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sábado, 19 de fevereiro de 2022

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

A surpreendente história do ditador Sírio assassinado em Goiás

A surpreendente história do ditador Sírio assassinado em Goiás

Adib Chichakli foi morto por um conterrâneo que estava em busca de vingança.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Em momento histórico, TVs dos EUA interrompem transmissão de discurso de Trump sobre fraude eleitoral

Em momento histórico, TVs dos EUA interrompem transmissão de discurso de Trump sobre fraude eleitoral


Na noite de quinta-feira (05/11/2020) no começo deste mês, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, fez um discurso na Casa Branca contestando a lisura da contagem de votos nas eleições presidenciais do país. 

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Joe Biden é eleito presidente como o candidato mais votado da história dos EUA

Joe Biden é eleito presidente como o candidato mais votado da história dos EUA

Joe Biden foi eleito presidente dos Estados Unidos. O democrata passou dos 270 votos no colégio eleitoral, segundo projeções de diversos veículos de imprensa. 

quarta-feira, 13 de junho de 2018

O que de fato representa o encontro entre Donald Trump e Kim Jong-Un


O que de fato representa o encontro entre Donald Trump e Kim Jong-Un


Há pouco mais de um ano, poucos apostariam que um dia os atuais líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte iriam se encontrar civilizadamente. 

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Plano da Elite diante de um ataque nuclear incluia comer animais de estimação e salvar secretárias


Plano da Elite diante de um ataque nuclear incluía comer animais de estimação e salvar secretárias


A verdade é que o governo dos EUA nunca se preocupou em salvar a população em geral.
 dailymail.co.uk revelou os detalhes...

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

40 dias que entrarão para a história - 2016


40 dias que entrarão para a história - 2016


Agitação política intensa no Brasil, troca de presidentes, a morte de grandes símbolos e ídolos e grandes descobertas: fatos de 2016 que não escaparam da nossa percepção.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Candidato à presidência dos EUA promete investigar óvnis caso vença eleições


Candidato à presidência dos EUA promete investigar óvnis caso vença eleições


Os pedidos de milhares de ufólogos e curiosos do mundo todo parecem ter tido algum efeito, e, pela primeira vez, um candidato à presidência da república dos Estados Unidos assumiu a responsabilidade de investigar a fundo a possível existência de vida extraterrestre.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Por que tanta gente ainda acredita em atividade paranormal


Por que tanta gente ainda acredita em atividade paranormal

Psicólogos suspeitam que algumas ilusões são criadas pela mente em reação a traumas

Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, o ex-premiê britânico Winston Churchill disse ter visto o fantasma do ex-presidente americano Abraham Lincoln em uma visita à Casa Branca. Depois de tomar um banho - acompanhado de uísque e cigarro - Churchill conta que cruzou com o fantasma quando estava nu.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Quem quer acabar com os Kennedy ???

QUEM QUER ACABAR COM OS KENNEDY?



O assassinato do presidente John Kennedy, em 1963, gerou a maior e mais intrincada rede de conspirações da história recente. Várias testemunhas-chave desapareceram misteriosamente. Se você tem alguma informação valiosa sobre o caso, é melhor se esconder

No dia 22 de novembro de 1963, em Dallas, no Estado do Texas, o presidente John Kennedy foi morto com um tiro na cabeça enquanto desfilava em carro aberto ao lado de sua mulher, Jacqueline Kennedy. Menos de uma hora depois, Lee Harvey Oswald foi preso com a arma do crime e confessou o atentado. Tudo parece muito simples, mas não é. O assassinato de Kennedy é o que se pode chamar de conspiração-mãe: envolve artimanhas conjuntas e isoladas da CIA, do FBI, da KGB, da Máfia e até de Fidel Castro.

A célebre imagem do presidente Kennedy sendo alvejado no carro dá o que pensar. O cineasta amador que registrou as cenas atende pelo nome de Abraham Zapruder. Ele filmava o desfile quando flagrou, quadro a quadro, o momento exato do assassinato. O mais surpreendente é que Zapruder não largou a câmera por nenhum momento, mesmo com o tiroteio comendo solto. As imagens mostram a primeira bala acertando a cabeça de Kennedy, que foi jogado violentamente para trás, como se tivesse sido acertado de frente. Aí é que está: Oswald, o assassino oficial, estava num depósito atrás da limusine de Kennedy. O filme atestaria, portanto, a existência de pelo menos dois atiradores.

Para investigar o caso, foi formada a Comissão Warren. Os fatos que se seguiram são recheados de estranhas coincidências e uma sucessão incrível de assassinatos e desaparecimentos, tudo numa sincronia de arrepiar.

Um dos investigadores do caso, Buddy Walther, disse ter encontrado um cartucho de calibre 45 perto do local onde Kennedy foi atingido. Walther teria entregado a cápsula a um agente do FBI, mas o material desapareceu e o agente nunca relatou sua existência. Indignado, Walther meteu a boca no trombone. Morreu ao ser atingido por uma bala perdida durante uma blitz de rotina.

EM SÉRIE

Quem também se deu mal foi Lee Bowers Jr., que assistira ao trágico desfile presidencial em Dallas. Ele afirmou ter visto dois homens armados escondidos atrás de uma cerca. Logo após o tiro fatal em Kennedy, os suspeitos fugiram. Ninguém deu bola para Bowers, que continuou martelando a história na imprensa. Três anos depois, ele morreu num estranho acidente automobilístico, batendo seu carro em uma ponte.

E tem mais: o deputado Hale Boggs, um dos membros da Comissão Warren, discordou publicamente da tese de que Oswald agira sozinho. Em seguida, Boggs declarou que estava sendo pressionado pelo FBI a mudar de idéia. Durante uma viagem, seu avião desapareceu misteriosamente no Alasca. Ele nunca mais foi encontrado.

Apesar da nacionalidade russa, George Dewohreischildt era anticomunista e colaborador da CIA. Também era amigo muito próximo de Oswald. Declarou que seu chapa era inocente e que havia uma grande conspiração tentando encobrir a verdade. No entanto, antes que tivesse a oportunidade de depor, Dewohreischildt foi encontrado morto com um tiro de espingarda na cabeça. Aparentemente, foi suicídio.

Depois disso, um agente da CIA resolveu falar. Gary Underhill disse que alguns de seus colegas estavam envolvidos na morte de Kennedy. Batata. O destro Underhill foi encontrado morto com uma bala na cabeça e uma automática... na mão esquerda.

Surpreendentes também são os fatos envolvendo o assassino oficial, Lee Oswald. Poucos dias antes do crime, Oswald, um ex-comunista, ex-anticastrista e ex-informante do FBI, teria ido a uma reunião de simpatizantes de Fidel Castro em Miami. Empolgado, teria pedido a palavra e dito: "Ninguém tem colhões. Eu vou matar o presidente". Mas o FBI afirma que nesse mesmo dia Oswald estava no México tentando obter um visto para Cuba. Ele foi visto também num estande de tiros, em Dallas, na véspera do atentado. Ali, ele repetira a quem quisesse ouvir que iria matar Kennedy.

Dois dias após cumprir sua promessa, Oswald foi morto na garagem da delegacia de polícia, diante de câmeras de TV, quando estava sendo transferido para a prisão de Dallas. Seu assassino, Jack Ruby, dono de uma boate de striptease, disse que queria vingar Kennedy. Vingou, mas morreu de câncer no pulmão ainda na cadeia, em 1967.

Nesse amontoado de desencontros, suicídios e histórias mal contadas, o promotor Jim Garrison transformou o caso numa cruzada pessoal. Mas não contou com a sorte. Uma de suas primeiras testemunhas foi Marylin Moon, uma stripper do clube de Ruby. Ela anunciou em 1966 que estava escrevendo um livro contando a verdade sobre a morte de Kennedy. Porém, morreu baleada no seu próprio apartamento.

Outro nome importante para Garrison era o do militar David Ferrie, que, patrocinado pela CIA, organizara campos de treinamento para os cubanos exilados que queriam derrubar Fidel Castro, na famosa operação Baía dos Porcos. Ferrie era muito próximo a Ruby e tinha servido na força aérea ao lado de Oswald. Ele era uma peça-chave para Garrison. Era. Foi encontrado morto, com hemorragia cerebral. Na seqüência, Aladio Del Valle, um anticastrista treinado por Ferrie, foi assassinado em Miami. Clyde Johnson, que dizia conhecer a ligação entre Ruby-Oswald-CIA-anticastristas, foi baleado e morto, frustrando as investigações de Garrison. Mais tarde, Garrison lançou vários livros sobre o assunto, acusando a participação da CIA, da KGB, da Máfia e dos anticastristas na morte de Kennedy. E, por incrível que pareça, nada lhe aconteceu.

À DISTÂNCIA

Outra teoria bem popular entre os conspirólogos reza que Oswald fazia parte de uma linhagem de assassinos mentalmente controlados. Um programa (verídico) chamado MK Ultra, produzido pela CIA em 1953, pretendia criar um exército de assassinos por controle remoto, utilizando o LSD e técnicas de hipnose. Vários criminosos famosos apresentaram indícios de controle mental à distância. É o caso de Lee Oswald, de Mark Chapman (que matou John Lennon), James Earl Ray (assassino de Martin Luther King) e Sirhan Bishara Sirhan (que matou Robert Kennedy).
Robert Kennedy, irmão mais novo de John, era senador em 1968 e o favorito para ocupar o cargo de presidente. Durante a campanha, Bob prometeu reabrir as investigações sobre a morte de seu irmão. No dia 5 de julho daquele ano, Bob estava hospedado no hotel Ambassador, em Los Angeles. Ao se dirigir para o salão de conferências, um imigrante palestino chamado Sirhan Bishara Sirhan parou na sua frente, apontou o revólver e soltou três balaços. Na necropsia, descobriram que Bob tinha uma esquisita perfuração na nuca, como se tivesse sido baleado de perto. Daí a teoria de que Sirhan foi programado apenas para distrair a atenção de Bob enquanto o verdadeiro assassino agia. Ao contrário da maioria dos personagens citados nesta reportagem, Sirhan está vivo até hoje, cumprindo prisão perpétua num presídio na Califórnia.

Ricos, famosos e amaldiçoados

A maldição sempre é evocada quando o assunto é a família Kennedy. O patriarca Joseph P. Kennedy tinha uma obsessão: levar seu filho Joseph P. Kennedy Jr. à presidência dos Estados Unidos. Joseph Jr., no entanto, morreu num acidente aéreo em 1944, aos 29 anos. Quatro anos depois, nova tragédia: Kathleen, a segunda filha, também morreu num acidente aéreo, aos 28 anos.

John F. Kennedy realizou o sonho do pai e levou o sobrenome da família à Casa Branca, mas foi assassinado em 1963. Patrick Bouvier, filho de John e Jacqueline Kennedy, morreu em 1964. Robert Kennedy, terceiro filho de Joseph, foi assassinado em 1968. O caçula da família, Edward (Ted) Kennedy, bateu o carro depois de uma festa e foi parar na água. Sua namorada, Mary Jo, faleceu dentro do carro submerso e afundou a carreira política de Ted.
E teve mais: em 1984, David, filho de Robert Kennedy, morreu vítima de uma overdose de drogas. William, sobrinho de Ted, foi acusado de estupro em 1991. Michael, outro filho de Robert, não resistiu a um acidente de esqui em 1997. A última vítima foi John-John, filho caçula de JFK. Ele e sua mulher, Carolyn, morreram num acidente aéreo no litoral de Massachusetts, em julho de 1999.

Estranhas coincidências

- Os dois presidentes mais populares dos EUA morreram assassinados.

- Lincoln foi eleito em 1860. Kennedy foi eleito em 1960.

- Lincoln foi morto quando assistia a uma peça no Teatro Ford. Kennedy foi morto enquanto andava num Lincoln conversível fabricado pela Ford.

- Ambos foram mortos numa sexta-feira.

- John Wilkes Booth, acusado de matar Lincoln, nasceu em 1839. Lee Oswald, acusado de matar Kennedy, nasceu em 1939.

- Ambos os acusados dos crimes foram mortos antes de serem julgados.
- O sucessor de Lincoln, que se chamava Andrew Johnson, nasceu em 1808. O substituto de Kennedy, Lyndon Johnson, nasceu em 1908.

Oliver Stone sabe das coisas

O principal filme sobre a morte de John Fitzgerald Kennedy é JFK - A Pergunta Que Não Quer Calar, lançado em 1991, sob direção de Oliver Stone. No filme, Stone revela a megaconspiração arquitetada por Fidel Castro, Richard Nixon, Maçonaria, Illuminati, CIA, KGB e muita gente mais. O estranho é que ninguém se pronunciou sobre o filme, que foi um sucesso de público na época.

Isso parece colocar Stone no hall de sujeitos suspeitos no mundo das conspirações. O cineasta denunciou o intervencionismo americano em Salvador - O Martírio de Um Povo (1986), o Vietnã em Platoon (1986), a ganância capitalista em Wall Street (1987) e, agora em 2004, lança um documentário sobre Fidel Castro, chamado Looking for Fidel, em que mostra o caso dos três cubanos executados enquanto tentavam fugir de Cuba.

Stone tem tanta moral que, em seu filme, consegue juntar numa mesa-redonda Fidel Castro, seqüestradores, promotores e advogados de defesa. É pouco? Ele convence Fidel a se submeter a um exame médico para desmentir rumores sobre sua saúde.
Stone é bem mais poderoso do que imaginamos....

Eu acredito!

"A verdade é que os americanos são fanáticos por teorias conspiratórias. No filme Teoria da Conspiração, Mel Gibson interpreta um cara completamente obcecado, desconfiando até do português da padaria. Não seria exagero dizer que, hoje em dia, esse é o verdadeiro American Way of Life."
Peu K é músico e canta na banda Vodka Frog

Quem matou os Presidentes?

QUEM MATOU OS PRESIDENTES?



O que João Goulart, Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves têm em comum? Além do fato de terem sido presidentes do Brasil, os três teriam sido misteriosamente assassinados por complôs daqueles que queriam eliminar os inimigos da ditadura. Jango morreu no exílio, em uma fazenda na província argentina de Corrientes, em 6 de dezembro de 1976. A versão oficial afirma que ele morreu de problemas cardíacos. Mas a verdade pode ser bem outra. Uma das teses conspiratórias diz que Jango talvez tenha sido envenenado. Tanto que seu corpo não foi submetido a uma autópsia. É o que defendem seguidores do ex-presidente, entre eles o ex-governador Leonel Brizola, que era casado com a irmã de Jango. "Jango foi assassinado por um complô internacional de forças ligadas à ditadura militar, que tinha por objetivo aniquilar todos os líderes populares da América Latina", afirmou Brizola, morto em junho deste ano. Os responsáveis pela morte de Jango seriam agentes da Operação Condor, um esquema de cooperação entre governos militares da Argentina, do Chile, do Paraguai e do Brasil para perseguir militantes da esquerda nas décadas de 70 e 80.

E Jango não teria sido a única vítima. De acordo com Brizola, a Operação Condor também estaria por trás da morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek. JK morreu alguns meses antes de Jango, num suposto acidente de carro, em 22 de agosto de 1976, na rodovia Presidente Dutra, quando ia de São Paulo para o Rio de Janeiro. O Opala em que ele estava se desgovernou, cruzou a pista e bateu de frente com uma carreta Scania que vinha em sentido contrário. JK e seu motorista, Geraldo Ribeiro, tiveram morte instantânea. O acidente, segundo revelou a perícia, teria ocorrido depois que um ônibus da Viação Cometa encostou na traseira do Opala. "Bobagem", afirmam os adeptos da teoria conspiratória. Para eles, há pelo menos três explicações possíveis para o fato de o motorista Juscelino ter perdido o controle da direção: 1) ele foi baleado na cabeça por um atirador de elite que estava escondido próximo ao local; 2) o Opala foi alvo de sabotagem; 3) uma bomba tinha sido colocada no carro e explodiu. E quem estaria por trás do atentado contra JK? Os militares, é claro.

PRENÚNCIO

Conspirólogos de plantão afirmam que a morte de JK é recheada de episódios mal explicados. Duas semanas antes do acidente, jornais, rádios e emissoras de TV receberam a notícia de que o ex-presidente havia morrido numa batida de carro na estrada que liga Luziânia a Brasília. JK de fato iria fazer esse percurso, mas, na última hora, preferiu ficar em sua fazendinha em Luziânia. Segundo Serafim Jardim, amigo do ex-presidente e autor do livro Juscelino Kubitschek - Onde Está a Verdade?, o boato havia sido um balão de ensaio lançado pelos militares que queriam testar a reação do país à morte de JK. Ao saber dos rumores, o ex-presidente teria comentado com Serafim: "Estão querendo me matar, mas ainda não conseguiram".

Um dos fatos mais intrigantes é que os peritos não incluíram nos dois laudos realizados sobre o acidente as fotos dos corpos de JK e do motorista, "por recomendação de ordem superior". O amigo do ex-presidente destaca ainda que apenas nove dos 33 passageiros do ônibus foram ouvidos pela polícia. Não é mesmo muito estranho?

Fruto de fantasias mirabolantes ou não, as teorias conspiratórias viraram assunto para inúmeros livros. Um dos mais recentes é O Beijo da Morte, um misto de ficção e reportagem assinado pelo escritor Carlos Heitor Cony e pela jornalista Anna Lee. A tese do protagonista do livro, o Repórter, é semelhante à do ex-governador Brizola. Ou seja: de que não houve coincidências. As mortes de JK, de Jango e também a do ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda foram assassinatos políticos, parte de um plano internacional em curso na época, para eliminar os esquerdistas na América Latina. Os três políticos lideravam os maiores partidos extintos pelo golpe militar de 1964 e tentaram organizar uma Frente Ampla, movimento civil de oposição ao regime militar. Eles morreram quando ainda articulavam o retorno do país para a democracia. Numa hipotética eleição direta a presidente, Juscelino sairia candidato pelo PSD, Jango seria o candidato do PTB e Lacerda, da UDN.

PARECE FILME

Nenhum caso, no entanto, estimulou tantas teorias conspiratórias quanto a morte de Tancredo Neves. Também pudera: o episódio é digno de um filme de Hollywood. Em 14 de março de 1985, véspera de sua posse como presidente, Tancredo foi internado às pressas no Hospital de Base de Brasília. Um mal que parecia simples - uma diverticulite intestinal - se complicou e, depois de 38 dias de agonia e sete intervenções cirúrgicas, ele morreu em 21 de abril, Dia de Tiradentes, no Instituto do Coração, em São Paulo, para onde havia sido transferido.

O velório foi acompanhado por milhões de brasileiros que olhavam, incrédulos, o caixão do presidente morto antes de tomar posse. Em seu lugar assumiu o vice José Sarney, ex-presidente do PDS, partido de sustentação do regime militar. Na época, circularam boatos de todos os tipos. Um deles dizia que Tancredo, filiado ao PMDB e defensor das eleições diretas, teria sido baleado por um militar linha-dura que não queria a volta da democracia. E mais: o atentado teria ocorrido exatamente no momento em que Tancredo dava uma entrevista à repórter Glória Maria, da TV Globo, na Catedral de Brasília. A jornalista teria sido mandada ao exterior por uns tempos para que ficasse de boca fechada.

Outra versão conspiratória afirma que Tancredo teria morrido envenenado. Prova disso seria o fato de que, ao mesmo tempo em que ele foi internado com fortes dores abdominais, seu mordomo, João Rosa, teria começado a sofrer dores similares. João, funcionário do Planalto, acompanhava Tancredo em sua residência provisória, na Granja do Riacho Fundo. Ele ficou 16 dias no hospital e, como Tancredo, teria sofrido sete cirurgias antes de morrer. A doença foi diagnosticada como diverticulite - o primeiro diagnóstico de Tancredo, lembra-se? Como os dois conviviam no mesmo local, provavelmente o mordomo teria sido vítima acidental de um atentado que visava matar seu patrão. Os autores? Mais uma vez, os militares.

As teses conspiratórias ganharam ainda mais força depois que a revista Veja revelou que o presidente, na verdade, teria morrido um dia antes do anunciado. A versão oficial diz que Tancredo morreu às 22h23 do dia 21 de abril. Mas, segundo um médico que acompanhou o estado clínico de Tancredo até o desfecho fatídico, o cérebro dele parou de funcionar um dia antes, na noite de 20 de abril. Para os conspirólogos, a data de 21 de abril foi escolhida porque era feriado de Tiradentes e, dessa forma, Tancredo - que, assim como o mártir da independência do Brasil, era mineiro - seria eternamente lembrado como um herói nacional.

Tanto no caso da morte de Tancredo como nas de Jango e JK, nada ficou provado contra os militares. O escritor Carlos Heitor Cony afirma que seu livro também não é conclusivo sobre a questão: "Antes de escrevê-lo, Anna Lee e eu tínhamos a consciência de que não poderíamos chegar a uma certeza sobre a morte dos três personagens. O caso de JK está encerrado, o de Jango está aberto, mas longe de uma conclusão. O de Lacerda nem sequer foi aberto. As duas Comissões Externas da Câmara dos Deputados, que investigaram as circunstâncias da morte de JK e Jango, também não chegaram a uma conclusão".
De acordo com Cony, a falta de provas, no entanto, não significa que os militares não tenham culpa no cartório. "Apesar das provas existentes, que dão como natural a morte dos três líderes, sempre duvidei das conclusões oficiais, e não apenas nesse assunto, mas na história em geral, que é uma sucessão de casos obscuros e mal resolvidos", diz o escritor.

Eu acredito!

"É muito possível que os militares não tenham assassinado três presidentes civis. No caso do Tancredo, não haveria sequer razão plausível para eles desejarem a morte do velho conciliador, já que a ditadura estava acabada mesmo. Mas vá você crescer durante um regime militar para ver como é difícil não culpar o governo por tudo. Naquela época, uma amiga minha, a Bebel, tinha certeza ab-so-lu-ta que a linha-dura dos milicos tinha assassinado o Jango, para impedir que ele desse um jeito no país. A Bebel era linda. E era assim, inabalável nas suas convicções. Quando expressei uma nesga de dúvida sobre a conspiração militar, senti a decepção estampada no rosto dela. Minhas chances com a Bebel acabaram ali mesmo. Isso sim, eu acho que foi culpa dos militares."
David Cohen é editor-executivo da revista Exame

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Larry King faz último programa e recebe o adeus de Obama e Clinton

17/12/2010 04h03 - Atualizado em 17/12/2010 07h06

Larry King faz último programa e recebe o adeus de Obama e Clinton
Apresentador comandou o ‘Larry King Live’ por mais de 25 anos.
Ele reaparecerá ocasionalmente em especiais na ‘CNN’.

Após mais de 25 anos no ar nos Estados Unidos, o programa “Larry King Live” chegou ao fim nesta quinta-feira (16), celebrado por várias estrelas, entre elas o presidente americano, Barack Obama, e o ex-presidente do país, Bill Clinton.

Larry King, visivelmente emocionado e com a voz embargada, agradeceu sobretudo a seus fãs: "Quero dizer a vocês, à audiência, obrigado! E em vez de adeus, que tal um até breve?".

O apresentador reaparecerá ocasionalmente na "CNN" para apresentar reportagens especiais.


Imagem de arquivo, o apresentador Larry King recebe o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton. (Foto: Arquivo / Reuters)A última transmissão começou com uma emocionante montagem com alguns dos melhores momentos das entrevistas realizadas por King nos últimos 25 anos.

Durante o programa, co-apresentado por Ryan Seacrest e Bill Maher, foram veiculados discursos de jornalistas das principais emissoras dos EUA, como Barbara Walters, Katie Couric e Anderson Cooper, e de diversas personalidades, entre elas Donald Trump e Tony Bennett, que lhe dedicou a canção “The best is yet to come”.

Veterano apresentador Larry King pendura os suspensóriosApresentador Larry King anuncia fim de programa de TV após 25 anosParis Hilton dará primeira entrevista a Larry KingOs momentos de maior emoção, no entanto, foram proporcionados por Obama e Clinton.

“Se vai um dos grandes”, disse Obama em mensagem gravada. “Obrigado por estes 25 anos de conversas com os americanos. Dizem que só faz perguntas, mas as respostas que consegue nos surpreendem, nos informam e nos abrem os olhos. Obrigado e boa sorte”, acrescentou.

“Obrigado por todos estes anos. Você foi genial”, avaliou Clinton em discurso ao vivo.

No fim do programa, King apareceu com sua mulher e filhos. “Poucas vezes fiquei sem palavras na minha vida. Nunca imaginei que isto fosse durar tanto, nem que se transformaria no que é”, afirmou King nos momentos finais.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Como o futebol explica o mundo - Conflitos

COMO O FUTEBOL EXPLICA O MUNDO - Conflitos



O Brasil foi jogar bola no Haiti e isso não teve nada a ver com preparação para a próxima Copa. Quem estava em campo era a diplomacia. Para comprovar, basta ver a cobertura da televisão: em vez da Fifa, era a ONU que aparecia nas imagens. No lugar do centroavante, era o presidente do país que atraía a atenção dos repórteres. Não foi a primeira nem será a última vez que futebol e política se misturaram.

É por causa dessa proximidade que alguns estudiosos olham para o gramado e enxergam um retrato perfeito da sociedade. A bola está na moda entre os analistas políticos.

Se você nunca tinha pensado que 22 jogadores em campo podem resumir o mundo, deve estar com uma dúvida: por que justamente o futebol, e não o cinema ou a literatura? "A arte sempre será produto da imaginação de uma pessoa. O futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura política. É um microcosmo singular", diz o jornalista americano Franklin Foer, autor de How Soccer Explains the World ("Como o Futebol Explica o Mundo", sem tradução para o português). Não apenas singular, mas global. É o esporte mais popular do planeta. Uma fama, aliás, que tem razões pouco esportivas. "O futebol nasceu na Inglaterra numa época em que os ingleses tinham um império e viajavam por muitos países. Ferroviários levaram a bola para a América do Sul, petroleiros para o Oriente Médio", afirma Foer.

Mas não vá confundir o papel do esporte. Ele faz entender, mas não muda o mundo. "Não se trata de uma força revolucionária capaz de transformar uma nação. É apenas um enorme espelho que reflete a sociedade em que vivemos", diz Simon Kuper, autor de Football against the Enemy ("Futebol contra o Inimigo", sem versão brasileira). A bola está em jogo: nas próximas páginas, você vai ver como o futebol explica...

A Reforma rotestante
Na Escócia, quando Glasgow Rangers e Celtic se enfrentam, estão dando continuidade a uma rivalidade que começou antes de o futebol existir. Mais exatamente no século 16, quando a Reforma protestante varreu o país matando católicos. Muitos morreram. Os que sobraram passaram o tempo acalentando a fidelidade ao papa, o sonho de independência e, mais tarde, o amor ao Celtic. Do outro lado da cidade, os protestantes se aliaram à monarquia inglesa e fundaram o Rangers - em que, até 1989, católico nenhum podia entrar.

Se rivalidade pode ser medida, Rangers e Celtic fazem o clássico de maior rivalidade do mundo. O ódio mortal desafia todos os intelectuais que afirmam que a civilização aplaca a barbárie e dissemina a tolerância. Glasgow é uma cidade rica, culturalmente criativa, politicamente liberal. E mesmo assim algumas de suas figuras mais proeminentes são capazes de ir ao estádio cantar hinos como "estamos mergulhados até o joelho em seu sangue".

Católicos e protestantes se matando parece coisa da Irlanda do Norte, você deve pensar. Acontece que por lá não há mais espaço para esse tipo de convivência. O católico Belfast Celtic fechou suas portas em 1949, após uma partida em que a briga das arquibancadas chegou ao gramado e jogadores foram espancados. Com a ajuda da polícia. Pela paz da nação, deixaram o futebol de lado.

A guerra Iugusláva
Quando o juiz apitou o início de Dínamo Zagreb versus Estrela Vermelha, em 1990, começou uma guerra sangrenta. Naquele dia, a união de repúblicas que formava a Iugoslávia foi sepultada.

O visitante Estrela Vermelha vinha de Belgrado, na Sérvia, capital iugoslava. O Dínamo era de Zagreb, da separatista Croácia. E os torcedores estavam lá para protestar: o estádio se transformara num caldeirão nacionalista. Quando a briga começou, um helicóptero teve de resgatar do campo os jogadores do Estrela Vermelha. Os croatas haviam estocado pedras para o ataque. As grades que separavam as torcidas desapareceram - foram dissolvidas com ácido. Os sérvios não recuaram. Pela primeira vez em 50 anos a Iugoslávia vivia um confronto étnico. Para os que defendiam um conflito armado, era a gota d’água.

Futebol e guerra não se separariam mais. E no centro desse casamento estava o Estrela Vermelha. O chefe das torcidas organizadas era um sujeito conhecido como Arkan, que mais tarde seria apontado como um dos maiores criminosos de guerra da Iugoslávia. Arkan recrutava torcedores mais violentos para atuar como paramilitares na Bósnia - entre os atrativos, ele oferecia visitas de jogadores do Estrela Vermelha para combatentes feridos. Estima-se que esses torcedores-soldados tenham matado cerca de 2 mil pessoas. A maioria civis. Quase todos com requintes de crueldade.

O Irã
Não há solo tão fértil para o florescimento de teorias conspiratórias como o do Oriente Médio. Uma delas diz que o governo do Irã sabota a seleção de futebol. Faltam evidências para acreditar na tese. Mas que os chefes muçulmanos torcem contra, isso eles torcem. E com motivo.

A rixa começou quando o regime do xá Reza Pahlevi fez do esporte um sinônimo de modernidade. Mesquitas eram confiscadas e davam lugar a campinhos. O xá era fanático pelo Taj, de Teerã. Sua esposa, pelo rival Persépolis.

Ao tomarem o poder, em 1979, fundamentalistas tentaram cooptar o esporte, cercando o campo com placas "publicitárias" anti-Israel e Estados Unidos. Não deu certo, e o futebol tornou-se símbolo da resistência. "No estádio você pode gritar contra o regime. É o único lugar livre. Focos oposicionistas nascem lá", diz Simon Kuper. Jovens tomam a arquibancada para pedir reformas. Pior: atletas como Beckham, cabeludo, tatuado e mulherengo, vendem um estilo de vida que influencia adolescentes e assombra religiosos. Pior ainda: se a seleção vai bem, a euforia toma conta do país e faz até as mulheres exigirem participar da festa, aos gritos de "não fazemos parte desse país?". É muita subversão para um aiatolá só.

Os comunistas
Como quase tudo no mundo comunista, o futebol soviético era infestado pela burocracia. A cada clube correspondia uma parte do poder: o CSKA pertencia ao Exército, o Dínamo Moscou à KGB, o Lokomotiv, adivinhem, era dos ferroviários. Só o Spartak Moscou não era de ninguém. Quer dizer, pertencia a um louco chamado Nikolai Starostin, que por conta da ousadia de possuir um time foi defenestrado para a Sibéria.

Na ditadura soviética, torcer era um ato político. Foi nos estádios, durante jogos do Yerevan Ararat ou do Dínamo Tblisi, que países como Armênia e Geórgia começaram suas lutas pela independência. Starostin, no entanto, fundou seu time não para bajular oficiais do governo, mas para agradar fãs de futebol. A massa adorou. O governo nem tanto. Quando o Spartak foi bicampeão em 1938 e 1939, deram um jeito de condenar o cartola a dez anos no gulag stalinista - onde, ironicamente, era disputado pelos chefes dos campos para ser técnico do time. Enquanto isso, na capital, o regime iniciou seu expurgo da história. O rosto e o nome de Starostin sumiram de fotos e registros oficiais. O tratamento clássico destinado aos inimigos do comunismo.

Na Alemanha Oriental, o queridinho do governo era o Dínamo, de Berlim. Assim como grande parte dos clubes de mesmo nome na Cortina de Ferro, o Dínamo era o time da polícia secreta. Não é surpresa, portanto, que tenha ganhado dez títulos nacionais seguidos nos anos 70 e 80. "Nos regimes comunistas, todo dinheiro ia para a capital. E essa política incluía também o futebol", diz Simon Kuper. O clube vivia um paradoxo: provavelmente era ao mesmo tempo o clube mais vitorioso e o mais odiado do mundo. Quando não estava dando pitacos no time, sua diretoria se reunia na cúpula da Stasi, como era conhecida a brutal polícia secreta alemã. Sendo assim, berlinense que gostava de futebol odiava o Dínamo e sonhava em reencontrar o Hertha Berlim, o time que ficara do lado ocidental da cidade quando o muro foi erguido. No primeiro jogo após a unificação da Alemanha, o estádio do Hertha recebeu 59 mil torcedores - num jogo da segunda divisão. Então os alto-falantes agradeceram a presença do corpo de diretores do Dínamo Berli. Houve revolta nas arquibancadas. No jogo seguinte, o público pagante não passou de 16 mil pessoas.

Collor e Lazzaroni
O técnico Sebastião Lazzaroni e o presidente Fernando Collor têm em comum mais do que terem sido escorraçados de seus cargos. Talvez você tenha esquecido, mas o Brasil foi eliminado da Copa sob a tutela de Lazzaroni, em 1990. Mesmo ano em que Collor assumiu a Presidência. Além de contemporâneos, eles foram ícones de uma onda que varreu o país na virada da década: a febre dos importados.

Era uma fase em que idolatrávamos o que vinha de fora - a solução dos problemas estava no exterior. Convenhamos que motivos existiam: com o mercado fechado aos importados, a indústria estava obsoleta e pouco competitiva. A seleção, por sua vez, completava 20 anos de murros em ponta de faca. Tudo que o estilo "futebol-arte" nos rendera tinha sido uma coleção de frustrações em Copas.

Collor e Lazzaroni bancaram o risco. Enquanto o presidente prometia revolucionar a economia com tecnologia estrangeira, o treinador se inspirou numa tática européia, colocou um líbero em campo e a seleção jogou na retranca. "Essa modernização pretendia transformar o Brasil numa espécie de Alemanha", escreveu Kuper. Não foi à toa que o treinador virou motivo de chacota. Economia germânica era um belo objetivo. Mas espelhar-se no futebol alemão não dá para desculpar.

Hooligans e a globalização
Os leitores mais antigos deverão se lembrar do Chelsea como o clube da torcida mais violenta do mundo. Seus seguidores eram os hooligans dos hooligans - tatuados, bêbados e brigões. Para os mais jovens, o Chelsea é um clube moderninho. O primeiro a escalar 11 gringos num jogo do campeonato inglês. E o primeiro a ter como dono um russo magnata do petróleo. "Mais que qualquer outro clube no mundo, o Chelsea foi transformado pela globalização", diz Franklin Foer.

O problema é que os antigos hooligans parecem perdidos nesse novo mundo de mauricinhos. Ok, estão felizes com o time disputando títulos. Mas vivem protestando com saudades dos "bons e velhos tempos". E, ironia, fazem isso no melhor estilo da economia de mercado: ao redor do estádio surgiu uma indústria de relíquias dos dias "em que o futebol inglês era jogado por ingleses, os torcedores eram iguais e os ingressos eram baratos". Só esquecem que naquela época o time estava na segunda divisão e falido. "Mitificar o passado, mesmo quando ele merece ser esquecido, é típico da globalização", diz Foer. Não é fácil a vida de um hooligan decadente: quanto mais eles rezam, mais vêem globalização.

Madri e Barcerlona
Endereço do Real Madrid: avenida Castellana, mais conhecida como antiga avenida Generalíssimo Franco. Pronto. Para os torcedores do Barcelona, a polêmica acaba aí: está provado que o Real é, foi e sempre será o time do poder. Tanto que construiu seu estádio na rua que homenageia o maior ditador espanhol. E a conseqüência é óbvia: seu principal rival no futebol, o Barcelona, é, foi e sempre será vítima do poder.

Madri é o centro do governo. Barcelona, capital da Catalunha, uma eterna rebelde reivindicando autonomia. A bola não poderia ficar fora da disputa. Oprimidos pela ditadura franquista, que proibiu o uso do idioma e dos símbolos "nacionais", os catalães fizeram do time do Barcelona seu partido político. O fanatismo do próprio Franco pelo Real só ajudou a acirrar os ânimos.

A briga é digna de Atenas versus Esparta. Catalães gostam de se enxergar como cosmopolitas, industriais e amantes da cultura - de lá saíram artistas como Gaudí e Miró. E descrevem seus rivais como um bando de tacanhos e rurais. Para eles, o reflexo dessas diferenças está no gramado. O Real tem futebol burocrático; o Barça, com holandeses e brasileiros no elenco, joga alegre.

Os pigmeus e o fim do apartheid
O futebol era o esporte mais popular entre os negros da África do Sul. Mas, como tudo que acontecia durante o apartheid, os brancos preferiam ter um campeonato só deles - mesmo sendo muito mais pernetas. No gramado, nas arquibancadas, nos clubes sul-africanos, todos tinham a mesma cor de pele.

A preferência monocromática começou a mudar em 1977, quando Saul Sacks, presidente do time de brancos Arcadia Shepherds, resolveu escalar o negro Vincent Julius no ataque do time. Foi uma surpresa - o presidente da federação só ficou sabendo do plano meia hora antes da estréia. Vinte minutos mais tarde, Sacks entrou no vestiário. "Este é Vincent Julius. Ele vai jogar de centroavante hoje", anunciou aos atletas. Prometia ser um baita escândalo. Não foi. Sacks, meio sem querer, havia captado uma nova atmosfera no país. E ouviu do ministro dos Esportes um conselho que parecia impensável. "Una-se aos negros. É esse o futuro do país."

Não foi a única vez que o futebol refletiu o início de mudanças naquela sociedade. Na década de 80, quando a lei ainda separava a população pela cor da pele, já existia uma liga de futebol mista. E, quando o apartheid acabou, a nova seleção, formada por brancos e negros, passou ser o reflexo da unificação do país. "O futebol virou o símbolo de uma África do Sul em que toda a população estava novamente reunida", diz Simon Kuper.
Ainda na África: Roger Milla, o camaronês que brilhou na Copa de 1990 (aquela em que Camarões venceu a Argentina na inesquecível abertura do torneio), era um jogador fracassado que foi convocado para a seleção graças a sua amizade com o presidente do país. Após a competição, ele encerrou a carreira e virou um fracassado com emprego público. Uma de suas principais iniciativas foi organizar um torneio de futebol entre pigmeus para "levantar recurso para saúde e educação". Quando chegaram à capital, os pigmeus foram aprisionados e mal alimentados. "Eles jogam melhor se comerem pouco", explicou um dos responsáveis pelo torneio. Bilheteria do jogo: 50 ingressos vendidos. E o público passou a maior parte do tempo xingando os pigmeus.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Casa Branca entra em sites de relacionamento

04/05/09 - 08h41 - Atualizado em 04/05/09 - 09h44

Casa Branca entra em sites de relacionamento social
Governo dos EUA abre perfis no Facebook, Twitter e MySpace; Flickr traz fotos da famíla Obama.

A equipe de comunicações do presidente americano, Barack Obama, criou perfis da Casa Branca nos sites de relacionamento Facebook, MySpace e Twitter, como forma de permitir um contato mais próximo com os eleitores.

A iniciativa segue a estratégia de aproveitar ao máximo a internet como fator de promoção e divulgação, testada pela equipe de Obama durante a última campanha eleitoral no país.

Em seu comunicado semanal, o presidente Obama disse que a Casa Branca não pode enfrentar os desafios atuais com "ideias antiquadas e velhos hábitos", e defendeu reformas para que seu governo "seja mais eficiente, transparente e criativo".

Obama ainda prometeu "ir além das salas do governo" para engajar o público.

Os primeiros comunicados nos sites de relacionamento foram sobre informações e orientações sobre o vírus H1N1, da gripe suína.

Na sexta-feira (1º), a Casa Branca entrou no ar nos sites de relacionamentos, depois de ter lançado, no início da semana, uma página no Flickr, com fotos oficiais de Obama, da família e momentos "de intimidade" do presidente.

A Casa Branca também mantém um blog, e Obama foi o primeiro presidente americano autorizado a usar uma conta pessoal de e-mail.

"A tecnologia teve um profundo impacto sobre como - e onde - consumimos informação e nos comunicamos uns com os outros", diz o site da Casa Branca, afirmando que a página é apenas um dos modos usados pelo governo para se comunicar com o público de forma rápida e eficiente.

O perfil da Casa Branca já tem mais de 48 mil fãs no Facebook e mais de 61 mil membros em sua página no Twitter.




PUBLICADOS BRASIL NO ORKUT

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