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quinta-feira, 25 de abril de 2019

Muitas estátuas do Antigo Egito ficaram sem nariz por um motivo curioso

Muitas estátuas do Antigo Egito ficaram sem nariz por um motivo curioso



Várias estátuas do Antigo Egito sobreviveram à passagem do tempo e continuam praticamente intactas depois de milênios. 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Você sabe qual é a diferença entre espírito e alma?


Você sabe qual é a diferença entre espírito e alma?


Você já parou para pensar sobre se existe alguma diferença entre espírito e alma? É comum vermos essas palavras sendo usadas em expressões como “paz de espírito”, “alma caridosa”, “espírito maligno”, “alma penada” etc., bem como quando nos referimos àquela parte de nosso ser que não é palpável, mas que mesmo assim faz parte de nós.

Na verdade, as definições de alma e espírito são um tanto confusas, conforme explica Debra Kelly do site Knowledge Nuts, especialmente sob o ponto de vista religioso. Contudo, apesar de até mesmo na bíblia as duas palavrinhas serem embaralhadas em algumas passagens, de modo geral, a alma é aquela que reside em nossos corpos enquanto estamos vivos, e o espírito é eterno — dependendo das nossas crenças!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Cientologia: conheça a religião que une busca espiritual e controle mental


Cientologia: conheça a religião que une busca espiritual e controle mental


Cientologia é uma filosofia diferente, criada pelo escritor de ficção científica L. Ron Hubbard, que definiu o conceito como uma busca espiritual e religiosa 

centrada nos princípios de autoconhecimento e autoaperfeiçoamento.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

As mais famosas Casas Mal Assombradas

Casas Mal Assombradas



Casa assombrada ou Casa mal-assombrada é o nome dado a uma casa onde supostamente acontecem eventos insólitos sem que se encontre uma causa física para os mesmos. Tais eventos podem ir desde ruídos ou movimentação de objetos até alegadas aparições de vultos mais ou menos distintos aos quais se chama de assombrações ou fantasmas.

A Doutrina Espírita explica que esses fenômenos são produzidos por espíritos desencarnados que, para produzirem efeitos físicos como ruídos, movimento de objetos e sua própria aparição, se valem do ectoplasma produzido por um ou mais dos moradores que, geralmente sem o saber, possuem mediunidade extensiva.

Esses espíritos, ainda segundo a Doutrina Espírita, podem produzir tais efeitos com mais de um objetivo. Podem ser espíritos levianos querendo se divertir provocando o medo dos moradores, podem ser espíritos desejosos de se comunicarem, podem ser os espíritos de antigos moradores que ainda se julgam donos da casa, podem ser desafetos dos moradores atuais que querem perturbá-los emocionalmente ou, ainda, estarem ali por outros motivos.
O conhecimento da Doutrina Espírita e, particularmente, dos mecanismos da mediunidade é dito essencial para que quem mora em uma casa assombrada saiba como lidar com a questão. O Capítulo IX de O Livro dos Médiuns trata especificamente dos lugares assombrados, se bem que, para compreendê-lo, é recomendável a leitura de toda a obra.


As 12 casas mais mal assombradas

Sabe onde fica esse castelinho assustador? Na cidade de São Paulo! Localizado na Rua Apa, no bairro Campos Elísios, foi cenário de um crime em 1937. Dois irmãos estariam discutindo e acabaram trocando tiros. A mãe deles entrou e levou um tiro. Os três morreram! Só uma curiosidade: na mitologia grega, Campos Elísios é o mundo dos mortos!



Essa casa virou até filme de terror. A casa está localizada em Amityville, uma espécie de bairro localizado na cidade de Babylon, nos Estados Unidos. O lugar foi palco de um verdadeiro massacre. Um dos filhos da família que morava lá em 1974 matou os pais e os quatro irmãos. No ano seguinte, uma outra família comprou a casa, mas eles fugiram por medo, alegando que o local estava mal assombrado.
A casa foi vendida novamente em 2010 por cerca de R$ 1,7 milhões (US$ 950 mil).



Essa mansão assombrada foi colocada à venda no ano de 2009 pelo valor de R$ 18 milhões (US$ 10 milhões). Chamada de The Abbey, está localizada no bairro de Annandale, em Sidney, na Austrália. A mansão tem 50 quartos e dizem que todos esses cômodos escondem coisas assustadoras, pois uma loira de branco vaga por lá



Sabe de quem é esse prédio mal assombrado? Do ator Nicolas Cage! Chamada de LaLaurie Mansion, o local, que fica no Estado americano da Louisina foi comprado pelo ator em 2009. Dizem que a família que construiu o prédio gostava de torturar pessoas!



A mansão de Pickfair, construída em Beverly Hills, no Estado americano da Califórnia, pertenceu aos astros do cinema mudo Douglas Fairbanks e Mary Pickford. O fantasma da Mary ainda estaria na casa, que sofreu com a invasão de milhares de insetos assustadores anos atrás. O lugar está à venda por cerca de R$ 109 milhões (US$ 60 milhões)



O fórum Pickens, em Carrollton, no Estado americano do Alabama, é famoso por ter um fantasma que sempre aparece em uma das janelas. O fantasma seria de Henry Wells, que teria sido falsamente acusado de queimar o fórum e linchado até a morte em 1878



Essa seria a casa mais mal assombrada da Inglaterra. Várias pessoas que já moraram ali relataram presenças estranhas.



Thomas Whaley e sua família moraram nessa casa, em San Diego, nos Estados Unidos. Agora o local é um museu, mas continua com fama de mal assombrado. Um homem teria sido enforcado ali!



Essa mansão em Norfolk, na Inglaterra, pertence a uma mesma família há 400 anos. Dizem que o primeiro dono da casa, o Lorde Charles Townshend era cruel com sua mulher, Lady Dorothy. Ele a teria aprisionado na mansão depois de descobrir que ela teve um romance antes do casamento. Alguns dizem que ela foi empurrada das escadas da mansão!



A lenda diz que essa mansão, que fica em Yorkshire, no Reino Unido, é amaldiçoada por ter sido construída com pedras retiradas de outro local que já era assombrado! Bizarro, não é?



Essa casa foi construída em 1857 por Alexander Harris, como um presente para sua mulher. Ela morreu de febre amarela assim que a casa ficou pronta. Dizem que o homem não aguentou a pressão de perder a amada e se matou. Já viu tudo, não é?



É claro que o fantasminha que isso é uma montagem, mas ela serve para contar uma bizarra história. Os donos dessa casa em South Wales, na Inglaterra, a colocaram à venda, mas com uma condição curiosa. Quem comprasse a casa teria que ficar com o fantasma que a assombra. Sério! A pessoa teria até que assinar um contrato alegando exatamente isso!



Na ficção
Lendas acerca de casas mal-assombradas têm uma longa história na literatura, tendo autores da época da República Romana e do Império Romano como Plauto, Plínio o Novo e Luciano de Samósata escrito histórias sobre casas assombradas. Escritores modernos, desde Henry James a Stephen King, continuam a utilizá-las na sua escrita.
A casa assombrada é um elemento comum na literatura gótica e, em geral, no género de terror ou, mais recentemente, na ficção paranormal.
A estrutura de uma casa assombrada pode variar entre um antigo castelo feudal europeu e uma casa de subúrbio de construção recente. No entanto, muitos autores e cineastas preferem a arquitectura do século XIX ou anterior, particularmente mansões obscuras.
A chave do mistério é, muitas vezes, a presença de um ou mais fantasmas, usualmente devido a um assassinato ou outra morte trágica ocorrida naquele lugar no passado.


Casas assombradas na literatura

"The Castle of Otranto" (1764) de Horace Walpole
"The Mysteries of Udolpho" (1794) de Anne Radcliffe
"The Fall of the House of Usher" (1845) de Edgar Allan Poe
"The Haunted and the Haunters" (1857) de Edward Bulwer-Lytton
"The Turn of the Screw" (1898) de Henry James
"The House That Was" (1907) de Jacques Futrelle
"The Beckoning Fair One" (1911) de Oliver Onions
"The Rats in the Walls" (1924) de H. P. Lovecraft
"The Haunting of Hill House" (1959) de Shirley Jackson
"The Hell House" (A Casa Infernal) (1971) de Richard Matheson
"The Shining" (O Iluminado) (1977) de Stephen King
"From the Dust Returned" (2001) de Ray Bradbury


Casas assombradas no cinema

The Ghost House (1917)
The Haunted House (1921)
The Cat and the Canary (1927 & 1939)
The Cat Creeps (1930)
The Ghost Goes West (1936)
Lonesome Ghosts (1937)
Hold That Ghost (1941)
The Uninvited (1944)
The Ghost and Mrs. Muir (1947)
Scared Stiff (1953)
House on Haunted Hill (1958)
The Innocents (1961)
The Haunting (1963 & 1999)
The House That Dripped Blood (1970)
The Legend of Hell House (1973)
Burnt Offerings (1976)
The Amityville Horror (1979 & 2005)
The Shining (1980)
The Changeling (1980)
Poltergeist (1982)
The Nightstalker Murder (1986)
Beetlejuice (1988)
Casper (1995)
House on Haunted Hill (remake) (1999)
The Haunting (1999)
The Blair Witch Project (1999)
Thirteen Ghosts (remake) (2001)
The Others (2001)
Session 9 (2001)
Rose Red (2002)
Darkness (2002)
The Haunted Mansion (2003)
The Grudge (2004)
The Grudge 2 (2006)
Monster house (2006)
An American Haunting (2006)
Stay Alive (2006)
The Return (2006)
Return To House On Haunted Hill (2006)
Poltergeist - O Fenômeno (1982)



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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Projeção Astral - Viagens fora do corpo.

PROJEÇÃO ASTRAL: VIAGENS FORA DO CORPO



Numa madrugada há pouco mais de 20 anos, o médico urologista carioca Luiz Otávio Zahar teve a sensação de acordar no meio da academia de ginástica que costumava freqüentar. As luzes estavam apagadas e não havia ninguém usando os aparelhos de musculação nem circulando pelos corredores. O médico percorreu o espaço de um lado para o outro, sentindo-se absolutamente consciente. Mas seu passeio noturno, segundo Zahar, tinha uma peculiaridade: ele via tudo do alto, como se estivesse suspenso, flutuando.

Não foi a primeira vez que Zahar experimentou aquela sensação. Desde a adolescência, sentia-se plenamente acordado no meio de algumas noites, circulando por lugares às vezes conhecidos, às vezes não. Descobriu que alguns davam a essa curiosa experiência o nome de projeção astral, outros de experiência extracorpórea, desdobramento ou projeção da consciência. Zahar acabou por acostumar-se e aceitar alguns desses diagnósticos, mas mantinha consigo uma dúvida secreta sobre a veracidade de suas sensações e visões.

Naquela madrugada na academia, porém, Zahar resolveu pôr à prova a tese de que realmente conseguia - como tantas outras pessoas dizem conseguir - sair do corpo, manter o estado de vigília e usar os sentidos para observar coisas concretas. "Eu não deixo de ser, fora do corpo, aquele médico cartesiano que sou, que quer comprovar as coisas. Pensei: ‘tenho de fazer alguma coisa para provar a mim mesmo essa experiência’. Então vi um parafuso esquecido no alto de uma máquina de exercício. Acordei e anotei", conta. No dia seguinte, foi até a máquina. Para ver o que havia em cima dela, precisou subir em um banco. Do chão, era impossível enxergar. "Subi e vi o parafuso lá."

Para a ciência convencional, a idéia de que podemos sair do corpo não apenas está longe de ser provada como soa absurda. Afinal, a ciência não acredita em "espíritos". Não aceita a idéia de uma "essência" vivendo dentro do nosso corpo - portanto, não dá nem para imaginar que seja possível um se separar do outro. Segundo o modelo científico, somos nosso corpo: nossa essência, inseparável de nós, está dentro das nossas células, em especial nas do cérebro. Está justamente no cérebro a explicação dos cientistas para esse fenômeno - e ela é bem prosaica, quase decepcionante (veja no quadro à direita).

Há quem acredite, no entanto, que o ser humano seja capaz de se desprender do corpo durante o sono, de se deslocar através de paredes, de viajar distâncias a velocidades impensáveis, de interagir com outros que estão no mesmo estado ou mesmo com quem já morreu. Tudo isso sem perder a consciência, o pensamento lógico e o comando sobre seus movimentos, tal qual fazemos durante o dia. Antonio Cesar Perri de Carvalho e Osvaldo Magro Filho, autores de um livro chamado Entre a Matéria e o Espírito (O Clarim, 1990), fizeram uma compilação de relatos sobre personalidades que teriam vivido experiências extra-sensoriais. Um deles teria sido o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630), que tentou decifrar o movimento dos planetas numa época em que os telescópios ainda estavam em uma fase inicial. "Todas as observações dos séculos anteriores estabeleciam apenas os movimentos aparentes porque tinham sido feitas de uma plataforma móvel - a própria Terra", conta seu biógrafo, Robert Strother. "Kepler superou isso transportando-se pela imaginação para fora do sistema, olhando para baixo de um ponto no espaço." O próprio Kepler narrou em um de seus livros, Somniun, a história de um personagem que viajava em sonhos para a Lua. A descrição da superfície lunar confere com o que, séculos depois, veio a se conhecer de fato.

Sobre o físico Albert Einstein, o criador da Teoria da Relatividade, o livro Entre a Matéria e o Espírito cita simplesmente um trecho de uma biografia do cientista no qual ele revela a um amigo que tinha concebido suas idéias revolucionárias "através de uma visão".



Sonhos de Jung

O psiquiatra suíço Carl Jung parece ter ido mais além no terreno das experiências raras. Ele escreveu sobre fatos estranhos que teriam ocorrido em sua casa - como móveis que se partiam sozinhos sem motivo aparente. O criador da psicologia analítica escreveu também sobre sua capacidade de, às vezes, saber de fatos sobre alguém sem que ninguém os tivesse contado. Em 1944, vitimado por um enfarte, descreveu uma visão que alguns consideram uma experiência de projeção astral. "Parecia-me estar muito alto no espaço cósmico. Muito abaixo de mim, vi o globo terrestre banhado de uma maravilhosa luz azul (...) O espetáculo de ver a Terra dessa altura foi a experiência mais feérica e maravilhosa da minha vida."

Quem diz já ter vivenciado uma experiência desse tipo enfatiza: a lembrança do que acontece é a mesma que se tem de um fato vivido durante o dia, quando se está acordado e de olhos bem abertos. E que essas lembranças nada têm a ver com as de sonhos - por mais reais que estes às vezes pareçam. "As saídas do corpo são estudadas desde a Antigüidade, especialmente no Oriente. Mas era um conhecimento vetado, do campo de cada doutrina", diz Wagner Borges, escritor, conferencista e pesquisador do assunto. Autor de sete livros e fundador do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas (IPPB), Borges dá em suas palestras dicas para quem quiser passar pela experiência extracorpórea de forma consciente. Uma das primeiras perguntas que costuma ouvir é: e se o espírito se desprender para sempre? Para Borges, isso é impossível, já que o corpo, enquanto houver vida, manteria uma conexão indestrutível - "um feixe de energia", como ele descreve - com o espírito.

Borges, de 43 anos, diz já ter passado por várias experiências desse tipo. As primeiras aconteceram aos 15 anos. "Passava um sufoco. Acordava e não conseguia me mexer", conta, falando de um "sintoma" comum num processo de projeção. "Uma vez tentei me acalmar, me soltei e vi meu corpo deitado." Esse seria um dos efeitos da projeção: ver a si mesmo no quarto, deitado, dormindo, exatamente como se realmente está. Em outros casos, o que se vêem são cenários desconhecidos e outras pessoas "projetadas", pessoas e até mesmo animais, diz Borges. O nível de consciência, segundo ele, varia conforme a ocasião.

O contador paulista Fernando Augusto Golfar, de 37 anos, afirma que vive projeções desde os 6 anos. Contava a seus pais episódios vivenciados por parentes já mortos com os quais falava durante as experiências e visões de lugares que lembrava ter visto dias antes de visitá-los com a família. Por via das dúvidas, a mãe o levou algumas vezes a uma benzedeira. As experiências prosseguiram. "Geralmente me vejo em locais de assistência, hospitais, áreas carentes, enterros ou ajudando usuários de drogas", conta. Assim como Borges, Golfar afirma ter desenvolvido sua mediunidade. Para ele, isso ajuda em suas projeções astrais, mas não é um requisito fundamental.
O médico Zahar concorda. Agnóstico convicto, ele prefere outra explicação. "Acho que há níveis de consciência e de planos de realidade que ainda não conhecemos." Curioso e interessado por relatos como os dele, o médico criou em 1999 um grupo de discussão na internet sobre o assunto. O fórum conta hoje com 924 participantes.


Noites maldormidas?
Para a medicina convencional, as projeções astrais podem ser explicadas meramente como problemas relacionados ao sono. Segundo o neurologista Rubens Reimão, chefe do Grupo de Pesquisas Avançadas de Medicina do Sono do Hospital das Clínicas, o quadro relatado pelos "projetores" pode ser associado ao que os médicos chamam de alucinação hipnagógica (que ocorre ao cair no sono) e paralisia do sono. As alucinações acontecem quando a pessoa entra abruptamente no estágio de REM (rapid eyes movement, ou movimento rápido dos olhos), que é quando acontecem os sonhos. Normalmente, chega-se a essa fase depois de uns 90 minutos de sono. Mas às vezes mergulhamos nela durante um descuidado cochilo.
"Em geral, a pessoa sonha com o lugar e o momento em que está. Se cochila numa sala de aula, é comum sonhar com alguém falando com ela na sala. E o sonho é tão real que, ao despertar, ela não sabe se aquilo aconteceu ou não", diz Reimão. Segundo ele, qualquer pessoa pode passar por isso, principalmente se não dormiu o suficiente durante a noite. Já na paralisia do sono, a pessoa acorda, mas sente que simplesmente não pode se mexer nem abrir os olhos e parece estar vendo o próprio quarto.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cirurgias Mediúnicas - Nas mãos de Deus

CIRURGIAS MEDIÚNICAS: NAS MÃOS DE DEUS



Você nem precisa dizer qual é o seu problema. O curandeiro simplesmente rabisca alguns garranchos incompreensíveis, receitando as ervas certas. Se for grave, só mesmo com cirurgia. Aí é você quem escolhe o tipo: invisível ou visível? Se for invisível, o cirurgião vai resolver o problema lidando apenas com seu espírito. Se você só acredita vendo, não tem problema. A sala de operações vai estar cheia de pessoas assistindo, e nem é preciso haver uma mesa. Basta ficar encostado na parede. Usando um bisturi ou uma faca, o cirurgião vai cortar onde for preciso e tirar alguns pedaços de tecido. Tudo isso supostamente sem causar dor nem infecção - apesar de o cirurgião não aplicar anestesia nem lavar as mãos. Em questão de minutos, você estará curado. A não ser, é claro, que Deus ou os espíritos não queiram, ou que você não tenha fé suficiente. Seja bem-vindo ao mundo da cirurgia psíquica.

Com algumas variações, tanto de técnica quanto de resultado, cenas como essa acontecem todos os dias. Os cirurgiões costumam avisar que não curam nada - quem cura são os espíritos, que se manifestam por meio do corpo do cirurgião, e a fé do paciente. Há relatos de dezenas de espíritos diferentes que ajudariam nas curas. O mais famoso deles é o do doutor Fritz, um médico alemão muito habilidoso que teria morrido durante a Primeira Guerra Mundial. Em transe, os cirurgiões mais mirabolantes abrem cortes usando apenas o dedo, que depois enfia no corpo do paciente para a retirada de vários tumores. No final, o corte é fechado com uma simples massagem. Um ritual espetacular, apesar de vários céticos e mágicos já terem demonstrado que o sangue pode vir de cápsulas discretamente ocultas na mão do cirurgião, onde também podem estar escondidos os tumores - na verdade, vísceras de frango.

Afinal, essas cirurgias funcionam ou não? Os cortes são reais ou não passam de truques? As curas realmente acontecem? Não há dor nem infecção? A resposta para todas essas questões é um vago "depende": depende do paciente, depende do problema, depende do cirurgião e, segundo eles próprios, depende dos espíritos.

Os próprios cirurgiões costumam alertar que as operações nem sempre dão resultado. E, mesmo quando o paciente diz ter alcançado a cura, fica uma dúvida no ar: ele estava mesmo doente ou era algum problema psicológico ou de estresse que estava tendo manifestações físicas? Nos casos de doenças psicossomáticas, não há muitas dúvidas de que o tratamento caloroso dos curandeiros, aliado ao clima emocional das cirurgias e à fé do paciente, pode convencê-lo de que está curado. Nesses casos, isso pode ser mais importante do que tratar os sintomas.

O cético canadense James Randi diz que, durante suas pesquisas para escrever o livro The Faith Healers ("Os Curadores da Fé", sem tradução para o português), em 1987, procurou 104 pessoas que diziam ter sido curadas por cirurgiões psíquicos. Ele as classificou basicamente em três grupos. O primeiro era o de pessoas que não tiveram doença alguma. Cita como exemplo uma senhora que acreditava ter sido curada de um câncer na garganta após ser tocada por um cirurgião. Mas, segundo seu médico, fazia cinco anos que ele vinha realizando exames que mostravam que ela nunca tivera nenhum tipo de câncer. Mas, como sua mãe havia morrido desse problema, cada vez que a garganta doía, ela associava isso a câncer. O segundo grupo identificado por Randi era o de pessoas que realmente tinham doenças e que continuavam doentes depois de passar pelas mãos dos curandeiros. Quanto ao terceiro grupo, Randi diz não ter encontrado ninguém, pois as pessoas já haviam morrido em decorrência dos problemas dos quais diziam ter sido curadas. "Não posso afirmar que essas curas não funcionam", disse Randi, "mas em todos os casos que investiguei, houve 100% de falha."

Nem todos consideram que curar alguém que não está doente seja algo sem importância. "Se essas curas são eficazes para tratar problemas psicossomáticos, um campo onde a medicina tem dificuldade, é um sinal que devemos estudar como isso acontece", diz o psiquiatra Alexander Almeida. Ele realizou pesquisas com um outro cirurgião bastante popular no Brasil: João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus. Ou também como "John of God", já que atrai muitos estrangeiros para seu centro de curas na cidade de Abadiânia, no interior de Goiás, a ponto de, na internet, existir mais informações sobre ele em inglês do que em português. Almeida passou alguns dias acompanhando a rotina e os trabalhos de João de Deus, observando se as cirurgias visíveis eram fraude ou não. "Os cortes realmente ocorreram, e os pedaços de tecido retirados eram mesmo dos lugares operados", afirma Almeida. E funcionou? "Se houve alguma cura, ela não teve nada a ver com a parte física da cirurgia", diz o psiquiatra.



Facas e serrotes

No Brasil, essas técnicas começaram a ficar conhecidas na década de 50, quando entrou em atividade o primeiro cirurgião psíquico brasileiro a conquistar fama: José Pedro de Freitas, o Zé Arigó. Nascido em 1921, ele casou-se aos 25 anos. Depois disso, ao longo dos nascimentos de seus cinco filhos, teria começado a escutar uma voz numa língua estranha. Isso durou anos, até que uma noite teve um sonho bastante nítido. Estava numa sala de operações, entre médicos e enfermeiras que realizavam uma cirurgia. No comando, estava um médico que era o dono da voz que Zé Arigó tanto escutava. Era o doutor Fritz, que o havia escolhido para continuar sua missão na Terra. Sua primeira cura teria sido realizada logo após essa revelação. Ao encontrar um amigo aleijado que precisava de muletas para andar, teria ordenado: "Já é hora de largar essas muletas". E ele assim fez, e nunca mais teria tido problemas para andar. Nessa mesma época, conheceu o então senador Lúcio Bittencourt, que sofria de câncer no pulmão. Arigó teria feito uma cirurgia e extirpado o tumor, curando totalmente o político.

Montou então uma clínica na cidade de Congonhas, no interior de Minas Gerais, onde chegou a atender cerca de 200 pessoas por dia. Para algumas, receitava remédios e, para outras, cirurgias que não duravam mais do que alguns minutos. Usava as mãos, facas enferrujadas ou até mesmo serrotes. Alguns médicos diziam que suas cirurgias eram reais, enquanto outros asseguravam que não passava de charlatanice. Ao longo de 30 anos de "carreira", operou cerca de 2 milhões de pessoas e sofreu dois processos por exercício ilegal de medicina. O primeiro em 1958, mas recebeu perdão do presidente Juscelino Kubitschek (cuja filha teria se tratado com Arigó), e o segundo em 1964, quando chegou a passar sete meses na cadeia.

Como na maioria dos casos de cirurgiões mediúnicos brasileiros, Zé Arigó não cobrava nada. Por outro lado, sua família era dona das duas principais farmácias de Congonhas - onde os pacientes deviam comprar suas ervas e remédios -, de um hotel e de uma loja de lembrancinhas.

Um fato curioso é que Zé Arigó teria previsto a própria morte. Sabia que iria morrer num acidente de carro, de maneira violenta. E, em 1971, isso realmente aconteceu. Mas aparentemente o doutor Fritz não deu sua tarefa por encerrada. O próximo a dizer que recebia o espírito do médico alemão foi o ginecologista Edson Queiroz. Ele viveu até 1991, mas, desde 1986, o engenheiro Rubens Faria Jr. começou a fazer cirurgias dizendo também receber o espírito de Fritz. No final da década de 1990, foi a vez de Mauricio Magalhães clamar para si o posto de médium que incorpora o espírito do habilidoso cirurgião. Todos tinham métodos de trabalho parecidos e o mesmo sotaque alemão quando entravam em transe. E todos foram acusados de fraude similares.

Os próprios cirurgiões psíquicos costumam dizer que a operação visível é dispensável. Mas o que poderia estar atuando então? "Há pesquisas que apontam evidências de que algumas pessoas são capazes de influenciar o corpo de outras", diz o psicólogo Wellington Zangari, coordenador do Inter Psi (Grupo de Estudos de Semiótica, Interconectividade e Consciência), da PUC de São Paulo. É o que a parapsicologia chama de biopsicocinese (bio-PK). Alguns estudos apontam que é possível induzir pequenas alterações nos batimentos cardíacos, na pressão sangüínea e na condutividade elétrica da pele, além de outros efeitos. "Em 2002, realizamos uma pesquisa em conjunto com a Universidade de Nevada, nos Estados Unidos", conta Zangari. "Reunimos um grupo de médiuns de umbanda em São Paulo que tentaram influenciar o corpo de uma pessoa que estava numa sala totalmente isolada, a quase 10 mil quilômetros de distância, nos Estados Unidos. As diferenças entre os períodos em que os médiuns estavam agindo e em que eles não agiam foram pequenas, mas significativas", diz o pesquisador. "Isso é muito menos do que os cirurgiões psíquicos prometem, mas é a única coisa palpável que temos do ponto de vista da pesquisa empírica."

Mas os cirurgiões preferem atribuir seu sucesso aos espíritos. Os adeptos do espiritismo acreditam que espíritos desencarnados podem se manifestar por meio de médiuns. Essas intervenções poderiam ser físicas ou apenas no campo energético, atuando diretamente no espírito do paciente. Essa cura no espírito pode ter reflexos no corpo. "Práticas espirituais e religiosas têm impacto na saúde das pessoas, mas ainda se está estudando o que está por trás disso", diz o psiquiatra espírita Frederico Leão. Os resultados dependem então da fé do paciente? "É importante, mas não determinante", afirma Leão. Médico das Casas Santo André, uma instituição espírita em Guarulhos, município na Grande São Paulo, que cuida de pessoas com deficiência mental, ele estuda os resultados de intervenções espirituais nesses pacientes, todos eles com algum tipo de retardo mental. O objetivo não é atingir a cura, considerado impossível nesses casos, mas sim tentar aliviar alguns problemas, como agressividade, convulsões e recusa em se alimentar. "Há casos em que os problemas cessam. Mas há também aqueles que não apresentam mudança alguma", diz Leão. "Nenhuma prática espiritual substitui o tratamento médico convencional. Ela é apenas um complemento."



Efeito placebo

Mas é possível que os cirurgiões psíquicos produzam efeitos em seus pacientes mesmo não tendo nenhum poder paranormal ou afinidade com espíritos. O impacto psicológico que eles podem causar pode servir como gatilho para processos de cura realizados naturalmente pelo organismo. Seria algo parecido com o efeito placebo, no qual pacientes que tomam pílulas de farinha acabam apresentando melhoras pelo simples fato de acharem que estão tomando um remédio. "Muitos dos que procuram esses cirurgiões são pessoas que foram desenganadas pela medicina tradicional", diz Zangari. "Ser tratado de maneira pessoal, com todo carinho, por esses curandeiros pode produzir efeitos favoráveis para a saúde." O fato de as pessoas às vezes acreditarem mais no curandeiro do que num médico também pode afetar o tratamento. Há relatos de pessoas que foram curadas de cirrose hepática em cirurgias espirituais. Elas foram "operadas", tomaram suas ervas e seguiram a recomendação do curandeiro de parar de beber - que é o único tratamento eficaz conhecido (a não ser em casos muito avançados, que só se resolvem com transplante de fígado) e que qualquer médico aconselha aos seus pacientes.
Independentemente de esses curandeiros serem homens miraculosos ou charlatães, a maioria dos pesquisadores concorda num ponto: é preciso estudá-los melhor. Seja para desmascarar as farsas, seja para aprender técnicas que podem ser úteis para a medicina tradicional. "O compromisso da medicina é ajudar o paciente. Se algo nessas curas for realmente bom, devemos aprender e usar isso a favor das pessoas", afirma Almeida. "Sou favorável a pesquisas que tentem conciliar métodos convencionais com métodos alternativos não-invasivos", diz Zangari. Mas, apesar de o Brasil ser um país onde a cirurgia psíquica é mais popular, as pesquisas científicas ainda engatinham. "Não há verbas para essas pesquisas, e quem se arrisca costuma sofrer um pouco de preconceito", diz Leão. "Esse é um campo que ninguém estuda, mas todo mundo tem opinião. Acabamos ignorando coisas que acontecem no nosso quintal", diz Almeida.


Meca de curandeiros
Foi no final da década de 60 que os cirurgiões psíquicos ganharam notoriedade, graças à publicação de The Wonder Healers of the Philippines (Os Maravilhosos Curandeiros das Filipinas), do escritor esotérico americano Harold Sherman. O mundo foi então apresentado a Antonio Agpoa, um curandeiro filipino que não foi o primeiro cirurgião mediúnico, mas que popularizou o estilo de cirurgia com as mãos em que se pode observar o sangue jorrando e a retirada de tecidos. Mais do que isso, ele transformou suas curas num ótimo negócio. Após a publicação do livro, em 1967, e da exibição de documentários também feitos por Sherman, pacientes-turistas dos Estados Unidos e da Europa começaram a ir em grandes excursões para se consultar na clínica de Agpoa nas proximidades de Manila, capital das Filipinas. O homem havia se tornado um pop star. No final de 1967, ao fazer uma viagem aos Estados Unidos, Agpoa foi acusado de fraude por vários de seus ex-pacientes e acabou sendo preso. Após pagar uma fiança de 25 mil dólares, fugiu de volta para as Filipinas.

Tudo isso teve pouco impacto em sua carreira. Não se sabe quanto dinheiro Agpoa amealhava, entre pagamentos de "consultas" e doações. O fato é que, em pouco tempo ele conseguiu construir um hotel cinco estrelas para hospedar - obrigatoriamente - as pessoas que queriam se tratar com ele. Não bastasse isso, sua mulher abriu uma operadora de turismo especializada em promover excursões de pacientes. Foi acusado de fraude diversas vezes, mas continuou operando até morrer por causa de um derrame, em 1982. A principal ironia, que não passou despercebida a seus críticos, é que, mesmo vivendo na meca dos cirurgiões psíquicos, muitos ensinados por ele, e mesmo dizendo-se capaz de curar inclusive câncer, Agpoa acabou recorrendo a um hospital dos Estados Unidos quando precisou fazer uma cirurgia de apêndice.
As Filipinas sempre tiveram uma "tradição" em curandeiros alternativos. E, hoje em dia, quando o assunto é cirurgia psíquica, é sempre citado como o principal centro mundial. O segundo lugar mais lembrado é o Brasil. Não há estatísticas confiáveis sobre o número de cirurgiões brasileiros, mas o fato é que alguns deles atendem tantas pessoas que conseguem destaque inclusive no exterior, como nos casos de Zé Arigó e João de Deus. As explicações para esse sucesso são várias. "Essas práticas são notáveis em todos os países onde o sistema de saúde é falho", diz o psicólogo Wellington Zangari. "Também temos grupos religiosos que definem muito bem o que é e o que não é saúde. Em alguns deles, se você não tem saúde, é porque o diabo está no seu corpo. A solução é tratar o espírito com exorcismo." O psiquiatra Frederico Leão aponta ainda outro fator: o alto custo do tratamento de doenças graves. "A medicina tornou-se muito cara, o que faz as pessoas mais simples considerarem outras alternativas, como os curandeiros."


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