quarta-feira, 20 de abril de 2016

População de javalis radioativos toma conta de Fukushima e ameaça humanidade


População de javalis radioativos toma conta de Fukushima e ameaça humanidade


A região de Fukushima, devastada por um terremoto e por um tsunami em 2011, está abrigando agora um problema que pode afetar todo o planeta. Javalis radioativos. 


O governo japonês já construiu muralhas de gelo para conter a água contaminada com os resíduos que vazam da usina nuclear da cidade e trabalha para selar por completo a instalação. Entretanto, as autoridades não conseguem impedir a interação da natureza com a região. 



A radiação tem causado danos genéticos em insetos, pássaros e mamíferos. Entretanto, uma das espécies afetadas está se destacando. A população de javalis na região cresce a cada dia e ameaça se espalhar para outros locais. 

Os animais invadem plantações e já causaram um prejuízo de US$ 1 milhão aos agricultores. Eles usam as casas abandonadas para se abrigar e procriar, aumentando significativamente o número de javalis na cidade.



Desde a evacuação, a população de javalis subiu de 3 mil para 13 mil. Ao se alimentarem das plantas e outros pequenos animais expostos à radiação, eles se contaminam com césio, uma substância radioativa e cancerígena. 

Aparentemente a radiação não parece afetar os javalis, mas é extremamente nociva ao ser humano. Sendo assim, caçar os animais para se alimentar está fora de cogitação.

As autoridades ainda ofereceram recompensas para caçadores matarem os javalis, mas ainda assim existe um problema que impedem essa ação. 

Por pesarem em torno de 90kg, é complicado mover as carcaças por longas distâncias,  já que não podem ser enterradas em um lugar qualquer. 


Caso sejam encontrados por outros animais, o cadáver irá transmitir a radioatividade para o predador, que ajudará a espalhar a contaminação.  Diante disso, o governo criou valas comuns para os javalis, mas com espaço para somente 600.

A queima das carcaças também não é viável, pois a fumaça também espalharia as partículas radioativas para outras cidades. Um local foi designado para a incineração dos corpos, mas só consegue dar conta de três carcaças por dia.

Uma tarefa difícil quando há mais de 13 mil javalis soltos por aí…





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