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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Maior Lua de Saturno pode abrigar forma de vida que não envelhece


Maior Lua de Saturno pode abrigar forma de vida que não envelhece


Passamos tanto tempo procurando vida em outros planetas e, no final das contas, poderemos encontrá-la no satélite natural de um de nossos “vizinhos” de Sistema Solar. Isso porque, para especialistas, a lula Titã, a maior de Saturno, pode abrigar vida.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Mitocôndria, uma E.T. na célula - Biologia


MITOCÔNDRIA, UMA E.T. NA CÉLULA - Biologia


Ex-bactéria, ela invadiu as células há milhões de anos e acabou se transformando numa de suas principais organelas: aquela capaz de extrair energia dos alimentos e da respiração. Hoje, cientistas especulam que males tão diversos como cegueira e enfarte podem ser causados por seu mau funcionamento.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Grã-Bretanha testa vacina contra câncer no cérebro

Grã-Bretanha testa vacina contra câncer no cérebro

Vacina visa ensinar sistema imunológico do paciente a combater câncer no cérebro (Foto: BBC)

Tratamento 'ensina' sistema imunológico a encontrar e combater tumores.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O corpo em restauração - Biologia


O CORPO EM RESTAURAÇÃO - Biologia


Quando alguém se machuca, o organismo começa imediatamente a restituir a área perdida no ferimento. Constrói, assim, a cicatriz.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Primeira ligação telefônica feita pelo celular completa 40 anos



Primeira ligação telefônica feita pelo celular completa 40 anos

Martin Cooper, em imagem de 2009, mostra o primeiro celular (à direita), que completa 40 anos, e o compara com um modelo mais atual (Foto: Eloy Alonso/Reuters)

DynaTAC, da Motorola, foi o primeiro aparelho a ser vendido no mercado.
Em 1973, criador saiu nas ruas de Nova York para testar telefone móvel.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A Vida de um Atleta Sexual - Biologia


A VIDA DE UM ATLETA SEXUAL - Biologia



Desde o instante em que nasce, o espermatozóide se prepara para a dura prova do acasalamento. Para conferir sua boa forma, os cientistas usam até computadores.

domingo, 25 de novembro de 2012

Estudo aponta eventos no início do envelhecimento celular



Estudo aponta eventos no início do envelhecimento celular

Imagem microscópica da levedura da espécie 'Saccharomycopsis fodiens' (Foto: B. Schlag-Edler)

Cientistas nos EUA fizeram experimentos com leveduras, um tipo de fungo.
Resultado pode ajudar a explicar fatores que influenciam longevidade.

Cientistas do Centro de Pesquisa de Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, nos EUA, publicaram na edição da revista "Nature" desta quarta-feira (21) artigo em que apontam eventos-chave que ocorrem no início do processo de envelhecimento celular, como resultado de uma série de estudos feitos ao longo de dez anos com leveduras – um tipo de fungo.

As pesquisas, coordenadas por Daniel Gottschling e Adam Hughes, podem ajudar para entender melhor como os genes e o meio ambiente, incluindo a restrição calórica na dieta, são capazes de influenciar a longevidade e a incidência de câncer e doenças neurodegenerativas.

Os autores identificaram que a presença de acidez em uma estrutura celular chamada vacúolo, e também o funcionamento das mitocôndrias – "usinas de energia" que atuam na respiração celular – são fundamentais para explicar o processo de envelhecimento.

Os vacúolos são organelas que armazenam líquidos resultantes da nutrição ou da excreção celular, e ficam localizados dentro do citoplasma – parte da célula entre o núcleo e a membrana externa que a delimita. Nos animais, essas função é exercida pelos lisossomos.

Nesses trabalhos, os cientistas descrevem um novo mecanismo que pode ter um paralelo nas células humanas. As pesquisas começaram quando Gottschling e Hughes procuravam nas mitocôndrias a fonte dos danos relacionados à idade.

"Normalmente, as mitocôndrias são tubos bonitos e longos, mas, à medida que as células envelhecem, elas se tornam robustas e fragmentadas", explicou Gottschling, que também é professor associado do Departamento de Ciências do Genoma na Universidade de Washington. 

Essas mudanças vistas em leveduras também acontecem nos humanos, como em neurônios e células do pâncreas.

O fator responsável por alterar as mitocôndrias e torná-las distorcidas e disfuncionais tem sido um mistério, mas agora os pesquisadores descobriram que mudanças específicas nos vacúolos desencadeiam os problemas nas mitocôndrias.

Os vacúolos têm duas principais tarefas: degradar proteínas e armazenar "blocos de construção" moleculares nas células. Para desempenhar tudo isso, o interior deles é altamente ácido.

No caso das leveduras, o vacúolo se torna menos ácido relativamente cedo em relação ao tempo de vida delas, e essa queda impede o armazenamento de alguns nutrientes. Isso acaba destruindo a fonte de energia das mitocôndrias, fazendo com que elas se rompam.



Processo de envelhecimento pode estar 'escondido' nos vacúolos dentro das células(Foto: Reprodução)

Ao impedir essa diminuição na acidez dos vacúolos, a função das mitocôndrias foi preservada e as células das leveduras viveram por mais tempo. O que provoca essa queda de acidez, porém, ainda é desconhecido.
"Ficamos surpresos ao descobrir que era a função de armazenamento, e não de degradação de proteínas pelos vacúolos, que parece causar a disfunção mitocondrial nas células de envelhecimento", disse Hughes.

A descoberta inesperada levou os autores a começarem a investigar os efeitos da restrição calórica – conhecida por prolongar a vida de leveduras, vermes, moscas e mamíferos – sobre a acidez dos vacúolos. Foram consideradas as semelhanças entre a biologia de leveduras e das células humanas.

Os pesquisadores também observaram que as leveduras "mães" tinham uma menor acidez nos vacúolos que as filhas recém-nascidas. Isso poderia ajudar a explicar, ainda, como o simples ato da divisão celular contribui para o envelhecimento.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ilustres Desconhecidas - As Vitaminas


ILUSTRES DESCONHECIDAS - As Vitaminas



Uns precisam delas sem desconfiar da falta que fazem. Outros as procuram na hora errada e podem comprar encrenca. Todos falam em vitaminas, mas nem os cientistas sabem direito o que de fato elas são.

Elas estão na boca do povo porque, dizem as más-línguas, embelezam, atacam agentes nocivos, espantam o cansaço, aumentam o desejo, abrem o apetite, tonificam os músculos, melhoram o raciocínio, aceleram o crescimento das crianças e freiam o envelhecimento. Todos consideram essas substâncias legítimas promotoras da boa saúde. Cientistas lembram que as vitaminas  ajudam em tantas funções que, sem elas, o organismo não consegue cumprir todas as suas tarefas.
Elas merecem o nome dado, em 1911, por Casimir Funk (1884-1967): vita, do latim, por serem fundamentais à "vida" até dos microorganismos; já "amina" foi uma generalização precipitada do bioquímico polonês: tempos depois, descobriu-se que, ao contrário do que esse termo dá a entender, nem sempre essas substâncias derivam da amônia. As diferenças, aliás, não se limitam às suas fórmulas químicas. Vitaminas são nutrientes essenciais de que o organismo necessita em pequeníssimas quantidades - e esta definição é o único ponto em comum entre dezenas de substâncias, cada qual com um comportamento particular. Contudo, dessas dezenas apenas treze recebem dos biólogos o crachá de vitamina, por serem julgadas as mais importantes ou porque o organismo humano é incapaz de produzi-las. A ordem em que esses compostos orgânicos foram identificados transformou-se em ordem alfabética, o que faz um suco de frutas parecer sopa de letrinhas, ao se analisarem as vitaminas contidas: A, B, C, D, E, K..
A letra B, na verdade, designa um complexo de oito vitaminas muito diversas, mas que confundiram os pesquisadores à primeira vista por terem sido encontradas nas mesmas fontes alimentares. As confusões, aliás, também eram comuns porque algumas moléculas de vitaminas são parecidas, até que se combinem com outras substâncias no organismo para serem ativadas. A maior parte dessas transformações ocorre no fígado, como se ali as vitaminas assumissem um encargo especial de trabalho no complexo laboratório do organismo humano, onde se operam as mais diversas reações químicas.
Prontas para entrar em ação, elas às vezes reagem com outras moléculas, como faz a vitamina A, a fim de formar pigmento do olho que precisa ser renovado para se enxergar em detalhes ou ainda, quando está no escuro, para se perceberem as formas dos objetos num jogo de sombras. As vitaminas também reagiriam com os chamados radicais livres - complexas substâncias com cerca de mil átomos de hidrogênio, formadas por fatores diversos como álcool e fumo. A reação, no caso, foi observada apenas em laboratório, mas, se ocorre no corpo humano, então as vitaminas conseguem literalmente tirar um anarquista de circulação: muito reativo, o radical livre logo se gruda em uma célula e fica ali para atrapalhar. Com o tempo, há mais anarquistas e mais confusão criam.
Por isso, esses radicais estão ligados a processos degenerativos como o câncer e o envelhecimento.Neste caso, eles se acumulam, agarrados às fibras de colágeno que amarram as células dos tecidos. Estas acabam se rompendo como uma rede sob excesso de peso - quando isso ocorre, as rugas aparecem no rosto. Ao formar substâncias e neutralizar outras, as vitaminas são protagonistas nas reações e, uma vez que são transformadas, se desgastam no desempenho desse papel. No entanto, é como coadjuvante que elas atuam na maioria dos processos bioquímicos, nas chamadas reações enzimáticas, que, entre outras coisas, compõem a digestão.
O amido que se come no pão, por exemplo, mistura-se com a água no aparelho digestivo e forma o substrato, ou seja, a matéria-prima de um produto que o organismo precisa fabricar. O produto, neste caso, é um combustível das células, obtido quando certa enzima quebra as moléculas da matéria-prima, recombinando as partes de um modo diferente - o da fórmula da glicose. Para isso, as moléculas têm uma região, o sítio catalítico, que serve feito luva, para as enzimas. Algumas vezes, porém, sobra espaço, e as enzimas, dentro do sítio catalítico, dançam de um lado para outro. Sem um bom contato, as reações para formar o produto não se desencadeiam. Neste aspecto, pode-se dizer que uma refeição cheia de gorduras, carboidratos e proteínas é nada, senão houver vitamina.
Esta ajusta a enzima como o calço de uma mesa bamba e, no final, sai intacta. Assim, é usada várias vezes em reações semelhantes, antes de ser eliminada. Daí porque os alimentos só precisam repor milésimos ou até milionésimos de grama desse nutriente. Seguindo à risca a dose diária recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), quem viver setenta anos terá consumido apenas cerca de 30 gramas de B1 ou tiamina, as quais nem transbordariam numa xícara de cafezinho. A importância desse consumo, porém, vale muito mais do que pesa. Se a ingestão de qualquer vitamina for inferior ao ideal, paga-se a diferença com a própria saúde. .
 Carência extrema de vitamina B1, por exemplo - cuja função é manter os nervos que controlam os movimentos -, gera uma doença conhecida na China há mais de 4 mil anos: o beribéri, cujo nome significa ao pé da letra "não posso", alusão à dificuldade da vítima em se mexer. Mas as doenças, sejam menos ou mais graves, não são o alarme da falta de vitaminas. De acordo com o médico Hélio Vanucchi, da Universidade de São Paulo (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), "elas já são a última etapa de um processo de deficiência". Estudando o problema há dezoito de seus 46 anos, ele explica que no início o organismo esgota as reservas desses nutrientes e, em seguida, certas funções orgânicas que dependiam da sua presença são interrompidas ou se tornam mais lentas; ainda nesse estágio, não há sintomas.
Só na terceira fase, às vésperas de ficar doente, a pessoa sente que algo está errado. "Mas as sensações são tão imprecisas, como perda de apetite ou irritabilidade, que poucos procuram um médico", conta Vanucchi. "E, se procuram, sem ver sinal aparente de doença o médico pode não chegar ao diagnóstico." Na área em que esse paulista de Araraquara se especializou, a Nutrologia - estudo em Medicina da ação dos nutrientes -, costuma-se considerar que para cada caso clínico existem nove ou dez casos de carência da mesma vitamina nos estágios anteriores, tão difíceis de ser percebidos. A duração de todo o processo varia conforme a vitamina que falta: doses insuficientes de A transparecem após cerca de oito meses, enquanto um período quatro vezes menor pode ser o bastante para que a vitaminaC a menos provoque o escorbuto.
O risco de se ter a doença, caracterizada por hemorragias, não existe apenas nos livros de História, que relatam expedições marítimas fracassadas por sua causa. Um estudo na França, realizado em 1980, mostra que 30 por cento dos idosos são deficientes em vitamina C. Aliás, os franceses, de paladar tão requintado, consomem apenas 80 por cento da dosagem ideal dessa vitamina e também de A, B2 e B6. Os dados americanos são mais surpreendentes: somente 35 por cento das pessoas têm alimentação adequada para suprir as necessidades diárias de vitaminas.
Não há pesquisas semelhantes de quanta vitamina é servida no prato do brasileiro, mas um levantamento de possíveis deficiências partiria de um número já estabelecido: 40 milhões de subnutridos. Outra preocupação estatística brasileira são os 12 milhões de alcoólatras. "O alcoolismo hoje é a maior causa de doenças por falta de vitaminas, na população adulta mundial", avalia o médico Vanucchi. Além de comer menos - logo, ingerir menos vitaminas - o alcoólatra gasta uma imensa quantidade de vitaminas do complexo B para metabolizar a bebida. Seu organismo ainda requisita maiores volumes de todas as vitaminas que de algum modo reparam os danos nos tecidos causados pelo álcool.
Contudo, não são apenas os que têm problemas de saúde, como os alcoólatras, que devem se preocupar com as doses de vitamina de todos os dias. Na opinião do bioquímico Miguel Sérgio Zucas, da Faculdade de Educação Física da USP, os atletas devem ficar de olho no consumo de B1 , B2 e niacina. Enquanto trabalham, os músculos produzem uma substância, o ácido pirúvico, que sem a vitamina B1 , transforma-se em ácido lático. "Este tem um efeito irritante", explica Zucas, "e é o responsável pelas dores musculares após a ginástica."
As outras duas vitaminas agem na obtenção de energia em exercícios de baixa intensidade e longa duração. "Sem elas, o cansaço chega mais rápido", afirma o bioquímico, que cuidou para que os três nutrientes não faltassem aos atletas das seleções brasileiras de vôlei, basquete e ciclismo, participantes dos últimos Jogos Olímpicos em Seul. A experiência de onze anos estudando quando os nutrientes entram em campo não resolve seu maior problema: "É difícil calcular quanta vitamina um atleta consome.
Se ele me disser que gosta de alface, em princípio cheia de B1, não me tranqüilizo. Como vou saber se a B1 ainda está ali? Hoje são comuns as práticas que destroem essa vitamina, como jogar bicarbonato nos vegetais para deixá-los mais bonitos".
A preocupação de Zucas faz sentido: os alimentos parecem não ser os mesmos, a começar porque as moléculas das vitaminas são sensíveis a mudanças de pH (medida do teor de acidez ou alcalinidade de uma substância), alterações de calor, umidade, luz, presença de oxigênio, deficiências do armazenamento e outros fatores que participam da industrialização. Um nutricionista americano analisou 730 alimentos industrializados. Em números redondos, os vegetais perdem quase a metade das vitaminas, enquanto nas carnes restou somente um terço do teor inicial desses nutrientes. "As perdas podem ser maiores na preparação doméstica, ao passo que os equipamentos usados na indústria, por exemplo, não deixam escapar o vapor", defende Pablo Padin Fernandez, engenheiro de alimentos da Roche, laboratório líder no mercado mundial de vitaminas.
De fato, as vitaminas se dividem em dois grupos: A, D, E e K se dissolvem em gordura e por isso são chamada de lipossolúveis; já a vitamina C e o complexo B formam as hidrossolúveis, que se diluem na água. Este grupo foge pelo vapor ou pela própria água do cozimento. A indústria tem ao menos, o recurso de adicionar vitaminas sintetizadas para reparar perdas e danos dos produtos em relação aos seus ingredientes frescos. "Pode-se acrescentar qualquer vitamina a qualquer alimento", garante Fernandez.
De fato, esses aditivos podem até enriquecer produtos de grande consumo com as vitaminas das quais a população está mais carente. Nesse sentido, a primeira experiência foi em 1916, quando os dinamarqueses acrescentaram vitamina A na margarina para compensar a substituição da manteiga exportada, rica naquele nutriente. Desde então, outros países seguiram o exemplo. O Canadá foi o primeiro a criar, em 1975, um conselho de nutrição que, quando as autoridades sanitárias julgam necessário, ordena suplementações nos alimentos a serem consumidos em dada região. Nesta década, o Japão, a Suíça e a Grã-Bretanha adotaram políticas semelhantes. Nesses países, a adição de vitaminas em alimentos também passa por rigoroso controle. Chega a ser proibido acrescentar as vitaminas das quais a população está bem suprida.
Não é mais que um mito o conceito de que é melhor ter vitaminas em excesso do que não tê-las. Na verdade, a presença de uma vitamina acima de certo nível faz tão mal quanto sua ausência. Acreditava-se que somente as lipossolúveis ofereciam esse risco, por se depositarem em tecidos gordurosos e no fígado, enquanto o excesso de hidrossolúveis seria eliminado pelo suor e pela urina. As pesquisas mais recentes mostram que mesmo essas vitaminas solúveis em água podem ter efeito tóxico se ingeridas em altas quantidades. Apenas esses efeitos demoram mais para aparecer.
A observação aumenta a polêmica em torno da teoria de que grandes doses de vitamina C seriam capazes de curar ou prevenir resfriados. É verdade que as superdoses têm o aval de ninguém menos que o cientista americano Linus Pauling, Prêmio Nobel de Química em 1954 (e da Paz oito anos mais tarde). "O excesso dessa vitamina ajuda a formar oxalatos, substâncias que produzem os cálculos renais", diz Bruno Carlos de Almeida Cunha, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.
Pauling, no entanto, se auto prescreve 10 gramas diários de vitamina C, equivalentes a duzentos copos de suco de laranja. Nos anos 60, ele proclamou que a vitamina C aliviara os sintomas de um resfriado, e desde então as vendas dessa vitamina quadruplicam em cada inverno europeu. Em laboratório, a vitamina C mostrou que pode matar vírus, como o da gripe. Mas não há provas suficientes de que faça o mesmo no corpo humano.
Na verdade, é bastante nebulosa a área entre o necessário à saúde e os excessos nocivos. Teoricamente, nas dosagens intermediárias, as vitaminas poderiam curar doenças. Na prática, só é certo que são o melhor remédio para as doenças que sua própria ausência provoca.

Descoberta em etapas.

Certas comidas fazem as cobaias crescer, por isso os cientistas do início deste século passaram a buscar os "fatores de crescimento", ingredientes então invisíveis e misteriosos. Em 1911, o bioquímico polonês Casimir Funk notou que algo nas leveduras era essencial à própria existência de microorganismos e concluiu que os tais fatores, pesquisados no mundo inteiro, promoviam muito mais do que o crescimento. Daí cunhou o termo vitamina, antes mesmo de saber quais moléculas de fato estava observando. No caso, eram as vitaminas do complexo B , mas o nome definiu todos aqueles fatores de crescimento.
Mais tarde começou á diferenciação, a descoberta de que diferentes vitaminas têm funções diferentes e diferentes propriedades químicas, mas o nome continuou sendo aplicado a todas elas.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A revolução invisível - Nanotecnologia

A REVOLUÇÃO INVISÍVEL - Nanotecnologia



Desde 1995, os cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, conseguem controlar os movimentos de uma sanguessuga viva a partir de um computador. Eles conectam um minúsculo chip de silício, com menos de 50 milésimos de milímetro, ao nervo central do verme. Os sinais da célula nervosa são recebidos pelo equipamento e transformados em sinais elétricos. Ao interpretar esses sinais, os pesquisadores são capazes de reproduzir os comandos de um neurônio sem comprometer o desempenho das células vizinhas. Nos últimos dez anos, o instituto vem se empenhando em reduzir o chip da escala micrométrica para a nanométrica, para utilizá-lo no tratamento de doenças neurológicas humanas. Implantado no cérebro, o chamado neurotransistor poderá corrigir, por exemplo, a produção da substância das células degeneradas que causam o mal de Parkinson. A pesquisa alemã deverá ser uma das inúmeras contribuições que a nanotecnologia promete para o século 21.

Afinal, o que é essa tal de nanotecnologia? "Nano" vem do grego e significa "anão". Um nanômetro equivale a um milionésimo de milímetro, medida tão pequena que são necessários cerca de 400 000 átomos amontoados para atingir a espessura de um fio de cabelo. Portanto, os nanoprodutos são objetos que medem milionésimos de milímetro. A melhor imagem para entender o funcionamento da nanotecnologia são os tradicionais blocos Lego. Imagine que cada uma das pecinhas seja um átomo. Você prende os blocos uns aos outros e constrói um carro, uma casa ou um avião. Pense nesse processo numa escala microscópica e você terá compreendido como transformar um átomo num produto maior. Suponha agora que a propriedade de uma molécula - dois ou mais átomos reunidos - seja repelir a água. Milhões dessas moléculas agrupadas viram um tecido impermeável. Metros e metros desse tecido serão usados em roupas. Pronto, agora você tem uma capa, uma calça e um sapato para sair na chuva sem se molhar.



PRODUZINDO O NOVO

Da mesma forma, pode-se mexer nos átomos de um pedaço de carvão e reorganizá-los na forma de diamante. Parece revolucionário? Pois agora imagine reagrupar os átomos um a um, no lugar exato, até formar objetos que a natureza não criou. Um robô que possa entrar na sua corrente sangüínea e eliminar vírus, bactérias e protozoários, por exemplo. A aids, a malária, a gripe e dezenas de doenças graves seriam, enfim, coisa do passado. Essa é a revolução que a nanotecnologia promete para quando ela for aplicada em escala industrial.

Talvez você desconheça, mas o homem já consegue transformar átomos de carbono em nanotubos de transistores ou gotas de silício em lâminas de vidro. Só que são produtos caros e, para ir mais adiante, ainda faltam os operários.

O engenheiro Eric Drexler, fundador do Instituto Foresight e um dos maiores defensores da nanotecnologia, acredita que a ciência será capaz de construir os nanorrobôs em 2010. Esses robozinhos minúsculos - eles próprios frutos da nova ciência - farão o "trabalho duro", ou seja, ordenar os átomos como quem empilha tijolos para levantar uma parede.

Assim, os primeiros produtos nanométricos comercialmente viáveis surgiriam a partir de 2015. Cinco anos depois, os nanorrobôs seriam amplamente utilizados em hospitais. As maquininhas invisíveis poderão entrar no corpo humano e combater células cancerígenas, matar vírus e micróbios, destruir tumores e placas de colesterol. Elas também colocarão cada molécula no seu devido lugar, curando doenças genéticas e retardando o envelhecimento.



DO SAPATO AO BIFE

Bem-empregada, a tecnologia ajudará na recuperação do meio ambiente. A Universidade de Brasília já estuda aplicações de nanoímãs em despoluição de águas contaminadas por petróleo. E nanossensores instalados nos automóveis poderiam controlar a emissão de gases tóxicos na atmosfera. Numa das aplicações mais controversas, Drexler propõe até a criação de alimentos mais nutritivos e baratos a partir da manipulação dos átomos. Poucos apostam na concretização dessa hipótese nos próximos 15 anos, levando-se em conta a polêmica causada pelos alimentos transgênicos. Na teoria, você poderia mexer nas moléculas de uma sola de sapato e ganhar um bife suculento - para a redenção da maioria dos restaurantes universitários, que costumam inverter a fórmula.

Esqueça o velho computador que ocupa boa parte da sua mesa de trabalho. Com a nanotecnologia, serão construídos supercomputadores com bilhões de processadores, rápidos o suficiente para realizar trilhões de cálculos por segundo e armazenar todos os livros de uma biblioteca, mas que vão caber na sua mão. O nanoprocessador vai virar peça comum de qualquer objeto. Ninguém vai notar a presença do computador na caneta, na chave da porta, no cartão do banco, no sapato, mas ele estará lá.

Quando os cientistas aprenderem a manipular habilmente os átomos, produtos saídos diretamente dos livros de ficção científica se tornarão realidade. Em 2020, a indústria vai fabricar materiais 100 vezes mais resistentes que o aço, carros que não arranham, espelhos antiofuscantes, aviões mais leves, roupas que regulam a temperatura do corpo, jornais eletrônicos de plástico semelhante ao papel, tintas que mudam de cor, aquecedores solares baratos, bolas de basquete que não perdem a elasticidade. O casco dos navios será repelente à água - com menos atrito, eles gastarão menos combustível. Todos os materiais que você descarta, inclusive os não-recicláveis, poderão virar outros objetos. O futuro respeitará, como nunca, a máxima de Lavoisier: "Tudo se transforma".
Tudo lindo e maravilhoso, mas a nanotecnologia ainda encontra opositores. Entre as questões, duas se destacam. Primeira: assim como os nanoprodutos podem ser usados para o nosso conforto, também podem se voltar contra nós. A tecnologia será utilizada para fins militares? Teremos armas mais destrutivas que a bomba atômica? Segunda: sabe-se que algumas combinações de átomos são tóxicas. Quais os efeitos que as nanoestruturas terão sobre o meio ambiente e o corpo humano? Como você percebe, a polêmica é inevitável, mas saudável. Para quem acredita nos benefícios da ciência, vale apostar no bom senso do homem.


Tendências




- NANORROBÔS

Até 2010, a ciência deverá ser capaz de construir nanorrobôs - minúsculos robôs que vão ordenar os átomos para a criação de novos produtos.



- ESCALA COMERCIAL

Se tudo correr como prevêem os cientistas, os primeiros produtos da nanotecnologia comercialmente viáveis devem surgir a partir de 2015.



- MEDICINA

Em 2020, os nanorrobôs deverão ser amplamente utilizados em hospitais. As maquininhas invisíveis poderão entrar no corpo humano para combater células cancerígenas, matar vírus e micróbios, destruir placas de colesterol.



- RISCO POTENCIAL
Assim como os nanoprodutos podem ser usados para o nosso conforto, também podem se voltar contra nós. Um dos temores é que a tecnologia seja empregada para fins militares.




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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Elas ainda vão salvar sua vida - Célula tronco

ELAS AINDA VÃO SALVAR SUA VIDA - Célula tronco


Não se preocupe se você até agora não entendeu o que são as células-tronco. Os próprios cientistas ainda estão começando a descobrir como elas funcionam e o que fazem. Mas, em meio às pesquisas, acharam caminhos que podem levar à cura de um número enorme de doenças, da surdez à calvície. Tanta versatilidade tem um motivo: essas células são como curingas, capazes de se transformar em qualquer tecido do corpo.
Grosso modo, dá para dividir essas células em dois grandes grupos: embrionárias e adultas. As células-tronco embrionárias entram em cena quando temos cinco ou seis dias de vida e não passamos de uma bolinha de 150 células ultraversáteis, que darão origem a todo o nosso organismo. Quando envelhecemos, as células ficam mais "engessadas" em suas funções. A exceção fica por conta do segundo tipo de células-tronco, as adultas, encontradas no sangue ou no cérebro mesmo de pessoas adultas. Essas ainda conseguem originar vários tipos celulares diferentes, mas de maneira mais limitada. A esperança de médicos e doentes é usar ambos os tipos de célula para regenerar órgãos do corpo que estejam perdendo seus componentes celulares - como o coração de alguém que sofreu enfarte ou o cérebro de uma pessoa com mal de Parkinson. Só que não é tão fácil. Além de ignorar quase todos os detalhes de como esse processo se desenvolve, há ainda um dilema ético: para obter as células embrionárias, as mais promissoras, é preciso destruir o embrião de onde vêm. Mas, diante de tantas possibilidades, os cientistas acham que vale a pena.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Cientistas descobrem que processo celular pode reduzir câncer

26/02/2011 09h00 - Atualizado em 26/02/2011 09h00

Cientistas descobrem que processo celular pode reduzir câncer
Por meio da autofagia, células cancerosas são eliminadas.
Agora, a esperança é conseguir reduzir tumores usando o método.

imprimir Cientistas do Trinity College, em Dublin, Irlanda, descobriram que a autofagia desempenha um papel importante em evitar o desenvolvimento do câncer. A pesquisa foi publicada pelo jornal científico “Molecular Cell”.

A autofagia é um processo no qual uma célula literalmente se come. Normalmente, ocorre em períodos de jejum prolongado, e nesse contexto é benéfica para manter a nutrição do corpo até que o indivíduo se alimente outra vez.

A equipe liderada pelo professor Seamus Martin descobriu que mutações num gene chamado Ras, envolvido em cerca de 30% dos cânceres humanos, provoca a autofagia excessiva, levando à autodestruição da célula que origina um tumor.

O Ras mutante aumenta a produção de Noxa, uma proteína que aciona o processo de autofagia, fazendo com que as células se comam até a morte enquanto o câncer ainda está no estágio inicial. O estudo sugere que a autofagia seja um importante método natural de combate ao desenvolvimento do câncer.

Outra descoberta importante envolve membros da família de genes Bcl-2. Esses genes interrompem o processo da autofagia, o que faz com que as células cancerosas sobrevivam. Isso sugere que um tratamento com drogas que neutralizem o Bcl-2 possa reativar o processo natural de autodestruição e ajudar a reduzir tumores.

“Essa descoberta é um passo importante em direção à compreensão de como as células nos estágios iniciais do câncer apertam o botão de autodestruição e sugere novas formas pelas quais possamos reativar esse processo em cânceres que de fato se estabeleçam”, comentou Martin.