O 5 de maio é o Dia das Comunicações, data em que nasceu o Marechal Rondon, reconhecido como o Patrono das Comunicações por ter contribuído para a integração do território nacional brasileiro por meio da construção de linhas telegráficas.
Nascido Cândido Mariano da Silva, em 5 de maio de 1865, Rondon foi cadete da Escola Militar da Praia Vermelha e participou ativamente dos movimentos abolicionista e republicano. As ações que lhe renderam o título de Patrono das Comunicações tiveram início em 1889, quando se tornou chefe do distrito telegráfico de Mato Grosso e participou na construção das Linhas Telegráficas de Cuiabá. Sua obra mais importante, a linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antonio do Madeira, começou a ser construída logo em seguida, em 1907.
A comissão de Rondon foi a primeira a alcançar a região amazônica, na mesma época em que era construída a ferrovia Madeira-Mamoré. As duas obras ajudaram a ocupar a região do atual estado de Rondônia, que recebeu esse nome, em 1956, em homenagem ao marechal desbravador. Até então era chamado de Guaporé. Às linhas telegráficas, os índios deram o apelido de “língua do Mariano”. Rondon a elas se referia com entusiasmo, usando a expressão “sondas do progresso”.
Bacharel em Matemática e em Ciências Físicas e Naturais, Rondon fez levantamentos topográficos, zoológicos, botânicos, etnográficos e lingüísticos da região percorrida nos trabalhos de construção das linhas telegráficas. Como chefe de diversas missões demarcatórias de fronteiras, percorreu mais de 100 mil quilômetros de sertões, descobriu serras, planaltos, montanhas e rios, e elaborou as primeiras cartas geográficas de cerca de 500 mil quilômetros quadrados, até então totalmente desconhecidos dos registros nacionais.
Por sua contribuição ao conhecimento científico, recebeu várias homenagens e muitas condecorações de instituições científicas brasileiras e estrangeiras, como a medalha de ouro do Prêmio Livingstone, conferida pela Sociedade Geográfica de Nova York. Por sua dedicação aos povos indígenas do Brasil, esse descendente de índios terenas, bororos e guanás foi convidado para ser o primeiro diretor do Serviço de Proteção aos Índios e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPI), criado em 1910. Por muitos anos, foi, ainda, presidente do Conselho Nacional de Proteção aos Índios (CNPI), hoje, Fundação Nacional do Índio (Funai).
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Hoje, sabemos que as comunicações englobam tecnologias muito mais avançadas que o telégrafo. Mas com certeza esse homem deu uma contribuição enorme para a expansão das telecomunicações no Brasil, pois ele sabia a importância de manter as pessoas conectadas, onde quer que estivessem.
Viva Rondon!
Fonte: equipe de jornalismo da Anatel. (yahoogroups.com)
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