo, ou o equivalente a 158 itens por segundo.
Kindle supera Harry Potter como produto mais vendido pela Amazon
Terceira geração de aparelho chegou ao mercado no final de agosto.
Empresa teve recorde histórico de encomendas em 28 de novembro.
Nova versão do Kindle chegou aos EUA no
final de agosto. (Foto: Divulgação)A varejista online Amazon afirmou nesta segunda-feira (27) que a terceira geração de seu leitor digital Kindle se tornou o produto mais vendido em toda a história da empresa.
O Kindle ultrapassou a marca de vendas do último livro da série do bruxo Harry Potter, até então o item mais vendido na Amazon.com. A companhia não revelou números de vendas do leitor digital.
A Amazon.com também informou que em 29 de novembro registrou recorde de encomendas em um único dia, com 13,7 milhões de pedidos em todo o mundo, ou o equivalente a 158 itens por segundo.
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Indianos batem recorde com 22.480 jogadores de xadrez
24/12/2010 14h59 - Atualizado em 24/12/2010 14h59
Indianos batem recorde com 22.480 jogadores de xadrez
Tabuleiros foram montados em Ahmedabad.
Evento entrou para o livro dos recordes.
Imagem liberada pelo estado de Gujarat mostra tabuleiros enfileirados em Ahmedabad. Evento bateu o recorde com 22.480 jogadores se desafiando ao mesmo tempo na Índia (Foto: AFP)
Indianos batem recorde com 22.480 jogadores de xadrez
Tabuleiros foram montados em Ahmedabad.
Evento entrou para o livro dos recordes.
Imagem liberada pelo estado de Gujarat mostra tabuleiros enfileirados em Ahmedabad. Evento bateu o recorde com 22.480 jogadores se desafiando ao mesmo tempo na Índia (Foto: AFP)
Chifrudo Imponente - Cervos-de-schomburgk
CHIFRUDO IMPONENTE - Cervos-de-schomburgk
Em 1938, restava apenas um exemplar dos possantes cervos-de-schomburgk. Sabia-se que, após a morte do macho, mantido como relíquia de estimação em um templo tailandês da província de Samut Sakhon, a humanidade jamais veria um animal semelhante vivo, pois a ação de caçadores e a interferência do homem no habitat já tinham acabado com todos os demais indivíduos. O que ninguém contava era com a possibilidade de um bêbado entrar no cativeiro e abreviar a existência de uma das espécies selvagens mais bonitas da Tailândia.
Os cervos-de-schomburgk habitavam uma região de planícies pantanosas com pasto alto e arbustos. A produção em larga escala de arroz para exportação na Tailândia, iniciada na segunda metade do século 19, alterou as características da área onde viviam essas populações selvagens. Na virada do século, cresceu o interesse de caçadores por esse animal robusto, cujo nome era uma referência a Robert H. Schomburgk, cônsul britânico em Bangcoc de 1857 a 1864.
Gracioso e com chifres imponentes, o cervo-de-schomburgk tinha 1,80 metro de comprimento e 1,04 metro de altura (até o ombro) e pesava entre 100 e 120 quilos. Os machos ostentavam chifres marrons que chegavam a ter mais de 30 pontas, remetendo à forma de um cesto. Entre o fim do século 19 e o início do 20, cientistas europeus tentaram salvar alguns exemplares para a criação em cativeiro. Mas todas as ações foram em vão.
Cervo-de-Schomburgk
Nome científico: Cervus schomburgki
Ano da extinção: 1938
Habitat: Tailândia
Em 1938, restava apenas um exemplar dos possantes cervos-de-schomburgk. Sabia-se que, após a morte do macho, mantido como relíquia de estimação em um templo tailandês da província de Samut Sakhon, a humanidade jamais veria um animal semelhante vivo, pois a ação de caçadores e a interferência do homem no habitat já tinham acabado com todos os demais indivíduos. O que ninguém contava era com a possibilidade de um bêbado entrar no cativeiro e abreviar a existência de uma das espécies selvagens mais bonitas da Tailândia.
Os cervos-de-schomburgk habitavam uma região de planícies pantanosas com pasto alto e arbustos. A produção em larga escala de arroz para exportação na Tailândia, iniciada na segunda metade do século 19, alterou as características da área onde viviam essas populações selvagens. Na virada do século, cresceu o interesse de caçadores por esse animal robusto, cujo nome era uma referência a Robert H. Schomburgk, cônsul britânico em Bangcoc de 1857 a 1864.
Gracioso e com chifres imponentes, o cervo-de-schomburgk tinha 1,80 metro de comprimento e 1,04 metro de altura (até o ombro) e pesava entre 100 e 120 quilos. Os machos ostentavam chifres marrons que chegavam a ter mais de 30 pontas, remetendo à forma de um cesto. Entre o fim do século 19 e o início do 20, cientistas europeus tentaram salvar alguns exemplares para a criação em cativeiro. Mas todas as ações foram em vão.
Cervo-de-Schomburgk
Nome científico: Cervus schomburgki
Ano da extinção: 1938
Habitat: Tailândia
Estudo sobre abelhas feito por crianças é publicado em revista
23/12/2010 08h04 - Atualizado em 23/12/2010 09h26
Estudo sobre abelhas feito por crianças é publicado em revista
Alunos de uma escola primária britânica descobriram que abelhas podem ser treinadas para reconhecerem cores.
As crianças pesquisaram o uso das cores para
orientar abelhas (Foto: Cortesia Beau Lotto )A pesquisa sobre abelhas feita por um grupo de crianças de uma escola primária em Devon, na Inglaterra, se tornou a primeira do tipo a ser publicada por uma revista acadêmica.
Os alunos da Escola Primária Blackawton, que têm entre 8 e 10 anos, descobriram que as abelhas podem ser treinadas para reconhecer cores em busca de alimento.
Eles tiveram a consultoria do neurocientista Beau Lotto, da University College London, que garantiu que o trabalho foi 'inteiramente concebido e escrito' pelas crianças.
O estudo foi publicado na revista especializada Biology Letters, da Royal Society, uma das associações científicas mais tradicionais do mundo.
`Legal e divertido'
Os alunos testaram abelhas para descobrir se elas poderiam aprender a usar padrões de cores para encontrar o caminho até as flores mais doces e nutritivas.
Eles descreveram a conclusão das experiências no trabalho: 'Descobrimos que as abelhas podem usar as combinações de cores para orientar-se no espaço ao decidir qual é a cor da flor para onde irão'.
'Também descobrimos que ciência é legal e divertido, porque você pode fazer coisas que ninguém fez antes', disseram.
A Royal Society disse que faltava compreensão sobre o objeto de estudo das crianças, e que as descobertas eram um 'verdadeiro avanço' no campo.
As tabelas feitas pelas crianças também foram
publicadas na revista (Foto: Cortesia Beau Lotto)O editor da revista Biology Letters, Brian Charlesworth, disse que o estudo é o primeiro caso do tipo no mundo.
'Espero que isso inspire outros grupos a perceber que a ciência não é um clube fechado, mas algo que está disponível para todos.'
Cientistas
O projeto nasceu de uma palestra do neurocientista Beau Lotto na escola Blackawton, onde seu filho estuda, sobre o ensino de ciência.
A partir daí, Lotto e o diretor Dave Strudwick ajudaram as crianças a desenvolver as experiências.
Segundo o neurocientista, a pesquisa começou com 'um dia de abelha', em que os alunos tentavam se comportar como os animais.
'O verdadeiro trabalho científico é cheio de incertezas - e é por isso que é tão excitante - mas acho que é isso o que falta na educação, onde os assuntos são apresentados como uma série de certezas chatas', disse Lotto.
O trabalho editado pelo cientista, que manteve os textos das crianças sobre o tema. As tabelas foram pintadas com lápis de cor.
Para ser publicado, ele teve que ser comentado por dois pesquisadores especialistas no tema, já que o texto não tinha referências bibliográficas.
Laurence Mahoney, da Universidade de Nova York e Natalie Hempel de Ibarra, da Universidade de Exeter, disseram que as experiências foram 'modestas, mas inteligentemente e corretamente organizadas, além de conduzidas de maneira controlada'.
Estudo sobre abelhas feito por crianças é publicado em revista
Alunos de uma escola primária britânica descobriram que abelhas podem ser treinadas para reconhecerem cores.
As crianças pesquisaram o uso das cores para
orientar abelhas (Foto: Cortesia Beau Lotto )A pesquisa sobre abelhas feita por um grupo de crianças de uma escola primária em Devon, na Inglaterra, se tornou a primeira do tipo a ser publicada por uma revista acadêmica.
Os alunos da Escola Primária Blackawton, que têm entre 8 e 10 anos, descobriram que as abelhas podem ser treinadas para reconhecer cores em busca de alimento.
Eles tiveram a consultoria do neurocientista Beau Lotto, da University College London, que garantiu que o trabalho foi 'inteiramente concebido e escrito' pelas crianças.
O estudo foi publicado na revista especializada Biology Letters, da Royal Society, uma das associações científicas mais tradicionais do mundo.
`Legal e divertido'
Os alunos testaram abelhas para descobrir se elas poderiam aprender a usar padrões de cores para encontrar o caminho até as flores mais doces e nutritivas.
Eles descreveram a conclusão das experiências no trabalho: 'Descobrimos que as abelhas podem usar as combinações de cores para orientar-se no espaço ao decidir qual é a cor da flor para onde irão'.
'Também descobrimos que ciência é legal e divertido, porque você pode fazer coisas que ninguém fez antes', disseram.
A Royal Society disse que faltava compreensão sobre o objeto de estudo das crianças, e que as descobertas eram um 'verdadeiro avanço' no campo.
As tabelas feitas pelas crianças também foram
publicadas na revista (Foto: Cortesia Beau Lotto)O editor da revista Biology Letters, Brian Charlesworth, disse que o estudo é o primeiro caso do tipo no mundo.
'Espero que isso inspire outros grupos a perceber que a ciência não é um clube fechado, mas algo que está disponível para todos.'
Cientistas
O projeto nasceu de uma palestra do neurocientista Beau Lotto na escola Blackawton, onde seu filho estuda, sobre o ensino de ciência.
A partir daí, Lotto e o diretor Dave Strudwick ajudaram as crianças a desenvolver as experiências.
Segundo o neurocientista, a pesquisa começou com 'um dia de abelha', em que os alunos tentavam se comportar como os animais.
'O verdadeiro trabalho científico é cheio de incertezas - e é por isso que é tão excitante - mas acho que é isso o que falta na educação, onde os assuntos são apresentados como uma série de certezas chatas', disse Lotto.
O trabalho editado pelo cientista, que manteve os textos das crianças sobre o tema. As tabelas foram pintadas com lápis de cor.
Para ser publicado, ele teve que ser comentado por dois pesquisadores especialistas no tema, já que o texto não tinha referências bibliográficas.
Laurence Mahoney, da Universidade de Nova York e Natalie Hempel de Ibarra, da Universidade de Exeter, disseram que as experiências foram 'modestas, mas inteligentemente e corretamente organizadas, além de conduzidas de maneira controlada'.
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011
O Pequeno Saltador - Canguru rato do deserto
O PEQUENO SALTADOR - Canguru rato do deserto
O canguru-rato-do-deserto tinha uma particularidade: depois de um salto, ele sempre parava com a pata direita à frente da esquerda. Os cientistas não sabem explicar por que o mamífero do sul da Austrália tinha esse inusitado jogo de pernas. E provavelmente jamais vão conseguir explicar, pois o Caloprymnus campestris foi visto pela última vez em 1935.
Grande parte da responsabilidade pelo desaparecimento do rato-do-deserto cabe ao homem. A caça, a destruição do habitat e a introdução de predadores condenaram o futuro desse canguru. Primeiro, foram os aborígines australianos, que matavam o animal para comer. Depois, os colonizadores ingleses levaram para a região o gato, a raposa (ambos se tornaram novos predadores) e o coelho (um competidor pelos mesmos alimentos). Para piorar, a vegetação nativa foi gradativamente substituída por pastagens para o gado. Empurrado para espaços cada vez menores, o rato-do-deserto não resistiu. E o bicho não era fraco. Como habitante do deserto, ele conseguia sobreviver sem água, alimentando-se somente de plantas verdes.
Esse canguru tinha uma altura média de 27 centímetros e um rabo que atingia quase 40 centímetros. Uma característica interessante era a diferença entre o tamanho das patas. As dianteiras eram delicadas, com ossos pesando apenas 1 grama, enquanto as traseiras eram grandes e fortes, com ossos de 12 gramas. Isso porque o rato-do-deserto saltava exclusivamente com as patas de trás. Esses membros possantes ficaram registrados no seu nome científico, Caloprymnus - que em latim significa "belo traseiro".
Canguru-rato-do-deserto
Nome científico: Caloprymnus campestris
Ano da extinção: 1935
Habitat: Austrália
O canguru-rato-do-deserto tinha uma particularidade: depois de um salto, ele sempre parava com a pata direita à frente da esquerda. Os cientistas não sabem explicar por que o mamífero do sul da Austrália tinha esse inusitado jogo de pernas. E provavelmente jamais vão conseguir explicar, pois o Caloprymnus campestris foi visto pela última vez em 1935.
Grande parte da responsabilidade pelo desaparecimento do rato-do-deserto cabe ao homem. A caça, a destruição do habitat e a introdução de predadores condenaram o futuro desse canguru. Primeiro, foram os aborígines australianos, que matavam o animal para comer. Depois, os colonizadores ingleses levaram para a região o gato, a raposa (ambos se tornaram novos predadores) e o coelho (um competidor pelos mesmos alimentos). Para piorar, a vegetação nativa foi gradativamente substituída por pastagens para o gado. Empurrado para espaços cada vez menores, o rato-do-deserto não resistiu. E o bicho não era fraco. Como habitante do deserto, ele conseguia sobreviver sem água, alimentando-se somente de plantas verdes.
Esse canguru tinha uma altura média de 27 centímetros e um rabo que atingia quase 40 centímetros. Uma característica interessante era a diferença entre o tamanho das patas. As dianteiras eram delicadas, com ossos pesando apenas 1 grama, enquanto as traseiras eram grandes e fortes, com ossos de 12 gramas. Isso porque o rato-do-deserto saltava exclusivamente com as patas de trás. Esses membros possantes ficaram registrados no seu nome científico, Caloprymnus - que em latim significa "belo traseiro".
Canguru-rato-do-deserto
Nome científico: Caloprymnus campestris
Ano da extinção: 1935
Habitat: Austrália
Miniatura de Morcego - Ilha de Guam
MINIATURA DE MORCEGO - Ilha de Guam
Nativo da Ilha de Guam, um dos territórios dos Estados Unidos no Oceano Pacífico, o pequeno-morcego-de-frutas-mariana desapareceu da Terra devido à intervenção humana e aos rigores da natureza. Os homens atacaram com armas de fogo e destruíram o habitat do morcego, enquanto a natureza mandou impiedosos furacões. Mesmo no auge da sobrevivência, o pequeno-mariana sempre foi um animal raro. Prova disso é que os cientistas coletaram apenas três espécimes desde que os colonizadores espanhóis, japoneses e americanos pisaram na ilha do povo chamorro, a partir do século 16. O último exemplar conhecido data de 1968 - e foi abatido por caçadores. Desde então, outros pequenos-marianas foram procurados na região e na vizinha Ilha Mariana do Norte, mas jamais foram encontrados. Só restou o parente mais próximo, o morcego-de-frutas-mariana (Pteropus marianus marianus), maior em comprimento e em envergadura, que ainda sobrevoa as matas de Guam.
O pequeno morcego media cerca de 15 centímetros da cabeça ao rabo e de 65 a 71 centímetros de uma asa à outra. A cor do abdome e das asas variava do marrom ao marrom-escuro, com alguns pêlos brancos, enquanto o pescoço era coberto por um manto marrom ou dourado. Boa parte dos hábitos do morceguinho é conhecida pela observação do primo mariana. Quando não estava dormindo durante o dia, ele encontrava tempo para interagir com outros morcegos, em busca de reprodução, ou para defender território, pois o macho podia ter várias parceiras. Depois do pôr-do-sol, voava em grupos por várias horas para se alimentar de frutas e flores, como mamões, figos e cocos. Por causa de suas preferências alimentares, o pequeno-mariana tinha um papel relevante na polinização de plantas e distribuição de sementes. Ele também era importante no cardápio dos chamorros, que consideravam a espécie um prato delicioso, o que pode ter acelerado a extinção desses mamíferos voadores. A situação se agravou com o advento das armas de fogo, que tornaram a caça bem mais fácil.
Aquela última fêmea vista por olhos humanos, morta pelos caçadores em 1968, estava acompanhada de um morcego jovem. Era provavelmente um filhote, que conseguiu escapar dos tiros. Não houve tempo de observar se a mãe estava carregando o morceguinho ou se os dois voavam juntos. Segundo os especialistas do Instituto de Administração da Conservação (um centro de estudos ligado à Faculdade de Tecnologia da Virgínia, nos Estados Unidos), isso pode indicar que os cuidados maternos duravam vários meses depois do nascimento. A fim de evitar o mesmo triste destino para os primos sobreviventes, o governo de Guam limitou a caça dos marianas e criou quatro reservas selvagens, totalizando 1 700 hectares. Mesmo assim, a espécie continua ameaçada.
Pequeno-morcego-de-frutas-Mariana
Nome científico: Pteropus tokudae
Ano da extinção: 1968
Habitat: Ilha de Guam
Nativo da Ilha de Guam, um dos territórios dos Estados Unidos no Oceano Pacífico, o pequeno-morcego-de-frutas-mariana desapareceu da Terra devido à intervenção humana e aos rigores da natureza. Os homens atacaram com armas de fogo e destruíram o habitat do morcego, enquanto a natureza mandou impiedosos furacões. Mesmo no auge da sobrevivência, o pequeno-mariana sempre foi um animal raro. Prova disso é que os cientistas coletaram apenas três espécimes desde que os colonizadores espanhóis, japoneses e americanos pisaram na ilha do povo chamorro, a partir do século 16. O último exemplar conhecido data de 1968 - e foi abatido por caçadores. Desde então, outros pequenos-marianas foram procurados na região e na vizinha Ilha Mariana do Norte, mas jamais foram encontrados. Só restou o parente mais próximo, o morcego-de-frutas-mariana (Pteropus marianus marianus), maior em comprimento e em envergadura, que ainda sobrevoa as matas de Guam.
O pequeno morcego media cerca de 15 centímetros da cabeça ao rabo e de 65 a 71 centímetros de uma asa à outra. A cor do abdome e das asas variava do marrom ao marrom-escuro, com alguns pêlos brancos, enquanto o pescoço era coberto por um manto marrom ou dourado. Boa parte dos hábitos do morceguinho é conhecida pela observação do primo mariana. Quando não estava dormindo durante o dia, ele encontrava tempo para interagir com outros morcegos, em busca de reprodução, ou para defender território, pois o macho podia ter várias parceiras. Depois do pôr-do-sol, voava em grupos por várias horas para se alimentar de frutas e flores, como mamões, figos e cocos. Por causa de suas preferências alimentares, o pequeno-mariana tinha um papel relevante na polinização de plantas e distribuição de sementes. Ele também era importante no cardápio dos chamorros, que consideravam a espécie um prato delicioso, o que pode ter acelerado a extinção desses mamíferos voadores. A situação se agravou com o advento das armas de fogo, que tornaram a caça bem mais fácil.
Aquela última fêmea vista por olhos humanos, morta pelos caçadores em 1968, estava acompanhada de um morcego jovem. Era provavelmente um filhote, que conseguiu escapar dos tiros. Não houve tempo de observar se a mãe estava carregando o morceguinho ou se os dois voavam juntos. Segundo os especialistas do Instituto de Administração da Conservação (um centro de estudos ligado à Faculdade de Tecnologia da Virgínia, nos Estados Unidos), isso pode indicar que os cuidados maternos duravam vários meses depois do nascimento. A fim de evitar o mesmo triste destino para os primos sobreviventes, o governo de Guam limitou a caça dos marianas e criou quatro reservas selvagens, totalizando 1 700 hectares. Mesmo assim, a espécie continua ameaçada.
Pequeno-morcego-de-frutas-Mariana
Nome científico: Pteropus tokudae
Ano da extinção: 1968
Habitat: Ilha de Guam
Estudo associa estrutura do cérebro a sociabilidade
27/12/2010 17h31 - Atualizado em 27/12/2010 17h32
Estudo associa estrutura do cérebro a sociabilidade
Cientistas verificaram que pessoas com amígdalas
maiores têm vida social mais rica.
Imagem computadorizada de um cérebro mostra
amígdalas em cor azul. (Foto: Reprodução/BBC)Cientistas americanos dizem ter encontrado uma associação entre a sociabilidade de um indivíduo e o tamanho de sua amígdala – pequena estrutura de forma amendoada encontrada no cérebro, e não o órgão na garganta.
O estudo, feito por pesquisadores do Hospital Geral Massachusetts e da Universidade Northeastern, em Boston, Massachusetts, foi publicado na revista científica Nature Neuroscience.
O trabalho confirma resultados de estudos anteriores, envolvendo outras espécies de primatas, mostrando que animais que vivem em grupos sociais maiores têm amígdalas maiores.
"Sabemos que primatas que vivem em grupos sociais maiores têm uma amígdala maior, mesmo quando se leva em conta o tamanho total do cérebro e do corpo", disse Lisa Feldman Barrett, que chefiou o estudo.
"Consideramos uma única espécie de primata – a humana – e descobrimos que o volume da amígdala se correlacionou positivamente com o tamanho e complexidade de redes sociais em humanos adultos".
Os pesquisadores também analisaram outras estruturas subcorticais dentro do cérebro e não encontraram evidências de um relacionamento similar entre essas estruturas e a vida social de humanos.
Também não foram encontradas associações entre o volume da amígdala e outras variáves sociais na vida de humanos – como índices de satisfação social, por exemplo.
"A associação entre o tamanho da amígdala e o tamanho e complexidade da rede social foi observada tanto em indivíduos mais velhos como mais novos, homens e mulheres", disse Bradford Dickerson, da Escola Médica Harvard, em Cambridge, Massachusetts, outro cientista que participou do estudo.
"E a associação é específica à amígdala, porque o tamanho e complexidade da rede social não foram associados ao tamanho de outras estruturas do cérebro", acrescentou.
Questionários
Os pesquisadores pediram aos 58 participantes do estudo que respondessem perguntas sobre o tamanho e a complexidade de suas redes sociais.
As perguntas se referiam ao número total de contatos sociais regulares que cada participante mantinha, assim como o número de grupos diferentes a que esses contatos pertenciam.
Os participantes, com idades entre 19 e 83 anos, também foram submetidos a exames de ressonância magnética para que os cientistas pudessem obter informações sobre uma série de estruturas presentes no cérebro, incluindo o volume da amígdala.
Barrett disse que os resultados do estudo são consistentes com a "hipótese do cérebro social", uma teoria segundo a qual a amígdala humana teria evoluído em parte para permitir que o homem lidasse com uma vida social cada vez mais complexa.
"Mais pesquisas estão sendo feitas para tentar estabelecer de que forma a amígdala e outras regiões do cérebro estão envolvidas no comportamento social de humanos", ela disse.
"Nós e outros pesquisadores estamos tentando entender também como anormalidades nessas regiões do cérebro podem prejudicar o comportamento social em distúrbios neurológicos e psiquiátricos".
Estudo associa estrutura do cérebro a sociabilidade
Cientistas verificaram que pessoas com amígdalas
maiores têm vida social mais rica.
Imagem computadorizada de um cérebro mostra
amígdalas em cor azul. (Foto: Reprodução/BBC)Cientistas americanos dizem ter encontrado uma associação entre a sociabilidade de um indivíduo e o tamanho de sua amígdala – pequena estrutura de forma amendoada encontrada no cérebro, e não o órgão na garganta.
O estudo, feito por pesquisadores do Hospital Geral Massachusetts e da Universidade Northeastern, em Boston, Massachusetts, foi publicado na revista científica Nature Neuroscience.
O trabalho confirma resultados de estudos anteriores, envolvendo outras espécies de primatas, mostrando que animais que vivem em grupos sociais maiores têm amígdalas maiores.
"Sabemos que primatas que vivem em grupos sociais maiores têm uma amígdala maior, mesmo quando se leva em conta o tamanho total do cérebro e do corpo", disse Lisa Feldman Barrett, que chefiou o estudo.
"Consideramos uma única espécie de primata – a humana – e descobrimos que o volume da amígdala se correlacionou positivamente com o tamanho e complexidade de redes sociais em humanos adultos".
Os pesquisadores também analisaram outras estruturas subcorticais dentro do cérebro e não encontraram evidências de um relacionamento similar entre essas estruturas e a vida social de humanos.
Também não foram encontradas associações entre o volume da amígdala e outras variáves sociais na vida de humanos – como índices de satisfação social, por exemplo.
"A associação entre o tamanho da amígdala e o tamanho e complexidade da rede social foi observada tanto em indivíduos mais velhos como mais novos, homens e mulheres", disse Bradford Dickerson, da Escola Médica Harvard, em Cambridge, Massachusetts, outro cientista que participou do estudo.
"E a associação é específica à amígdala, porque o tamanho e complexidade da rede social não foram associados ao tamanho de outras estruturas do cérebro", acrescentou.
Questionários
Os pesquisadores pediram aos 58 participantes do estudo que respondessem perguntas sobre o tamanho e a complexidade de suas redes sociais.
As perguntas se referiam ao número total de contatos sociais regulares que cada participante mantinha, assim como o número de grupos diferentes a que esses contatos pertenciam.
Os participantes, com idades entre 19 e 83 anos, também foram submetidos a exames de ressonância magnética para que os cientistas pudessem obter informações sobre uma série de estruturas presentes no cérebro, incluindo o volume da amígdala.
Barrett disse que os resultados do estudo são consistentes com a "hipótese do cérebro social", uma teoria segundo a qual a amígdala humana teria evoluído em parte para permitir que o homem lidasse com uma vida social cada vez mais complexa.
"Mais pesquisas estão sendo feitas para tentar estabelecer de que forma a amígdala e outras regiões do cérebro estão envolvidas no comportamento social de humanos", ela disse.
"Nós e outros pesquisadores estamos tentando entender também como anormalidades nessas regiões do cérebro podem prejudicar o comportamento social em distúrbios neurológicos e psiquiátricos".
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domingo, 23 de janeiro de 2011
A vida em perigo - Extinção
A VIDA EM PERIGO
Com 4,5 bilhões de anos, a Terra está passando pela pior devastação da vida animal em sua história. Apenas nos últimos 500 anos, 608 animais desapareceram do planeta, 311 deles vertebrados. A maioria foi extinta pela interferência do homem na natureza: destruição de ecossistemas, caça e pesca predatórias, introdução de espécies estranhas aos habitats e substituição de florestas por plantações. Essa triste estatística indica que, a partir da chegada dos colonizadores europeus ao Novo Mundo, uma espécie sumiu a cada dez meses. A taxa de extinção de animais no século 20 é cem vezes maior do que antes do século 15.
A devastação por classes de animais
Aves
9 932 espécies conhecidas
1194 ameaçadas
129 extintas
Mamíferos
4 842 espécies conhecidas
1 130 ameaçadas
74 extintas
Répteis
8 134 espécies conhecidas
293 ameaçadas
21 extintas
Anfíbios
5 578 espécies conhecidas
157 ameaçadas
7 extintas
Peixes
28 100 espécies conhecidas
750 ameaçadas
80 extintas
Fontes: União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Humanos (IUCN), Worldwatch Institute (WWI) e World Widelife Fund for Nature (WWF)
O estrago por continentes
Europa
892 espécies ameaçadas
19 extintas
América do Norte
356 espécies ameaçadas
245 extintas
América Central
1 074 espécies ameaçadas
76 extintas
América do Sul
1 111 espécies ameaçadas
13 extintas
África
1 949 espécies ameaçadas
234 extintas
Oceania
841 espécies ameaçadas
171 extintas
Ásia
3 207 espécies ameaçadas
33 extintas
*Algumas espécies vivem em mais de um continente. Por isso, a soma por continente é maior do que a soma por classe taxonômica
Com 4,5 bilhões de anos, a Terra está passando pela pior devastação da vida animal em sua história. Apenas nos últimos 500 anos, 608 animais desapareceram do planeta, 311 deles vertebrados. A maioria foi extinta pela interferência do homem na natureza: destruição de ecossistemas, caça e pesca predatórias, introdução de espécies estranhas aos habitats e substituição de florestas por plantações. Essa triste estatística indica que, a partir da chegada dos colonizadores europeus ao Novo Mundo, uma espécie sumiu a cada dez meses. A taxa de extinção de animais no século 20 é cem vezes maior do que antes do século 15.
A devastação por classes de animais
Aves
9 932 espécies conhecidas
1194 ameaçadas
129 extintas
Mamíferos
4 842 espécies conhecidas
1 130 ameaçadas
74 extintas
Répteis
8 134 espécies conhecidas
293 ameaçadas
21 extintas
Anfíbios
5 578 espécies conhecidas
157 ameaçadas
7 extintas
Peixes
28 100 espécies conhecidas
750 ameaçadas
80 extintas
Fontes: União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Humanos (IUCN), Worldwatch Institute (WWI) e World Widelife Fund for Nature (WWF)
O estrago por continentes
Europa
892 espécies ameaçadas
19 extintas
América do Norte
356 espécies ameaçadas
245 extintas
América Central
1 074 espécies ameaçadas
76 extintas
América do Sul
1 111 espécies ameaçadas
13 extintas
África
1 949 espécies ameaçadas
234 extintas
Oceania
841 espécies ameaçadas
171 extintas
Ásia
3 207 espécies ameaçadas
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*Algumas espécies vivem em mais de um continente. Por isso, a soma por continente é maior do que a soma por classe taxonômica
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Antártida - Região Selvagem
ANTÁRTIDA - Região Selvagem
Muito pouco além do branco e azul infinitos enchem os olhos de quem tem coragem de ir à Antártida. Destino inóspito até para os mais aventureiros, é o único continente na Terra que o homem não conseguiu conquistar. Um lugar em que 98% da superfície estão cobertos por uma enorme capa de gelo de milhares de metros de espessura. Um lugar com temperaturas abaixo de 0° C no verão e abaixo de -25° C no inverno. Fácil entender por que lá os seres humanos são espécie rara.
Antes do caçador de focas americano John Davis pisar lá, em 1821, não se tem notícia de povo algum habitando a Antártida, nem mesmo indígenas. Desde Davis, o que se acumulou de gente vivendo no continente gelado é basicamente uma população internacional: pesquisadores de diversas áreas do mundo, inclusive do Brasil, concentrados na costa e nos arquipélagos próximos ao continente. No verão, o número de habitantes chega a apenas 10 mil e, no inverno, não passa de mil. Só nas últimas décadas a locomoção foi facilitada, com botes infláveis movidos a motor.
O prazer de ver paredes de gelo gigantescas com formatos inusitados vem inevitavelmente acompanhado de um frio seco e muito vento gelado batendo no rosto (com a possibilidade de, do nada, sofrer o impacto de um vendaval de 100km/h e força de furacão!). Pode-se considerar a Antártida um deserto, já que é o continente mais árido do planeta. No verão, a luz do sol perdura por até 20 horas seguidas. No inverno, ao contrário, se vê escuridão a maior parte do tempo.
A paisagem não depende das horas para se modificar, mas do humor do clima, por isso o perigo é iminente em todos os cantos. Esqueça do relógio e conte com alguém que saiba se orientar pelos satélites. Uma tempestade de névoa pode anular a visibilidade do lugar em minutos e transformar uma simples saída de barco num passeio sem volta. Geleiras formam-se rapidamente entre os caminhos e, se o aventureiro não prestar atenção, fica perdido mesmo a alguns poucos metros de seu destino.
As condições extremas de permanência na Antártida mais o silêncio, o excesso ou falta de luz e uma beleza de poucas cores podem perturbar o equilíbrio psicológico de seus visitantes em poucos meses. Pesquisadores estão sujeitos a crises de estresse. Mas, apesar de remota e hostil, a Antártida é rica em vida selvagem, paisagens de tirar o fôlego e reservas naturais únicas.
Quase 100% do local ainda estão intactos e há muito mais biodiversidade dentro da água do que fora dela. A vida animal em terra é dominada por invertebrados, a maioria deles parasita de animas de sangue quente. Todas as 18 espécies de mamífero são total ou parcialmente marítimas, como as baleias e as focas, respectivamente. Os pássaros dominam a cena. São cerca de 100 milhões de indivíduos competindo pelos melhores lugares para arrumarem seus ninhos durante a procriação. Há sete espécies e oito categorias do cativante pingüim, um dos animais-símbolo do continente. O pingüim-imperador é o maior de toda a espécie no mundo - chega a pesar 30 quilos e a medir 1,15 metro de altura -, e o pingüim-rei, o segundo maior. Suas colônias estão entre os grandes fenômenos da vida selvagem na Terra, chegando às vezes aos milhões de indivíduos.
O ecossistema marinho é extremamente produtivo, o mais rico do universo e mostra seu potencial principalmente no verão, a estação de crescimento na Antártida. Com quase 24 horas diárias de sol (a propósito, enlouquecedor até para os mais acostumados), o fitoplâncton floresce e se afirma como base da cadeia alimentar. Alimenta o krill, um pequeno crustáceo que, por sua vez, serve de alimento para pássaros e mamíferos.
Apesar de seis meses de luminosidade por ano, o continente ainda esconde muitas áreas completamente inacessíveis, como um lago que fica embaixo de uma camada de gelo de 3 quilômetros de espessura, na Estação Vostok, base científica russa a 2 mil quilômetros do Pólo Sul. Não se tem idéia do que realmente pode ser encontrado em suas profundezas - 14 mil quilômetros quadrados de puro mistério (quem sabe animais pré-históricos congelados há milhares de anos?).
Por um lado, a inacessibilidade pode parecer um obstáculo ao conhecimento. Por outro, sorte do meio ambiente. Enquanto outros santuários ecológicos correm riscos imediatos de degradação, a Antártida deverá ser por muitas décadas a última fronteira do planeta para os homens.
Área total - 13 900 000 km²
Área intacta - 99%
Área protegida - 0.025%
Conservação e ameaça
As mesmas condições selvagens que nos encantam são responsáveis por boa parte da conservação ao criar um ambiente inóspito para a instalação de grandes populações. Os tratados assinados pelos países que lá mantêm suas bases também têm contribuído decisivamente para sua preservação. Dois grandes acordos regulam as atividades humanas no continente: o Tratado da Antártida, de 1961, e o conhecido Protocolo de Madri, estabelecido em 1991. O primeiro, assinado originalmente por 12 países, determinou principalmente o uso pacífico da região, proibindo os testes nucleares, e reafirmou sua condição de território livre - a Antártida não pertence a nenhum país. A exploração mineral foi terminantemente proibida como também qualquer atividade que venha a colocar em risco as espécies ameaçadas. Há ainda vários anexos referentes à avaliação de impacto ambiental, conservação da fauna e da flora, coleta e tratamento de lixo, prevenção de poluição marinha e criação e gerenciamento de áreas protegidas. Mesmo assim, a Antártida ainda sofre ameaças. As principais são: introdução de espécies não nativas, a pesca do krill e a exploração de minérios e óleo. A mais severa, no entanto, parece ser o impacto do aquecimento global. Se as temperaturas continuarem a subir, uma parte do gelo pode derreter, com conseqüências drásticas para áreas mais baixas em todo o planeta.
Muito pouco além do branco e azul infinitos enchem os olhos de quem tem coragem de ir à Antártida. Destino inóspito até para os mais aventureiros, é o único continente na Terra que o homem não conseguiu conquistar. Um lugar em que 98% da superfície estão cobertos por uma enorme capa de gelo de milhares de metros de espessura. Um lugar com temperaturas abaixo de 0° C no verão e abaixo de -25° C no inverno. Fácil entender por que lá os seres humanos são espécie rara.
Antes do caçador de focas americano John Davis pisar lá, em 1821, não se tem notícia de povo algum habitando a Antártida, nem mesmo indígenas. Desde Davis, o que se acumulou de gente vivendo no continente gelado é basicamente uma população internacional: pesquisadores de diversas áreas do mundo, inclusive do Brasil, concentrados na costa e nos arquipélagos próximos ao continente. No verão, o número de habitantes chega a apenas 10 mil e, no inverno, não passa de mil. Só nas últimas décadas a locomoção foi facilitada, com botes infláveis movidos a motor.
O prazer de ver paredes de gelo gigantescas com formatos inusitados vem inevitavelmente acompanhado de um frio seco e muito vento gelado batendo no rosto (com a possibilidade de, do nada, sofrer o impacto de um vendaval de 100km/h e força de furacão!). Pode-se considerar a Antártida um deserto, já que é o continente mais árido do planeta. No verão, a luz do sol perdura por até 20 horas seguidas. No inverno, ao contrário, se vê escuridão a maior parte do tempo.
A paisagem não depende das horas para se modificar, mas do humor do clima, por isso o perigo é iminente em todos os cantos. Esqueça do relógio e conte com alguém que saiba se orientar pelos satélites. Uma tempestade de névoa pode anular a visibilidade do lugar em minutos e transformar uma simples saída de barco num passeio sem volta. Geleiras formam-se rapidamente entre os caminhos e, se o aventureiro não prestar atenção, fica perdido mesmo a alguns poucos metros de seu destino.
As condições extremas de permanência na Antártida mais o silêncio, o excesso ou falta de luz e uma beleza de poucas cores podem perturbar o equilíbrio psicológico de seus visitantes em poucos meses. Pesquisadores estão sujeitos a crises de estresse. Mas, apesar de remota e hostil, a Antártida é rica em vida selvagem, paisagens de tirar o fôlego e reservas naturais únicas.
Quase 100% do local ainda estão intactos e há muito mais biodiversidade dentro da água do que fora dela. A vida animal em terra é dominada por invertebrados, a maioria deles parasita de animas de sangue quente. Todas as 18 espécies de mamífero são total ou parcialmente marítimas, como as baleias e as focas, respectivamente. Os pássaros dominam a cena. São cerca de 100 milhões de indivíduos competindo pelos melhores lugares para arrumarem seus ninhos durante a procriação. Há sete espécies e oito categorias do cativante pingüim, um dos animais-símbolo do continente. O pingüim-imperador é o maior de toda a espécie no mundo - chega a pesar 30 quilos e a medir 1,15 metro de altura -, e o pingüim-rei, o segundo maior. Suas colônias estão entre os grandes fenômenos da vida selvagem na Terra, chegando às vezes aos milhões de indivíduos.
O ecossistema marinho é extremamente produtivo, o mais rico do universo e mostra seu potencial principalmente no verão, a estação de crescimento na Antártida. Com quase 24 horas diárias de sol (a propósito, enlouquecedor até para os mais acostumados), o fitoplâncton floresce e se afirma como base da cadeia alimentar. Alimenta o krill, um pequeno crustáceo que, por sua vez, serve de alimento para pássaros e mamíferos.
Apesar de seis meses de luminosidade por ano, o continente ainda esconde muitas áreas completamente inacessíveis, como um lago que fica embaixo de uma camada de gelo de 3 quilômetros de espessura, na Estação Vostok, base científica russa a 2 mil quilômetros do Pólo Sul. Não se tem idéia do que realmente pode ser encontrado em suas profundezas - 14 mil quilômetros quadrados de puro mistério (quem sabe animais pré-históricos congelados há milhares de anos?).
Por um lado, a inacessibilidade pode parecer um obstáculo ao conhecimento. Por outro, sorte do meio ambiente. Enquanto outros santuários ecológicos correm riscos imediatos de degradação, a Antártida deverá ser por muitas décadas a última fronteira do planeta para os homens.
Área total - 13 900 000 km²
Área intacta - 99%
Área protegida - 0.025%
Conservação e ameaça
As mesmas condições selvagens que nos encantam são responsáveis por boa parte da conservação ao criar um ambiente inóspito para a instalação de grandes populações. Os tratados assinados pelos países que lá mantêm suas bases também têm contribuído decisivamente para sua preservação. Dois grandes acordos regulam as atividades humanas no continente: o Tratado da Antártida, de 1961, e o conhecido Protocolo de Madri, estabelecido em 1991. O primeiro, assinado originalmente por 12 países, determinou principalmente o uso pacífico da região, proibindo os testes nucleares, e reafirmou sua condição de território livre - a Antártida não pertence a nenhum país. A exploração mineral foi terminantemente proibida como também qualquer atividade que venha a colocar em risco as espécies ameaçadas. Há ainda vários anexos referentes à avaliação de impacto ambiental, conservação da fauna e da flora, coleta e tratamento de lixo, prevenção de poluição marinha e criação e gerenciamento de áreas protegidas. Mesmo assim, a Antártida ainda sofre ameaças. As principais são: introdução de espécies não nativas, a pesca do krill e a exploração de minérios e óleo. A mais severa, no entanto, parece ser o impacto do aquecimento global. Se as temperaturas continuarem a subir, uma parte do gelo pode derreter, com conseqüências drásticas para áreas mais baixas em todo o planeta.
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Cachorra aprende a reconhecer nome de mais de mil brinquedos
23/12/2010 14h46 - Atualizado em 23/12/2010 15h26
Cachorra aprende a reconhecer nome de mais de mil brinquedos
Chaser foi treinada por psicólogos nos EUA por 3 anos para identificar e organizar objetos.
Uma cachorra da raça border collie consegue reconhecer 1.022 brinquedos pelo nome, mais do que qualquer outro animal, de acordo com os cientistas que convivem com ela.
Chaser, que foi treinada pelos psicólogos Alliston Reid and John Pilley, da Universidade de Wofford, nos Estados Unidos, também consegue organizar os objetos por função e forma. Crianças aprendem a fazer o mesmo por volta dos 3 anos de idade.
A border collie Chaser memorizou mais de mil nomes de objetos (Foto: Robin Pilley)A pesquisa dos americanos foi inspirada em Rico, um cachorro treinado no Instituto de Antropologia Evolutiva Max Planck, na Alemanha. Rico conseguia reconhecer 200 palavras e identificar objetos novos em um grupo de coisas que ele já conhecia.
Após o estudo com Rico, publicado em 2004, Reid e Pilley decidiram investigar se havia um limite para o número de palavras que os cachorros poderiam aprender.
Treino
Chaser foi treinada por três anos. Primeiro, os brinquedos eram apresentados a ela um a um. Em seguida, ela tinha que encontrar cada um dos objetos, e, por fim, o nome do brinquedo era repetido para reforçar a associação.
Para testar o vocabulário da cachorra, grupos de 20 brinquedos eram escolhidos aleatoriamente e colocados em um quarto isolado onde Chaser tinha que procurá-los pelo nome.
Segundo Alliston Reid, Chaser completou 838 testes e nunca acertou menos do que 18 objetos. Ela também aprendeu a dividir os objetos em categorias.
O especialista Ádám Miklósi, fundador do Projeto Cachorro de Família, na Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, afirma que os resultados são impressionantes por causa do treino intensivo da cachorra.
'Outros cães realizam as mesmas tarefas, mas eles cometem mais erros', disse.
Cachorra aprende a reconhecer nome de mais de mil brinquedos
Chaser foi treinada por psicólogos nos EUA por 3 anos para identificar e organizar objetos.
Uma cachorra da raça border collie consegue reconhecer 1.022 brinquedos pelo nome, mais do que qualquer outro animal, de acordo com os cientistas que convivem com ela.
Chaser, que foi treinada pelos psicólogos Alliston Reid and John Pilley, da Universidade de Wofford, nos Estados Unidos, também consegue organizar os objetos por função e forma. Crianças aprendem a fazer o mesmo por volta dos 3 anos de idade.
A border collie Chaser memorizou mais de mil nomes de objetos (Foto: Robin Pilley)A pesquisa dos americanos foi inspirada em Rico, um cachorro treinado no Instituto de Antropologia Evolutiva Max Planck, na Alemanha. Rico conseguia reconhecer 200 palavras e identificar objetos novos em um grupo de coisas que ele já conhecia.
Após o estudo com Rico, publicado em 2004, Reid e Pilley decidiram investigar se havia um limite para o número de palavras que os cachorros poderiam aprender.
Treino
Chaser foi treinada por três anos. Primeiro, os brinquedos eram apresentados a ela um a um. Em seguida, ela tinha que encontrar cada um dos objetos, e, por fim, o nome do brinquedo era repetido para reforçar a associação.
Para testar o vocabulário da cachorra, grupos de 20 brinquedos eram escolhidos aleatoriamente e colocados em um quarto isolado onde Chaser tinha que procurá-los pelo nome.
Segundo Alliston Reid, Chaser completou 838 testes e nunca acertou menos do que 18 objetos. Ela também aprendeu a dividir os objetos em categorias.
O especialista Ádám Miklósi, fundador do Projeto Cachorro de Família, na Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, afirma que os resultados são impressionantes por causa do treino intensivo da cachorra.
'Outros cães realizam as mesmas tarefas, mas eles cometem mais erros', disse.
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sábado, 22 de janeiro de 2011
Ator de 'The mentalist' fecha contrato de US$ 30 milhões com a Warner
25/12/2010 14h29 - Atualizado em 25/12/2010 14h29
Ator de 'The mentalist' fecha contrato de US$ 30 milhões com a Warner
Simon Baker irá trabalhar na série até a sua 7ª temporada.
A partir do 5º ano ele também terá crédito de produtor.
O ator Simon Baker (Foto: Divulgação)Dona de uma das maiores audiência da TV americana, a série "The mentalist" está indo para o terceiro ano mas já visualiza o sétimo. Segundo o site Dealine Hollywood, o ator Simon Baker fechou um contrato de mais de US$ 30 milhões com a produtora do programa, a Warner Bros.
Ele, que vive o protagonista Patrick Jane, um vidente que ajuda a polícia da Califórnia a resolver crimes, fechou com a produção para até o seu sétimo ano. O loiro também ganhará o crédito de produtor a partir da 5ª temporada.
O programa, exibido no Brasil pelo Warner Channel, tem um custo de até US$ 2,2 milhões por episódio, sendo que cada um deles tem uma média de 16 milhões de espectadores.
Ator de 'The mentalist' fecha contrato de US$ 30 milhões com a Warner
Simon Baker irá trabalhar na série até a sua 7ª temporada.
A partir do 5º ano ele também terá crédito de produtor.
O ator Simon Baker (Foto: Divulgação)Dona de uma das maiores audiência da TV americana, a série "The mentalist" está indo para o terceiro ano mas já visualiza o sétimo. Segundo o site Dealine Hollywood, o ator Simon Baker fechou um contrato de mais de US$ 30 milhões com a produtora do programa, a Warner Bros.
Ele, que vive o protagonista Patrick Jane, um vidente que ajuda a polícia da Califórnia a resolver crimes, fechou com a produção para até o seu sétimo ano. O loiro também ganhará o crédito de produtor a partir da 5ª temporada.
O programa, exibido no Brasil pelo Warner Channel, tem um custo de até US$ 2,2 milhões por episódio, sendo que cada um deles tem uma média de 16 milhões de espectadores.
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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Caatinga - Região Selvagem
CAATINGA - Região Selvagem
Nenhum outro lugar do mundo mostra de forma tão escancarada a explosão da vida como na caatinga. Bioma que se apresenta em constante metamorfose, é o único exclusivamente brasileiro, a despeito dos preconceitos em torno dele. Erroneamente, diz-se da caatinga um pedaço grande de secura, miséria e bichos mortos pelo caminho. O sertanejo já foi retratado como homem amargurado e isolado. Sem dúvida há o problema da seca no Nordeste, há fome e há áreas em ameaça de desertificação. Mas não se pode negar a existência de fauna e a flora únicas na região semi-árida, que mostram suas cores não apenas na estação das chuvas.
A caatinga, na verdade, é rica em biodiversidade e quase toda inexplorada. Tem como aspecto mais marcante a força dos seres vivos que se adaptam misteriosamente a condições que até a ciência duvida. Espécies vegetais, animais e também os humanos: o sertanejo é mesmo um forte.
De clima semi-árido que um dia - até 12 mil anos atrás - já foi úmido, a região tem duas estações, a seca e a de chuvas. Na estação seca há uma economia em massa de energia por parte de todas as espécies. Onde havia folhas, há espinhos. Répteis e anfíbios somem quase que totalmente. Não se sabe se hibernam, se apenas se escondem, mas é certo que voltam. Os mamíferos maiores aglomeram-se em áreas mais úmidas, como as serras. Algumas aves e pequenos animais, como o tatu, ainda circulam pelas áreas secas. Dá para ver os seres vivos em resistência, mas o olhar tem de ser mais apurado para enxergar a beleza áspera. Não é qualquer aventureiro que chega no meio da estação seca e percebe os movimentos. Mesmo porque a lentidão impera, sons não são tão perceptíveis como numa mata tropical. Andar pela caatinga é mais fácil do que andar pela floresta - embora haja redutos de matas e árvores maiores no meio desse bioma - porque se vê melhor onde se pisa.
A fauna, comparada à da Amazônia ou mesmo à do Cerrado é mais reduzida, em quantidade e tamanho - a onça-pintada de lá é menor que a onça das florestas tropicais. A vegetação, caracterizada por cactos e bromélias é mais baixa, como os homens e os bichos. Ser menor em tamanho é ser do tamanho facilitado pela natureza para, no caso da fauna, se movimentar, andar por entre as mais de mil espécies espinhosas como o xique-xique, o facheiro, o quipá e a coroa-de-frade. Não é à toa que o pequeno mamífero que mais se vê no chão, entre os galhos finos e as plantas urticantes, é o tatu. Compacto, protegido por uma carcaça, sai em busca de comida dando curtos e rápidos passos. E se os vegetais também são compactos é por pura economia de energia. Cada gota de água armanezada não pode ser perdida - um organismo grande trabalharia muito mais nas reações químicas e biológicas para permanecer em tamanha secura. A vegetação da caatinga encolhe-se, troca folhas por espinhos e muda de posição para evitar um sol ardente tão em cima de seu organismo porque quer continuar viva.
A rigidez das espécies em estado de alerta acaba com a grande festa do sertão, que é a troca de estação, época do carnaval de cores que explode em menos de um mês de pluviosidade. Antes das chuvas começarem, os olhos dos bichos e dos homens já reparam em nuvens densas e escuras se aglutinando no céu. É um nublado, sim, mas em terra de céu azul constante o bonito é o cinza, o prenúncio da esperada queda d’água. Quem conhece bem o pedaço fica de olho no mandacaru, vegetação-símbolo, personagem até de letra de forró por ser um dos mais famosos sinalizadores da chuva. O cacto, que só existe lá, prenuncia a chegada da água céu abaixo quando mostra seus frutos vermelhos, cheios de gosmas por dentro, que alimenta aves e dá esperança a quem vive no solo rachado. ("Mandacaru quando flora na seca, é o sinal que a chuva chega no sertão", Luiz Gonzaga em "Xote das Meninas").
Já por volta do 15º dia de chuva a paisagem se transforma. Passar pelo mesmo lugar duas vezes pode trazer a surpresa de um verde inusitado nas gramíneas, nos arbustos e árvores. Os animais que estavam muquiados nos troncos, se movimentando pouco e fugindo do sol dão as caras. Revoadas de borboleta cruzam os caminhos. É bicho que sai de todos os lados para se encontrar, reproduzir, tirar alimento novo dos ecossistemas.
O local de maior destaque nacional da caatinga é a serra da Capivara, no sudeste do estado do Piauí. Considerado pela Unesco patrimônio cultural da humanidade desde 1991, o parque nacional esconde relíquias naturais de cerca de 20 mil anos. Além da paisagem que ainda conserva exemplares vegetais da época em que a região era úmida - isso há mais de 10 mil anos -, encontra-se lá uma quantidade incrível de pinturas rupestres nas pedras que representam as relações dos homens e sua convivência com o meio ambiente.
O Museu do Homem Americano, no município piauiense de São Raimundo Nonato, abriga, além das pinturas, uma mandíbula de tigre- dentes-de-sabre, um pedaço de crânio fossilizado e um machado de pedra polida. Mais selvagem, difícil de explorar e quatro vezes maior em tamanho, a serra das Confusões só foi 20% explorada.
Andar pelo meio da vegetação, descer por entre os cânions e embrenhar-se em cavernas não é tarefa simples nem para os próprios sertanejos nessa região de pouco acesso. O nome - Confusões - mostra que muitos colonizadores já se perderam por ali, principalmente pela luz forte refletida das grandes pedras. Até com potentes óculos escuros é difícil se acostumar com tanta claridade. Muito ainda está escondido nesse ecossistema, como em todo o bioma da caatinga.
Área total - 735 000 km²
Área intacta - 70%
Área protegida - 4,8%
Conservação e ameaça
Pobreza, desigualdade de divisão de terras, queimadas e expansão mal planejada da agricultura configuram as maiores ameaças a esse bioma. As entidades internacionais geralmente têm atenção voltada quase toda para a Amazônia, deixando de lado outros biomas brasileiros, como o da caatinga - apesar de a região ter sido reconhecida como reserva da Biosfera, pela Unesco. A primeira tentativa recente de mudar o preconceito em relação à região ocorreu no fim do governo Fernando Henrique Cardoso. Foi realizado pelo Ministério do Meio Ambiente e um consórcio de entidades (bancos, ONGs e comunidade científica) um workshop de áreas prioritárias para conservação da caatinga, em 2000, em Petrolina (PE). A idéia era mostrar que a caatinga não é um "resto" de outros biomas, mas sim um bioma diferenciado que tem muito que oferecer em biodiversidade. O governo Lula, por meio do Ministério do Ambiente e Secretaria de Biodiversidade e Floresta, criou no começo de 2004 o Núcleo do Bioma Caatinga. Esse núcleo pretende potencializar o que já tem sido feito na região - trabalhos de ONGs e ações do governo, como o manejo da lenha e carvão - e articular novos trabalhos. Áreas que já estão em fase de implementação dos projetos: sertão que une Alagoas, Sergipe e Bahia, sudoeste baiano, norte de Minas Gerais, Petrolina/Chapada do Araripe, em Pernambuco, Seridó, no Rio Grande do Norte e Paraíba, Serra de Ibiapaba, no Piauí e Ceará, Cariri Paraibano e serras da Capivara e das Confusões, no Piauí. Está em pauta também a revitalização do rio São Francisco, que está quase todo localizado na caatinga. Ao que tudo indica, uma esperança para a vida do sertão.
Nenhum outro lugar do mundo mostra de forma tão escancarada a explosão da vida como na caatinga. Bioma que se apresenta em constante metamorfose, é o único exclusivamente brasileiro, a despeito dos preconceitos em torno dele. Erroneamente, diz-se da caatinga um pedaço grande de secura, miséria e bichos mortos pelo caminho. O sertanejo já foi retratado como homem amargurado e isolado. Sem dúvida há o problema da seca no Nordeste, há fome e há áreas em ameaça de desertificação. Mas não se pode negar a existência de fauna e a flora únicas na região semi-árida, que mostram suas cores não apenas na estação das chuvas.
A caatinga, na verdade, é rica em biodiversidade e quase toda inexplorada. Tem como aspecto mais marcante a força dos seres vivos que se adaptam misteriosamente a condições que até a ciência duvida. Espécies vegetais, animais e também os humanos: o sertanejo é mesmo um forte.
De clima semi-árido que um dia - até 12 mil anos atrás - já foi úmido, a região tem duas estações, a seca e a de chuvas. Na estação seca há uma economia em massa de energia por parte de todas as espécies. Onde havia folhas, há espinhos. Répteis e anfíbios somem quase que totalmente. Não se sabe se hibernam, se apenas se escondem, mas é certo que voltam. Os mamíferos maiores aglomeram-se em áreas mais úmidas, como as serras. Algumas aves e pequenos animais, como o tatu, ainda circulam pelas áreas secas. Dá para ver os seres vivos em resistência, mas o olhar tem de ser mais apurado para enxergar a beleza áspera. Não é qualquer aventureiro que chega no meio da estação seca e percebe os movimentos. Mesmo porque a lentidão impera, sons não são tão perceptíveis como numa mata tropical. Andar pela caatinga é mais fácil do que andar pela floresta - embora haja redutos de matas e árvores maiores no meio desse bioma - porque se vê melhor onde se pisa.
A fauna, comparada à da Amazônia ou mesmo à do Cerrado é mais reduzida, em quantidade e tamanho - a onça-pintada de lá é menor que a onça das florestas tropicais. A vegetação, caracterizada por cactos e bromélias é mais baixa, como os homens e os bichos. Ser menor em tamanho é ser do tamanho facilitado pela natureza para, no caso da fauna, se movimentar, andar por entre as mais de mil espécies espinhosas como o xique-xique, o facheiro, o quipá e a coroa-de-frade. Não é à toa que o pequeno mamífero que mais se vê no chão, entre os galhos finos e as plantas urticantes, é o tatu. Compacto, protegido por uma carcaça, sai em busca de comida dando curtos e rápidos passos. E se os vegetais também são compactos é por pura economia de energia. Cada gota de água armanezada não pode ser perdida - um organismo grande trabalharia muito mais nas reações químicas e biológicas para permanecer em tamanha secura. A vegetação da caatinga encolhe-se, troca folhas por espinhos e muda de posição para evitar um sol ardente tão em cima de seu organismo porque quer continuar viva.
A rigidez das espécies em estado de alerta acaba com a grande festa do sertão, que é a troca de estação, época do carnaval de cores que explode em menos de um mês de pluviosidade. Antes das chuvas começarem, os olhos dos bichos e dos homens já reparam em nuvens densas e escuras se aglutinando no céu. É um nublado, sim, mas em terra de céu azul constante o bonito é o cinza, o prenúncio da esperada queda d’água. Quem conhece bem o pedaço fica de olho no mandacaru, vegetação-símbolo, personagem até de letra de forró por ser um dos mais famosos sinalizadores da chuva. O cacto, que só existe lá, prenuncia a chegada da água céu abaixo quando mostra seus frutos vermelhos, cheios de gosmas por dentro, que alimenta aves e dá esperança a quem vive no solo rachado. ("Mandacaru quando flora na seca, é o sinal que a chuva chega no sertão", Luiz Gonzaga em "Xote das Meninas").
Já por volta do 15º dia de chuva a paisagem se transforma. Passar pelo mesmo lugar duas vezes pode trazer a surpresa de um verde inusitado nas gramíneas, nos arbustos e árvores. Os animais que estavam muquiados nos troncos, se movimentando pouco e fugindo do sol dão as caras. Revoadas de borboleta cruzam os caminhos. É bicho que sai de todos os lados para se encontrar, reproduzir, tirar alimento novo dos ecossistemas.
O local de maior destaque nacional da caatinga é a serra da Capivara, no sudeste do estado do Piauí. Considerado pela Unesco patrimônio cultural da humanidade desde 1991, o parque nacional esconde relíquias naturais de cerca de 20 mil anos. Além da paisagem que ainda conserva exemplares vegetais da época em que a região era úmida - isso há mais de 10 mil anos -, encontra-se lá uma quantidade incrível de pinturas rupestres nas pedras que representam as relações dos homens e sua convivência com o meio ambiente.
O Museu do Homem Americano, no município piauiense de São Raimundo Nonato, abriga, além das pinturas, uma mandíbula de tigre- dentes-de-sabre, um pedaço de crânio fossilizado e um machado de pedra polida. Mais selvagem, difícil de explorar e quatro vezes maior em tamanho, a serra das Confusões só foi 20% explorada.
Andar pelo meio da vegetação, descer por entre os cânions e embrenhar-se em cavernas não é tarefa simples nem para os próprios sertanejos nessa região de pouco acesso. O nome - Confusões - mostra que muitos colonizadores já se perderam por ali, principalmente pela luz forte refletida das grandes pedras. Até com potentes óculos escuros é difícil se acostumar com tanta claridade. Muito ainda está escondido nesse ecossistema, como em todo o bioma da caatinga.
Área total - 735 000 km²
Área intacta - 70%
Área protegida - 4,8%
Conservação e ameaça
Pobreza, desigualdade de divisão de terras, queimadas e expansão mal planejada da agricultura configuram as maiores ameaças a esse bioma. As entidades internacionais geralmente têm atenção voltada quase toda para a Amazônia, deixando de lado outros biomas brasileiros, como o da caatinga - apesar de a região ter sido reconhecida como reserva da Biosfera, pela Unesco. A primeira tentativa recente de mudar o preconceito em relação à região ocorreu no fim do governo Fernando Henrique Cardoso. Foi realizado pelo Ministério do Meio Ambiente e um consórcio de entidades (bancos, ONGs e comunidade científica) um workshop de áreas prioritárias para conservação da caatinga, em 2000, em Petrolina (PE). A idéia era mostrar que a caatinga não é um "resto" de outros biomas, mas sim um bioma diferenciado que tem muito que oferecer em biodiversidade. O governo Lula, por meio do Ministério do Ambiente e Secretaria de Biodiversidade e Floresta, criou no começo de 2004 o Núcleo do Bioma Caatinga. Esse núcleo pretende potencializar o que já tem sido feito na região - trabalhos de ONGs e ações do governo, como o manejo da lenha e carvão - e articular novos trabalhos. Áreas que já estão em fase de implementação dos projetos: sertão que une Alagoas, Sergipe e Bahia, sudoeste baiano, norte de Minas Gerais, Petrolina/Chapada do Araripe, em Pernambuco, Seridó, no Rio Grande do Norte e Paraíba, Serra de Ibiapaba, no Piauí e Ceará, Cariri Paraibano e serras da Capivara e das Confusões, no Piauí. Está em pauta também a revitalização do rio São Francisco, que está quase todo localizado na caatinga. Ao que tudo indica, uma esperança para a vida do sertão.
Artista russa inova e usa os seios para pintar quadros
23/11/2010 10h08 - Atualizado em 23/11/2010 10h11
Artista russa inova e usa os seios para pintar quadros
'Eu tive um sonho que estava fazendo isso e resolvi experimentar', disse.
Victoria Romanova criou a técnica há mais de 1 ano e tem mais de 25 telas.
A artista russa Victoria Romanova encontrou uma forma inusitada de pintar seus quadros. Ela usa os seios para dar vida às suas telas, segundo reportagem do jornal inglês "The Sun".
Victoria Romanova pintar seus quadros com os seios. (Foto: Reprodução/The Sun)"Eu tive um sonho que estava fazendo isso e resolvi experimentar de verdade. Eu não deixei ninguém me ver, mas fiquei orgulhosa dos resultados", afirmou ela, destacando que exibiu sua arte a uma galeria e conseguiu vender três telas.
Victoria, que trabalha no Museu Hermitage em São Petersburgo, disse que pinta com as mamas há mais de um ano. "Eu tenho mais de 25 pinturas", afirmou a artista, acrescentando que recebeu ofertas de várias partes do mundo.
Artista russa inova e usa os seios para pintar quadros
'Eu tive um sonho que estava fazendo isso e resolvi experimentar', disse.
Victoria Romanova criou a técnica há mais de 1 ano e tem mais de 25 telas.
A artista russa Victoria Romanova encontrou uma forma inusitada de pintar seus quadros. Ela usa os seios para dar vida às suas telas, segundo reportagem do jornal inglês "The Sun".
Victoria Romanova pintar seus quadros com os seios. (Foto: Reprodução/The Sun)"Eu tive um sonho que estava fazendo isso e resolvi experimentar de verdade. Eu não deixei ninguém me ver, mas fiquei orgulhosa dos resultados", afirmou ela, destacando que exibiu sua arte a uma galeria e conseguiu vender três telas.
Victoria, que trabalha no Museu Hermitage em São Petersburgo, disse que pinta com as mamas há mais de um ano. "Eu tenho mais de 25 pinturas", afirmou a artista, acrescentando que recebeu ofertas de várias partes do mundo.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Americano cria internet sem fio transmitida pela iluminação
27/12/2010 14h05 - Atualizado em 27/12/2010 14h05
Americano cria internet sem fio transmitida pela iluminação
Pulsações luminosas são captadas por sensores ligados a computador.
Primeira versão de sistema é capaz de atingir velocidades de até 3 mbps.
John Pederson, criador do LVX, que usa luz para
transmitir internet. (Foto: AP Photo/Kimm Anderson)Uma empresa do interior de Minnesota, nos Estados Unidos, criou uma tecnologia que utiliza sistemas de iluminação para ligar computadores à internet. As informações são transmitidas por meio de pulsações luminosas imperceptíveis a olho nu, e captadas por um sensor ligado ao computador.
Seis escritórios da prefeitura de St. Cloud, onde fica a sede da empresa responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, vão receber o sistema nos próximos dias. De acordo com seu inventor, John Pederson, a primeira geração do produto é capaz de atingir velocidades de até 3 megabits por segundo.
Batizado de LVX, em homenagem a "lux", termo em latim para luz, o sistema de Pederson será vendido como uma opção às redes wi-fi, que utilizam ondas de rádio para transmitir dados. De acordo com o inventor, a internet por luz é ideal para distâncias menores, e ajuda a desobstruir as frequências de rádio, atualmente utilizadas por telefonia celular, wi-fi, televisão, telefones sem fio, entre outros aparelhos.
Para transmitir dados por luz, o equipamento recebe a informação da internet, em formato binário - ou seja, em zeros e uns. Instalado, por exemplo, no teto, um conjunto de LEDs (pequenos pontos emissores de luz), pisca no mesmo ritmo destes dados, acendendo para cada 1 e apagando quando o valor a ser transmitido é 0.
A luz chega, então, a um sensor ligado ao computador, que interpreta os valores e, enfim, exibe o conteúdo da internet solicitado pelo usuário. O caminho contrário também é possível: luzes ligadas ao computador transmitem, por exemplo, um e-mail do computador do usuário para o equipamento instalado no teto.
Em 2011, segundo Pederson, a tecnologia será refinada para atingir velocidades maiores. A ideia do inventor é fechar parcerias com companhias de energia para vender o sistema para assinantes de serviços de banda larga por rede elétrica.
Receptor e emissor utilizado para transmitir dados pelo sistema LVX. (Foto: AP Photo/Kimm Anderson)
Americano cria internet sem fio transmitida pela iluminação
Pulsações luminosas são captadas por sensores ligados a computador.
Primeira versão de sistema é capaz de atingir velocidades de até 3 mbps.
John Pederson, criador do LVX, que usa luz para
transmitir internet. (Foto: AP Photo/Kimm Anderson)Uma empresa do interior de Minnesota, nos Estados Unidos, criou uma tecnologia que utiliza sistemas de iluminação para ligar computadores à internet. As informações são transmitidas por meio de pulsações luminosas imperceptíveis a olho nu, e captadas por um sensor ligado ao computador.
Seis escritórios da prefeitura de St. Cloud, onde fica a sede da empresa responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, vão receber o sistema nos próximos dias. De acordo com seu inventor, John Pederson, a primeira geração do produto é capaz de atingir velocidades de até 3 megabits por segundo.
Batizado de LVX, em homenagem a "lux", termo em latim para luz, o sistema de Pederson será vendido como uma opção às redes wi-fi, que utilizam ondas de rádio para transmitir dados. De acordo com o inventor, a internet por luz é ideal para distâncias menores, e ajuda a desobstruir as frequências de rádio, atualmente utilizadas por telefonia celular, wi-fi, televisão, telefones sem fio, entre outros aparelhos.
Para transmitir dados por luz, o equipamento recebe a informação da internet, em formato binário - ou seja, em zeros e uns. Instalado, por exemplo, no teto, um conjunto de LEDs (pequenos pontos emissores de luz), pisca no mesmo ritmo destes dados, acendendo para cada 1 e apagando quando o valor a ser transmitido é 0.
A luz chega, então, a um sensor ligado ao computador, que interpreta os valores e, enfim, exibe o conteúdo da internet solicitado pelo usuário. O caminho contrário também é possível: luzes ligadas ao computador transmitem, por exemplo, um e-mail do computador do usuário para o equipamento instalado no teto.
Em 2011, segundo Pederson, a tecnologia será refinada para atingir velocidades maiores. A ideia do inventor é fechar parcerias com companhias de energia para vender o sistema para assinantes de serviços de banda larga por rede elétrica.
Receptor e emissor utilizado para transmitir dados pelo sistema LVX. (Foto: AP Photo/Kimm Anderson)
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Desertos Norte-americanos - Região Selvagem
DESERTOS NORTE-AMERICANOS
Vales escaldantes e secos com temperaturas que podem chegar aos 50° C no verão ao lado de montanhas que têm seus picos cobertos de neve no inverno. Campos de flores selvagens que colorem desertos costeiros de paisagens desoladas cheios de imponentes cactos em suas mais variadas formas. Os desertos norte-americanos escondem um universo de contrastes e cenários improváveis.
São quatro os grandes desertos situados no largo corredor de ecossistemas áridos que vai (norte e sul) do sudeste de Washington, nos Estados Unidos, até o estado de Hidalgo, no platô do México Central, e (leste e oeste) do centro do Texas até a costa do Pacífico, na península da Baja Califórnia: o da Grande Bacia, o Mojave, o Sonoran e o Chihuahuan.
Três desses são considerados "quentes": o Chihuahuan, o Sonoran e o Mojave, com altas temperaturas por todo o verão. O da Grande Bacia é o único "deserto frio" entre eles. O deserto de Chihuahuan é o maior de todos e também uma boa amostra das disparidades da região. Ainda que quase 90% do Chihuahuan tenham uma altitude relativamente baixa, uma das mais interessantes paisagens da região são as cadeias de montanhas, usualmente com mais de 1 800 metros de altura, separadas por grandes vales.
A topografia bacia-cadeia de montanhas é uma das razões para a alta diversidade de espécies, nem sempre comum numa região tão árida: os locais mais altos viram ilhas que abrigam organismos de temperaturas mais frias, e os mais baixos contêm organismos que se adaptam melhor no calor. Nos topos das montanhas prevalece a floresta conífera, muito diferente da vegetação seca que as cerca. A variação de temperatura, como não poderia deixar de ser, é impressionante: vai de recordes positivos de 50° C e negativos de -15° C.
Na vegetação seca, os cactos sobressaem-se, não apenas pela beleza, mas por seu endemismo e sua raridade também. Chiahuahuan é considerado o epicentro da diversidade de cactos e a mais rica região da Terra nesse grupo de plantas: são 318 espécies (21,2% das espécies do mundo, 70% das quais endêmicas). Ao longo do solo árido, duas das 318 espécies de cacto do deserto de Chihuahuan destacam-se por estarem bem representadas em diversas áreas.
O tipo de cacto conhecido pelos mexicanos como bisnaga gigante tem os espinhos amarelos e é usado como alimento para gados. E outro, bastante comum, é popularmente chamado de "tubo de fogo" devido aos brilhantes espinhos vermelhos de forma tubular. Pode alcançar até 3 metros de altura e 50 centímetros de diâmetro - é um verdadeiro sobrevivente do deserto, pois necessita de pouca água e suporta de calores intensos a geadas.
O deserto de Sonoran é considerado o mais quente dos quatro, e o que mais recebe chuvas, principalmente nas épocas de ação do El Niño, fenômeno natural de correntes que aquecem o mar. Durante esses períodos, a área desértica renova-se e prepara-se mais uma vez para enfrentar décadas de chuvas fracas e esparsas. Por isso, os animais dessa região são tão fortes: lobos, pumas, cachorros da pradaria, águias e cascavéis.
Perto da fronteira entre os desertos de Mojave e da Grande Bacia está o ponto mais baixo do Hemisfério Norte, a 282 pés abaixo do nível do mar: o vale da Morte (no Mojave). É o lugar mais seco dos Estados Unidos, onde foi registrada a mais alta temperatura (57° C!) da história do país. Não é nada raro o calor ultrapassar a marca dos 40° C.
A causa do nome soturno é pela inacessibilidade do local porque a paisagem não é nada soturna: os arredores do vale abrigam dunas douradas e cânions avermelhados que dão o contraste ideal para um pôr-do-sol entre os mais belos do mundo - principalmente na primavera, quando a paisagem fica repleta de flores selvagens.
Um dos principais parques nacionais da Grande Bacia é o Platô do Colorado. Lá também concentram-se relevos complexos, de altos e baixos separando locais frios e quentes. O território é côncavo, repleto de precipícios e a sensação é de estar sempre escondido.
O deserto do Sonoran é o local onde as culturas nativas sobreviveram em maior escala. Ao menos sete grupos mantêm suas identidades e três deles - os pápago, os sand pápago e os seri - sobreviveram totalmente dentro das fronteiras do deserto de Sonoran e suas dificuldades. Traços selvagens que, se depender da geografia de isolamentos, continuarão protegidos, embora não necessariamente vivendo em boas condições.
Área total - 1 416 134 km²
Área intacta - 75%
Área protegida - 23%
Conservação e ameaça
Os desertos norte-americanos enfrentam atualmente uma série de crescentes ameaças ambientais como a industrialização, a extração de minérios, a expansão dos limites das terras agrícolas, a introdução de espécies forasteiras por visitantes e pesquisadores, o crescimento populacional e o incremento do turismo (especialmente na costa do México). Todas essas ações levam à degradação da área e à perda de hábitat para a vida selvagem dos desertos e suas delicadas conexões. Apesar da região estar bastante intacta, as mudanças para pior têm sido rápidas. Mas felizmente também tem aumentado o interesse das pessoas em conservar esses biomas. Um exemplo de grande área entre as mais protegidas é o Platô do Colorado. Lá, 53% das terras estão sob proteção. No deserto do Mojave, 34% do território está protegido. Em Mojave, contudo, há uma contradição que merece ser analisada: a presença de seis grandes bases militares que lá estão instaladas. Ao mesmo tempo em que afetam a vida selvagem local com suas atividades, têm importante papel na conservação, limitando o acesso ao local e ajudando em pesquisas e descobertas.
Vales escaldantes e secos com temperaturas que podem chegar aos 50° C no verão ao lado de montanhas que têm seus picos cobertos de neve no inverno. Campos de flores selvagens que colorem desertos costeiros de paisagens desoladas cheios de imponentes cactos em suas mais variadas formas. Os desertos norte-americanos escondem um universo de contrastes e cenários improváveis.
São quatro os grandes desertos situados no largo corredor de ecossistemas áridos que vai (norte e sul) do sudeste de Washington, nos Estados Unidos, até o estado de Hidalgo, no platô do México Central, e (leste e oeste) do centro do Texas até a costa do Pacífico, na península da Baja Califórnia: o da Grande Bacia, o Mojave, o Sonoran e o Chihuahuan.
Três desses são considerados "quentes": o Chihuahuan, o Sonoran e o Mojave, com altas temperaturas por todo o verão. O da Grande Bacia é o único "deserto frio" entre eles. O deserto de Chihuahuan é o maior de todos e também uma boa amostra das disparidades da região. Ainda que quase 90% do Chihuahuan tenham uma altitude relativamente baixa, uma das mais interessantes paisagens da região são as cadeias de montanhas, usualmente com mais de 1 800 metros de altura, separadas por grandes vales.
A topografia bacia-cadeia de montanhas é uma das razões para a alta diversidade de espécies, nem sempre comum numa região tão árida: os locais mais altos viram ilhas que abrigam organismos de temperaturas mais frias, e os mais baixos contêm organismos que se adaptam melhor no calor. Nos topos das montanhas prevalece a floresta conífera, muito diferente da vegetação seca que as cerca. A variação de temperatura, como não poderia deixar de ser, é impressionante: vai de recordes positivos de 50° C e negativos de -15° C.
Na vegetação seca, os cactos sobressaem-se, não apenas pela beleza, mas por seu endemismo e sua raridade também. Chiahuahuan é considerado o epicentro da diversidade de cactos e a mais rica região da Terra nesse grupo de plantas: são 318 espécies (21,2% das espécies do mundo, 70% das quais endêmicas). Ao longo do solo árido, duas das 318 espécies de cacto do deserto de Chihuahuan destacam-se por estarem bem representadas em diversas áreas.
O tipo de cacto conhecido pelos mexicanos como bisnaga gigante tem os espinhos amarelos e é usado como alimento para gados. E outro, bastante comum, é popularmente chamado de "tubo de fogo" devido aos brilhantes espinhos vermelhos de forma tubular. Pode alcançar até 3 metros de altura e 50 centímetros de diâmetro - é um verdadeiro sobrevivente do deserto, pois necessita de pouca água e suporta de calores intensos a geadas.
O deserto de Sonoran é considerado o mais quente dos quatro, e o que mais recebe chuvas, principalmente nas épocas de ação do El Niño, fenômeno natural de correntes que aquecem o mar. Durante esses períodos, a área desértica renova-se e prepara-se mais uma vez para enfrentar décadas de chuvas fracas e esparsas. Por isso, os animais dessa região são tão fortes: lobos, pumas, cachorros da pradaria, águias e cascavéis.
Perto da fronteira entre os desertos de Mojave e da Grande Bacia está o ponto mais baixo do Hemisfério Norte, a 282 pés abaixo do nível do mar: o vale da Morte (no Mojave). É o lugar mais seco dos Estados Unidos, onde foi registrada a mais alta temperatura (57° C!) da história do país. Não é nada raro o calor ultrapassar a marca dos 40° C.
A causa do nome soturno é pela inacessibilidade do local porque a paisagem não é nada soturna: os arredores do vale abrigam dunas douradas e cânions avermelhados que dão o contraste ideal para um pôr-do-sol entre os mais belos do mundo - principalmente na primavera, quando a paisagem fica repleta de flores selvagens.
Um dos principais parques nacionais da Grande Bacia é o Platô do Colorado. Lá também concentram-se relevos complexos, de altos e baixos separando locais frios e quentes. O território é côncavo, repleto de precipícios e a sensação é de estar sempre escondido.
O deserto do Sonoran é o local onde as culturas nativas sobreviveram em maior escala. Ao menos sete grupos mantêm suas identidades e três deles - os pápago, os sand pápago e os seri - sobreviveram totalmente dentro das fronteiras do deserto de Sonoran e suas dificuldades. Traços selvagens que, se depender da geografia de isolamentos, continuarão protegidos, embora não necessariamente vivendo em boas condições.
Área total - 1 416 134 km²
Área intacta - 75%
Área protegida - 23%
Conservação e ameaça
Os desertos norte-americanos enfrentam atualmente uma série de crescentes ameaças ambientais como a industrialização, a extração de minérios, a expansão dos limites das terras agrícolas, a introdução de espécies forasteiras por visitantes e pesquisadores, o crescimento populacional e o incremento do turismo (especialmente na costa do México). Todas essas ações levam à degradação da área e à perda de hábitat para a vida selvagem dos desertos e suas delicadas conexões. Apesar da região estar bastante intacta, as mudanças para pior têm sido rápidas. Mas felizmente também tem aumentado o interesse das pessoas em conservar esses biomas. Um exemplo de grande área entre as mais protegidas é o Platô do Colorado. Lá, 53% das terras estão sob proteção. No deserto do Mojave, 34% do território está protegido. Em Mojave, contudo, há uma contradição que merece ser analisada: a presença de seis grandes bases militares que lá estão instaladas. Ao mesmo tempo em que afetam a vida selvagem local com suas atividades, têm importante papel na conservação, limitando o acesso ao local e ajudando em pesquisas e descobertas.
Restaurante na China usa robôs para atender os clientes
21/12/2010 15h59 - Atualizado em 21/12/2010 15h59
Restaurante na China usa robôs para atender os clientes
Eles fazem papel de garçons, de recepcionistas e de músicos.
Máquinas tentam atrair mais clientes.
Para conseguir atrair mais clientes, um restaurante na cidade de Jinon, na China, utiliza robôs como garçons, recepcionistas e músicos. Dez tipos de máquinas atendem os clientes levando os pratos e as bebidas, recebendo-os e levando até suas mesas e realizando pequenas apresentações. Robôs no formato de pequenas mesas levam a comida, enquanto uma máquina humanoide pedala em uma bicicleta para levar sucos, cerveja e chá. (Foto: Stringer/Reuters)
Restaurante na China usa robôs para atender os clientes
Eles fazem papel de garçons, de recepcionistas e de músicos.
Máquinas tentam atrair mais clientes.
Para conseguir atrair mais clientes, um restaurante na cidade de Jinon, na China, utiliza robôs como garçons, recepcionistas e músicos. Dez tipos de máquinas atendem os clientes levando os pratos e as bebidas, recebendo-os e levando até suas mesas e realizando pequenas apresentações. Robôs no formato de pequenas mesas levam a comida, enquanto uma máquina humanoide pedala em uma bicicleta para levar sucos, cerveja e chá. (Foto: Stringer/Reuters)
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Livro acadêmico estuda efeitos de ataque de zumbis no mundo
11/12/2010 07h00 - Atualizado em 11/12/2010 07h28
Livro acadêmico estuda efeitos de ataque de zumbis no mundo
Daniel Drezner tentou dar ar sério a hipótese de ataque de mortos-vivos.
'Jovens sabem mais sobre zumbis de que sobre relações internacionais', diz.
Daniel Buarque
O livro de Daniel Drezner, que vai ser lançado em
2011 nos EUA (Foto: Divulgação)Depois de atacar a cultura pop, os cinemas e a literatura, os zumbis agora estão se tornando um assunto sério. A prova disso é que um respeitado professor de política internacional passou meses analisando de forma profunda o impacto que o aparecimento de mortos-vivos teria nas relações exteriores. Depois de misturar o que chama de “cânone” desse tipo de ficção com as principais teorias de relações internacionais, Daniel Drezner, da universidade Tufts, diz que apenas parte do mundo estaria pronta para lidar com os efeitos de um hipotético ataque zumbi.
“Olhando de forma séria, os mortos-vivos são como qualquer outro choque sistêmico global, como uma pandemia ou o próprio aquecimento global. Os países mais ricos e avançados, as maiores potências, provavelmente estariam prontos para lidar bem com este problema”, disse Drezner, em entrevista ao G1. A tese dele é parte do livro "Principles of international politcs and zombies" (Princípios de política internacional e zumbis), que vai ser publicado em 2011 pela editora da Universidade Princeton, nos Estados Unidos. “É um livro que tenta ser ao mesmo tempo sério e engraçado”, explica.
Cientista defende verdades por trás do mito dos zumbis
Religião dominante no Haiti, vodu mistura elementos cristãos e crenças africanas
Vítimas do tremor no Haiti agora temem 'lobisomens' devoradores de crianças
Seu trabalho teve início depois de ele ler um estudo de matemáticos do Canadá, avaliando pandemias, analisando os zumbis como um agente patógeno e mostrando que, a menos que destruíssemos os zumbis muito rapidamente, a civilização como conhecemos iria acabar. “Percebi que no trabalho não se falava em política, e achei que era preciso analisar as questões de política internacional.” Ele então fez esta análise em um texto no site da revista "Foreign Policy". “Estava sendo ao mesmo tempo sério e bobo. Mas houve uma reação imensa, com vários colegas que ensinam relações internacionais achando uma ótima forma de atrair a atenção dos estudantes. A verdade é que os jovens de 18 anos sabem mais sobre zumbis do que sobre relações internacionais. Esta é uma forma de prender a atenção deles.”
A pesquisa dele usou como base os trabalhos existentes sobre "política de desastre", que é como os estados respondem a problemas parecidos com zumbis, como pandemias, furacões, terremotos, bioterrorismo. “Tive que pensar em uma atualização disso para um problema global no século XXI. O livro é obviamente escrito para fazer as pessoas rirem, mas foi escrito de uma forma completamente séria. Eu defendo publicamente tudo o que escrevi, pois fiz uma pesquisa séria.”
Ator fantasiado de zumbi faz promoção de seriado de TV em rua da capital dos Estados Unidos (Foto: AFP)Brasil
Segundo Drezner, o Brasil provavelmente não estaria entre os países mais afetados por um possível ataque de mortos-vivos. “Os países mais pobres, os estados falidos, provavelmente sofreriam mais. Mas o Brasil é uma potência ascendente, e provavelmente conseguiria evitar um problema maior com os zumbis.”
Ele alega, entretanto, que isso depende do local em que este problema surgisse. “Se tudo começasse no hemisfério oriental, o Brasil e o continente americano como um todo teriam mais tempo para se preparar e reagir. Se começasse, entretanto, numa favela do Rio de Janeiro, então o problema para o Brasil seria bem maior”, diz.
Em “Guerra Mundial Z”, ficção escrita por Max Brooks que Drezner diz ser “a descrição mais realista de como seria um ataque zumbi na terra”, os primeiros zumbis aparecem na China, mas não demora para que sejam registrados casos no Rio de Janeiro. No livro, que se propõe uma história oral da guerra contra os mortos-vivos, o primeiro zumbi no Brasil surge depois que uma clínica clandestina faz um transplante de coração usando um órgão contrabandeado (e infectado) da China em um austríaco.
Mexicanos se vestem de mortos-vivos para participar da 'caminhada zumbi', festa à fantasia temática que acontece em vários países (Foto: AFP)'Risco real'
Por conta da “moda” dos zumbis na ficção pop, já houve trabalhos científicos analisando as possibilidades reais de um ataque de zumbis. Segundo Drezner, que estudou quase tudo o que já se escreveu sobre os mortos-vivos, “as conclusões mais aprofundadas mostram que a existência de zumbis é um pouco mais provável de que a de vampiros. Por isso defendo que devemos dar mais atenção a zumbis de que a vampiros”.
Ele diz, entretanto, que em um debate sobre política internacional no caso de um ataque de zumbis, as causas e o tamanho real do risco são menos relevantes. “Há teorias muito heterogêneas sobre o que poderia causar este tipo de coisa e, independentemente da origem do problema, ações de prevenção não funcionariam, e seria preciso remediar, lutar contra ele. A questão que é mais importante é que, se isso acontecer em qualquer lugar, vai se tornar imediatamente um sério problema de segurança de fronteiras.”
Segundo o professor, zumbis são um exemplo clássico do que os departamentos de inteligência dos Estados Unidos chamam de “desconhecidos desconhecidos”, que são ameaças não-antecipadas para as quais o governo quer está preparado. “Depois do 11 de Setembro, houve um contato do governo americano com Hollywood. Por causa da surpresa do ataque, a inteligência americana começou a procurar meios de criação, buscando formas de se preparar para lidar com ameaças não-antecipadas. Zumbis são um exemplo clássico de "desconhecido desconhecido" em segurança e política internacional.”
Nova-iorquinos se fantasiam durante edição local da 'zombie walk' (Foto: AFP)Ele diz que, por conta desse estado de alerta permanente, o mundo reagiria melhor a qualquer ataque zumbi de que a ficção costuma mostrar. “O cânone zumbi é muito pessimista a respeito da reação do mundo. Eles costumam mostrar que em pouquíssimo tempo os zumbis já destruíram o planeta. Acho que isso não aconteceria dessa forma, e as pessoas saberiam reagir melhor de que na ficção”, defende.
Drezner disse ter tido esperança que as informações de despachos diplomáticos vazados pelo site WikiLeaks trouxessem alguma informação sobre zumbis. Sem que nada assim tenha aparecido, ele diz, entretanto, que a transparência desse tipo de vazamento ajudaria a acelerar a reação contra o ataque dos mortos-vivos.
LINK PARA ESTA PUBLICAÇÃO: http://bit.ly/hMINih
Livro acadêmico estuda efeitos de ataque de zumbis no mundo
Daniel Drezner tentou dar ar sério a hipótese de ataque de mortos-vivos.
'Jovens sabem mais sobre zumbis de que sobre relações internacionais', diz.
Daniel Buarque
O livro de Daniel Drezner, que vai ser lançado em
2011 nos EUA (Foto: Divulgação)Depois de atacar a cultura pop, os cinemas e a literatura, os zumbis agora estão se tornando um assunto sério. A prova disso é que um respeitado professor de política internacional passou meses analisando de forma profunda o impacto que o aparecimento de mortos-vivos teria nas relações exteriores. Depois de misturar o que chama de “cânone” desse tipo de ficção com as principais teorias de relações internacionais, Daniel Drezner, da universidade Tufts, diz que apenas parte do mundo estaria pronta para lidar com os efeitos de um hipotético ataque zumbi.
“Olhando de forma séria, os mortos-vivos são como qualquer outro choque sistêmico global, como uma pandemia ou o próprio aquecimento global. Os países mais ricos e avançados, as maiores potências, provavelmente estariam prontos para lidar bem com este problema”, disse Drezner, em entrevista ao G1. A tese dele é parte do livro "Principles of international politcs and zombies" (Princípios de política internacional e zumbis), que vai ser publicado em 2011 pela editora da Universidade Princeton, nos Estados Unidos. “É um livro que tenta ser ao mesmo tempo sério e engraçado”, explica.
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Seu trabalho teve início depois de ele ler um estudo de matemáticos do Canadá, avaliando pandemias, analisando os zumbis como um agente patógeno e mostrando que, a menos que destruíssemos os zumbis muito rapidamente, a civilização como conhecemos iria acabar. “Percebi que no trabalho não se falava em política, e achei que era preciso analisar as questões de política internacional.” Ele então fez esta análise em um texto no site da revista "Foreign Policy". “Estava sendo ao mesmo tempo sério e bobo. Mas houve uma reação imensa, com vários colegas que ensinam relações internacionais achando uma ótima forma de atrair a atenção dos estudantes. A verdade é que os jovens de 18 anos sabem mais sobre zumbis do que sobre relações internacionais. Esta é uma forma de prender a atenção deles.”
A pesquisa dele usou como base os trabalhos existentes sobre "política de desastre", que é como os estados respondem a problemas parecidos com zumbis, como pandemias, furacões, terremotos, bioterrorismo. “Tive que pensar em uma atualização disso para um problema global no século XXI. O livro é obviamente escrito para fazer as pessoas rirem, mas foi escrito de uma forma completamente séria. Eu defendo publicamente tudo o que escrevi, pois fiz uma pesquisa séria.”
Ator fantasiado de zumbi faz promoção de seriado de TV em rua da capital dos Estados Unidos (Foto: AFP)Brasil
Segundo Drezner, o Brasil provavelmente não estaria entre os países mais afetados por um possível ataque de mortos-vivos. “Os países mais pobres, os estados falidos, provavelmente sofreriam mais. Mas o Brasil é uma potência ascendente, e provavelmente conseguiria evitar um problema maior com os zumbis.”
Ele alega, entretanto, que isso depende do local em que este problema surgisse. “Se tudo começasse no hemisfério oriental, o Brasil e o continente americano como um todo teriam mais tempo para se preparar e reagir. Se começasse, entretanto, numa favela do Rio de Janeiro, então o problema para o Brasil seria bem maior”, diz.
Em “Guerra Mundial Z”, ficção escrita por Max Brooks que Drezner diz ser “a descrição mais realista de como seria um ataque zumbi na terra”, os primeiros zumbis aparecem na China, mas não demora para que sejam registrados casos no Rio de Janeiro. No livro, que se propõe uma história oral da guerra contra os mortos-vivos, o primeiro zumbi no Brasil surge depois que uma clínica clandestina faz um transplante de coração usando um órgão contrabandeado (e infectado) da China em um austríaco.
Mexicanos se vestem de mortos-vivos para participar da 'caminhada zumbi', festa à fantasia temática que acontece em vários países (Foto: AFP)'Risco real'
Por conta da “moda” dos zumbis na ficção pop, já houve trabalhos científicos analisando as possibilidades reais de um ataque de zumbis. Segundo Drezner, que estudou quase tudo o que já se escreveu sobre os mortos-vivos, “as conclusões mais aprofundadas mostram que a existência de zumbis é um pouco mais provável de que a de vampiros. Por isso defendo que devemos dar mais atenção a zumbis de que a vampiros”.
Ele diz, entretanto, que em um debate sobre política internacional no caso de um ataque de zumbis, as causas e o tamanho real do risco são menos relevantes. “Há teorias muito heterogêneas sobre o que poderia causar este tipo de coisa e, independentemente da origem do problema, ações de prevenção não funcionariam, e seria preciso remediar, lutar contra ele. A questão que é mais importante é que, se isso acontecer em qualquer lugar, vai se tornar imediatamente um sério problema de segurança de fronteiras.”
Segundo o professor, zumbis são um exemplo clássico do que os departamentos de inteligência dos Estados Unidos chamam de “desconhecidos desconhecidos”, que são ameaças não-antecipadas para as quais o governo quer está preparado. “Depois do 11 de Setembro, houve um contato do governo americano com Hollywood. Por causa da surpresa do ataque, a inteligência americana começou a procurar meios de criação, buscando formas de se preparar para lidar com ameaças não-antecipadas. Zumbis são um exemplo clássico de "desconhecido desconhecido" em segurança e política internacional.”
Nova-iorquinos se fantasiam durante edição local da 'zombie walk' (Foto: AFP)Ele diz que, por conta desse estado de alerta permanente, o mundo reagiria melhor a qualquer ataque zumbi de que a ficção costuma mostrar. “O cânone zumbi é muito pessimista a respeito da reação do mundo. Eles costumam mostrar que em pouquíssimo tempo os zumbis já destruíram o planeta. Acho que isso não aconteceria dessa forma, e as pessoas saberiam reagir melhor de que na ficção”, defende.
Drezner disse ter tido esperança que as informações de despachos diplomáticos vazados pelo site WikiLeaks trouxessem alguma informação sobre zumbis. Sem que nada assim tenha aparecido, ele diz, entretanto, que a transparência desse tipo de vazamento ajudaria a acelerar a reação contra o ataque dos mortos-vivos.
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Tundra e florestas boreais - Região Selvagem
TUNDRA E FLORESTAS BOREAIS
O derradeiro estágio antes da última floresta do topo do mundo transformar-se em gelo é uma extensa área de gramíneas com um subsolo permanentemente congelado e liquens, musgos e arbustos mirrados. É o que ocorre na maior área florestal da Terra: a floresta boreal que, a grandes altitudes ou quando se aproxima do Pólo Norte (aumento da latitude) se transforma em tundra. Juntas, essas duas imensas áreas selvagens têm três vezes o tamanho de toda a Amazônia. É nesses biomas que encontramos resquícios finais de vida no planeta antes do gelo absoluto. Lá, moram os esquimós, os ursos polares, tigres siberianos, leões-marinhos e toda a fauna que imaginamos sobreviver sob a neve.
Nas regiões de transição é possível ver pedaços densos de árvores serpenteados por falhas no solo e uma mistura de fauna e flora. O mais interessante é perceber que, no nível do mar, as áreas baixas perto do Círculo Polar Ártico têm as mesmas características de topos de montanha altíssimos. É a confirmação, a olhos nus, do formato redondo da Terra. A tundra domina praticamente todo o topo da América do Norte, Europa e Ásia. A mata boreal já aparece no meio desses continentes pegando a área do Alasca, do Canadá, da Finlândia, da Suécia e da Rússia.
A transição entre as duas vegetações é bem perceptível no interior do Parque Nacional de Denali, no estado do Alasca (Estados Unidos). A entrada do parque fica numa planície imensa, em altitude baixa, onde predomina a floresta boreal. Conforme-se avança para dentro da floresta, ganhando em latitude, ou para cima nas montanhas, elevando a altitude, a tundra ártica ganha espaço. Pouco a pouco, a luz e o colorido das árvores coníferas e sua folhagem verde e amarela, propiciada pelos pinheiros e folhas outonais, são substituídas pelas gramíneas. As árvores simplesmente param de crescer - existe até um simbólico limite onde fica a suposta última árvore das matas boreais na região.
Enquanto na floresta boreal o clima é subártico, com uma camada de neve cobrindo a paisagem por cerca de seis meses por ano, nas regiões de tundra ártica o verão dura no máximo dez semanas e o inverno (congelante e escuro) pode durar nada menos que dez meses.
Com tanto frio, o povoamento nesses lugares nunca foi significativo. Muito do norte do Canadá continua habitado por povos indígenas até os dias de hoje, assim como a floresta boreal na Eurásia. Os takuts, por exemplo, sobreviveram em grande número e são o mais numeroso grupo étnico da Sibéria. Os que vivem nas regiões florestais mantêm-se seminômades criadores de renas. O Alasca é o reduto dos esquimós e sua cultura. Exímios caçadores de mamíferos marinhos na costa e de alces no interior, suas presas não forneciam apenas carne, mas roupas e utensílios. O contato com o homem europeu, no entanto, fez com que seus costumes fossem mudados, suas presas caçadas pelos forasteiros e doenças nunca antes registradas, como a tubercolose, proliferaram. Como conseqüência, a população de esquimós foi drasticamente reduzida.
A lei do mais forte prevalece nesses ambientes rudes e gelados, e os animais mais facilmente associados a eles são mamíferos de grande porte - como os alces, o bisão americano (apenas nas florestas boreais) o lobo cinza, e os ursos polares e marrons.
Apesar da aparência cativante, um encontro com ursos é um dos maiores perigos nessas regiões. Quando importunadas, essas feras podem ser extremamente agressivas. É importante não surpreendê-los: assustados, as possibilidades de um ataque fatal aumentam consideravelmente. Recomenda-se falar alto, fazer barulho e até mesmo cantar ao caminhar em áreas habitadas por ursos. Aproximar-se deles, então, nem pensar: no Alasca há uma lei que determina em meio quilômetro a distância mínima de proximidade para esses animais.
O único bicho capaz de enfrentar o urso é o tigre siberiano, seu inimigo número 1. Competidores por natureza, ambos gostam de caçar as mesmas presas, e às vezes até a si mesmos - um combate de pesos pesados. Apesar de estarem presentes nos dois ambientes, os ursos polares têm na tundra ártica seu verdadeiro paraíso. Esses gigantes podem alcançar 2,5 metros de altura e 800 quilos. A população de ursos polares está entre 22 mil e 27 mil indivíduos, a maioria no Canadá.
Longe de terem a força dos ursos, as aves mostram sobrevivência admirável nessa atmosfera gelada. Uma simples andorinha é capaz de realizar a maior migração de um pássaro na Terra, viajando 20 mil quilômetros de pólo a pólo para fazer seus ninhos. Essas espécies raramente conviveram com o escuro da noite em suas vidas, pois chegam em ambos os pólos a tempo de aproveitar somente os dias intermináveis de verão.
Área total - 25 049 500 km²
Área intacta - 85%
Área protegida - 9,3%
Conservação e ameaça
Regiões temperadas sempre tiveram seus hábitats mais modificados ao longo do tempo do que as tropicais. A floresta boreal e a tundra ártica, no entanto, parecem ser uma exceção à regra, principalmente pelo clima não muito convidativo à permanência dos homens. Ainda assim, faltam esforços para manter as áreas protegidas. Nos Estados Unidos, apenas os hábitats de tundra e matas boreais do Alasca permanecem relativamente intactos, com 194 mil quilômetros quadrados de área protegida. Um bom exemplo de como a proteção de terras por meio da lei pode salvar a vida selvagem é o lago Baikal, na Sibéria, com 1.620 metros de profundidade - o mais profundo do mundo. Lar de 1200 espécies endêmicas, incluindo a única foca de água doce do mundo, a Baikal, o lago teve a área que o circunda transformada em reserva natural em 1969, salvando-o da degradação. Historicamente, a caça de animais sempre foi, o maior problema da região, levando à extinção espécies incríveis, como a vaca-marinha de Steller, um dócil e indefeso animal que alcançava os 8 metros de comprimento, infelizmente, extinto no século 18. Hoje em dia, estão entre as grandes ameaças a exploração comercial de madeira e minerais e a instalação de fábricas. A longo prazo, porém, o aquecimento global será o grande inimigo da região: a floresta boreal pode expandir, diminuindo o espaço da tundra e acabando com ecossistemas de diversas espécies.
O derradeiro estágio antes da última floresta do topo do mundo transformar-se em gelo é uma extensa área de gramíneas com um subsolo permanentemente congelado e liquens, musgos e arbustos mirrados. É o que ocorre na maior área florestal da Terra: a floresta boreal que, a grandes altitudes ou quando se aproxima do Pólo Norte (aumento da latitude) se transforma em tundra. Juntas, essas duas imensas áreas selvagens têm três vezes o tamanho de toda a Amazônia. É nesses biomas que encontramos resquícios finais de vida no planeta antes do gelo absoluto. Lá, moram os esquimós, os ursos polares, tigres siberianos, leões-marinhos e toda a fauna que imaginamos sobreviver sob a neve.
Nas regiões de transição é possível ver pedaços densos de árvores serpenteados por falhas no solo e uma mistura de fauna e flora. O mais interessante é perceber que, no nível do mar, as áreas baixas perto do Círculo Polar Ártico têm as mesmas características de topos de montanha altíssimos. É a confirmação, a olhos nus, do formato redondo da Terra. A tundra domina praticamente todo o topo da América do Norte, Europa e Ásia. A mata boreal já aparece no meio desses continentes pegando a área do Alasca, do Canadá, da Finlândia, da Suécia e da Rússia.
A transição entre as duas vegetações é bem perceptível no interior do Parque Nacional de Denali, no estado do Alasca (Estados Unidos). A entrada do parque fica numa planície imensa, em altitude baixa, onde predomina a floresta boreal. Conforme-se avança para dentro da floresta, ganhando em latitude, ou para cima nas montanhas, elevando a altitude, a tundra ártica ganha espaço. Pouco a pouco, a luz e o colorido das árvores coníferas e sua folhagem verde e amarela, propiciada pelos pinheiros e folhas outonais, são substituídas pelas gramíneas. As árvores simplesmente param de crescer - existe até um simbólico limite onde fica a suposta última árvore das matas boreais na região.
Enquanto na floresta boreal o clima é subártico, com uma camada de neve cobrindo a paisagem por cerca de seis meses por ano, nas regiões de tundra ártica o verão dura no máximo dez semanas e o inverno (congelante e escuro) pode durar nada menos que dez meses.
Com tanto frio, o povoamento nesses lugares nunca foi significativo. Muito do norte do Canadá continua habitado por povos indígenas até os dias de hoje, assim como a floresta boreal na Eurásia. Os takuts, por exemplo, sobreviveram em grande número e são o mais numeroso grupo étnico da Sibéria. Os que vivem nas regiões florestais mantêm-se seminômades criadores de renas. O Alasca é o reduto dos esquimós e sua cultura. Exímios caçadores de mamíferos marinhos na costa e de alces no interior, suas presas não forneciam apenas carne, mas roupas e utensílios. O contato com o homem europeu, no entanto, fez com que seus costumes fossem mudados, suas presas caçadas pelos forasteiros e doenças nunca antes registradas, como a tubercolose, proliferaram. Como conseqüência, a população de esquimós foi drasticamente reduzida.
A lei do mais forte prevalece nesses ambientes rudes e gelados, e os animais mais facilmente associados a eles são mamíferos de grande porte - como os alces, o bisão americano (apenas nas florestas boreais) o lobo cinza, e os ursos polares e marrons.
Apesar da aparência cativante, um encontro com ursos é um dos maiores perigos nessas regiões. Quando importunadas, essas feras podem ser extremamente agressivas. É importante não surpreendê-los: assustados, as possibilidades de um ataque fatal aumentam consideravelmente. Recomenda-se falar alto, fazer barulho e até mesmo cantar ao caminhar em áreas habitadas por ursos. Aproximar-se deles, então, nem pensar: no Alasca há uma lei que determina em meio quilômetro a distância mínima de proximidade para esses animais.
O único bicho capaz de enfrentar o urso é o tigre siberiano, seu inimigo número 1. Competidores por natureza, ambos gostam de caçar as mesmas presas, e às vezes até a si mesmos - um combate de pesos pesados. Apesar de estarem presentes nos dois ambientes, os ursos polares têm na tundra ártica seu verdadeiro paraíso. Esses gigantes podem alcançar 2,5 metros de altura e 800 quilos. A população de ursos polares está entre 22 mil e 27 mil indivíduos, a maioria no Canadá.
Longe de terem a força dos ursos, as aves mostram sobrevivência admirável nessa atmosfera gelada. Uma simples andorinha é capaz de realizar a maior migração de um pássaro na Terra, viajando 20 mil quilômetros de pólo a pólo para fazer seus ninhos. Essas espécies raramente conviveram com o escuro da noite em suas vidas, pois chegam em ambos os pólos a tempo de aproveitar somente os dias intermináveis de verão.
Área total - 25 049 500 km²
Área intacta - 85%
Área protegida - 9,3%
Conservação e ameaça
Regiões temperadas sempre tiveram seus hábitats mais modificados ao longo do tempo do que as tropicais. A floresta boreal e a tundra ártica, no entanto, parecem ser uma exceção à regra, principalmente pelo clima não muito convidativo à permanência dos homens. Ainda assim, faltam esforços para manter as áreas protegidas. Nos Estados Unidos, apenas os hábitats de tundra e matas boreais do Alasca permanecem relativamente intactos, com 194 mil quilômetros quadrados de área protegida. Um bom exemplo de como a proteção de terras por meio da lei pode salvar a vida selvagem é o lago Baikal, na Sibéria, com 1.620 metros de profundidade - o mais profundo do mundo. Lar de 1200 espécies endêmicas, incluindo a única foca de água doce do mundo, a Baikal, o lago teve a área que o circunda transformada em reserva natural em 1969, salvando-o da degradação. Historicamente, a caça de animais sempre foi, o maior problema da região, levando à extinção espécies incríveis, como a vaca-marinha de Steller, um dócil e indefeso animal que alcançava os 8 metros de comprimento, infelizmente, extinto no século 18. Hoje em dia, estão entre as grandes ameaças a exploração comercial de madeira e minerais e a instalação de fábricas. A longo prazo, porém, o aquecimento global será o grande inimigo da região: a floresta boreal pode expandir, diminuindo o espaço da tundra e acabando com ecossistemas de diversas espécies.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Linha do tempo ZUMBI - Cronologia dos filmes
LINHA DO TEMPO ZUMBI - CRONOLOGIA DOS FILMES
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