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terça-feira, 11 de março de 2025

Exercícios de força, uma ótima arma contra a insônia na velhice

Exercícios de força, uma ótima arma contra a insônia na velhice

Você pode escolher um leque de opções, da atividade aeróbica a um mix que inclua equilíbrio e flexibilidade – o importante é se mexer.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Não envelhecemos de forma constante - Organismo muda durante três idades

Não envelhecemos de forma constante - Organismo muda durante três idades

Envelhecimento fisiológico atinge picos em momentos distintos do ciclo de vida humano.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

As polêmicas transfusões de sangue para retardar a velhice que são moda entre milionários nos EUA


As polêmicas transfusões de sangue para retardar a velhice que são moda entre milionários nos EUA

A empresa Ambrosia, com laboratório na Califórnia e na Flórida, 
usa material de bancos de sangues de hospitais especializados em trauma e cobra US$ 8 mil


De pacientes com Alzheimer a quem busca rejuvenescimento, startups do Vale do Silício fazem testes com sangue e plasma de jovens em pessoas mais velhas, embora não haja provas reais dos efeitos.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Estudo muda conceitos sobre a expectativa de vida medieval


Estudo muda conceitos sobre a expectativa de vida medieval


Um grupo de antropólogos da Universidade Nacional da Austrália fez recentemente uma descoberta que poderá revolucionar tudo o que se sabia sobre a velhice na antiguidade. 

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Dois ingredientes para se ter uma vida longa


Dois ingredientes para se ter uma vida longa


Após uma longa pesquisa, um grupo de cientistas chegou à conclusão de que os motivos que poderiam explicar a longevidade notável dos habitantes de Cilento, um pequeno vilarejo no sul da Itália.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A ciência explica como manter seu cérebro em forma por muito mais tempo


A ciência explica como manter seu cérebro em forma por muito mais tempo


Tocar um instrumento, comer bem ou saber se divertir: tudo isso e muito mais pode ajudar o seu cérebro a manter a boa forma por muito tempo. Infelizmente, não temos um manual de instrução de fábrica para saber como garantir que nossa central de comando fique firme e forte para sempre, mas reunimos seis dicas que prometem nos ajudar nessa missão.

Maior Lua de Saturno pode abrigar forma de vida que não envelhece


Maior Lua de Saturno pode abrigar forma de vida que não envelhece


Passamos tanto tempo procurando vida em outros planetas e, no final das contas, poderemos encontrá-la no satélite natural de um de nossos “vizinhos” de Sistema Solar. Isso porque, para especialistas, a lula Titã, a maior de Saturno, pode abrigar vida.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Pesquisadores criam colírio capaz de dissolver cataratas sem necessidade de cirurgia


Pesquisadores criam colírio capaz de dissolver cataratas sem necessidade de cirurgia


A catarata é uma opacidade no cristalino do olho e é responsável por cerca de metade dos casos de cegueira registrados no mundo. Apesar de essa doença ser tratável, as cirurgias são caras e precisam de profissionais altamente especializados. Isso é um problema para pacientes que vivem em países subdesenvolvidos e com sistemas de saúde precários. Mas um novo estudo, que usou colírios para regredir cataratas em cachorros, pode tornar o tratamento da doença mais barato e acessível.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Cientistas afirmam estarmos muito próximos da cura do Alzheimer e Mal Parkinson


Cientistas afirmam estarmos muito próximos da cura do Alzheimer e Mal Parkinson


A cura para doenças neurodegenerativas pode estar mais perto do que se imagina e disponível nos próximos cinco anos. No que diz respeito ao Alzheimer, a forma mais comum de demência, o novo e promissor tratamento é, na realidade, uma vacina capaz de interromper o avanço da doença e reparar alguns danos já causados. Já sobre o Parkinson, uma droga injetada continuamente no paciente atua diretamente no cérebro e está apresentando resultados animadores.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Chinesa afirma ser a mulher mais velha do mundo aos 127 anos


Chinesa afirma ser a mulher mais velha do mundo aos 127 anos

Alimihan Seyiti, ao que tudo indica, nasceu em 1886. Ela espera por uma confirmação oficial para receber o título.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Novo chip pode levar a teste rápido de câncer e Alzheimer no futuro



Novo chip pode levar a teste rápido de câncer e Alzheimer no futuro

Microchip criado por cientistas japoneses para detectar RNA no sangue (Foto: Divulgação/Riken)

Cientistas japoneses criaram tecnologia portátil que detecta microRNA.
Concentração das moléculas aumenta no caso dessas doenças.

Cientistas japoneses criaram um pequeno dispositivo portátil que permite detectar a presença de moléculas de microRNA no sangue e em outros fluidos corporais rapidamente, com resultados em cerca de 20 minutos.

Segundo os pesquisadores do Instituto Riken de Ciência Avançada, responsáveis pelo invento, o sistema é um chip que não precisa de fonte externa de energia e que permite descobrir microRNA em volumes bem pequenos de amostras de sangue ou outros fluidos.

O estudo foi publicado nesta quarta-feira (7) no site do periódico "PLOS ONE". A invenção abre caminho para, no futuro, serem criados testes simples para detectar doenças como câncer e o Alzheimer ainda nos estágios iniciais, avaliam os cientistas.

O RNA, ou ácido ribonucleico, é uma molécula vital para os seres vivos por atuar na síntese de proteínas. Já o microRNA, segundo o estudo, é uma molécula pequena de RNA, com a função de regular a expressão dos genes em uma série de processos biológicos, como a divisão das células, sua diferenciação e sua morte.

A concentração de microRNA em fluídos corporais, como o sangue e a saliva, aumenta conforme progridem doenças como câncer e Alzheimer, afirma o estudo. Este é o efeito que os cientistas esperam detectar utilizando o dispositivo inventado.

Técnicas atuais para análise de microRNA precisam de dias para apresentar resultado e envolvem equipamentos que podem ser usados apenas por técnicos treinados, afirmam os pesquisadores.

Os cientistas esperam que o microchip, quando aperfeiçoado e com mais pesquisas, possa se tornar um novo método de diagnóstico de doenças e distúrbios em todo o mundo, principalmente em regiões mais pobres do planeta.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Longa vida aos moços - Biologia


LONGA VIDA AOS MOÇOS - Biologia



O que significa ficar velho? Os estragos da idade são inevitáveis? A fonte da juventude existe? Começando a encontrar as respostas, os pesquisadores têm uma boa notícia a dar: longevidade é algo que se ganha desde cedo.

Será que alguém pode apagar 75 velinhas e ainda se considerar na meia idade? De certo ponto de vista, até que não seria muita pretensão, pois apenas com base no estoque de 10 bilhões de células nervosas que o cérebro possui ao nascer pode-se calcular que o organismo humano está programado para viver 150 anos. No entanto, feliz de quem consegue chegar com saúde à metade disso. Alimentação inadequada, estresse, sedentarismo, álcool, drogas, fumo: em vez de morrerem de 10 mil a 100 mil daquelas células por dia, o normal dos 30 anos em diante, influências ambientais podem multiplicar por dez a rapidez do envelhecimento. Tão ruim como viver de menos, se não pior, porém, é viver mal: a memória falha, a pele resseca, a estatura encolhe, a gordura aumenta, os músculos enfraquecem, os reflexos diminuem, os pulmões enrijecem o coração se cansa-e tudo tende a fazer da velhice o naufrágio de que falava o estadista francês Charles de Gaulle, que por sinal ainda estava no poder aos 78 anos e morreu dias antes, de completar 80.
Não é por acaso que as novas gerações de gerontologistas, como se chamam os doutores em envelhecimento, preferem dar mais vida aos anos do que simplesmente mais anos de vida, no jogo de palavras do professor Edward Schneider, da Universidade da Califórnia do Sul, nos Estados Unidos. Ali, como talvez em nenhum outro lugar, aprendeu-se a prorrogar a qualquer preço o tempo dos idosos. Na corrida pela vida, a preocupação com a longevidade deixou em segundo plano o interesse pela qualidade. É compreensível: adiar o desgaste do organismo é, afinal, um empreendimento complicado, não só porque os cientistas não têm controle sobre a vida que os homens levam, mas principalmente porque ninguém conhece tintim por tintim os comos e os porquês do envelhecimento. Ramo das ciências biológicas, a gerontologia é uma guapa quarentona, ou seja, uma criança, comparada com a pediatria, por exemplo.
No entanto, o que há de novo nessa área, uma enxurrada de experiências e descobertas fascinantes, é de entusiasmar velhos - e jovens. De fato, dessas descobertas nasce a certeza de que o jogo da longevidade começa a ser decidido já na adolescência. A multiplicação das pesquisas resulta de um surto inédito de interesse pelo assunto, motivado, sem dúvida, por existir cada vez mais gente idosa no planeta. No início do século, a expectativa de vida na média dos países industrializados oscilava em torno de 50 anos; hoje, quem nasce no Japão ou na Escandinávia, campeões mundiais de longevidade, tem toda chance de chegar a 85, ainda mais se for mulher. No Brasil, a esperança média se detém por volta dos 67 anos. Graças à elevação dos padrões de vida e às conquistas da Medicina, nunca antes a proporção de velhos no conjunto da população foi tão grande como deverá ser já nas primeiras décadas do próximo século - com conseqüências sociais e econômicas que apenas se comece a imaginar.
Em compensação, a Terra nunca hospedou tantos doentes crônicos, como chama a atenção o professor Luiz Roberto Ramos, da Escola Paulista de Medicina, 36 anos, que coordena para a Organização Pan- Americana de Saúde uma pesquisa sobre idosos brasileiros. "Nosso desafio é evitar os problemas de saúde na terceira idade, quando a capacidade funcional do organismo gradualmente se esgota", afirma. "Se vivêssemos 150 anos, morreríamos todos de diabete, porque já- não restariam no pâncreas células ainda aptas a produzir o hormônio insulina necessário à metabolização do açúcar." O envelhecimento, nesse conceito, é portanto um processo que caminha a passos microscópicos, na medida em que célula após célula vai deixando de cumprir sua função.
Como muitos de seus pares, Ramos acredita que cada espécie tem uma duração máxima de vida, programada por um calendário biológico que passa dos pais para os filhos. No homem, convencionou-se estabelecer esse teto teórico em 120 anos. O recorde de longevidade - 117 anos bem contados- pertence a um cidadão japonês, falecido na década de 80. Um estudo recente veio reforçar a teoria genética do envelhecimento. Ao estudar o câncer em cobaias, pesquisadores americanos e japoneses localizaram recentemente a moradia do gerontogene-o gene responsável pelo processo de senescência, como dizem os cientistas. Ele residiria no primeiro dos 23 pares de cromossomos existentes no homem. O cromossomo número 1 ou está ausente ou está alterado nas células dos tumores. Estas podem ser consideradas imortais, pois não param de se multiplicar. Os geneticistas concluíram que o cromossomo 1 é o encarregado de frear essa reprodução, como ocorre na velhice, quando as células demoram cada vez mais para se renovar.
Cada órgão, na realidade, tem idade própria para começar a render menos. O primeiro é o cérebro. "Do mesmo modo como nos transformamos de crianças em adolescentes e de adolescentes em adultos, a velhice é mais uma metamorfose", compara o geriatra Wilson Jacob, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Nenhuma outra etapa da existência humana, contudo, é tão cercada de mal-entendidos e crenças equivocadas. Para evitar confusões ainda maiores, os cientistas distinguem entre senilidade, o envelhecimento fisiológico normal e senescência, a velhice acompanhada de doenças crônicas, como artrite, hipertensão, diabete, má digestão, insuficiência renal, desidratação.
A princípio programado pelos gerontogenes para se tornar senil, como uma forma de obsolescência planejada, o organismo é empurrado por incontáveis fatores ambientais para o vale de lágrimas da senescência. "Influi até a temperatura do lugar onde vivemos", exemplifica Jacob. Uma pesquisa com moscas drosófilas mostrou que, mantidas a uma temperatura de 18 graus, elas viviam o dobro do que outras, a 30. Mas o homem não deve se encantar com a idéia de que o frio possa congelar o fluir do tempo. "Para os seres humanos, tudo indica que não são as temperaturas altas que envelhecem, mas as mudanças bruscas de clima", indica Jacob, apoiando- se em estatísticas de diversas partes do mundo. "O aquece-esfria constante parece aumentar a incidência das doenças típicas da velhice."
Esses problemas de saúde só mostram a sua face na terceira idade, a partir dos 60 anos. Na última década, surgiu o conceito de que para ser um idoso sadio é preciso ter tido até mesmo uma infância sadia. Médicos japoneses encontraram nos vasos sangüíneos de garotos de 10 anos de idade uma finíssima estria de gordura, possível embrião da aterosclerose - a formação de placas eventualmente fatais nas artérias -, cujos sintomas se manifestam somente quando metade da passagem para o sangue já está obstruída. É como se o organismo esperasse a velhice para acender o estopim de uma bomba armada ao longo de quase toda uma vida. A única exceção é o câncer, que não é uma doença lenta, mas aparece com maior probabilidade no idoso porque seu sistema imunológico é menos eficiente
De fato, no decorrer da vida, não é impossível que uma pessoa tenha tido milhares de cânceres sem jamais ficar sabendo. Isso porque em cada caso o sistema imunológico eliminou a célula doente em menos tempo do que se leva para dizer oncologia. Os tumores, portanto, só aparecem quando existe uma falha nessa segurança, por escassez de guardas em serviço, como acontece no idoso. Daí porque os cientistas concordam em que a senescência é uma forma abrandada de AIDS - vulnerável, o sistema imunológico já não se livra das fontes de infecção. Mas, se alguém quiser assistir a uma discussão interminável basta convidar dois gerontologistas para explicar por que as células ativas diminuem com a idade. Atualmente, a maioria dos cientistas têm fortes suspeitas de que tudo seja conseqüência da ação nefasta dos chamados radicais livres, moléculas pouco maiores do que um átomo, subprodutos do processo respiratório pelo qual o organismo queima oxigênio para obter energia.
Logo que são liberados nas células, reagem com a primeira molécula que encontram pela frente, formando ligações verdadeiramente perigosas, a ponto de poderem provocar mutações nos genes. Quando um radical livre se combina com o colesterol, por exemplo, a molécula dessa gordura, que navegava diluída no sangue, se solidifica, pronta a se depositar nas artérias. Pior é o efeito dos radicais quando se chocam com as células, alterando a permeabilidade de suas membranas. "A célula perde o controle do que entra ou sai dela e acaba morrendo, ou por deixar escapar moléculas vitais ou por inchar de substâncias tóxicas", descreve o geriatra israelense Efrain Olszewer, há dez anos no Brasil. Olszewer, que dispara palavras feito um adolescente entusiasmado, mas aparenta ser mais velho que seus 35 anos, é um ardoroso partidário da teoria dos radicais livres como explicação para o envelhecimento.
Ele cita um estudo realizado há cinco anos em um laboratório americano. A experiência mostrou que permaneciam mais tempo jovens aquelas cobaias cujos organismos produziam maior quantidade de enzimas capazes de bloquear os tais radicais. Sim, porque o mesmo organismo que produz o veneno pode igualmente oferecer o antídoto: se uma célula libera até mil radicais livres por dia, também fabrica substâncias, chamadas antioxidantes, que reagem com aquelas moléculas antes que saiam fazendo o estrago de praxe. A má notícia é que esses antioxidantes, assim como ocorre com as células em geral, tornam-se escassos à medida que os anos passam. Olszewer compara o processo à história do ovo e da galinha: "É difícil saber se o excesso de radicais livres, na velhice, é causado pela ausência de enzimas bloqueadoras ou se a ausência de enzimas resulta do fato de os radicais livres terem aniquilado dentro das células as estruturas que as produzem".
Outra teoria bastante aceita para explicar o envelhecimento é a das chamadas reações cruzadas. Uma proteína é formada por centenas de moléculas, os aminoácidos, dispostas em ordem determinada pelos genes como as contas de um colar. Mas, de vez em quando, os genes erram o comando e o resultado é uma reação cruzada: a receita embaralhada de duas ou mais substâncias faz a célula fabricar uma proteína de que não necessita e que só pode atrapalhar a rotina normal no organismo. O sistema imunológico costuma reparar o erro, enviando células macrófagas que literalmente engolem as companheiras cuja linha de montagem está defeituosa. Mas a situação desanda quando diminuem os efetivos do exército de macrófagas. Os cientistas já perceberam que, ao funcionar como uma espécie de cola entre as moléculas, o açúcar dos alimentos facilita as reações cruzadas. Mas não há prova de que restringir o seu consumo faça alguma diferença.
Para ver a quantas anda a longevidade de um paciente, o geriatra Olszewer utiliza um microscópio comum com um dispositivo que amplia a imagem de uma gota de sangue em vídeo. Só assim é possível enxergar com nitidez a quantidade de pontinhos brancos, os radicais livres. Há receitas para combatê-los, como ingerir vitamina C, cujas moléculas seriam igualmente capazes de bloqueá-los. O campeão da idéia de consumir grandes doses da vitamina é o bioquímico americano Linus Pauling, 89 anos completados em fevereiro último, duas vezes Prêmio Nobel. No entanto, o envelhecimento em si é inevitável e tudo a que a Medicina aspira é torná-lo tão agradável como pode ser qualquer outra fase da vida. A grande maioria dos gerontologistas exclui de seu léxico a palavra rejuvenescimento por designar algo impossível. Mesmo assim, clínicas luxuosas oferecem tratamentos que prometem apagar os sinais da idade como se passassem uma borracha nos vincos da pele.
Nenhuma terapia causa tanta polêmica como a desenvolvida na década de 50 pela geriatra romena Ana Aslan, falecida aos 91 anos em 1988. Ela descobriu por acaso os efeitos alegadamente rejuvenescedores da procaína, um anestésico leve. Segundo a médica, aumentando a capacidade da célula absorver oxigênio, a procaína teria poderes de mexer com os ponteiros da idade. Experiências realizadas mais tarde concluíram porém que a procaína seria apenas um bom antidepressivo, daí o alto astral dos pacientes da doutora Aslan. "Acontece que as experiências foram realizadas com procaína pura e não com o extrato criado por ela, ao qual se acrescentam outras substâncias capazes de potencializar a sua ação", retruca o geriatra paraibano Eduardo Gomes de Azevedo, 38 anos, que estagiou durante dois anos com a doutora Aslan e hoje cuida de manter a vitalidade de pacientes ilustres, como o rei do futebol Pelé, 50 anos, a jornalista Marília Gabriela, 41, o governador gaúcho Pedro Simon, 60, e a cantora Elba Ramalho, 38.
Com seu jeito agitado, Azevedo adverte que nenhum tratamento para evitar a senescência dará certo se as pessoas não lutarem contra o estresse. O cardiologista carioca Sérgio Vaisman, que há sete anos trabalha com prevenção de doenças crônicas em São Paulo, concorda à sua maneira: "Uma vida agitada em excesso no período da infância à juventude provoca males irrecuperáveis mais tarde". Uma de suas maiores preocupações é explicar como a ginástica que se faz hoje causa benefícios amanhã: "Está provado que o organismo sedentário acumula mais radicais livres", justifica. Mas Vaisman tem poucas oportunidades de dar esse tipo de conselho. "As pessoas não entendem que podem prevenir bem cedo a maioria dos males comuns à terceira idade", lamenta. "Acreditam que o envelhecimento só começa quando pode ser visto no espelho "

Explosão da terceira idade

O brasileiro que nascesse no início da Segunda Guerra Mundial teria uma expectativa de vida de 39 anos; hoje, meio século depois, essa expectativa já supera 65 anos, embora sejam grandes as disparidades regionais. Como nesse período a taxa de fecundidade no país caiu cerca de 40 por cento, não cessa de aumentar a proporção de idosos no conjunto da população. O grande salto vai se dar neste decênio: no ano 2000, doze em cada cem brasileiros terão 60 anos ou mais-o dobro da proporção atual. A mudança no desenho da pirâmide demográfica, como se chama a forma pela qual uma população se distribui por grupos de idade, é muito mais nítida no Primeiro Mundo. De cada cem europeus que festejarem o advento do século XXI, 36 estarão na terceira idade. O lado complicado desses números todos é que a cada ano menos gente deve sustentar mais gente - sem esquecer que o idoso gasta três vezes mais do que o jovem, por causa das salgadas despesas com saúde e cuidados em geral. Dos mais de 25,5 milhões de velhos americanos (11 por cento da população), 6 milhões precisam de acompanhamento médico permanente. A discussão sobre quem deve pagar e como a conta da velhice prolongada vai longe e requer aritméticas criativas. No Japão, por exemplo, sexagenários aposentados já recebem convites para voltar à ativa de alguma forma. Os brasileiros que se preparem.

Idéias caducas

Muito do que se fala sobre o idoso ou do que se receita para rejuvenescer não passa de velhas crendices. Aposente esses mitos:
Pessoas idosas devem comer bastante para manter a saúde
É certo que a falta de apetite crônica leva à desnutrição. Mas, desde que se suplemente a dieta com vitaminas e sais minerais, os gerontólogos asseguram que o idoso pode viver melhor se cortar até um terço das calorias das refeições. Experiências com cobaias comprovam que quanto mais calorias o organismo recebe, mais tende a produzir os maléficos radicais livres que prejudicam o sistema imunológico - e isso ocorre em pessoas jovens também.
Todo velho é desmemoriado
Os idosos de fato levam mais tempo para fixar informações novas. Isso não significa porém que não consigam gravar, por exemplo, um número de telefone, desde que o repitam algumas vezes, como, por sinal, gente mais jovem também faz. E, no caso de lembranças mais antigas, simplesmente não há problema.
A velhice, na mulher, começa a partir da menopausa
A menopausa marca apenas o envelhecimento do aparelho reprodutor feminino, que por falta de hormônios perde a fertilidade da juventude. Mas o organismo como um todo, tanto nas mulheres como nos homens, começa a envelhecer muito antes, pelo cérebro.
Os homens demoram mais do que mulheres a aparentar a idade
As aparências enganam apenas os olhares desatentos, pois em geral no organismo masculino os músculos começam a ser gradualmente substituídos por gordura a partir dos 35 anos; nas mulheres, isso só costuma acontecer depois da menopausa, que raramente ocorre antes dos 45 anos de idade.
A idade biológica corresponde à idade cronológica
Nem sempre. Duas pessoas nascidas na mesma época podem ser comparadas a carros fabricados no mesmo ano: aquele que foi bem cuidado pelo proprietário terá um desempenho muito melhor do que aquele que sofreu acidentes e não passou por uma boa revisão. Assim, alguém cuja cédula de identidade revele 40 anos pode perfeitamente bem sentir-se como se tivesse 30 - ou vice-versa.
O interesse sexual diminui ou desaparece com a idade
A afirmação não tem fundamento biológico, mesmo no caso dos homens que com o passar dos anos perdem parcialmente a ereção. A diminuição ou a ausência do desejo sexual tem a ver, isso sim, com dificuldades psicológicas muitas vezes resultantes de convenções sociais.

Tudo começa na cabeça

Cada órgão tem um tempo certo para envelhecer.
Por volta dos 25 anos a pele começa a perder água. A partir dos 30 desaparecem gradativamente as fibras de colágeno, que prendem as suas células. Em conseqüência, o tecido perde elasticidade, enrugando-se. A partir dos 40 anos, começa a afinar, esticando: grande demais para o corpo cede à gravidade e pende, depois dos 50. 
As células cerebrais, os neurônios, começam a morrer perto dos 30 anos e o processo não pára. Resultado: aos 80 anos o cérebro pesa quase 10 por cento menos. A irrigação sangüínea diminui e os neurônios trocam mensagens mais devagar. Como as informações requerem mais tempo para serem fixadas, maior a dificuldade de recordar fatos recentes.
 Até os 50 anos, cada milímetro da língua possui 245 receptores nervosos do paladar. Depois eles vão desaparecendo, até que aos 70 anos não restam mais de 80 receptores por milímetro. 
A partir dos 40 anos, enfraquecida pela perda de moléculas de cálcio que ocorre no esqueleto inteiro, as vértebras se aproximam cedendo à gravidade: aos 50 anos a estatura diminui em média 0,5 centímetro e aos 70 o idoso já esta cerca de 2 centímetros mais baixo. A perda de cálcio é mais acentuada nas mulheres após os 50 anos por causa da deficiência hormonal.
 Por causa da perda de células a partir dos 30 anos, os rins se atrofiam e aos 50 anos já perderam 30 por cento do peso. Por isso, o sangue demora mais a ser filtrado, a produção de urina diminui e ela pode se tornar menos densa - daí o risco maior de intoxicações em idosos. 
Depois dos 35 anos, a atividade do organismo torna-se cada vez mais lenta, por alterações nas glândulas, o que afeta a produção de hormônios.
Aos 30 anos, numa pessoa com 80 quilos, cerca de 30 correspondem aos músculos. Nas quatro décadas seguintes a musculatura perde aproximadamente 5 quilos, por causa da morte de fibras. Aos 65, a força muscular está limitada a 75 por cento.
As lentes endurecem ao longo da vida, mas a dificuldade de focalizar objetos só costuma aparecer a partir dos 45 anos- amareladas pelo tempo, as lentes impedem que, a partir dos 60, se distingam tons entre o azul a o verde.
 Entre 35 e 40 anos, a elasticidade diminui, o que torna mais difícil expirar e, portanto, eliminar todo o gás carbônico. Aos 80 anos assim, a capacidade respiratória cai pela metade.
Entre 30 e 35 anos, as fibras e válvulas do coração enrijecem, dificultando os batimentos que, em conseqüência, diminuem. Em situação de esforço físico, o coração jovem bate cerca de 200 vezes por minuto. aos 40 anos, 182 vezes aos 50, 171: aos 60, 59. Por causa da obstrução gradativa das artérias, a chance de infarto dos 50 anos em diante é duzentas vezes maior.
Entre 45 e 50 anos, as mucosas que revestem o estômago e os intestinos se ressecam, o que diminui a produção de sucos digestivos e a absorção de sais minerais: a digestão, a partir dai, torna-se mais lenta.

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Quem quer viver mil anos ??? Longevidade

QUEM QUER VIVER 1 000 ANOS? Longevidade



O sonho da vida eterna é tão antigo quanto a autoconsciência humana da inevitabilidade da morte. Segundo os textos bíblicos, é acalentado desde o dia em que a curiosa Eva se rendeu à tentação do conhecimento, experimentou o fruto proibido e foi expulsa do paraíso da inconsciência, ao descobrir-se mortal. O fato é que, do primeiro casal para cá, não somente perdemos a prerrogativa da imortalidade como também alguns séculos de vida, pois dizem que Adão teria morrido aos 930 anos. Desde então, a pessoa que, comprovadamente, viveu mais tempo foi a francesa Jeanne-Louise Calment, morta em 1997, aos 122 anos - sinalizando que esse seria aproximadamente o limite de sobrevivência do corpo humano.

Mas há quem desafie esse senso comum. O biogerontologista inglês Aubrey de Grey está convencido de que o envelhecimento é um processo biológico que pode perfeitamente vir a ser controlado, da mesma forma que a ciência já conseguiu combater muitas doenças que antes eram tidas como incuráveis. De Grey, que é formado em ciência da computação, mas se tornou um dos principais teóricos do mundo em longevidade humana, trabalha atualmente no Departamento de Genética da Universidade de Cambridge. Ele já comparou o corpo humano a um carro. Com manutenção periódica e adequada - conserta um defeito aqui, põe um lubrificante ali, troca uma peça velha acolá -, dá para aumentar significativamente a vida útil de um carro. Embora o corpo humano seja muito mais complexo do que um carro, De Grey acredita que é possível fazer o mesmo, combatendo regularmente os processos que levam ao envelhecimento e à morte das células.



Vida pra chuchu

Para estimular as pesquisas sobre a longevidade, De Grey criou há alguns anos a Fundação Matusalém, cuja principal atividade é promover um concurso para premiar a equipe de cientistas que conseguir prolongar por mais tempo a vida de um Mus musculus, uma espécie de camundongo comumente utilizada em experiências em laboratório. O recordista atual é um exemplar que viveu 1 819 dias, o dobro da média desse animal. A intenção de De Grey é que os resultados obtidos com camundongos chamem a atuação de empresas dispostas a investir na pesquisa sobre a longevidade humana. Se tudo correr conforme prevê o cientista inglês, em dez anos a ciência conseguirá prolongar significativamente a vida de camundongos. E, aplicando-se o conhecimento adquirido com essas experiências, até 2030 já será possível aumentar a expectativa de vida do homem para algo em torno de 130 anos - quase o dobro da média mundial atual. De Grey vai mais longe em seus prognósticos para lá de otimistas. Em um artigo publicado no final de 2004 no site da rede BBC, ele disse acreditar que a primeira pessoa a viver até 1 000 anos já está entre nós e tem hoje por volta de 60 anos.

É difícil encontrar na comunidade científica quem faça coro às previsões mirabolantes de De Grey. A opinião predominante é que, a despeito de toda a tecnologia, não deverá haver avanços significativos na longevidade humana em um futuro próximo. Sobre o assunto, cientistas reunidos em um painel promovido há alguns anos pela revista Scientific American não deram motivos para muito otimismo: considerando todas as conquistas iminentes, como a terapia gênica e a possibilidade de substituição de quase todos os órgãos naturais, e mesmo a hibernação humana, a expectativa de vida no planeta alcançará, quando muito, 140 anos... Em 2500!

Mas, se ainda não descobriu a improvável receita da imortalidade, a humanidade já obteve conquistas sólidas, em especial no último século: nunca na história tantos viveram tanto como nos dias atuais. A faixa da população que mais cresce no mundo é a dos idosos, sobretudo os com mais de 100 anos - que, segundo as previsões, no ano de 2050 formarão um grupo 20 vezes maior que o de centenários do ano 2000. A maioria deles viverá nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, estima-se que haverá 131 000 pessoas com um século ou mais de vida em 2010 e 834 000 em 2050. Entre 1990 e 2020, aumentará 74% o número de idosos de 65 a 74 anos naquele país, onde a expectativa de vida ao nascer saltou de 47,3 anos no início do século passado para 78 anos ao seu final. No Japão, atualmente, a expectativa de vida ultrapassa 80 anos, enquanto no Brasil chegou a 71,3. A média mundial situa-se em 66 anos - 20 mais do que em 1959.

Para se ter uma idéia do extraordinário avanço que isso representa, basta dizer que, entre os antigos romanos, a expectativa de vida era de 20 anos. Um terço deles sucumbia antes dos 6 anos e apenas 60% sobreviviam até os 16. Aos 26 anos, 75% haviam desaparecido e, aos 46, a morte já havia tolhido 90% dos romanos. À condição de ancião, alcançada aos 60, somente chegava 3% da população.

Mas, enquanto antigamente nos perguntávamos se chegaríamos a envelhecer, hoje a questão é: será que vale a pena prolongar tanto o período da vida em que somos naturalmente mais frágeis e vulneráveis? Segundo o estudo Our Ageing World (Nosso Mundo que Envelhece), de Justin Healey, publicado em 2003, na Austrália, a resposta é sim, a vida vale a pena mesmo aos 100 anos. A pesquisa constatou que apenas um terço dos centenários vive acamado e precisa de cuidados constantes. Um outro terço precisa de alguma ajuda e o restante é capaz de viver com independência. O mesmo autor afirma que somente 3% a 4% das pessoas com 60 a 74 anos são dependentes de cuidados de terceiros e que, entre os que têm de 75 a 85 anos, esse índice sobe para 10%. Após os 85 anos, 21% dos homens e 28% das mulheres precisam de ajuda no dia-a-dia - o que significa que mais de 70% conseguem dar conta de si mesmos. E esse percentual tende a crescer.



Bons e maus hábitos

A conquista de uma existência mais longa no século 20 resultou da melhoria das condições sanitárias nas cidades, com a criação de serviços públicos de saúde. Além disso, a ciência descobriu vacinas e antibióticos que possibilitariam a prevenção de doenças e o controle de epidemias. Se não para ampliar ainda mais a longevidade, o aumento do nível educacional e de renda deverá contribuir para melhorar a qualidade de vida na terceira ou - talvez possamos dizer - quarta idade. Até porque essas são condições importantes para o acesso à avalanche de informações sobre cuidados com a saúde que tem jorrado dos veículos de comunicação nas últimas décadas e despertado a consciência de que viver mais e melhor depende também de hábitos saudáveis. Sabe-se hoje, por exemplo, que o consumo excessivo de calorias é prejudicial à saúde. Um estudo da Universidade de Loma Linda, nos Estados Unidos, de 2001, demonstrou que dietas pobres ou isentas de gordura animal podem resultar em ganho de dois anos de vida e que exercícios diários moderados ajudam a aumentá-la em seis anos. Além disso, o estudo revelou que fumantes vivem em média 10 a 11 anos menos do que não-fumantes.

Enquanto se multiplicam no mundo os estudos sobre bons e maus hábitos, os cientistas matutam para encontrar drogas capazes de curar ou impedir o surgimento das doenças que acometem os mais idosos, como o Alzheimer, além das herdadas geneticamente. Inventam órgãos artificiais. Aprendem a corrigir genes defeituosos. Aprimoram técnicas de transplante e conhecimentos sobre células-tronco que, no futuro, servirão para cultivar novos órgãos - da pele ao pênis, do coração ao fígado. E se debruçam sobre o mapa genético humano na tentativa de encontrar uma causa específica para o envelhecimento.
Os cientistas querem descobrir agora como funciona o relógio orgânico que, fatalmente, conduz o ser humano ao fim. Eles até já teriam pistas do funcionamento do gene responsável por desencadear o processo. Se um dia se desvendará o mistério, ainda não se sabe. Mas, na dúvida, é melhor começar a pensar. Se o inglês De Grey estiver certo, você corre o risco de se aposentar aos 65 anos e viver até 1 000 anos. E aí: o que faria para não morrer de tédio nos 935 anos que ganharia de lambuja?


Tendências




- CENTENÁRIOS

No mundo todo, a faixa da população que vem crescendo mais é a dos idosos, sobretudo aqueles com mais de 100 anos. No ano de 2050, eles deverão formar um grupo 20 vezes maior que o de centenários do ano 2000.



- PERSPECTIVA

Mesmo levando-se em conta os avanços da ciência que devem ocorrer nos próximos anos, a maioria dos cientistas se mantém cética quanto à possibilidade de um aumento dramático na expectativa de vida do homem neste século.



- QUALIDADE DE VIDA
Se não vamos viver muito mais, ao menos deveremos viver melhor durante a velhice. O número de idosos que conseguem viver sem a ajuda de outras pessoas tende a crescer.


Eterna obsessão




Enquanto os místicos tentam transcender os limites do corpo pela força espiritual, alguns pensadores, na direção oposta, acreditam que poderemos chegar ao paraíso pelo caminho da ciência e da tecnologia. Eles se autodenominam "transumanistas" e acreditam que a humanidade será radicalmente modificada pela tecnologia no futuro - a tal ponto que, em algum momento da história, nossos descendentes deixarão de ser, sob muitos aspectos, seres humanos. Uma das idéias combatidas pelos transumanistas é que o envelhecimento e a morte são acontecimentos inevitáveis. Mas, ao contrário de algumas religiões, que pregam a imortalidade espiritual ou a vida depois da morte, os transumanistas acreditam na possibilidade da imortalidade física. Para isso, bastaria superar as atuais limitações biológicas do homem, por meio dos avanços esperados em áreas como nanotecnologia, engenharia genética e cibernética. Para os transumanistas, cedo ou tarde, vai chegar o dia em que a morte só ocorrerá por acidente ou por decisão voluntária.

Um dos principais teóricos do transumanismo foi o escritor F.M. Esfandiary. Filho de um diplomata iraniano, ele nasceu na Bélgica, em 1930, e escreveu algumas obras de ficção científica antes de mudar seu nome para FM-2030, por acreditar que viveria pelo menos até os 100 anos. "Eu não tenho idade. Nasço e renasço todos os dias. Pretendo viver para sempre. E provavelmente viverei, a não ser que ocorra um acidente", disse certa vez.
FM-2030 morreu em 2000, aos 69 anos, vítima de câncer no pâncreas. Seu corpo foi congelado na Alcor Life Extension Foundation, nos Estados Unidos, seguindo a prática da criogenia, que consiste em preservar o corpo à baixa temperatura - à espera de um dia em que a ciência possa ressuscitá-lo e realizar sua obsessão de vida eterna.

domingo, 5 de setembro de 2010

Cientistas utilizam ondas de celular para reverter doença

06/01/10 - 21h05 - Atualizado em 06/01/10 - 21h45

Cientistas utilizam ondas de celular para reverter doença de Alzheimer
Pesquisa utilizou ratos expostos 1 a 2 horas por dia durante 7 a 9 meses.
Exposição reduziu acúmulo de proteína beta-amilóide, indicador da doença.

As pessoas que gastam horas todos os dias no telefone celular podem ter uma nova desculpa para tagarelar. Um novo estudo feito com ratos dá a primeira evidência de que a exposição às ondas eletromagnéticas associadas ao uso do aparelho podem proteger da doença de Alzheimer e até mesmo reverter seu desenvolvimento.

O estudo, conduzido por pesquisadores do Florida Alzheimer's Disease Research Center (ADRC), da Universidade do Sul da Flórida, foi publicado nesta quarta-feira (6) no “Journal of Alzheimer's Disease”.

Foi ainda mais surpreendente verificar que as ondas eletromagnéticas geradas pelos aparelhos celulares reverteram as debilidades na memória de ratos mais velhos com a doença"
“Ficamos surpresos ao concluir que a exposição ao telefone celular, iniciada cedo na idade adulta, protege a memória de ratos destinados a desenvolver o mal de Alzheimer”, afirmou Gary Arendash, autor da pesquisa. “Foi ainda mais surpreendente verificar que as ondas eletromagnéticas geradas pelos aparelhos celulares reverteram as debilidades na memória de ratos mais velhos com a doença.”

Os pesquisadores mostraram que a exposição de ratos mais velhos às ondas eletromagnéticas reduziu o acúmulo danoso da proteína beta-amilóide em áreas do cérebro, além de prevenir o acúmulo em ratos jovens.

As placas formadas pelo acúmulo anormal da proteína são as marcas da doença. Muitos dos tratamentos contra Alzheimer são focados nessa proteína.

No estudo, os cientistas conseguiram isolar os efeitos para o cérebro da exposição ao telefone celular de outros fatores, como a dieta e exercícios. Foram analisados 96 ratos, muitos deles geneticamente modificados para desenvolver o acúmulo de placas de beta-amilóide.

Alguns dos ratos não tinham nenhum tipo de demência e não passaram por alterações genéticas para o desenvolvimento da doença. Dessa forma, os pesquisadores puderam analisar os efeitos das ondas eletromagnéticas em cérebros normais.

Exposição
Cada animal dos dois grupos de cobaias foram expostos a um campo eletromagnético equivalente ao gerado por um telefone celular padrão durante uma a duas horas por dia, por um período de sete a nove meses.




Ratos foram colocados em volta de antena de celular (Foto: University of South Florida)

Se conseguirmos determinar os melhores parâmetros de exposição para efetivamente prevenir o depósito e remover as placas de beta-amilóide, essa tecnologia pode se transformar rapidamente em benefício contra o mal de Alzheimer"
As gaiolas em que os ratos estavam foram dispostas ao redor de uma antena que emitia ondas eletromagnéticas de intensidade semelhante a gerada por um aparelho colado à cabeça de um usuário durante uma ligação. Cada um deles permaneceu a mesma distância da antena.

A partir dos resultados, os pesquisadores concluíram que a exposição ao campo magnético pode ser uma forma não invasiva e livre de medicamentos de prevenção e tratamento do Alzheimer.

“Se conseguirmos determinar os melhores parâmetros de exposição para efetivamente prevenir o depósito e remover as placas de beta-amilóide, essa tecnologia pode se transformar rapidamente em benefício contra o mal de Alzheimer”, disse Chuanhai Cao, pesquisador da Universidade do Sul da Flórida e também um dos autores do estudo.

O teste de memória aplicado para avaliar os efeitos da exposição ao telefone celular em ratos foi desenvolvido de forma semelhante ao usado para determinar a presença da doença e seus primeiros sinais em humanos.

“Acreditamos que nossas conclusões podem ter considerável relevância para o organismo humano”, disse Arendash.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Britânico de 113 anos é eleito pelo Guiness homem mais velho do mundo

19/06/09 - 15h57 - Atualizado em 19/06/09 - 17h19

Britânico de 113 anos é eleito pelo Guiness homem mais velho do mundo
Veterano da Primeira Guerra Mundial assume título que pertencia a japonês morto nesta sexta.

O britânico Henry Allingham, veterano da Primeira Guerra Mundial, foi apontado nesta sexta-feira, aos 113 anos de idade, como o homem mais velho do mundo segundo o Guinness World Records. Allingham nasceu em Londres, no dia 6 de junho de 1896. É um dos dois últimos veteranos britânicos sobreviventes da Primeira Guerra Mundial e o mais velho e último membro sobrevivente das Forças Armadas britânicas.

O veterano já havia se tornado o mais velho cidadão britânico da história em março deste ano, ao completar 112 anos e 296 dias, ultrapassando a idade do antecessor - o minerador John Evans, que morreu em 1990. De acordo com o Guiness, após a morte natural nesta sexta-feira do até então homem mais velho do mundo, o japonês Tomoji Tanabe, o título passa para Allingham.

Tanabe, que também tinha 113 anos, havia sido apontado como o homem mais velho do mundo em junho de 2007.

Orgulho
Allingham possui cinco netos, 12 bisnetos, 14 trinetos e um tataraneto, já viveu em três séculos e presenciou seis monarcas diferentes no trono britânico. A maior parte da família do veterano mora nos Estados Unidos, mas o sobrinho Ronald Cator, de 74 anos, que também mora na Grâ-Bretânha, mostrou-se surpreso com a notícia.

"Essa é uma notícia fantástica", afirma Cator. "Ele está muito frágil, mas tenho certeza que ficará contente em ouvir a novidade. Nós estamos muito orgulhosos dele." Amigo e acompanhante de Allingham, Dennis Goodwin diz considerar o feito incrível. "Ele vai lidar com o fato de uma maneira natural, como faz com todo o resto", afirma.

O veterano recebeu com distinção um título de doutor em Engenharia, em maio deste ano, pela Universidade Southampton Solent. Hoje, vive em um centro para cegos, próximo a Brighton, no litoral sul da Inglaterra.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pesquisadora mostra em SP que células-tronco podem atenuar as rugas

28/05/09 - 07h18 - Atualizado em 28/05/09 - 07h18

Pesquisadora mostra em SP que células-tronco podem atenuar as rugas
Segundo pesquisa, célula-tronco do próprio paciente rejuvenesce a pele.
Efeito lembra o da toxina botulínica, mas sem paralisação muscular.


Foto: A pesquisadora Isabel Hoffmann Miles apresentou em São Paulo estudo sobre uso das células-tronco com fins de antienvelhecimento da pele (Foto: Claudia Silveira/G1)A portuguesa Isabel Hoffmann Miles é membro da Academia Mundial de Medicina Antienvelhecimento e trouxe para São Paulo o resultado de uma pesquisa que ela chama de “nova revolução da pele”. Segundo Isabel, as células-tronco podem ser usadas não apenas para curar doenças, mas também para rejuvenescer a pele, dando mais viço e atenuando consideravelmente as rugas.

A novidade foi apresentada no 23º Congresso Brasileiro de Cosmetologia, que acontece até esta quinta-feira (28), na Zona Sul de São Paulo. Para ilustrar a pesquisa, Isabel mostrou fotografias de pacientes submetidos a tratamento contra o mal de Parkinson, entre outras doenças, e que tiveram melhora na aparência da pele.

De acordo com a pesquisadora, as células-tronco seriam extraídas da pele da própria pessoa, que poderia ser retirada de qualquer parte do corpo. Depois de “tratadas” em laboratório, essas células seriam capazes de se transformar em qualquer tecido do corpo.

No caso das rugas, as células seriam injetadas no rosto do paciente. Isabel explica que o resultado final seria parecido com o da aplicação da toxina botulínica, conhecida popularmente como Botox, mas que não há a paralisação do músculo nem das expressões.

“O efeito é o mais natural possível, mas o resultado não é definitivo. Não é a cura, é o rejuvenescimento. Também não há condições de deixar uma pessoa de 90 anos com rosto de 30, por exemplo”, esclarece a pesquisadora.

Como essas novas células que se formam para diminuir as rugas já vêm com o DNA da pessoa que cedeu a pele, Isabel adianta que não há risco de rejeição. Além disso, o procedimento não envolve a manipulação de embriões, o que sempre gera polêmica no campo da bioética.

A novidade é tão recente, conta Isabel, que ainda não se sabe o tempo que dura a ação das células-tronco na diminuição das rugas. Segundo a pesquisadora, os pacientes que se submeteram ao tratamento há mais tempo completaram seis meses recentemente, e o aspecto “permanece o mesmo, como se tivessem acabado de aplicar”.

São Paulo
Apesar de o uso das células-tronco no rejuvenescimento ser algo muito recente, Isabel conta que a novidade estará à disposição das brasileiras muito antes do que se imagina. A pesquisadora adianta que se mudará para o Brasil em julho deste ano e que abrirá uma clínica em São Paulo.

Para o tratamento ser realizado por aqui, Isabel adianta que os interessados precisarão esperar um pouco mais de tempo, pois é preciso receber aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas, como a pesquisadora realiza o mesmo procedimento na Alemanha e nos Estados Unidos, alguns pacientes poderão ser submetidos ao tratamento no exterior.

Quem acha que ainda é muito cedo para se preocupar com as rugas deve prestar mais atenção na novidade. Segudo Isabel, é possível guardar um pedaço da pele para ela ser usada com fins estéticos a longo prazo. Funciona da mesma forma que guardar o cordão umbilical, e quanto mais jovem a pele for, melhor será a “qualidade” das células-tronco extraídas, diz a pesquisadora.

Fruta da juventude
Para aqueles em que a ideia de usar a própria pele e células para rejuvenescer é algo fora da realidade, uma nova matéria-prima para cosméticos promete efeito semelhante só que usando as células-tronco de uma macieira.

A substância batizada de PhytoCellTec funciona como agente antienvelhecimento e foi apresentada aos fabricantes de cosméticos na FCE Cosmetique, feira voltada para os fabricantes de cosméticos e que acontece simultaneamente ao Congresso Brasileiro de Cosmetologia, em São Paulo.

Segundo Ricardo Garcia, do departamento técnico da Focus Química, empresa que trouxe o produto para revendê-lo no Brasil, as células-tronco são extraídas do caule da árvore. Ao “virarem” um cosmético, elas “interagem” com as células-tronco encontradas na camada basal da pele humana, deixando o aspecto mais jovem, aumentando a vitalidade, retardando o envelhecimento e, consequentemente, diminuindo as rugas.

“Não existe nada no mercado que seja parecido”, afirma Irene Montaño, representante do laboratório suíço que fabrica o PhytoCellTec. Segundo ela, a substância ganhou, no ano passado, o prêmio de inovação como melhor ingrediente ativo pela Sociedade Européia de Cosméticos.

Garcia explica que a maçã usada é de uma espécie suíça e que há poucos exemplares dela no mundo. Segundo ele, a fruta despertou a atenção dos pesquisadores por manter a vitalidade mesmo no inverno e meses após a sua colheita.

Por ser matéria-prima, o PhytoCellTec não pode ser comprado nas prateleiras de supermercado ou farmácias. Segundo a Focus, uma grande empresa de cosméticos brasileira já começou a desenvolver produtos com esse princípio ativo.

Com essas novidades, em breve, os mais vaidosos poderão diminuir as rugas usando células-tronco de vegetais ou de origem animal.