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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Conheça a controversa origem do Papai Noel

Conheça a controversa origem do Papai Noel


A figura do bonachão Papai Noel entregando presentes para as crianças é um dos principais costumes de Natal.  

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Escolha o seu presente: drone, câmera para realidade virtual ou conversor elétrico para bicicletas?


Escolha o seu presente: drone, câmera para realidade virtual ou conversor elétrico para bicicletas?


Terminar o ano com um presentinho para lá de inovador não seria nada mal. 
Selecionamos para você algumas novidades que estão saindo do forno e que prometem mudar nossa relação de entretenimento: no caso, os objetos de desejo são os drones, uma câmera revolucionária de realidade virtual e também um impressionante projetor de imagens. Se a opção é encontrar um novo estilo de vida, quem sabe não está na hora de converter sua bicicleta em uma bike elétrica? Veja abaixo!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Que reis foram estes ? A Bíblia

QUE REIS FORAM ESTES? A Bíblia



Diz a Bíblia que "uns magos", guiados por uma estrela, vieram do Oriente à procura de um recém-nascido-o rei dos judeus. Mas não diz quantos eram, de onde vinham exatamente nem se eram mesmo reis.

Todos os anos, o dia 25 de dezembro, revive a suprema tradição cristã do Natal, quando se comemora o nascimento de Jesus. As pessoas trocam presentes, enfeitam pinheiros com luzes e bolas coloridas e montam presépios. Neles se reconstitui o nascimento de Jesus: a gruta em Belém, o menino na manjedoura, os pastares-e os três homens que, segundo a Bíblia, vieram de longe para adorá-lo, trazendo ouro, incenso e mirra. São os três reis magos, que saíram do Oriente guiados por uma estrela na busca de um recém-nascido: o rei prometido.
Nessa caminhada, chegaram a Jerusalém, capital do antigo reino de Israel, convertido em província romana sob o nome de Judéia, onde reinava Herodes. Mas não encontraram ali o recém-nascido e continuaram a seguir a estrela, até Belém. Quem eram os reis magos? Existiram de fato ou são apenas fruto da imaginação? A única referência a eles na Bíblia está no Evangelho de São Mateus. versículo 2: "Tendo, pois, nascido Jesus em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos chegaram do Oriente a Jerusalém dizendo: Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Porque nós vimos a sua estrela no Oriente, e viemos adorá-lo .
As dúvidas sobre os reis magos existe na própria Igreja. Em seu livro Jesus Cristo Libertador, o teólogo brasileiro frei Leonardo Boff pergunta: $quot;Vieram de fato os reis do Oriente? É curioso imaginar uma estrela errando por aí, primeiro até Jerusalém e depois até Belém, onde estava o menino. Por que não se dirigiu diretamente a Belém, mas primeiro resplendeu sobre Jerusalém, estarreceu toda a cidade e o rei Herodes, a ponto deste ter decretado a morte de crianças inocentes? Em que medida nisso tudo vai conto ou realidade?$quot; Segundo Boff, $quot;textos do Antigo Testamento e um fenômeno astronômico teriam motivado o relato de Mateus$quot;.
Os evangelhos foram escritos muito depois da morte de Cristo. O de Mateus, por exemplo, foi escrito entre os anos 80 e 85, ou seja, cerca de meio século mais tarde. O teólogo Ivo Storniolo, de São Paulo, acredita que "Mateus criou uma história como se fosse um fato verdadeiro para mostrar o real significado do nascimento desse menino". Outro teólogo, Euclides M. Balancin, afirma que Mateus inspirou-se no salmo 72, 0 Rei Prometido, do Antigo Testamento, que fala de um rei ideal que implantaria a Justiça e o Direito. "O que Mateus quer dizer", interpreta Storniolo, "é que Jesus é o Messias prometido e, reconhecendo isso, os reis das Nações, que seriam os reis do Oriente, vieram trazer-lhe tributos."
As oferendas com que os magos presentearam Jesus são carregadas de significados. O ouro é o símbolo da realeza; o incenso representa a divindade e a mirra era usada em sepultamentos, o que faz supor que Mateus estivesse aludindo à morte de Jesus. No sentido bíblico, os magos representam as nações que reconheceram no menino o rei prometido, ao qual os textos antigos faziam referência. Os magos, portanto, seriam também os reis dessas nações. Entretanto, Mateus só se refere a eles como magos. Apenas no século VI é que passam a ser chamados de reis, além de magos.
Mas, afinal, que estranhos poderes teriam os magos? A palavra mago vem do persa magu que deu em grego mágos e chegou ao português através do latim maga e quer dizer "poderoso". Os sacerdotes da religião persa, o zoroastrismo, eram chamados de magos. Seus poderes vinham dos conhecimentos de Astronomia e Astrologia que possuíam. Por isso, os reis persas se aconselhavam com eles antes de tomar decisões-das mais importantes, como saber qual o melhor dia para resolver questões de Estado, até as mais corriqueiras, por exemplo, o dia mais indicado para tomar um remédio ou mesmo dar uma festa.
Pode-se assim perfeitamente bem especular que tenham sido magos persas os viajantes em busca do Messias guiados por uma estrela. Além de conhecer os mistérios do céu, é provável que estivessem também a par das antigas referências à chegada de um novo rei que viria para salvar os homens. Isso talvez explique por que caminharam tanto seguindo uma estrela, à procura do incerto lugar onde teria nascido o Messias.
O Antigo Testamento, com efeito, menciona um profeta de nome Balaão, contemporâneo de Moisés, o fundador do judaísmo (século XIII a.C), que teria dito: "Um astro procedente de Jacó se torna chefe: um cetro se levanta procedente de Israel". Um anjo teria falado a Moisés sobre a estrela cuja aparição anunciaria a vinda do salvador. Em Roma? o poeta lírico Horácio, que viveu de 65 a 8 a.C, profetizou o começo de uma nova era sob o signo de Saturno-um dos planetas da conjunção que teria causado a luminosidade conhecida como estrela de Belém (veja a seção "Telescópio" na página 70).
Em todo caso, sempre foi muito comum a tradição popular buscar ligações terrestres para acontecimentos extraordinários que ocorrem no céu, como o aparecimento de luzes misteriosas ou astros magníficos e desconhecidos: obrigatoriamente eles deveriam ser o prenúncio de algo novo e importante na Terra.
Sabe-se tão pouco sobre os magos que até seu número é desconhecido. Jacó de Edessa (640-708), teólogo cristão que escreveu comentários sobre o Antigo e o Novo Testamento, dizia que eles vinham da Pérsia, mas não eram três. Eram homens ilustres escoltados por mais de mil pessoas e seguidos por uma multidão. As primeiras representações da adoração de Jesus mostravam a mesma cena que sobreviveu até hoje: três homens que oferecem ao menino Jesus três presentes: ouro. incenso e mirra. Uma hipótese é que o número de presentes tenha criado a confusão.
Seja como for, os nomes dos magos-Melchior, Baltazar e Gaspar - são de origem oriental e todos têm a ver com realeza e poder. Melchior do hebreu, quer dizer "rei da luz": Baltazar, do aramaico, significa Judeus proteja a vida do rei. Gaspar é dos três o que mais possibilidades tem de se referir a um personagem real. Entre os anos 19 e 65 da era cristã, diz-se que viveu na Pérsia um príncipe de nome Gundofarr, que significa "vencedor de tudo". Traduzido transformou-se em Gasta e daí em Gaspar A idéia da procedência persa dos magos influenciou até as roupas com que aparecem representados: chapéu redondo na cabeça, camisa curta presa por um cinturão, calças estreitas e uma capa por cima. Exatamente como os reis persas se vestiam.
No altar mór da Catedral de Colônia, na Alemanha, existem os três caixões revestidos de ouro. Dentro deles estariam os restos mortais de Gaspar, Melchior e Baltazar, trasladados da Itália no século XII. Pode ser outro dos tantos mitos que bordam a história dos magos, mas o fascínio que ela exerce sobre os cristãos do mundo inteiro se renova a cada ano no Natal e depois no dia 6 de janeiro, quando eles teriam chegado a Belém, e a tradição popular preserva e comemora como o Dia de Reis.

Ô de casa, nobre gente...

A cena é sempre a mesma: no dia 6 de janeiro, um alegre e colorido grupo organizado sai às ruas de Valença, no Estado do Rio de Janeiro, para homenagear o nascimento de Jesus. E a tradicional Folia de Reis, uma das mais importantes festas folclóricas do pais. Trazida pelos colonizadores portugueses, deitou raízes sobretudo nas pequenas cidades do interior.

Os foliões, como são chamados os integrantes do grupo, estão com largos blusões de cetim colorido, azuis, vermelhos ou amarelos. Na cabeça, um boné de marinheiro bordado com miçangas e pedrarias. Três homens estão vestidos de palhaços: simbolizam os reis magos disfarçados para enganar o rei Herodes e encobrir a fuga de José, Maria e Jesus para o Egito.

A bandeira da Festa, carregada pelo alferes ou bandeireiro, traz no centro, pintada, a cena do nascimento de Jesus; em volta está toda enfeitada com flores de papel ou de plástico e fitas coloridas. Ao chegar à porta de uma casa, o alferes bate. A porta se abre e a dona recebe a bandeira e cumpre sua parte do ritual: se benze e benze a casa toda com ela. Depois, decide receber a folia. Acompanhados por uma viola, violão, reco-reco, pandeiro, sanfona, triângulo e duas caixas de percussão tiram o reis, isto é, pedem licença para começar e cantam:

"Ô de casa, nobre gente (oilarai)
Ô de fora, quem será (oilarairai)
Ô de fora, é os treis reis santo
Que veio Ihes visitá (aiaiailarai)...

Depois que tiram o reis, a dona da casa dá uma esmola para a bandeira e todos saem para o terreiro, onde os palhaços dançam e recebem dinheiro. Tanto a esmola quanto o dinheiro dado aos palhaços são usados na organização da festa. Ao final das danças, a dona da casa Ihes oferece um lanche. Depois, a folia se despede e continua sua peregrinação de casa em casa.

O ritual, em teoria, sempre se destina a homenagear os reis magos e o nascimento de Jesus. Na prática, entretanto, muitas coisas se misturam, como a criação do mundo, as profecias bíblicas etc. Muitas vezes os versos contam histórias acontecidas naquela determinada comunidade ou no país. $quot;Depois da visita do papa ao Brasil$quot; conta o folclorísta Toninho Macedo, cantou-se o acontecimento nas festas do ano seguinte." Macedo, que nasceu na cidade fluminense de Três Rios. onde as festas de reis são tradicionais, leciona na Escola de Folclore de São Paulo e há dez anos pesquisa o tema. Ele observa que festas fazem parte do cicio de Natal. que começa geralmente à meia -noite do dia 24 de dezembro e termina no dia 6 de janeiro".

O ritual e o nome que se dá às festas mudam conforme a região. No Sul são chamados Ternos de Reis, Pastorias do Senhor Menino, Folias e Reisadas. No Rio de Janeiro e em Minas Gerais as folias são mais ricas tanto em número de pessoas quanto em variações. Há lugares onde não se leva a bandeira. No Nordeste, predominam os ranchos-Bois de Reis, Reisados, Pastoris e Bailes Pastoris - sem caráter necessariamente religioso que dançam de praça em praça e nos salões.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Obesidade do Papai Noel é mau exemplo para sociedade

21/12/2010 08h00 - Atualizado em 21/12/2010 08h00

Obesidade do Papai Noel é mau exemplo para sociedade, diz estudo
Outra pesquisa indica que crianças não gostam tanto assim do velhinho.
Especialista analisou reações de mais de mil crianças entre 2003 e 2008.
Luciana Christante
Da 'Unesp Ciência'


Pranto e espanto - No livro das jornalistas
americanas (à esq.), fotos denunciam o sofrimento
infantil (Foto: reprodução)Papai Noel é coisa séria. E não apenas para as criancinhas que o aguardam no Natal. Também na ciência há quem acredite nele, pelo menos o suficiente para investigá-lo. Esses pesquisadores tentam entender o segredo de tão duradouro sucesso, assim como os efeitos (nem sempre admiráveis) que essa presença vermelha e rotunda exerce na psicologia de crianças e adultos, nas relações sociais, na religião e até na saúde pública. Afinal, o “bom” velhinho tem lá suas idiossincrasias. Ao longo das últimas décadas, uma série de estudos tem revelado resultados surpreendentes e até perturbadores, que tendem a ser ofuscados por interesses comerciais.

Um dos primeiros a dedicar uma análise aprofundada sobre o protagonista do Natal foi ninguém menos que o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss (1908-2009). Sua motivação teve origem numa notícia publicada no jornal "France Soir", em 24 de dezembro de 1951, com o título: “Papai Noel é queimado no átrio da Catedral de Dijon diante de crianças de orfanatos”. Coordenada pelo clero católico (com apoio de protestantes), a manifestação do dia anterior apregoava o caráter pagão daquela figura, que estaria arruinando a tradição cristã.

Há uma correlação entre os países que mais veneram o Papai Noel e altos índices de obesidade infantil"Nathan Grills, epidemiologista da Universidade Monash, em Melbourne (Austrália)A opinião pública francesa se dividiu diante da inusitada situação: de um lado, a Igreja demonstrando espírito crítico e, de outro, os racionalistas defendendo a superstição. A contradição chamou a atenção de Lévi-Strauss e resultou no livro "O suplício do Papai Noel" (Cosac Naify, 2009, tradução de Denise Bottmann). Nele, o antropólogo classifica o Papai Noel do ponto de vista da tipologia religiosa:

“Não é um ser mítico, pois não há um mito que dê conta de sua origem e de suas funções; tampouco é um personagem lendário, visto que não há nenhuma narrativa semi-histórica ligada a ele. Na verdade, esse ser sobrenatural e imutável, fixado eternamente em sua forma e definido por uma função exclusiva e um retorno periódico, pertence mais à família das divindades; as crianças prestam-lhe culto em certas épocas do ano, sob a forma de cartas e pedidos; ele recompensa os bons e priva os maus. É a divindade de uma categoria etária de nossa sociedade (...) e a única diferença entre Papai Noel e a verdadeira divindade é que os adultos não creem nele, embora incentivem as crianças a acreditar e mantenham essa crença com inúmeras mistificações”.

Divindade infantil
Quem pensa no bom velhinho como uma invenção puramente capitalista talvez se surpreenda com sua semelhança com ritos mais primitivos, detectada pelo pai da antropologia estrutural: “Como não notar, por exemplo, a analogia entre Papai Noel e as katchina dos índios do sudoeste norte-americano? Esses personagens fantasiados e mascarados encarnam deuses e ancestrais; voltam periodicamente à aldeia para dançar e para punir ou recompensar as crianças, e dá-se um jeito para que elas não reconheçam os pais ou parentes sob o disfarce tradicional”.

De um lado, o Papai Noel reúne características infantis, como a face arredondada, a testa grande e abobadada, nariz pequeno e pouco saliente, bochechas carnudas e queixo recuado. São sinais de infantilização que geram uma poderosa reação de empatia. Por outro lado, a barba e o cabelo brancos transmitem um ar de sabedoria, autoridade e credibilidade associado à velhice"Sandro Caramaschi, professor da Faculdade de Ciências da Unesp em BauruA psicologia evolutiva explica por que o ancião barbudo, rechonchudo e sempre vestido de vermelho e branco pouco mudou ao longo do século 20, numa sociedade globalizada que vive sob o signo da novidade. É nos aspectos não-verbais que reside toda a empatia que rendemos a ele, até porque seu repertório verbal é bastante restrito, não indo muito além do “ho-ho-ho”.

Segundo o psicólogo Sandro Caramaschi, professor da Faculdade de Ciências da Unesp em Bauru, a ambiguidade de sua aparência é fundamental para entender sua vitalidade.

“De um lado, o Papai Noel reúne características infantis, como a face arredondada, a testa grande e abobadada, nariz pequeno e pouco saliente, bochechas carnudas e queixo recuado. São sinais de infantilização que geram uma poderosa reação de empatia”, diz. Por outro lado, “a barba e o cabelo brancos transmitem um ar de sabedoria, autoridade e credibilidade associado à velhice”.

Segundo ele, esses aspectos formam a combinação perfeita entre ingenuidade e sobriedade. Além disso, é preciso considerar também a coragem, a intensidade e paixão que o vermelho da roupa representa. “As botas e o cinto preto trazem um equilíbrio nobre que alegra seu visual”, completa. A análise da aparência do personagem está no livro "Corpo e cultura – Múltiplos olhares" (Cultura Acadêmica, 2009).

Ainda segundo Caramaschi, a empatia que Papai Noel desperta nos seres humanos não é homogênea, dependendo da idade e do sexo. Por razões culturais e biológicas, nos adultos, o apelo não verbal dessa figura natalina é muito mais potente nas mulheres (ou seja, mamães, vovós, titias, madrinhas etc.) que nos homens. Já as crianças abaixo de certa idade, diz ele, aproximadamente entre 5 e 6 anos, não estão prontas para desfrutar da fantasia.

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Há indícios de que a exposição ao Papai Noel nos primeiros anos de vida pode levar a reações paradoxais: em vez de empatia, sorrisos e afagos, é mais comum o pavor, acompanhado de caretas, lágrimas e berros. O fenômeno ainda não foi cientificamente estudado, mas a suspeita foi levantada pelas jornalistas americanas Denise Joyce e Nancy Watkins, editoras do jornal "Chicago Tribune".

Terror natalino
Motivadas pela própria experiência de infância e de maternidade, em 2007 a dupla teve a ideia de pedir aos leitores do jornal que enviassem fotos do encontro de suas crianças com o Papai Noel, que passaram a ser publicadas no site do diário. A resposta da audiência foi imediata e volumosa. No ano seguinte, as autoras reuniram as 250 “melhores” imagens no livro "Scared of Santa – Scenes of terror in toyland" (Harper Collins, 2008, inédito no Brasil) – em tradução livre, “Assustados com Papai Noel – Cenas de terror na terra dos brinquedos”.

Coincidentemente, a maioria das crianças que aparecem apavoradas no livro aparenta ter menos de 6 anos (confira as fotos aqui).

Mas será que, com exceção das crianças que se assombram com o velho Noel, as demais realmente se encantam por ele? Ou será que, na verdade, os pais se entusiasmam mais que os filhos? Estudos do americano John Trinkaus, da Zicklin School of Business da Universidade da Cidade de Nova York, revelam que, de fato, a maioria da garotada – entre 60% e 90% – se mostra indiferente na visita ao Papai Noel de shopping centers.

Entre 2003 e 2008, Trinkaus publicou cinco artigos nos quais analisou a expressão facial de mais de mil crianças (de até 10 anos). Segundo ele, grande parte não conseguiu sequer esboçar um sorriso no momento da clássica foto natalina. Em compensação, quase 90% dos pais que acompanhavam os filhos “pareciam estar felizes”, afirma o pesquisador num dos trabalhos, publicado na revista "Psychology Reports", em 2008. Outro dado relevante, observado em mais de um shopping center, é que a taxa de indiferença dos pequenos diminuiu com a proximidade do dia de Natal. O autor não explica por que nem arrisca alguma hipótese.

Sempre muito sucinto em seus inusitados relatos, John Trinkaus limita-se a contabilizar as coisas que o perturbam, hábito que lhe trouxe notoriedade mundial em 2003, quando foi agraciado com o prêmio Ig Nobel, destinado “a feitos científicos que primeiro fazem as pessoas rir e, depois, pensar”. Além da reação das crianças ao velho barbudo, nos últimos 30 anos ele já pesquisou a preferência de adultos por sapatos brancos e por couve-de-bruxelas, bem como o número de pessoas que usam bonés com a aba voltada para trás.

Péssimo exemplo
O bom velhinho está sofrendo ataques até da área da saúde pública. Não é preciso calculadora nem fita métrica para constatar que seu índice de massa corpórea e sua circunferência abdominal estão muito além do que recomendam os médicos. E o efeito dessa imagem obesa nos hábitos de saúde da população aparentemente está preocupando alguns especialistas. “Há uma correlação entre os países que mais veneram o Papai Noel e altos índices de obesidade infantil”, alerta o epidemiologista Nathan Grills, da Universidade Monash, em Melbourne (Austrália), em artigo publicado em 2009 no renomado "British Medical Journal" (disponível aqui).

Grills ainda exagera no poder de influência deste senhor de roupas vermelhas ao alegar que sua figura incentiva comportamentos de risco, como viajar em seu trenó em alta velocidade e praticar esportes radicais como surfe no teto e mergulho em chaminés. “Apesar dos riscos dessas atividades, Papai Noel nunca é representado usando cinto de segurança ou capacete”, diverte-se o pesquisador.

Evidentemente, tais suspeitas só poderiam ser confirmadas ou rejeitadas depois de um estudo epidemiológico que comparasse um lugar exposto a influência do velho gorducho com outro em que ele esteja ausente, como manda o método científico. Por incrível que pareça, esse lugar existe. A cidade alemã de Fluorn-Wilzen, com cerca de 3 mil habitantes, é considerada “zona livre de Papai Noel” desde 2008.


Zona livre de Papai Noel - Em Fluorn-Wilzen, no interior da Alemanha, ele é persona non grata (Foto: reprodução)A iniciativa é de uma organização assistencial católica que pretende substituir o personagem fictício, considerado símbolo da sociedade consumista, pela imagem do generoso São Nicolau, de quem a lenda de Papai Noel de fato deriva. Mais popular na Igreja Católica Ortodoxa, São Nicolau é descrito no site da entidade como o padroeiro das crianças, “alguém que vem nos socorrer em momentos de necessidade e nos lembra da importância da bondade, de pensar no próximo e de distribuir a dádiva da felicidade”.

Copyright: Unesp Ciência

“Unesp Ciência” é uma publicação da Universidade Estadual Paulista que traz reportagens sobre os grandes temas da ciência mundial e nacional e sobre as pesquisas mais relevantes que estão sendo realizadas na instituição, em todas as áreas do conhecimento.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Mais antiga do mundo, árvore vai celebrar 124º Natal

07/12/2010 10h03 - Atualizado em 07/12/2010 10h03

Mais antiga do mundo, árvore vai celebrar 124º Natal
Especialistas avaliaram ornamento natalino em mil libras.
Árvore de Natal de 35,5 centímetros foi comprada em 1886.

Uma pequena árvore vai celebrar seu 124º Natal neste ano. A relíquia de 35,5 centímetros, que é considerada a árvore de Natal mais antiga do mundo, pertence ao britânico Paul Parker, que mora em Bath, no Reino Unido.


Paul Parker com sua árvore de Natal de 35,5 centímetros. (Foto: Neil Munns/Barcroft Media/Getty Images)Parker herdou o ornamento depois que sua mãe, Janet, morreu aos 69 anos em 2008. A pequena árvore foi comprada por sua tia-bisavó chamada Lou em 1886. A árvore foi confirmada pelo Guinness, livro dos recordes, como a árvore artificial de Natal mais antiga do mundo.

Em 2005, especialistas avaliaram o ornamento em mil libras (cerca de R$ 2,65 mil).