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sábado, 8 de fevereiro de 2025

Anunciada a chegada de um dispositivo de IA capaz de 'ler a mente' do usuário

Anunciada a chegada de um dispositivo de IA capaz de 'ler a mente' do usuário

O dispositivo deve ser lançado ainda este ano e funciona como um assistente pessoal em comunicação permanente com o usuário.

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Material encontrado por cientistas em meteorito de 50 mil anos pode revolucionar a eletrônica

Material encontrado por cientistas em meteorito de 50 mil anos pode revolucionar a eletrônica

Estrutura jamais vista tem potencial para ser usada em dispositivos de carga ultrarrápida.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

'Cérebro Ciborgue' criado com neurônios humanos aprende a jogar videogame

'Cérebro Ciborgue' criado com neurônios humanos aprende a jogar videogame

Vivendo na Matrix: células cerebrais foram conectadas a uma realidade simulada.

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Em trinta anos o peso de "computador portátil" foi de 13 kg a 1 kg - Acompanhe a evolução

Em trinta anos o peso de "computador portátil" foi de 13 kg a 1 kg - Acompanhe a evolução


Os computadores portáteis começaram a ser vendidos há cerca de 30 anos. 

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

50 coisas sobre Eletrônica e Eletricidade


50 coisas sobre Eletrônica e Eletricidade



Toma aí 50 coisas, fatos, curiosidades e dicas sobre eletrônica e eletricidade [1]. 

sábado, 5 de agosto de 2017

Eletrônica - State Of Art


Eletrônica - State Of Art



A eletrônica (português brasileiro) ou eletrónica (português europeu) é a ciência que estuda a forma de controlar a energia elétrica por meios elétricos nos quais os elétrons têm papel fundamental.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Transistores de carbono superam os de silício pela primeira vez


Transistores de carbono superam os de silício pela primeira vez


Pela primeira vez, cientistas conseguiram criar transistores usando nanotubos de carbono que tiveram melhor performance que os transistores de silício. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Nariz x Nariz - Olfato


Nariz x Nariz - Olfato


Focinhos de bolso por apenas 1 dólar
Imagine-se tirando do bolso um aparelho do tamanho de uma pilha antes de provar um vinho ou na hora de comprar pó de café no supermercado. Pois é esse o plano de um animado grupo de cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia, o Caltech, nos Estados Unidos: criar pequenos narizes eletrônicos que você poderia levar para qualquer canto. "E nem custariam caro", adianta o chefe do time de pesquisadores, o químico americano Nathan Lewis. "Calculo que esses dispositivos poderiam ser produzidos por apenas 1 dólar." 

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Quem teria sido o confidente de Tesla ? Veja as 7 amizades mais incomuns da história


Quem teria sido o confidente de Tesla ? Veja as 7 amizades mais incomuns da história


Segundo um ditado popular, os opostos se atraem, e ele se mostra verdadeiro até em alguns relacionamentos famosos do passado. Muitas das maiores amizades da história foram constituídas por indivíduos de diferentes bases sociais, filosofias políticas e crenças. Alguns deles foram obrigados a encontrar um ponto em comum diante da adversidade, porém outros criaram vínculos não só a despeito das diferenças, mas também por causa delas. Saiba mais sobre as circunstâncias extraordinárias de sete das amizades mais improváveis da história. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Top 10 caças mais caros do mundo


Top 10 caças mais caros do mundo


Nesta seleção estão os 10 caças mais caros do mundo em serviço atualmente. Esses caças no topo da lista, evidentemente, são os mais novos caças de quinta geração, cujo a tecnologia do radar não é barata. E em um ano, quem sabe, a seleção possa estar bastante diferente à medida que novos competidores se destacam em relação aos mais caros caças pelo mundo inteiro.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Novos chips da Intel não conseguem acompanhar a Lei de Moore


Novos chips da Intel não conseguem acompanhar a Lei de Moore


A Lei de Moore é um dos pináculos da tecnologia moderna e tem ditado o ritmo de inovação da indústria desde os anos 1960, mas parece ter finalmente chegado a um limite. Quem reconhece isso (de forma silenciosa, é verdade) é a Intel, que não conseguiu mais seguir seu calendário ao anunciar que sua próxima geração de processadores continuará usando o processo de 14 nanômetros.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Dell anuncia a maior aquisição da história da tecnologia


Dell anuncia a maior aquisição da história da tecnologia



A Dell acaba de anunciar a aquisição da EMC, empresa de armazenamento de dados. O negócio foi oficializado nesta segunda-feira,12, por US$ 67 bilhões, e deve combinar o domínio da EMC no mercado de armazenamento com a participação da compradora na área de dispositivos.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

10 Calculadoras online para ajudar nos cálculos de Engenharia Elétrica e Eletrônica


10 Calculadoras online para ajudar nos cálculos de Engenharia Elétrica e Eletrônica


Devido ao grande número de acesso aos artigos sobre eletrotécnica, reuni aqui 10 calculadoras da web para ajudar nos cálculos de Engenharia Elétrica e Eletrônica, já que entre as engenharias, estas são as que mais exigem cálculos. E nada melhor do que termos disponível ferramentas e recursos que facilitem nosso trabalho para dinamização do nosso projeto e provas. Espero que esta dica seja útil pra vocês, amigos dos elétrons e da Electra...

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A Inteligência do Chip - Informática

A INTELIGÊNCIA DO CHIP - Informática


A inteligência artificial ainda não fez surgir máquinas que pensam como gente, mas criou programas que imitam aspectos do raciocínio humano e resolvem problemas com eficiência.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Movidos a computador - Tecnologia


MOVIDOS A COMPUTADOR - Tecnologia



A informática é hoje tão importante num carro de Fórmula 1 quanto a gasolina - sem elas, o carro não anda, ou se arrasta pela pista. Dos pneus ao santantônio, qualquer acerto mecânico ou aerodinâmico passa pela eletrônica

O carro rasga a reta a mais de 300 quilômetros por hora, levantando poeira e torcida na arquibancada. De repense, na entrada da curva, começa a perder velocidade, e vai cada vez mais lento até encostar de vez junto ao guard-rail, abrindo passagem para seus adversários. A torcida, espantada, não entende nada, pois o piloto liderava a prova desde a largada, tudo parecia perfeito. Dentro do boxe da equipe, porém, a má notícia não foi uma surpresa. Desde algumas voltas atrás, os engenheiros responsáveis pelo bom funcionamento do bólido haviam detectado um superaquecimento no motor, e sabiam que a água que deveria refrigerá-lo, vinda do radiador, estava quente demais.Essa cena é hipotética, é claro-mas foi mais ou menos o que aconteceu no boxe da McLaren, durante o Grande Prêmio de San Marino, em abril passado. Não se tratava da água, mas do óleo -e o piloto Airton Senna conseguiu chegar à vitória graças às precisas informações sobre o estado geral do carro fornecidas pelos computadores. O carro da nossa corrida imaginária, acertadinho na pista, aos olhos do público, aparecia na tela do computador como tendo sérios problemas, e tanto os engenheiros quanto o piloto estavam certos de que era quase impossível completar a prova. Esses engenheiros não são adivinhos nem têm artes com o demônio. Eles puderam denunciar o defeito do carro ao piloto, valendo-se das informações obtidas pelo sistema de telemetria e aquisição de dados. Parte do circo da Fórmula 1 desde o inicio da era dos motores turbo, em 1977, esse sistema transforma o carro em algo parecido com um paciente na UTI- entulhado de censores ligados a computadores que monitoram suas "funções vitais" e todas as outras úteis na hora de escolher a melhor regulagem."O computador mudou a Fórmula 1 para melhor", opina o jornalista italiano Franco Lini, que cobre as corridas dessa categoria desde quando ainda não estava oficializada, em 1949. "Aquilo que antes se analisava "no olho" e se ajustava manualmente é hoje feito eletronicamente, de maneira muito mais objetiva", compara. Mudar dos padrões humanos de qualidade para padrões eletrônicos significou, em uma palavra, precisão. E foi mesmo atrás dela que as equipes partiram quando os motores turbo invadiram as pistas.O motor turbo usa o gás saído do escapamento para dar pressão à mistura ar-gasolina dentro do motor, conseguindo assim mais potência. Para que funcione direito, é preciso ter um controle muito mais exato da gasolina que entra do que num motor aspirado, pois ar de mais ou de menos se traduz em perda de potência. Foi então que duas empresas, a francesa Renault e a alemã Bosch, começaram a desenvolver programas de computador para gerenciar os motores turbo, aproveitando que os equipamentos computadorizados ficavam cada vez menores. Microprocessadores pré-programados passaram então a viajar a bordo dos carros, atuando como controladores da injeção de gasolina. Como o microprocessador sabe, no meio de uma corrida, qual a quantidade de combustível que deve mandar entrar para atender às exigências do motor naquele momento?No início, a informação sobre a qualidade da mistura Ihe era fornecida por um sensor de temperatura no escapamento, que permitia distinguir misturas pobres (com muito ar) e ricas (com muita gasolina) e então fazer a correção. Esse simples sensorzinho, o Adão da eletrônica embarcada na Fórmula 1 atiçou a imaginação dos engenheiros, que vislumbraram um fabuloso futuro para seus descendentes nas pistas. "Começou-se a usar sensores de pressão no motor, depois vieram sensores na suspensão e, como isso funcionou, pensou-se em colocar atuadores para endurecer ou amolecer os amortecedores-enfim, o uso de censores cresceu como bola de neve", conta o engenheiro Octávio Guazzelli Neto, responsável por telemetria e aquisição de dados da equipe Minardi junto com o sócio Fernando Bueno de Paiva. Ajudou a esquentar essa febre uma feliz coincidência entre a necessidade de uma tecnologia e seu desenvolvimento-os carros cada vez mais leves e velozes precisavam de computadores de bordo cada vez menores e mais poderosos, e foi mesmo por essa microestrada que a informática seguiu.Dentro de um Fórmula 1 há normalmente dois computadores, um só para gerenciar o motor e o outro para receber e enviar para os boxes os dados fornecidos pelos sensores. Desenvolvido para vigiar os turbos, o computador para gerenciamento de motor continua em plena atividade nos motores aspirados hoje usados na categoria, já que os turbos foram proibidos a partir de 1989. É o computador quem decide quanto combustível vai injetar no motor para atingir a mistura ideal de ar-gasolina, como faziam os microprocessadores no início da história, só que de forma bem mais sofisticada.Em lugar da temperatura do escapamento, o computador hoje leva em conta a rotação do motor e o quanto o piloto está pisando no acelerador para controlar a abertura dos bicos injetores, recebendo informações dos sensores 100 vezes por segundo. Num banco de provas, os engenheiros já haviam estabelecido os pontos ideais de injeção-num motor que chega a 15 000 rotações por minuto há por exemplo 30 pontos, um a cada 500 giros. Durante a corrida, se o motor está num momento a 12 500 giros e o piloto pisa no acelerador com determinado ângulo, o computador junta os dados e manda os bicos injetores soltarem a quantidade de combustível exata, pelo tempo estritamente necessário (entre 0 e 5 milissegundos).Um potenciômetro colocado no cabo do acelerador informa ao computador o quanto o piloto pisou. Para medir a rotação do motor, um sensor alimentado com uma tensão elétrica é colocado lá dentro, em frente a uma peça em forma de estrela de quatro pontas, que gira junto com o motor. Cada vez que uma ponta passa pelo sensor, provoca um ruído no sinal; a quantidade de ruídos por determinado tempo resulta numa freqüência e, a partir dela, faz-se uma analogia que indica as rotações por minuto.Os outros sensores do carro funcionam pelo mesmo princípio: são alimentados com uma tensão elétrica vinda de uma bateria, modificam essa tensão conforme o objeto da medição sofre alterações e informam ao computador o quanto variou a tensão. De posse desses dados, que recebe ininterruptamente enquanto o carro roda na pista, o computador armazena-os na memória e transmite-os ao boxe, volta por volta. Isso ele faz colocando os dados numa onda de rádio, em freqüência UHF ou microondas Essa onda vai para uma antena em frente ao boxe toda vez que o carro passa por ali. Este computador não é o mesmo que gerência e vigia o funcionamento do motor. Geralmente há dois ou três em cada carro, cada um especializado em uma tarefa. Um McLaren tem vários, pois a Honda adota o método de dividir os computadores segundo sua função, cada um executando seu trabalho de forma mais especifica sob o comando de um computador central.A onda de rádio, no boxe, é transformada novamente em sinal elétrico e entra nos computadores lá instalados. É nesses aparelhos que os engenheiros analisam as informações providas pelos sensores, utilizando programas desenvolvidos especifica mente para isso. Cada equipe tem seu próprio programa, mantido longe da curiosidade dos concorrentes. "Para entendermos volts e ampères em medida de gente, fazemos uma calibração, a equivalência de medidas elétricas em quilos, milímetros, velocidade", explica Guazzelli Neto. No boxe da McLaren, os computadores têm na tela o desenho do circuito em que está acontecendo a corrida. "Colocando o cursor sobre um ponto qualquer e selecionando-o, tem-se um check-up imediato do comportamento do carro e do motor", conta o inglês Eric Silberman, relações públicas da Honda.Os sensores captam tudo o que acontece no carro em movimento: regime de motor, posição do volante, velocidade, temperatura e pressão do óleo e do combustível, temperatura e pressão ambiente, velocidade do ar, posição e carga nos amortecedores, carga na barra de suspensão (push-rod) e no próprio chassi, aceleração, temperatura da água do radiador e por aí afora. Um dos parâmetros básicos necessários para o estudo do comportamento do carro é a velocidade. Empregam-se para medi-la os chamados discos fônicos, sensores que dão picos de voltagem quando algo passa na frente deles. Um deles, fixado na roda com uma rodinha dentada que gira junto com ela, capta a passagem de cada dentinho, criando uma freqüência calibrada para um equivalente em quilômetros por hora. Saber a velocidade exata em cada ponto do circuito é fundamental-como a trajetória cumprida pelo piloto é quase sempre a mesma saber se houve perda de velocidade em curvas ou retas pode explicar voltas ruins. Outro sensor importante é o potenciômetro, usado no cabo do acelerador e nos amortecedores.Os potenciômetros parecem resistências de chuveiro em miniatura. Têm uma bobina com várias espiras, por onde passa corrente elétrica, e uma cabeça de leitura que caminha em contato com as espiras. Quando é colocada dentro do conjunto mola-amortecedor do carro, a cabeça de leitura vai se mover pelas espiras conforme o amortecedor se movimentar, absorvendo os solavancos que o carro sofre. A variação de voltagem provocada pelo andar da cabeça de leitura é calibrada para apresentar a equivalência em milímetros, e assim tem-se o comportamento do carro ao longo do circuito-e, importante, vê-se como funciona de verdade, um carro que era maravilhoso quando ainda não havia saído do projeto.Por um princípio semelhante ao potenciômetro funcionam os strain gages, microrresistências que são coladas em algumas peças para medir seu deslocamento quando submetidas a esforço. São muito usados nos push-rods, as barras que ligam as rodas aos amortecedores. Quando as barras sofrem tração, deformam-se em escalas invisíveis, mas os pequenos strain gages deformam junto. Essa deformação muda sua resistência, dá diferença de saída no sinal elétrico e tem-se ao fim a carga em quilos que cada barra está sofrendo. Por meio de uma série de cálculos, os engenheiros chegam à carga aerodinâmica ou a pressão que o ar está exercendo no carro em função de sua aerodinâmica. Isso permite saber se os testes em túnel de vento correspondem à realidade, ou seja, se o ar está empurrando aquele carro para baixo tanto quanto foi previsto. Esse número é que vai dizer também se as mudanças nos spoilers, para conseguir mais ou menos asa (maior ou menor pressão), surtem efeito no carro em movimento.Tantos dados e números servem não apenas para acertar o carro para a corrida do próximo domingo, mas criam um banco de informações que realimentam o próprio projeto inicial. Já é possível prever, em linhas gerais, como um carro vai se comportar em determinado circuito, quando os computadores são alimentados com as informações sobre os acertos executados nele Sonha-se, porém, com um programa sofisticado a tal ponto que o computador não só simularia como o carro andaria na pista, mas poderia calcular quais os acertos ideais-quantas libras nas molas da suspensão, quantos graus de inclinação nos spoilers...Nem por isso o carro andaria tão bem com um piloto ou com um barbeiro qualquer ao volante. "Com telemetria e aquisição de dados tenta-se regular o carro do melhor jeito possível para o piloto", diz Octávio Guazzelli Neto. Assim, sem se preocupar em transmitir informações a respeito do carro, ele fica liberado para fazer o que mais sabe -guiar no limite. 


sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Micromundo dos Chips - Eletrônica

O MICROMUNDO DOS CHIPS - Eletrônica



Milimétricos condutores de energia são a alma da eletrônica e um dos motores do mundo moderno. Do quartzo ao circuito integrado, sua fabricação exige até trinta etapas, além de extremos cuidados.

São peças dignas de ser apreciadas pelo microscópio: as menores têm 0,3 milímetro de espessura e as maiores medem 0,5 milímetro. As áreas nunca excedem 1 centímetro quadrado. Apesar de tão minúsculas, têm embutidos milhões de transistores por onde se movimentam sem parar sinais elétricos-como carros trafegando em alta velocidade pelas ruas e avenidas de uma cidade bem planejada. Esses ínfimos circuitos incrustados nos faladíssimos chips chegam a medir 1,5 mícron-1,5 milésimo de milímetro-, ou seja, são cinqüenta vezes mais finos do que um fio de cabelo. No entanto, guardam milhões de informações-os chips utilizados nos supercomputadores IBM 3090, por bits. (O bit é a menor unidade de informação de um computador.)
Nas últimas três décadas, o chip - palavra que em inglês significa lasca, fatia ou pedaço - tornou-se a ferramenta mais preciosa da indústria eletroeletrônica mundial. E um pequeno retângulo feito de silício-substância a meio caminho entre os condutores de eletricidade, como os metais, e os isolantes, como a cerâmica usada nas linhas de alta tensão. Por isso é chamado semicondutor. O irrisório tamanho do chip é muito bem aproveitado: ali coabitam componentes de nomes exóticos, como resistores, capacitores, diodos e até os conhecidos transistores. Todos eles, quando conectados entre si, podem provocar resistência, armazenar, amplificar ou interromper a corrente elétrica. Essas possibilidades, devidamente combinadas e traduzidas em números, são a chave de qualquer sistema eletrônico moderno.
Se os chips não fossem capazes de armazenar tantos componentes num espaço tão limitado, não haveria supercomputadores, satélites de comunicação, naves espaciais nem mísseis de guerra. Aliás, não é preciso ir tão longe. Os chips estão presentes nos televisores, equipamentos de som, telefones, calculadoras, relógios, brinquedos e eletrodomésticos. Eles fazem parte de tudo o que se fabrica com um componente eletrônico em seu bojo, seja um autorama ou um liquidificador, o mecanismo de partida de um carro ou as caixas registradoras de um supermercado.
A carreira dessa micropeça é recente, mas meteórica. No final da década de 50, os engenheiros já sabiam que uma onda eletromagnética, produzida por circuitos elétricos poderia transportar milhares de informações através do espaço em poucos segundos. Teoricamente, as possibilidades eram ilimitadas. Naquela época, os transistores feitos de material semicondutor como o silício já tinham substituído as válvulas nos computadores mais rápidos. Mas o que na teoria funcionava perfeitamente, na prática dava errado. Como num jogo de armar, os transistores tinham de ser soldados quase manualmente aos outros componentes de um circuito eletrônico. Em casos mais complexos, podia-se obter até 1 milhão de conexões. Assim, embora já houvesse projetos de supercomputadores, eles esbarravam nesse problema: a tirania do número de conexões que crescia assustadoramente com a complexidade dos circuitos.
Foi quando, em 1958, um engenheiro da Texas Instruments, Jack Kilby, na época com 34 anos, descobriu uma maneira de juntar todos os componentes do circuito numa única pastilha de silício. Em vez de usar circuitos soldados um a um, Kilby percebeu que a adição de determinadas "impurezas", como fósforo ou boro, numa barra de silício altamente purificado afetaria a mobilidade dos elétrons. Se essas impurezas fossem colocadas em camadas, como num sanduíche, seria possível comprimir todos os componentes de um circuito integrado num único bloco de silício semicondutor. A tendência, com o tempo, foi manter a área do chip e diminuir o tamanho dos componentes, que, empilhados em dez camadas de material, podem medir 10 milionésimos de milímetro cada uma.
Mas, em 1958, não era apenas a Texas Instruments, empresa famosa por ter fabricado os primeiros rádios transistores, que estava interessada em circuitos integrados de silício. Outra companhia, a Fairchild Semiconductor, instalada num vale ao sul da baia de São Francisco, na Califórnia, então uma aprazível área agrícola, também fazia pesquisas semelhantes. Um de seus diretores, o físico Robert Noyce, então com 31 anos, tivera a mesma idéia de Kilby, com a diferença de alguns meses. Entre o tempo que durou a pesquisa e o aparecimento das primeiras peças, já na década de 60, Kilby e Noyce repartiram as honras de serem os inventores dos chips. O local onde funcionava a Fairchild acabaria invadido por gigantes da microeletrônica, tornando-se conhecido como Vale do Silício.
O nome pegou. Outras regiões dos Estados Unidos foram batizadas de Floresta do Silício, Pradaria da Silício, Colinas do Silício e assim por diante. O primeiro chip fabricado em 1958 tinha cinco peças fundidas numa barra de 1,5 centímetro quadrado-hoje, os chips podem ter até 5 milhões de componentes. Em trinta anos, eles diminuíram dez vezes de tamanho e multiplicaram por 1 milhão a capacidade. Isso não aconteceu por acaso.
Como subproduto do projeto espacial americano que levaria o homem à Lua, a microeletrônica foi premiada com grandes investimentos para pesquisa. Mas, nos últimos anos, com a disseminação do uso dos chips, o custo e, portanto, a competitividade das indústrias passou a fazer toda a diferença-e os japoneses tomaram a dianteira no ramo.
Nos próximos dois anos, eles prometem fabricar circuitos de 18 milhões de componentes e até o ano 2000, de 500 milhões-tudo isso no mesmo espaço minúsculo de 1 centímetro quadrado. Então, os supercomputadores já estarão superados, tendo cedido a vez aos chamados ultracomputadores. Se imaginar esses chips do futuro próximo já é difícil, que dirá construí-los. No mundo miniaturizado dos circuitos integrados, um simples grão de poeira pode adquirir as proporções de uma avalanche sobre uma rodovia movimentada. Não é de admirar, portanto, que instrumentos tão delicados exijam uma associação de paciência, capital e cérebro em níveis difíceis de serem igualados em qualquer outra atividade industrial.
Algumas universidades brasileiras já se atrevem a fazer o ciclo completo da fabricação do chip-um processo que envolve mais de trinta etapas-, mas isso não acontece ainda na indústria nacional. "Uma coisa é fazer a experiência em nível de pesquisa avançada", explica o engenheiro Armando Laganá, da Escola Politécnica da USP. "Outra coisa muito diferente é manter a competitividade industrial." Antes de pensar na fabricação dos chips, as empresas microeletrônicas devem conseguir silício puro, ou seja, tão limpo que entre 1 bilhão de átomos não haja mais do que uma dúzia de impurezas.
O Brasil possui uma das maiores jazidas de quartzo do mundo, mineral de onde é retirado o silício. Mas entre o quartzo-encontrado até no cascalho à beira dos rios do sul de Minas - e o silício monocristalino dos chips vai uma grande diferença. O quartzo é transformado em silício metálico, depois purificado até tornar-se cristal-mas ainda não está pronto para ser trabalhado. Esse cristal de silício deve ter todos os átomos em seus devidos lugares para que não haja nenhuma imperfeição no material e para que a corrente elétrica que circula pelo chip não sofra alterações. Portanto, ele é fundido em torno de uma "semente", ou núcleo monocristalino, sobre o qual vão se depositando, já então corretamente ordenados os átomos de silício. Formam-se assim os tarugos-"salames", de 1,50 metro de altura, fatiados por uma serra de diamante.
As bolachas, ou wafers, como são chamadas em inglês as finíssimas fatias de silício de 3 polegadas de diâmetro, são lapidadas ou polidas como barras de aço de uma usina siderúrgica. Essas lâminas são então divididas em centenas de chips, cujos circuitos, numa etapa posterior, serão gravados segundo um método semelhante ao da fotografia. Na curta história dos chips, esses circuitos já foram feitos a mão, embora atualmente sejam usados computadores gráficos. Curiosamente, são esses computadores que vão desenhar as memórias de outros computadores iguais a eles. Para que os circuitos sejam gravados na chapa de silício, ela é aquecida à temperatura de 1 200 graus centígrados, até que se forme uma finíssima camada protetora de óxido, com uma grande resistência elétrica. Em seguida, se cobre o wafer com material fotográfico, sobre o qual se colocam as máscaras- que se parecem às antigas chapas de vidro usadas em fotografia-onde os circuitos foram fotografados.
Ao submeter o conjunto a radiação ultravioleta, as áreas ocultas pelas máscaras ficam intactas, enquanto a luz atinge o material fotográfico, que se dissolve, deixando livre a camada de óxido de silício. Esse processo é repetido várias vezes, de acordo com o número de máscaras que forem necessárias. Em seguida, pode começar o processo de dopagem, como dizem os engenheiros. O método é o mesmo usado na gravação das máscaras, mas neste caso as áreas livres são bombardeadas ou dopadas com boro, fósforo ou arsênio, as chamadas "impurezas" que vão permitir a condutividade elétrica.
Depois, é preciso cobrir os chips com condutores de alumínio. Numa fábrica onde são feitos todo ano milhões de chips, esses processos ocorrem em salas onde o ar é mais limpo do que nos centros cirúrgicos dos hospitais. As pessoas ali só trabalham de uniformes imaculadamente brancos, com os pés, cabelos e mãos protegidos, pois a poeira trazida por elas pode prejudicar dezenas de chips incrustados numa lâmina.
No futuro, prevê-se que os chips serão confeccionados com materiais supercondutores que, por não oferecerem resistência à eletricidade, podem transmitir sinais ainda mais velozes do que se sonha com os circuitos atuais. Aliás, a preocupação dos fabricantes é conseguir chips que processem informações cada vez mais rapidamente. Para isso, já está sendo usado o arseneto de gálio como material semicondutor. O arseneto conduz elétrons até seis vezes mais depressa do que o silício, além de operar em temperaturas mais elevadas, reduzindo a necessidade de resfriar os computadores e outros sistemas eletrônicos. Como é muito caro, só é utilizado em pesquisas, como as que se desenvolvem na Unicamp, ou em supercomputadores militares americanos ou ainda na fabricação de circuitos para comunicações por microondas.
Independente do material de que são feitos -silício ou arseneto de gálio-, no final de todas as etapas de fabricação os chips ainda estão ligados às centenas num único wafer. Esse wafer então é serrado e os chips, enfim libertos, são soldados aos seus suportes mecânicos, os chamados lead-frames. É um trabalho que no Brasil ainda é mecânico na sua maior parte, além de ser executado. quase só por mulheres. São operárias que vão manusear, interligar, soldar os chips e depois implantar minúsculos fios de ouro que os manterão presos aos equipamentos eletrônicos. Encapsulado num invólucro de epóxi, o chip deixa de ter esse nome. Daí em diante, o retângulo milimétrico de silício passa a ser conhecido como circuito integrado.

O circuito brasileiro

A indústria micro eletrônica nacional tem prazo de dois anos para dominar o ciclo completo da fabricação do chip, conforme compromisso assumido com o Conin (Conselho Nacional de Informática e Automação). O objetivo é dominar a tecnologia tanto nos circuitos digitais, aqueles dos computadores, que lidam com memória, como a dos analógicos ou lineares, que processam dados contínuos, como nos televisores. Qualquer que seja o circuito, a base dos chips é sempre a mesma. Só muda a tecnologia, que permite que um número menor ou maior de componentes seja colocado num único chip.
A SID Microeletrônica, subsidiária da Sharp, com sede em Contagem, a 10 quilômetros de Belo Horizonte, é uma das três empresas brasileiras do setor mais avançadas em termos de tecnologia de chips. Mesmo assim, por enquanto, ela só trabalha com circuitos lineares. "No ano que vem", prevê seu diretor industrial, o engenheiro Wilson Leal, "começamos a fabricar circuitos para memórias." As outras duas empresas, Itautec Componentes e Elebra, desenham circuitos e realizam o estágio final de produção do chip-teste, montagem e encapsulamento. O restante é realizado por indústrias estrangeiras.
Só falta ao Brasil dominar duas etapas do ciclo de produção: a purificação do silício, do qual se obtém o cristal cilíndrico, e a elaboração de máscaras, que se segue ao projeto dos circuitos. Embora não seja capaz de transformar o silício metálico em policristal, a empresa paulista Heliodinâmica, especializada em células solares, fabrica o silício sob a forma de cristal puro. O CTI-Centro Tecnológico de Informática -, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que faz pesquisas em informática, se comprometeu a fazer ainda este ano as máscaras dos chips nacionais.

Imitação de cérebro

No futuro, os chips poderão ser feitos de organismos vivos, tornando- se bem mais parecidos com o cérebro humano do que as atuais microplaquetas de silício. Pelo menos desde 1974, pesquisadores americanos procuram desenvolver chips que copiem a maneira como os neurônios humanos processam uma colossal quantidade de informações. De acordo com esse modelo, os transistores seriam equivalentes às sinapses-ligações entre as células nervosas por onde se transmitem os impulsos. Mas enquanto os primeiros só permitem dois estados-ligado e desligado -, as sinapses têm uma enorme variedade de estados intermediários, que fazem com que as células nervosas tanto sirvam de memória como processem informações de maneira simultânea.
Outro motivo pelo qual os cientistas procuram substituir o silício por matéria orgânica é que o número de componentes existentes num circuito convencional está atingindo seu limite. Para substituir os transistores, pesquisadores da IBM americana, por exemplo, usaram moléculas orgânicas com cargas positiva e negativa. A montagem da experiência foi semelhante à dos circuitos integrados tradicionais, ou seja, foram usadas duas camadas separadas por um isolante, prensadas entre placas metálicas. No Japão, demonstrou-se que uma proteína extraída do coração do cavalo se comporta como material semicondutor.
Em outra pesquisa, dessa vez na Universidade da Califórnia, uma equipe de cientistas se propôs a produzir chips a partir de grandes moléculas de carbono, que possuem propriedades elétricas semelhantes às do silício. Essas moléculas seriam sintetizadas pela Escherichia coli, uma bactéria do intestino normalmente usada em engenharia genética. Os resultados dessa pesquisa vão demorar pelo menos vinte anos. De seu lado, pesquisadores da AT&T Bell Laboratories anunciaram recentemente, num seminário no Canadá, terem desenvolvido chips que imitam o cérebro humano, funcionando como neurônios eletrônicos. Esses chips de 7 milímetros quadrados de área teriam 75 mil transistores, o que equivale à memória de um micro tipo Apple. A idéia é usar esses chips como censores que reconstruiriam funções nervosas lesionadas.