Mostrando postagens com marcador Foca. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Foca. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O fim do sossego - Foca monge do Caribe

O FIM DO SOSSEGO - Foca monge do Caribe



Durante 15 milhões de anos, a foca-monge viveu com tranqüilidade nas águas tropicais do mar do Caribe. Até que, no século 15, os primeiros navegadores europeus chegaram ao Novo Mundo. Em pouco mais de 400 anos, o Monachus tropicalis foi exterminado por pescadores e caçadores, desaparecendo de vez do planeta em 1952. A descrição do pacato animal marinho - o primeiro grande mamífero avistado no continente americano - foi feita pela tripulação de Cristóvão Colombo, em 1494. Quando o líder da expedição mandou matar oito focas-monges para alimentar os marinheiros, sem perceber, estava abrindo o caminho para a extinção da espécie. Nos séculos seguintes, centenas de focas foram mortas pelos colonizadores europeus, que usavam a gordura como combustível, e pela indústria pesqueira, que considerava o bicho um competidor. Colecionadores também dizimaram várias focas-monges-do-caribe, em busca de peles para os seus museus.
Em 1707, o historiador irlandês Hans Sloan descreveu esse mamífero como um animal de fácil aproximação e não-agressivo. Como as ilhas no Caribe estavam superpovoadas pelas focas-monges, os pescadores não tinham dificuldade em matá-las. Assim, no final do século 19, o bicho já era uma raridade. O último exemplar vivo foi observado em Seranilla Bank, um arquipélago de pequenas ilhas de corais entre a Jamaica e Honduras. Em 1996, a foca-monge-do-caribe foi declarada oficialmente extinta.
Não houve tempo de estudar os hábitos desses mamíferos. Sabe-se que os machos mediam de 2,1 a 2,4 metros e as fêmeas eram ligeiramente menores. Os adultos tinham a pele das costas marrom, com alguns tons de cinza, e a barriga e o focinho amarelados. As poucas observações feitas pelo homem sugerem um animal sociável, pois ele raramente apresentava sinais ou feridas de luta, além de ser visto normalmente em grupos de 20 a 40 indivíduos, muitas vezes amontoados uns sobre os outros. Há registros de grupos compostos de até 100 indivíduos.
As focas mais jovens costumavam descansar em piscinas naturais de água, provavelmente para regular a temperatura do corpo. Ao perceberem a aproximação humana, elas reagiam com um som similar a um rosnado ou latido de cão. Apesar de ainda existirem duas subespécies sobreviventes, uma no Mediterrâneo e outra no Havaí, os parentes mais próximos da foca-monge-do-caribe são as focas da Antártica. De que forma a família se espalhou do Pólo Sul para os trópicos continua um mistério.

Foca-Monge-do-Caribe
Nome científico: Monachus tropicalis
Ano da extinção: 1996
Habitat: Mar do Caribe

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Foca mais antiga era bicho terrestre

23/04/09 - 06h00 - Atualizado em 23/04/09 - 09h48

Foca mais antiga era bicho terrestre, indica fóssil achado no Canadá
Animal com 1,1 m viveu no Ártico há mais de 20 milhões de anos.
Hábitos provavelmente eram parecidos com os das lontras atuais.

É mais um daqueles fósseis que todo estudioso da evolução pediu a Deus: uma foca com uns 20 milhões de anos que não tem nadadeiras, mas patas. Com pouco mais de 1 m de comprimento, a Puijila darwini vivia onde hoje é a localidade de Nunavut, no Ártico canadense, e é o mais primitivo membro de seu grupo de mamíferos, trazendo pistas importantes sobre a origem das focas.




Reconstituição artística mostra como o bicho nadava (Foto: Stefan Thompson/Divulgação)
O bicho foi descrito por Natalia Rybczynski, do Museu Canadense de Natureza, e mais dois colegas. O pequeno carnívoro (cujo nome de espécie homenageia o naturalista Charles Darwin e cujo nome de gênero, Puijila, quer dizer "pequeno mamífero marinho" na língua indígena inuktikut) possuía uma cauda comprida e proporções corporais semelhantes às atuais lontras, afirma a equipe em artigo na edição desta semana da revista científica britânica "Nature".




Reconstrução em 3D do esqueleto da criatura (Foto: Alex Tirabasso/Canadian Museum of Nature)As proporções dos membros e dedos indicam que, também como as lontras, ela possuía membranas nas patinhas. O bicho provavelmente explorava ambientes fluviais, nadando com movimentos de remo que combinavam os membros dianteiros e os traseiros.




O animal em seu habitat, segundo concepção artística (Foto: Mark A. Klingler/Carnegie Museum of Natural History)
Segundo os paleontólogos, a descoberta indica que os ancestrais das modernas focas podem ter surgido no atual Ártico, a partir de um grupo de mamíferos terrestres cujos parentes mais próximos são os tataravós dos modernos ursos.


PUBLICADOS BRASIL NO ORKUT

Documentarios para DOWNLOAD

DISCO VIRTUAL