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sábado, 20 de maio de 2023

Beijo na boca é coisa do passado - Estudo aponta que a prática tem 4.500 anos

Beijo na boca é coisa do passado - Estudo aponta que a prática tem 4.500 anos

Relatos mais antigos sobre esse costume foram encontrados em textos escritos na antiga Mesopotâmia.

domingo, 25 de novembro de 2012

Conservacionistas indonésios acham 120 armadilhas para capturar tigres


Conservacionistas indonésios acham 120 armadilhas para capturar tigres

Fêmea de tigre-de-sumatra foi um dos animais pegos pelos caçadores.
Espécie nativa da região está seriamente ameaçada de extinção.

Conservacionistas na Indonésia encontraram no Parque Nacional Kerinci Seblat 120 armadilhas para capturar tigres-de-sumatra (Panthera tigris sumatrae), uma espécie seriamente ameaçada de extinção.

Na foto abaixo, tirada no dia 18 de fevereiro e divulgada nesta quarta-feira (21) pelo parque, que fica na localidade de Muko-Muko, província de Bengkulu, aparece uma fêmea chamada Dara que foi pega pelos caçadores.

Fêmea Dara foi capturada por caçadores indonésios em fevereiro (Foto: Parque Nacional Kerinci Seblat/AFP)

Nesta outra imagem, os caçadores imobilizam o animal antes de transportá-lo.

Fotos foram divulgadas nesta quarta (21) por parque nacional (Foto: Parque Nacional Kerinci Seblat/AFP)


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Tigre de Bengala - O Caçador Invisível


TIGRE-DE-BENGALA: O CAÇADOR INVISÍVEL



Parque Nacional Ranthambhore, Índia, 2001. O jornalista Colin Stafford Johnson filmava um tigre-de-bengala de 5 anos, que ele chamava de Chips, para um documentário da emissora inglesa BBC. O felino estava atrás do jipe da equipe e percebeu a aproximação de um chital, espécie de cervo asiático, um pouco mais à frente. O cervo saltou para a estrada e avançou para um ponto em que havia precipícios de ambos os lados. Chips não titubeou: disparou atrás do chital. Uns 270 metros adiante, o tigre o pegou, o matou e desabou de exaustão, permanecendo sentado com uma pata sobre a presa. O banquete só começou depois de o felino se recuperar do enorme esforço físico.

A cena foi rara. Tigres não são como guepardos, que perseguem a presa em grande velocidade. E geralmente a vítima tem agilidade suficiente para virar de um lado para outro e safar-se do predador. O caso presenciado pela equipe da BBC foi uma exceção porque o cervo podia correr somente para uma direção. E o tigre só foi atrás dele porque estava convencido de que conseguiria pegá-lo. Senão, tenha certeza: não teria feito tamanho esforço.

Caçadas espetaculares não são a prioridade dos tigres. Na verdade, eles são bem objetivos: querem encontrar a maior presa possível e jantar sem fazer muito esforço. Ocorre que é muito difícil encontrar uma vítima fácil. As presas também têm mecanismos eficazes de se livrar do predador. Macacos sobem em árvores, o que o felino não consegue fazer. Aves podem voar e os ungulados (animais com casco), o prato predileto dos tigres, são extremamente alertas. Além disso, o tigre caça sozinho. Por essas e outras, apenas cerca de 10% das caçadas são bem-sucedidas. "As frustrações são uma parte normal do trabalho semanal do tigre", afirma o pesquisador Stephen Mills, autor do livro Tiger ("Tigre", inédito no Brasil).

Ainda assim, o tigre é uma máquina de caça eficiente. Esse felino tem força e rapidez suficientes para perseguir e matar, em curta distância, quase todos os animais de seu hábitat. E o seu instinto matador garante, ainda que precariamente, a sobrevivência da espécie (todas as cinco subespécies de tigre estão ameaçadas e três já foram extintas no século passado, quando a população total dos felinos ultrapassava os 100 mil indivíduos - hoje, os tigres-de-bengala, variedade mais numerosa, não chegam aos 5 mil indivíduos).

Uma qualidade do tigre faz a diferença: a habilidade de aproximar-se silenciosamente da presa. A camuflagem exerce aqui um papel importantíssimo. As listras verticais se confundem com o ambiente e quase desaparecem por trás das folhas da vegetação. "Mesmo que seja um animal gigante, um tigre em movimento no meio da floresta pode ser praticamente impossível de ser visto", diz Stephen Mills. Aliada a ela, o modo de caminhar do animal e as patas, arredondadas e fofas embaixo, contribuem para que a vítima não perceba sua aproximação.

Nas caçadas do tigre, o fator surpresa é essencial. Quase sempre o felino desiste da caça se ela notar sua presença. Isso levou as vítimas em potencial a criar sistemas de alarme sonoro para avisar ao tigre que ele foi desmascarado - mais que para alertar os outros animais da floresta. É uma barulheira só: o pavão grita, os primatas soltam um tipo de tosse seca e o chital emite um som que lembra um choro. "O tigre é o maior predador de seu hábitat. Por isso todos os outros animais desenvolveram essa vocalização, mesmo os que não são presas habituais, como os macacos, esquilos e pássaros", afirma Belinda Wright, diretora-executiva da Sociedade de Proteção da Vida Selvagem da Índia.

Atacar na surdina permite ao tigre-de-bengala abater animais muito mais velozes e maiores que ele, como o gauro, um bisão da Índia. A emboscada é simples. Ao perceber a presença da presa com os poderosos ouvidos e olhos (que enxergam seis vezes mais que os olhos humanos), o tigre se aproxima em silêncio. Quando está a cerca de 20 metros ou menos do animal, ataca. Dá um pulo longo e rápido, segura a presa com suas garras e prende os caninos no pescoço ou na nuca da vítima. E fica lá até que o animal morra por asfixia. "Os tigres não matam a presa para aparecer em documentários na televisão", afirma Mills. "Eles usam a menor quantidade de energia necessária, tentam fazer a caçada mais fácil e são eficientes em espaços curtos. Um pulo rápido, agarrar e matar estrangulado não são necessariamente cenas espetaculares. Às vezes, de tão mundana a cena, até parece que o tigre pegou sua comida direto da prateleira de um supermercado."

Mas é bem mais complicado que isso - uma nova "oferta" pode demorar muito a aparecer. Assim, quando consegue uma caça grande, o tigre se empanturra de carne. E pode ficar três ou quatro dias sem se preocupar com comida. Presas muito grandes, no entanto, têm um problema: o desperdício. Em florestas tropicais como Nagarahole, na Índia, em apenas cinco dias a carne do animal morto já está completamente podre. E tigres não comem carniça. Se o felino tiver matado um gauro, que pesa até 1 000 quilos, ele só tem tempo e espaço no estômago para devorar um quinto de sua caça antes de ela apodrecer. Em casos como esses, ele escolhe "dividir" a comida: a mãe com os filhotes, irmãos entre eles. O tigre-siberiano não tem esse problema: como seu hábitat é muito mais frio, a carne do animal morto dura até duas semanas.

A verdade é que um tigre faminto vai atacar qualquer coisa que vir pela frente. Até homens. Embora carne humana não costume fazer parte do cardápio, na Floresta de Sundarbans, na fronteira entre a Índia e Bangladesh, o ser humano virou praticamente parte da dieta alimentar do tigre - fato que vem sendo observado e estudado desde pelo menos o final do século 19. Hoje, acredita-se que isso ocorre porque os tigres sofreram algum tipo de interferência: foram perturbados, machucados, tirados de seu território ou tiveram suas presas habituais extintas.
Poucos animais estão a salvo de um tigre-de-bengala. Stephen Mills descreve em seu livro o felino caçando sucuris de 20 metros, ursos, elefantes e rinocerontes. E o tal fator surpresa é mandado para o espaço quando o predador está convicto do sucesso da caçada. Se a presa não dispõe de uma saída, não há por que ser discreto - veja o caso da perseguição do tigre Chips, descrita no começo do texto. "A confiança faz toda a diferença", afirma Stephen Mills. Mesmo na tática habitual, o tigre só é sorrateiro até o momento em que chega a uma distância curta o suficiente para dar o bote. Aí, ele já não se importa mais se a vítima irá vê-lo ou não. O tigre-de-bengala apenas ataca, mata e come.


Predileção por carne humana


O Parque de Sundarbans - entre a Índia e Bangladesh - tem um território de 10 mil quilômetros quadrados, as maiores florestas de mangue do mundo e tigres-de-bengala com uma particularidade: gosto especial por carne humana. Não se sabe ao certo quantos felinos habitam a área - especula-se algo em torno de 300 - nem os motivos de seus ataques. O fato é que, nos anos 80, entre 50 e 60 pessoas eram devoradas todos os anos pelos felinos. As vítimas eram coletores de mel e lenhadores que se embrenhavam nas florestas para trabalhar. Algumas estratégias foram elaboradas pelos governos dos dois países para tentar diminuir o número de mortes na região. Uma delas foi espalhar pela mata manequins equipados com mecanismos de choque. Assim que um tigre os atacava, levava um choque - e aprendia a ficar longe de humanos. A medida funcionou, mas foi descartada por ser cara e trabalhosa. A forma que atualmente parece mais eficiente é uma prosaica máscara de plástico ou de borracha usada pelos trabalhadores na parte de trás da cabeça. Como os tigres costumam atacar pelas costas, para não serem surpreendidos, as máscaras os enganam: eles acham que os homens estão olhando para eles e - às vezes - desistem da caçada.


Fatos selvagens




Nome vulgar

Tigre-de-bengala



Nome científico

Panthera tigris tigris



Dimensões

Até 3,8 metros da cabeça até ao fim da cauda



Peso

Até 250 quilos



Principais armas

Os poderosos dentes caninos e a camuflagem



Comportamento social

É uma espécie naturalmente solitária, embora sua convivência forçada com outros tigres em parques de áreas restritas da Índia esteja provocando uma aproximação maior entre os indivíduos nos últimos anos



Dieta

Sambar e chital (espécies de veados indianos), porcos selvagens, bisões, antílopes distribuição geográfica



Ataques a humanos

Embora não sejam comuns, eles acontecem. Na Floresta de Sundarbans, na Índia, são registrados cerca de 20 ataques por ano - a maior parte com morte



Quanto come

Na natureza, cerca de 10 quilos de carne por dia



Expectativa de vida

10 anos na natureza; 20 anos em cativeiro



Principais inimigos

Os únicos animais que oferecem algum perigo ao tigre-de-bengala são os cães-selvagens, mas apenas quando atacam em bandos numerosos



Se você encontrar um
Tente não se assustar - em geral, tigres não costumam atacar humanos. Evite agachar ou se curvar


Para saber mais




Na livraria

Tiger - Stephen Mills, Firefly Books, 2004



Na internet
www.5tigers.org - Site mantido por fundações e centros de pesquisa


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O bicho que valia por cinco - Tigre da Tasmânia

O BICHO QUE VALIA POR CINCO - Tigre da Tasmânia



Tigre-da-tasmânia, lobo marsupial e lobo-da-tasmânia. Esses são alguns dos nomes usados para identificar o Thylacinus cynocephalus, um robusto marsupial carnívoro com ares de canguru, cachorro, lobo e raposa e com pelagem tigrada - aliás, sua única característica felina. Até 2 000 anos atrás, ele vivia desde a Papua Nova Guiné até a Ilha da Tasmânia, passando pelo continente australiano. Depois disso, provavelmente por causa de mudanças climáticas, o habitat se restringiu à Tasmânia.
Lá, colonizadores europeus introduziram criações de galinhas e ovelhas, por volta de 1824. O tigre-da-tasmânia levou a fama de devorador de rebanhos e, entre 1830 e 1909, o governo local - que respondia ao Império Britânico - e os fazendeiros estimularam a matança, oferecendo recompensas a caçadores que entregassem carcaças do bicho. Além dessa perseguição cruel, a espécie provavelmente sucumbiu à modificação do habitat e à competição com os cães domesticados dos imigrantes, sem mencionar as novas doenças levadas à ilha por animais do Ocidente. Também há registros de que os aborígines apreciavam a carne do animal.
A cor desse falso tigre variava do marrom-amarelado para o cinza. Ele apresentava de 15 a 20 listras escuras espalhadas do dorso até a cauda. A pelagem era densa, curta e macia. Na cabeça, semelhante à dos canídeos, as orelhas pequenas e arredondadas estavam sempre alertas. A mandíbula era forte e larga, com 46 dentes e abertura de 120 graus, o que indica uma mordida respeitável. Os machos mediam de 1,8 a 1,9 metro de comprimento e pesavam cerca de 40 quilos. Menores e com mais listras, as fêmeas tinham a bolsa marsupial voltada para o traseiro, protegendo a ninhada da vegetação áspera e rasteira da região, e carregavam até quatro filhotes.
Em 1999, cientistas do Museu Australiano, em Sydney, retiraram o DNA de um feto de tigre-da-tasmânia preservado em etanol, dando início a um ambicioso projeto de clonagem. Os mais otimistas apostam que o marsupial carnívoro voltará em grande estilo até 2012. Há relatos de pessoas que acreditam ter visto indivíduos dessa espécie. Mas, infelizmente, não existe qualquer evidência de que o tigre-da-tasmânia ainda esteja entre nós.

Tigre-da-tasmânia
Nome científico: Thylacinus cynocephalus
Ano da extinção: 1936
Habitat: Tasmânia

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A pequena fera - Tigre de Bali

A PEQUENA FERA - Tigre de Bali



Cem quilos era o peso máximo que atingia um macho de Panthera tigris balica, ou tigre-de-báli, considerado extinto desde 1937, quando o último exemplar foi abatido em Sumbar Kima, no oeste de Báli. Menor das oito subespécies do Panthera tigris, com tamanho parecido ao do leopardo, esse animal se diferenciava dos parentes mais próximos também pelos formatos do crânio, do osso do focinho e da arcada dentária. A pelagem, curta e densa, se assemelhava à do tigre-de-java, subespécie também extinta, com listras mais densas. Essa semelhança encontra explicação na Era Glacial, ocorrida entre 20 000 e 12 000 anos atrás, quando as ilhas de Báli e Java, na Indonésia, ainda não haviam sido separadas.
A aproximação do homem e o avanço da agricultura mudaram as características do habitat do felino. No início do século 20, era possível que o bicho vivesse apenas nas áreas mais montanhosas e no oeste da ilha, onde a população humana estava mais espalhada. Entre as duas grandes guerras mundiais, os europeus que moravam em Java desembarcavam em Báli para caçar o tigre, até o dizimarem por completo. Aliás, essa subespécie foi a primeira das oito a se extinguir. Depois dela, duas outras - os tigres-do-cáspio e os tigres-de-java - também desapareceram do planeta, e as demais estão todas ameaçadas.
Se um tigre-de-báli macho não passava de 100 quilos, as fêmeas eram ainda menores - pesavam entre 65 e 80 quilos. E eram carnívoros e se alimentavam de mamíferos robustos. Por serem capazes de comer até 18 quilos de carne em uma única refeição, perseguiam animais pequenos apenas quando estavam velhos ou machucados, já que os hábitos solitários dos tigres não permitiam que eles vivessem em bandos. Portanto, tinham de se virar para conseguir comida sozinhos.
Os cientistas não tiveram tempo suficiente para avaliar o Panthera tigris balica antes da extinção. Mas, por se tratar de uma subespécie, ele tinha muito em comum com outros tigres, como o gosto pela água. Atrair a presa para as margens de um riacho ou lago e persegui-la cada vez mais para o fundo era uma das formas mais eficientes de caçar. As unhas, retráteis e importantes para os ataques, jamais perdiam o fio, mesmo que o animal caminhasse por solos rochosos, úmidos, gramados ou lamacentos. Capazes de se camuflar e com um andar leve e silencioso, esses felinos só partiam para cima da vítima quando já estavam muito próximos. Geralmente, um tigre não invadia o território de outro do mesmo sexo, mas os domínios de um macho se estendiam sobre os de várias fêmeas. Assim, ele formava um harém, que contava com a sua proteção. Como as outras subespécies, o tigre-de-báli podia matar os recém-nascidos se o instinto indicasse que não eram seus filhotes. Dessa forma, logo a fêmea entraria num novo período de cio. Passado um ano e meio, o filhote que conseguisse sobreviver já era considerado maduro, mas só se afastava da mãe seis meses depois.

Tigre-de-bÁli
Nome científico: Panthera tigris balica
Ano da extinção: 1937
Habitat: Ilha de Báli