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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Candidato à presidência dos EUA promete investigar óvnis caso vença eleições


Candidato à presidência dos EUA promete investigar óvnis caso vença eleições


Os pedidos de milhares de ufólogos e curiosos do mundo todo parecem ter tido algum efeito, e, pela primeira vez, um candidato à presidência da república dos Estados Unidos assumiu a responsabilidade de investigar a fundo a possível existência de vida extraterrestre.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Mulheres atraentes fazem homens parar de pensar


Mulheres atraentes fazem homens parar de pensar


Um fenômeno conhecido por todos foi agora confirmado pela ciência. O estudo em questão, elaborado por um grupo de psicólogos chineses e publicado pela revista Frontiers in Neuroscience aborda o efeito da beleza feminina sobre os homens.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Ciência do chute com efeito - Futebol

A CIÊNCIA DO CHUTE COM EFEITO - Futebol



Na história do futebol, alguns jogadores ficaram famosos por seus tiros enviesados, que surpreendem os goleiros ao mudar subitamente de rumo. Mas essa invejável habilidade tem explicação científica.

A bola, chutada quase da intermediária, subiu demais, passando por cima da barreira formada a uma distância de 10 metros. Se continuasse nessa trajetória, iria fatalmente para fora do campo. De repente, porém, a bola fez uma curva no ar e pareceu perder força, surpreendendo o goleiro, que nem sequer teve tempo de corrigir seus cálculos e saltar antes que ela caísse suavemente dentro de suas redes. O gol, aos 27 minutos do segundo tempo no jogo com o Peru, classificou o Brasil para a disputa da Copa do Mundo de 1958, na Suécia. O resto da história todo mundo conhece: Brasil, campeão mundial de futebol revelando ao mundo um meia-esquerda apelidado Pelé.
Mas o gol que levou o Brasil à Suécia nasceu dos pés de um meia-direita. O goleiro peruano foi traído pela folha-seca - a grande especialidade de Valdir Pereira dos Santos, do Botafogo do Rio de Janeiro, conhecido como Didi. É provável que ele não soubesse disso, mas dois fenômenos aerodinâmicos são responsáveis por aquele e dezenas de outros gols parecidos que marcou: a força ascensional, a mesma que.ajuda os aviões a voar, e o chamado efeito Magnus, de onde se originou a expressão tiro com efeito, para designar os chutes enviesados que fazem o desespero dos goleiros.
Atuando sobre um avião em vôo, a força ascensional se manifesta quando o ar que passa ao redor do aparelho alcança uma velocidade maior na parte superior das asas. Isso acontece justamente por causa da forma especial do perfil das asas nos aviões. Segundo uma lei formulada pelo físico e matemático suíço Daniel Bernouilli, no século XVIII, a pressão sobre um gás ou uma superfície será menor quanto maior a velocidade do fluido. Por isso, a pressão na parte superior da asa é menor que na parte inferior. Essa diferença de pressão gera uma força que fornece ao avião seu empuxo aerodinâmico. A força ascensional aerodinâmica pode aparecer também aliada ao efeito Magnus no vôo de uma bola - quando, além de subir, ela gira ao redor de seu próprio eixo. Os jogadores de futebol costumam dizer então que a bola está "envenenada".
Ao girar sobre seu próprio eixo, a superfície da bola sofre o atrito do ar. Isso influi na velocidade com que o ar passa ao seu redor: na parte superior da bola, o ar é mais rápido; na inferior, mais lento. Devido a essa diferença de velocidade - assim como no caso das asas do avião -, ocorre uma diferença de pressão entre a parte de cima e a de baixo; em conseqüência, chutada embaixo, a bola sobe, numa trajetória também determinada pela força de gravidade e a resistência do ar.
Já a intensidade do efeito Magnus e sua influência na trajetória da bola dependem de vários fatores. A superfície áspera da bola e a grande velocidade do giro sobre o próprio eixo, em relação à velocidade de vôo, aumentam o efeito. Já a influência na trajetória aparece principalmente nas bolas mais leves. O efeito Magnus foi observado pela primeira vez em 1852 pelo físico alemão Gustav Magnus - daí o nome -, a pedido da Comissão de Provas da Real Artilharia Prussiana. Pouco a pouco, essas observações começaram a ser aplicadas em vários campos da ciência.
Mas não apenas os cientistas recorreram às descobertas de Gustav Magnus. Desde muito cedo, na história moderna do futebol, também os jogadores aprenderam na prática a chutar com efeito. Os princípios são simples: se a bola é chutada na parte de cima, tende a sofrer uma queda mais acentuada; se o chute é aplicado na parte de baixo, a bola volta para trás - um recurso muito usado na jogada conhecida como "bicicleta", que o atacante brasileiro Leônidas da Silva celebrizou, na década de 30.
Bater na bola lateralmente faz com que, em função do giro sobre seu próprio eixo - para a direita ou para a esquerda -, ela se desvie da trajetória normal. Chutando corretamente a bola - na parte de cima ou de baixo, na lateral direita ou esquerda - é possível fazê-la descrever curvas numa trajetória aparentemente imprevisível. Os jogadores mais habilidosos até conseguem marcar gols em cobrança de escanteio, quando a bola parte da mesma linha onde estão fincadas as traves. E o gol olímpico, assim chamado por ter sido obtido pela primeira vez pela Seleção do Uruguai nos Jogos Olímpicos de 1924.
No Brasil, quem não se lembra das cobranças de falta de Nelinho, no Cruzeiro de Belo Horizonte ou na seleção, há seis anos? "Ele foi o mais impressionante cobrador de faltas que já conheci", lembra o cronista esportivo Vital Bataglia. "Alguns, como Pepe, do Santos, ou Miranda, do Corinthians, até chutavam mais forte; outros, como Ailton Lira, do Santos, e Mário Sérgio, do Grêmio de Porto Alegre e depois do São Paulo, eram virtuoses do efeito. Mas nenhum deles, como Nelinho, combinava perfeitamente as duas coisas a ponto de dar a impressão de que a bola mudava de rumo três vezes no ar."
Para contrabalançar a vantagem que os chutes de Nelinho davam ao time do Cruzeiro, seu arquiinimigo no futebol mineiro, o Atlético, contava com o ponta-esquerda Éder, também ele um artista na cobrança de faltas, com seus chutes fortes e cheios de efeito. Éder, Nelinho e o flamenguista Zico substituíram, na Seleção Brasileira, outros especialistas na arte de envenenar a bola: Gérson e Rivelino, estrelas da seleção que conquistou o tricampeonato mundial em 1970.
A maior dificuldade nesse tipo de chute está em bater na bola com força suficiente para obter uma mudança significativa em sua rota normal. Uma bola oficial de futebol tem um peso relativamente alto - entre 453 e 534 gramas - e não é fácil fazê-la descrever uma curva no ar.
Quem já chutou uma bola de praia sabe como ela descreve as mais estranhas curvas. Isso acontece porque, sendo muito leve, lhe é muito difícil vencer a resistência do ar. Ao ter o movimento de rotação sobre seu próprio eixo interrompido pelo ar, ela muda bruscamente de direção. Alguns jogadores têm um domínio tão grande dos chutes de efeito que não o utilizam apenas na cobrança de faltas, mas também para lançamentos de longa distância aos companheiros.
O mestre de todos eles, Didi, aprendeu a arte com outro gênio em bolas envenenadas: Jair Rosa Pinto, Mestre Jajá, como era chamado, não chegava a impressionar os adversários. Mas de seus pés pequenos, calçados com chuteiras número 37, saíam bolas que ele colocava onde desejava, depois de fazê-las descrever graciosas curvas no ar. Observando Jair Rosa Pinto, Didi desenvolveu sua folha-seca.
Embora teoricamente não tenha segredo para os profissionais do futebol - que o chamam de "três dedos", pela forma com que o pé bate na bola -, o chute de Didi ainda não foi imitado. Elegante, boêmio e sem paciência para as longas sessões de treinamentos físicos - "no futebol, quem deve correr é a bola, não o jogador", dizia -, Didi batia na bola com impulso suficiente para fazê-la chegar até perto do gol adversário, para então perder força, descrever uma curva e cair suavemente, como uma folha seca levada pelo vento.

Ensinamentos do mestre.

Em seu livro, Jogando com Pelé, ele ensina como enviesar um tiro: "Usa-se o dorso interno ou externo do pé para os chutes de curva. A fim de obrigar a bola a fazer uma curva para a esquerda, chuta-se com o dorso interno do pé, visando não o meio, mas o lado direito da bola, no caso de o chute ser feito com o pé direito. Com o esquerdo, a ação é ao contrário. Se você quiser chutar em curva para a direita - com o pé direito -, utilize o dorso externo do pé e a área de impacto é o lado esquerdo da bola. Os lados interno e externo do pé são usados nos chutes próximos à meta, quando o goleiro adversário sai do gol em direção ao atacante.
O goleiro sempre oferece um canto da meta, tentando obrigar-nos a chutar naquele canto, como ele queria. É por isso que, quando próximos da meta, devemos colocar a bola, observando bem a posição do goleiro. Sabe por quê? É muito mais fácil o goleiro defender um chutão do que um chute fraco, mas bem colocado. No chutão, a bola sai violentamente, mas não modifica muito a sua rota, e o chute com menos força, mas colocado, pode modificar o rumo pela maneira como a gente bate na bola. Com a parte interna do pé, é possível colocá-la muito bem, porque a área de contato é maior, portanto a precisão do chute também é maior"

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Por um momento de glória - Comportamento.

POR UM MOMENTO DE GLÓRIA - Comportamento.



Eles querem fazer o que ninguém faz, como puxar um trem com os dentes ou cobrir o corpo com abelhas. Já ganharam um registro especial só para eles: o Livro Guinness de Recordes.

Sir Hugh Beaver, diretor da cervejaria irlandesa Guinness e criador do Livro Guinness dos Recordes Mundiais, sabia que sua dúvida sobre qual o pássaro mais rápido da Europa, naquele ano de 1954, era muito parecida com o tipo de dúvida de outros milhões de ingleses e irlandeses, que adoram levar esse tipo de assunto entre um gole e outro de cerveja em qualquer dos 81400 pubs que povoam as cidades da Inglaterra e Irlanda. Só que não existia nenhum livro com as necessárias fontes que pudesse funcionar como juiz imparcial para um público tradicionalmente tão chegado a apostas.
Daí nasceu no dia 27 de agosto de 1955 o Guinness Book of World Records. Então já se sabia qual o pássaro mais rápido, o edifício mais alto do mundo e a partida de futebol de primeira divisão mais longa da história. Mas, ao lado dos variados superlativos do mundo animal, vegetal, científico e esportivo, foram aparecendo os recordes mais insólitos, extravagantes e disparatados alcançados pelo homem - por aqueles homens que até se dispunham a arriscar a vida para realizar proezas tidas como pura e simples maluquices pelo comum dos mortais.
Assim, se soube que um certo monsieur Lotito, um francês de Evry, tinha sido capaz de comer sua própria bicicleta, pedaço por pedaço; que o californiano Steve Urner era o melhor lançador de esterco de vaca; que o nova-iorquino Henry-Lamothe pulara de 12,9 metros de altura numa piscina quase sem água, sem se machucar. Já o inglês Michael Trevor, com menos sorte, morreu de infarto ao tentar bater o recorde de ingestão de cerveja-debaixo d´água. O mineiro Walnei Almeida Reis, de seu lado. tem certeza de que vai entrar para o Guinness, depois de ter saltado em junho último de um helicóptero a 48 metros de altura para a piscina do Clube de Regatas Tietê, em São Paulo. "De cima, a piscina parecia um copo de água", compara Walnei, que com o seu salto superou em onze metros o norte-americano Hank Dikson, dono do recorde durante de oito anos.
Esses heróis excêntricos que aspiram conseguir recordes insólitos são mais numerosos do que se poderia imaginar e existem praticamente em toda a parte. Tentam escalar altos edifícios, deixam crescer barbas de abelhas em seus corpos e comem quantidades inacreditáveis de grãos de feijão, ou de sorvete, ou de salsicha, ou seja lá do que for. Desafiam a lei da gravidade, o senso comum e o próprio ridículo. Que tipo de gente faz isso? Com que intenção?
A moda da extravagância - que aparece de tempos em tempos no curso da História-não tem nada a ver nem com fenômenos de histeria coletiva nem com condutas originais de fundo religioso ou político.
É na realidade o aparecimento em público de um surpreendente número de adultos normais que realizam atos extravagantes, concebidos por eles mesmos, com o objetivo único de fazer algo que não tenha sido feito por outras pessoas.
Hoje em dia até que está difícil ser extravagante, porque a extravagância já virou rotina. Para se ter uma idéia de como o incomum ficou comum, no principio do século o crítico teatral alemão Alfred Kerr causou grande sensação em Berlim pelo simples fato de descascar uma maçã na rua usando luvas brancas. Em 1986, ninguém se espantou quando mais de vinte pessoas, desconhecidas entre si, trataram de capturar uma serpente píton de 3,4 metros, que apareceu misteriosamente em uma piscina pública de Los Angeles.
O próprio Livro Guinness, pela excepcional acolhida que teve, é o reflexo de que o mundo atravessa uma onda de extravagâncias algo parecido com o que aconteceu no período que vai de 50 antes de Cristo ao ano 400 de nossa era, abrangendo mais ou menos a época dos imperadores romanos. Outro desses períodos em que a extravagância remou suprema vai de 1400 a 1600, ou seja. do acender das luzes do Renascimento à Revolução Comercial. Ambas as épocas deixaram registro de comportamentos exóticos.
Na velha Roma, o cônsul Lucius Licinius Lucullus (117-56 a.C.), homem por sinal muito respeitado foi quem inventou o bárbaro costume de vomitar nos banquetes para repetir a comilança nos intermináveis festins da época. No ano 64, o imperador Nero cantava enquanto Roma queimava, em vez de providenciar o salvamento da cidade. Ele talvez não fosse louco, ao contrário da lenda; apenas não estava à altura do papel que a população esperava que cumprisse, exercendo suas funções como um semideus. Dos césares sempre se esperava algo mais - e, se eles não se distinguiam por suas qualidades naturais, tratavam de brilhar pelo artifício de suas excentricidades.
No fim da Idade Média. os bufões, que existiram em todas as cortes desde a Antiguidade como palhaços grotescos, assumem um novo papel, transformando-se em personagens de notável talento e influência. Participam de conspirações e crimes, fazem intrigas e são confidentes muito estimados de reis e cortesãos. As grandes famílias italianas, como os Medici, de Florença, e os Visconti, de Milão, assim como o rei Henrique IV da França ( 1553-1610) e o imperador Maximiliano da Áustria (1459-1519), tinham os seus bufões, respeitados por aristocratas e intelectuais de seu tempo.
Entre os personagens incomuns que floresceram nessa época, talvez o mais representativo tenha sido o físico e alquimista suiço Bombastus, mais conhecido como Paracelso (1493-1551). Um dos mais extraordinários e escandalosos homens do Renascimento, combateu as superstições, a medicina então praticada e a educação tradicional. Apesar da vida tumultuada, tanto nas universidades como nos campos de batalha, impulsionou a química farmacêutica, formulou os princípios da homeopatia e arrastou consigo a fama de curandeiro. "A imaginação pode tudo", dizia. O comportamento excêntrico do alquimista correspondia aos sentimentos de seus contemporâneos. Historiadores desse período registram que a extravagância havia adquirido proporções de epidemia.
Que semelhança existe entre a Roma do começo do cristianismo e a Europa do fim da Idade Média? Em ambos os períodos, uma cultura havia alcançado o limite de seu desenvolvimento: tanto o Império Romano como a Idade Média sobreviveram além de seus impulsos criadores, mantendo-se por pura inércia. Enquanto isso, para grandes setores da população não havia objetivos dignos de esforço -além da luta pelo pão de cada dia. Os habitantes da antiga Roma consideravam aceitáveis as ações de um Nero. ao mesmo tempo que se lixavam com a sorte do Império. Já a reação ante o ocaso dos tempos medievais foi bem diferente: suas raízes foram reinvestigadas e as bases redesco-
bertas; levantou-se um novo edifício cultural enriquecido com elementos árabes, medievais e próprios.
E a onda atual? Não é nova a teoria de que este fim de século é um período decadente, onde há cada vez menos lugar para a criatividade-o que explicaria em parte a busca do insólito a todo custo. Talvez fosse mais correto dizer que a criatividade existe, mas está restrita a uma minoria e escapa ao cidadão médio. Este, imerso em um oceano de rotina, gasta seu tempo livre de forma quase sempre mais passiva que ativa. assistindo à TV horas a fio, por exemplo. Outras pessoas reagem e buscam a criatividade na política ecologia nas artes e até nos hobbies. E há quem procure combater a inércia estabelecendo os estranhos recordes anotados no Guinness
"A verdade é que temos nossos próprios Guinness íntimos, simbolizados pela nossa vaidade", observa o psicólogo paulista Mauro Moore Madureira. "Por isso, acabamos batendo recordes bizarros, como o de ser o mais estressado no trabalho. 0 melhor copo do pedaço, a mais abnegada das pessoas, exemplifica, "Nossa cultura é extremamente vaidosa e todos sonham com um podium na vida", diz o psicólogo. Para ele, existem duas formas diferentes de chegar aos recordes: uma é pelo prazer, pela vontade alegre de conquistar e vencer obstáculos Outra é pelo dever, pela necessidade de ser aceito. "A primeira enriquece a pessoa emocionalmente. A segunda costuma ser a origem de muitas angústias, por causa do medo do fracasso."
Mas não é um fracasso aqui e outro ali que vão desanimar a legião de fanáticos caçadores de recordes do Guinness ou derrubar o volume de vendas de um livro que nessas três últimas décadas acabou gerando concursos como o de saber quantas pessoas cabem dentro de um automóvel. Essa disputa já não é mais registrada pelo livro. Mas, para quem se interessa, continuam a ser disputadas as categorias quem-corre-mais-carregando uma-garrafa-na-bandeja, andar-sobreas-mãos, ser-o-homem-mais-rico-do-mundo, o grupo-de-rock-mais-barulhento. Ou qualquer coisa nova, desde que comprovadamente bizarra e merecedora da atenção do Guinness e de seus leitores.


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