É DEZEMBRO. FELIZ PÁSCOA - Turismo Científico
Aproveite as férias de verão. É a melhor época para visitar as milenares estátuas da ilha de Páscoa, terra dos Rapa Nui, um museu arqueológico ao ar livre.
No mapa mundi, Páscoa é um ponto quase imperceptível no Pacífico Sul. A 3 700 quilômetros da costa do Chile, ela é o topo de um cone vulcânico, criado num ciclo de erupções, nos últimos 3 milhões de anos (os vulcões estão inativos há 10 000 anos). As crateras compõem uma paisagem quase lunar. Mas a grande atração são os moais, estátuas construídas pelos tradicionais moradores, os Rapa Nui.
Por isso, a ilha é constantemente visitada por turistas e arqueólogos do mundo inteiro. E é fácil chegar lá. Os cientistas estudam o modo de vida e as técnicas de escultura desse povo. A origem das esculturas já foi considerada um mistério. O escritor suíço Erich Von Däniken, no livro Eram os deuses astronautas?, atribui a seres extraterrestres a sua autoria. Pura fantasia.
A verdade sobre os moais é apresentada no filme Rapa Nui - Uma Aventura no Paraíso, lançado nos cinemas brasileiros em outubro passado. São monumentos de caráter religioso, esculpidos com instrumentos de pedra, a partir de uma única rocha. Os moais têm de 2 a 20 metros de altura. Os Rapa Nui começaram a fazê-los no ano 1000 de nossa era. Supõe-se que eles chegaram a Páscoa em grandes catamarãs, provavelmente emigrando da Polinésia, conjunto de ilhas perto da Austrália.
O patrimônio cultural da civilização perdida dos Rapa Nui inclui 670 estátuas e 240 templos. A única vila de Páscoa, Hanga Roa, tem 2 000 habitantes, que não gostam de ser chamados de nativos: são pascoanos.
Na ilha, os passeios podem ser feitos de carro, motocicleta, a cavalo ou a pé. A maior distância entre uma extremidade e outra é de 20 quilômetros. Seus 163 quilômetros quadrados equivalem à área de vinte campos oficiais de futebol. O nome Páscoa surgiu em 1722, quando o navegador holandês Jacob Roggeveen redescobriu a ilha no dia de Páscoa. Em 1888, ela foi incorporada ao território do Chile.
Como chegar lá
Ônibus - São Paulo a Santiago, Chile: R$ 80,00 (prossegue-se por avião).
Avião - partindo de Santiago, ida e volta: U$ 812,00
Avião - partindo de São Paulo, com baldeação em Santiago, ida e volta: U$ 890,00 (tarifa da Lan Chile, válida para dezembro, janeiro e fevereiro).
Hospedagem - A melhor opção é o Hotel Hanga Roa: U$ 150,00 a diária (com café da manhã e jantar). Residencial Vaika-Pua, (com café da manhã e jantar): U$ 25,00.
Informações - Consulado do Chile, Av. Paulista, 1009, 10º andar, São Paulo, SP, telefone (011) 284 2044. Loatur, mesmo endereço, telefone: (011) 288-3378
Toda a ciência da ilha
Os lugares mais interessantes podem ser visitados em apenas quatro dias de estadia. Não há diferença entre lazer e cultura
Mitologia
Os sete moais de Akiwi ilustram a importância das estátuas na religiosidade do povo: representam os antepassados e eram um elo com o mundo sobrenatural. Também simbolizavam poder.
Geologia
Uma cratera, de 1 600 metros de diâmetro, comprova a atividade vulcânica, entre 3 milhões e 10 000 anos atrás, que fez a ilha emergir. Hoje está morta. É um mero reservatório de água da chuva.
Etnologia
A 1 600 metros de Páscoa, era o centro de um importante costume: o torneio para escolher o líder da comunidade. Vencia o nadador que trouxesse de lá, intacto, um ovo de andorinha negra do mar.
Tecnologia
As estátuas foram esculpidas em rochas basálticas da cratera Rano Raraku. Prontas, eram transportadas rolando sobre troncos a quilômetros de distância.
Sociologia
Muros de pedra ou Pipi Horekos, limitavam a área das diferentes linhagens que constituíam a população. Esta ainda alcançava 10 000 habitantes, no século XVII. A sociedade era formada por unidades, ou grupos de parentes.
Arqueologia
Na praia Anakena, a única de areia em toda a ilha, desembarcaram os primeiros Rapa Nui. Ao contrário dos outros moais de Páscoa, estes estão com os rostos voltados para o mar.
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