NO LUGAR CERTO, NO INSTANTE EXATO
O momento
Ele criou o conceito do "momento decisivo", o instante em que o Universo conspira a favor do artista, a essência de uma situação. O fotógrafo capta o mundo in flagrante, inconsciente do quanto a cena é reveladora - como esta, na Espanha, clicada em 1933
Surrealismo
Começou a fotografar em 1931 influenciado pela percepção do subconsciente dos surrealistas. "Acham que, para ser surrealista, é preciso colocar uma lata de lixo na cabeça", disse certa vez. "Sou o surrealista da realidade" (abaixo, o escritor André de Mandiargues, que flertou com o movimento).
Mudez
Acima, foto do psicanalista Carl Gustav Jung. Faz parte do livro de retratos Tête à Tête, publicado no Brasil pela Companhia das Letras. Bresson pregava que as imagens tinham de ser mudas. Precisavam falar ao coração e aos olhos e não deviam estar ligadas a um texto
Prendendo a respiração
Um dos segredos de seu trabalho era a concentração. Tirar uma foto era organizar as formas visuais para expressar seu significado. "É prender a respiração quando todas as faculdades convergem para a realidade fugaz", afirmava
Proporção áurea
Ele transformou a rude atividade do dia-a-dia em forma artística. Mais: humanizou a geometria, como nesta foto feita no México. "Eu não acredito em Deus", afirmou. "Creio, porém, em fi." Fi é o número grego que representa a proporção áurea, regra matemática que traduz a idéia de harmonia desde a Antiguidade
"O tempo corre e se esvai e somente a morte consegue alcançá-lo. A fotografia é uma lâmina que, na eternidade, captura o momento que a deslumbrou"
Henri Cartier-Bresson
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