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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Por que os mosquitos picam apenas algumas pessoas enquanto ignoram outras

Por que os mosquitos picam apenas algumas pessoas enquanto ignoram outras

Uma série de estudos aponta que existem vários fatores que influem na hora em que esses insetos escolhem suas vítimas.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Por que as fêmeas de algumas espécies matam os machos após o acasalamento

Por que as fêmeas de algumas espécies matam os machos após o acasalamento

Canibalismo sexual pode ser observado em alguns tipos de insetos e aracnídeos.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Cientistas confirmam que Darwin tinha razão sobre teoria formulada há 160 anos

Cientistas confirmam que Darwin tinha razão sobre teoria formulada há 160 anos

Um estudo recente confirmou uma explicação que Charles Darwin deu há 160 anos sobre a capacidade de voo dos insetos. 

quarta-feira, 11 de março de 2020

Estudo indica que abelhas adoram maconha e que a cannabis pode salvar esses insetos

Estudo indica que abelhas adoram maconha e que a cannabis pode salvar esses insetos


Um novo estudo indica que as abelhas são grandes apreciadoras de cannabis. 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Insetos podem espalhar microplásticos pela cadeia alimentar


Insetos podem espalhar microplásticos pela cadeia alimentar

Pesquisadores analisaram espécie de mosquito Culex pipiens 

Estudo aponta que partículas de plástico ingeridas por mosquitos durante a fase larval permanecem em seus organismos até a vida adulta e podem contaminar predadores, como pássaros e morcegos.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Aquecimento global vai estimular crescimento de insetos e pragas


Aquecimento global vai estimular crescimento de insetos e pragas

Insetos em plantações de caju, em Serra do Mel, no RN. 
(Foto: Thiago Messias/ Inter TV Costa Branca/Reprodução)

Uma consequência pouco estudada das mudanças climáticas é que o aumento das temperaturas estimula o crescimento dos insetos e, portanto, das pragas que devoram cultivos como o milho, arroz e trigo.

sábado, 22 de julho de 2017

Substância da picada da formiga é transformada em combustível para ônibus


Substância da picada da formiga é transformada em combustível para ônibus

Team Fast em frente ao protótipo do ônibus que usa ácido fórmico para se mover (Foto: Christ Clijsen) 

Um grupo de estudantes na Holanda desenvolveu uma forma de armazenar energia que pode ser mais barata, mais prática e mais sustentável que os combustíveis renováveis existentes.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Formigas invasoras representam um grande perigo para os ecossistemas


Formigas invasoras representam um grande perigo para os ecossistemas


Espécies de formigas invasoras podem desrregular o ecossistema  (Foto: BBC)


Entrada dos insetos acontece pelo comércio de mercadoria entre países.
Invasões colocam muitas espécies em perigo de extinção

quarta-feira, 20 de abril de 2016

População de javalis radioativos toma conta de Fukushima e ameaça humanidade


População de javalis radioativos toma conta de Fukushima e ameaça humanidade


A região de Fukushima, devastada por um terremoto e por um tsunami em 2011, está abrigando agora um problema que pode afetar todo o planeta. Javalis radioativos. 

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Aquecimento global está matando abelhas pelo mundo


Aquecimento global está matando abelhas pelo mundo

Aumento de casos se dá por conta da estiagem, queimadas e desmatamento

É a 1ª pesquisa que relaciona fenômeno ao declínio global de abelhas.
Até agora, havia suspeita de que pesticidas e parasitas causavam perdas.

As abelhas não estão se adaptando bem às mudanças climáticas.
Em vez de migrarem para o norte para buscarem temperaturas mais clementes, estes insetos cruciais para a polinização estão morrendo, de acordo com um estudo divulgado nesta quinta-feira (9).

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Surto de doença bacteriana devasta colmeias da África do Sul


Surto de doença bacteriana devasta colmeias da África do Sul

Apicultor limpa local que abrigava abelhas na região de Durbanville, a 50 km da Cidade do Cabo, na África do Sul.  Insetos morreram devido a uma infecção bacteriana (Foto: Stephanie Findlay/AFP)

Especialistas temem que doença se espalhe pelo resto da África.
loque americana ataca larvas colocadas pela abelha rainha.

Depois da Europa e dos Estados Unidos, agora é a vez da África do Sul se ver ameaçada pelo desaparecimento das abelhas, essenciais para a polinização de muitas espécies de plantas necessárias para o consumo humano.

sábado, 26 de abril de 2014

A Fera é Azul - Natureza


A FERA É AZUL - Natureza



Cientistas brasileiros conseguem, pela primeira vez, provar quecertas aranhas emitem luz para atrair suas presas, os insetos. 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Biólogos enchem formigueiro abandonado com cimento para pesquisa


Biólogos enchem formigueiro abandonado com cimento para pesquisa


Com isso, eles conseguiram verificar a impressionante estrutura construída pelas formigas

Gênios Trabalhando - Zoologia

GÊNIOS TRABALHANDO - Zoologia


Embora temíveis, com toda a razão, elas não merecem a má fama que têm, pois são uma das forças dominantes do planeta e, em alguns casos, tão inteligentes quanto suas primas, as abelhas.    

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Abelhas de aluguel - Agricultura


ABELHAS DE ALUGUEL - Agricultura



Apicultores brasileiros começam a descobrir a polinização por colméias, a técnica para elevar a produção agrícola que tomou conta dos Estados Unidos e da Europa.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Você sabia que o tempo passa mais devagar para as moscas?


Você sabia que o tempo passa mais devagar para as moscas?


Pesquisa sugere que a percepção do tempo está ligada ao tamanho dos animais, o que explica porque os insetos escapam de nós com facilidade

domingo, 2 de setembro de 2012

Cientistas prendem chip de rádio em mais de mil formigas



Cientistas prendem chip de rádio em mais de mil formigas no Reino Unido

Pesquisa visa desvendar comunicação de inseto da Grã-Bretanha.
Área estudada pela Universidade de York abriga vários ninhos de formiga.


Cientistas da Universidade de York, no Reino Unido, prenderam chips de rádio em mais de mil formigas de uma espécie de floresta para estudar como elas se comunicam, seu comportamento e o trajeto que fazem entre seus ninhos.
O animal pesquisado é um tipo comum na região norte da Grã-Bretanha. A experiência está sendo realizada em Longshaw, uma área de proteção ambiental inglesa em que é possível encontrar milhares de ninhos deste tipo de formiga e cerca de 50 milhões de espécimes.
Formiga recebe chip de rádio preso às suas costas (Foto: Changing Views/Universidade de York/Divulgação)
Os transmissores vão permitir saber como as formigas "falam" com suas colegas em outros ninhos, que são interligadas por uma rede de passagens e possuem centenas de rainhas.
A ideia é reunir o material para fazer o controle das formigas e da floresta em que elas são encontradas. Os radiotransmissores têm cerca de um milímetro de tamanho.
Cada transmissor funciona como um "documento de identidade" para marcar a formiga, afirmou o cientista responsável pelo estudo, o biólogo Samuel Ellis, ao site da Universidade de York.  Ele ressaltou que estes insetos formam um sistema "complexo" de vida e possuem um intrincado" método de comunicação, até agora pouco conhecido pela ciência.
Ellis afirmou que a pesquisa é inédita e deve durar três anos, aproximadamente.



sábado, 28 de janeiro de 2012

Salvos pelo Mimetismo - Insetos

SALVOS PELO MIMETISMO - Insetos



Certos animais fingem ser o que não são para escapar de seus perseguidores. Moscas parecem vespas, borboletas saborosas parecem venenosas, sapos parecem monstros pré-históricos. Eles são a melhor demonstração de que as espécies evoluem pela seleção natural, com a sobrevivência dos mais aptos, tal como Darwin descobriu há mais de um século.

Se a legendária figura de Sherlock Holmes houvesse um dia se aventurado pela Amazônia, caçando borboletas com uma redinha de filó, certamente estaria na pele de um naturalista inglês que viveu no século XIX, chamado Henry Walter Bates. Bates não era um detetive, mas, tal como Holmes, conseguiu enxergar através de sua lente de bolso as pistas de um grande mistério. Aliás, de um dos maiores enigmas biológicos ligados à história evolutiva das espécies. O fenômeno, parcialmente esclarecido por Bates, tem hoje o nome de mimetismo batesiano, em sua homenagem, mas na época do naturalista ficou conhecido como "o estranho caso das borboletas imitadoras".
Depois de haver passado onze anos embrenhado na selva amazônica, Bates embarcou de volta para a Inglaterra em 1860, levando uma espantosa coleção de animais e plantas. Mas foram os insetos e, muito em particular, as borboletas que acabaram se tornando o principal objeto de suas investigações. Maravilhado com a exuberância da fauna tropical, ele já havia escrito em seu livro O naturalista no rio Amazonas que capturara cerca de setecentas espécies de borboletas, depois de alguns passeios em volta da cidade de Belém. Bates tinha conhecimento de que em toda a Europa só haviam sido registradas 341 espécies e que ele retornara, portanto, com uma das maiores coleções de borboletas do mundo.
Porém, entre todas aquelas centenas de caixas repletas de exemplares belos e exóticos, havia uma que reservava algo de muito mais importante. Ela estava rotulada com a palavra Heliconii, indicando tecnicamente o conteúdo: um grupo bem característico de borboletas tropicais (hoje é a família das helicônidas). Quando o naturalista passou a examiná-las detidamente, com o auxílio de sua lente de bolso, verificou, surpreendido, que a caixa estava cheia de falsas helicônidas.
Sem dúvida, Bates tinha levado para casa "gato por lebre". Só que, naquele caso, os "gatos" é que eram de grande valor, pois evidenciavam um alto padrão de imitações entre animais sem nenhum parentesco entre si. Aquilo foi suficiente para despertar na cabeça do naturalista uma série de recordações adormecidas desde a época em que caçava insetos nas florestas da Amazônia. Ele recordou-se de como eram abundantes as helicônidas em algumas regiões que visitara e que, a despeito de seus coloridos chamativos, raras vezes eram atacadas pelos pássaros caçadores de insetos. Bates entregou-se, então, a uma série de suposições. Se aquelas borboletas não eram perseguidas por seus predadores naturais, possivelmente não deveriam servir de alimento e a causa mais provável daquilo seria, de certo, um gosto muito ruim. Talvez, se o colorido de certas borboletas "comestíveis" se aproximasse do padrão Heliconii, elas tivessem alguma vantagem na luta pela sobrevivência ao se passar por repulsivas frente aos predadores. Daí por diante, através de sucessivos cruzamentos entre si, elas produziriam raças cada vez mais parecidas com as verdadeiras helicônidas.
Essas brilhantes deduções teriam feito com que o naturalista retirasse o cachimbo da boca e exclamasse um "elementar, meu caro Bates", se ele não soubesse o quanto seria difícil comprová-las. E isso ele jamais chegou a fazer completamente. Entre tanto, todas as suas investigações sobre as borboletas "imitadoras" foram apresentadas em 1861, incluídas num trabalho de grande vulto sobre os insetos da Amazônia. Aí, pela primeira vez, os cientistas tomaram conhecimento da existência de um incrível fenômeno biológico batizado de mimetismo.
Uma experiência desagradável pode permanecer na memória de um animal por um certo tempo. Por exemplo: gosto ruim de uma presa. É quase certo que nas investidas seguintes o predador irá evitar qualquer presa que se assemelhe a um modelo reconhecido como repulsivo. Esse processo de aprendizado, tão comum entre os animais, foi profundamente observado em pássaros insetívoros, demonstrando que as formas, as cores e o comportamento de borboletas determinam a freqüência dos ataques das aves caçadoras.
Muitas espécies de borboletas são evitadas como alimento porque em seus organismos circulam substâncias repulsivas e venenosas. Essas substâncias são geralmente alcalóides de origem vegetal, absorvidos pelas lagartas que se alimentam de plantas tóxicas. Mesmo depois da metamorfose, os alcalóides continuam incorporados ao inseto adulto, tornando-o repulsivo para diversos predadores. Principalmente para aves .
Quanto mais abundante for uma espécie de borboleta repulsiva numa determinada área, tanto mais rápido será o "aprendizado" da população de pássaros insetívoros dali. Pequenas variações de colorido ou desvios na distribuição dos desenhos das asas podem condenar a borboleta ao ataque da ave. Assim, ficam geralmente poupados os indivíduos (machos e fêmeas) que menos se afastam do tipo padrão. Estes, ao se acasalar, perpetuarão o velho sinal de reconhecimento-inalterado- nas gerações seguintes. Da mesma forma como acontecem variações desastrosas entre as borboletas do grupo repulsivo, podem ocorrer desvios de padrão entre as de um grupo comestível que viva na mesma área. Uma pequena mutação genética pode produzir sobre as asas das "comestíveis" uma discreta mancha colorida ou desenho que se assemelhe vagamente com o sinal das "repulsivas". Isso já é suficiente para provocar, no mínimo, momentos de hesitação entre as aves durante as investidas sobre essas formas variantes. Como resultado, as variantes passam então a escapar das aves com mais freqüência do que as for mas menos desviadas do antigo colorido. Então, dos sucessivos acasalamentos dessas sobreviventes, resultam descendentes com o novo sinal de "imitação" cada vez mais aperfeiçoado.
Pode parecer incrível, porém, são os próprios predadores que indiretamente aperfeiçoam os padrões de imitação que irão enganá-los no futuro. Se tudo corresse só por conta dos disfarces, as "imitadoras" deixariam de ter problemas depois que as cores de suas asas atingissem um certo grau de perfeição como sinal de advertência. Não sendo mais perseguidas, elas poderiam se multiplicar à vontade, tornando-se mais abundantes do que as verdadeiras "repulsivas". Mas isso nunca acontece.
Um mecanismo de correção começa a funcionar sempre que as "imitadoras" começam a se tornar mais numerosas. Aves ainda sem aprendizado, que usam atacar as borboletas coloridas, acabam comendo mais "saborosas" do que "repulsivas", e assim não criam os mecanismos que as fariam evitar a espécie. Automaticamente, começa a diminuir o número das "imitadoras"-até que elas se tornam tão raras que os pássaros acertam cada vez mais nas "repulsivas". O mecanismo se refaz, as "saborosas" ficam outra vez defendidas e começam a proliferar. E assim o ciclo vai se repetindo indefinidamente, de forma que o equilíbrio, embora alterado momentaneamente, sempre se restabelece.

Esses preferem a camuflagem

A mímica é a arte da imitação, mas, quando se trata de um animal que exibe a aparência de outro, o problema não tem nada a ver com imitação e, muito menos, com arte. O nome usado para esse fenômeno é mimetismo e, embora sendo uma palavra derivada de mímica ela indica um curioso mecanismo genético colocado em funcionamento por um processo de seleção natural. Em outras palavras: nenhum animal chega a se parecer com outro movido por uma intenção, ainda que essa semelhança Ihe confira vantagem na luta pela sobrevivência.
A natureza está cheia de exemplos de animais miméticos. Existem moscas inofensivas que se parecem com vespas, serpentes não peçonhentas com o colorido das perigosas corais, e borboletas com desenhos de assustadores olhos de coruja sobre as asas. Estes exemplos já mostram que tanto o mecanismo genético quanto a seleção natural envolvidos no mimetismo têm como produto final uma espécie de sinal. Eles elaboram geralmente "mensagens" do tipo "Cuidado comigo" ou "Não sirvo para comida". Mas outras podem funcionar, ao contrário, como atrativos. Além disso, no jogo fantasioso de mimetismo, os sinais fluem ora como imagens, ora como sons e, em alguns casos, como odores. Entretanto, há uma outra variação da mímica natural que se caracteriza por não chamar a atenção. Isto significa que o resultado final deste tipo de mimetismo passa a ser a ausência de sinais, e podemos chamá-lo então de camuflagem. A prova mais evidente de que a camuflagem é o tipo mais comum de mimetismo é a freqüente frustração dos "naturalistas" novatos que retornam de suas excursões pelas matas sem ter visto bicho nenhum.

domingo, 7 de março de 2010

Flor cria 'aeroporto' para abelhas em suas pétalas

15/05/09 - 06h00 - Atualizado em 15/05/09 - 06h00

Flor cria 'aeroporto' para abelhas em suas pétalas, revela estudo
Formato especial das células ajuda insetos a pousar com segurança.
Planta e polinizadores possuem 'aliança' que beneficia ambas as partes.

Não é segredo para ninguém que abelhas e flores foram feitas umas para as outras, mas uma nova pesquisa mostra que as plantas se desdobram até para ajudar os insetos a pousar em segurança. O "aeroporto" em questão é formado por células cônicas nas pétalas das flores, que ajudam as patas das abelhas a ganhar um apoio mais firme dependendo da maneira como o pouso acontece.




Flor normal, com molde do detalhe das células cônicas, que ajudam no pouso das abelhas (em cima), e a flor mutante, que dificulta a vida dos insetos (Foto: Reprodução)

"As garras no último segmento da pata das abelhas têm uma escala parecida com a desses cones e, dessa forma, conseguem se prender a eles", explicou ao G1 a pesquisadora Beverley J. Glover, do Departamento de Ciências Botânicas da Universidade de Cambridge. "Eu imagino que seja como os apoios numa parede de alpinismo esportivo. Não importa se eles são do mesmo tamanho que a sua mão, podem ser até menores, mas você ainda consegue escalar com mais facilidade se eles estão lá", diz Glover, uma das autoras de um estudo sobre o tema na revista científica "Current Biology".

Com a pesquisa, acabou o mistério sobre as células cônicas, que estão presentes nas pétalas de cerca de 80% das flores. Como as plantas já usam todo tipo de atrativo para trazer as abelhas até si, como cores brilhantes, odor agradável e néctar, fazia sentido que o detalhe também fosse uma adaptação para ajudar os insetos. (A relação de ajuda mútua envolve o transporte de pólen pela abelha, facilitando a reprodução da planta, e a captação do doce néctar, matéria-prima do mel.)

Modelagem
Mas que diferença exatamente os cones estavam fazendo? Para checar isso, os pesquisadores organizaram uma série de testes bastante criativos, usando flores normais de Antirrhinum (conhecida como boca-de-leão) e mutantes dessa planta que não possuem as células cônicas. Como outros detalhes, como cor e cheiro, poderiam influenciar a investigação, eles criaram flores falsas com a ajuda de moldes das flores originais, explica Glover.

"É um processo muito simples. Nós apertamos a pétala num pedaço de molde dentário, para produzir um negativo dela. Desgrudamos a pétala, derramamos epóxi sobre a molde dentário e o retiramos depois de secar. Assim, temos uma réplica positiva perfeita da pétala. Quando testamos sua aparência no microscópio, a resolução é excelente", afirma ela.

As flores artificiais têm como único fator distintivo a diferença entre os tipos de célula (cônica ou lisa), que as abelhas conseguem diferenciar pelo tato. Em princípio, na verdade, parecia que os insetos não estavam nem aí com a diferença, mas bastou mudar a orientação das flores, fazendo com que se tornasse difícil de pousar nas pétalas, para que 75% das abelhas preferissem a versão cônica. Também era mais fácil para elas captar a solução açucarada colocada lá pelos pesquisadores quando a flor em questão possuía células cônicas.

O mais provável é que, ao longo da evolução, as plantas que produziam essa adaptação em suas flores tenham sido favorecidas ao facilitar a vida de suas abelhas polinizadoras. Glover diz que é difícil saber exatamente quando essa adaptação surgiu. "As flores não se fossilizam bem, e essas células estão cheias de água, então provavelmente elas desabariam e ficariam irreconhecíveis num fóssil, de qualquer maneira. Entretanto, como a maioria das plantas com flores as possuem, inclusive algumas das famílias mais basais [primitivas], suspeitamos que elas tenham evoluído bem cedo na histórida dessas plantas", avalia ela.