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quinta-feira, 18 de outubro de 2018

A Escrava Isaura - Parte 4 de 4 - Bernardo Guimarães


A Escrava Isaura - Parte 4 de 4 - Bernardo Guimarães



Geraldo não podia dissimular o descontentamento que lhe causava
aquela cega paixão, que levava o seu amigo a atos que qualificava de
burlesco desatino, e loucura inqualificável. Por isso, longe de auxiliá-lo
com seus conselhos, e indicar-lhe os meios de promover a libertação de
Isaura, procurava com todo o empenho demovê-lo daquele propósito,
pintando o negócio ainda mais difícil do que realmente o era. 

De bom grado, se lhe fosse possível, teria entregado Isaura a seu senhor 
somente para livrar Álvaro daquela terrível tentação, que o ia precipitando 
na senda das mais ridículas extravagâncias.

A Escrava Isaura - Parte 3 de 4 - Bernardo Guimarães


A Escrava Isaura - Parte 3 de 4 - Bernardo Guimarães


Sabendo dos cruéis apuros a que sua filha se achava reduzida
depois da morte do comendador, não hesitou mais um instante, e tratou
de tomar todas as providências e medidas de segurança para roubar a
filha, e pô-la fora do alcance de seu bárbaro senhor. 

A Escrava Isaura - Parte 2 de 4 - Bernardo Guimarães


A Escrava Isaura - Parte 2 de 4 - Bernardo Guimarães


- Agora fica fazendo as vezes de sinhá Malvina, - acudiu Rosa com seu sorriso maligno e zombeteiro.

A Escrava Isaura - Parte 1 de 4 - Bernardo Guimarães


A Escrava Isaura - Parte 1 de 4 - Bernardo Guimarães



Sobre o autor
Bernardo Guimarães conseguiu destaque entre os escritores do romantismo especialmente por sua abordagem do tema escravidão. A Escrava Isaura representa um marco na literatura abolicionista.

Importância do livro
A Escrava Isaura se tornou um livro muito popular já na época de sua publicação graças ao apelo abolicionista mesclado ao sentimentalismo. O romance foi um sucesso sobretudo entre o público feminino que se compadeceu do sofrimento da heroína cativa. 

Período histórico
O livro de Guimarães foi publicado em 1875, época em que a escravidão era questionada por muitos intelectuais. A abolição da escravatura de fato só aconteceu em 1888.

sábado, 18 de agosto de 2018

Inocência - Parte 4 de 4 - Visconde de Taunay


Inocência - Parte 4 de 4 - Visconde de Taunay



        Exaltam-se e irritam-se os incômodos do espíritos, no momento em que o físico começa a
sofrer.
     
        Quando Cirino passou por aquelas campinas desabrigadas, abrasado de calor, desanimou
completamente do êxito da empresa a que se atirara. Tanta esperança o alvoroçara quando ia seguindo a vereda encoberta e amena, quanto desalento sentia agora; e, descoroçoado, deixava que o animal o fosse levando a passo vagaroso e como que identificado com a disposição de animo do cavaleiro.
     

Inocência - Parte 3 de 4 - Visconde de Taunay

     
Inocência - Parte 3 de 4 - Visconde de Taunay



     
        Assim, ao almoço, lembrou-se de perguntar entre duas enormes colheradas de feijão:
     
        -Sua filha, Sr. Pereira? Como vai? É melhor?
     
        -É melhor o quê, Mochu? exclamou o pai com modo esquivo.
     
        -A saúde dela é melhor?
     
        -Está melhor; está, está, respondeu Pereira muito secamente. Está boa... vai fazer uma
viagem...

Inocência - Parte 2 de 4 - Visconde de Taunay


Inocência - Parte 2 de 4 - Visconde de Taunay
     

     
         - É verdade? indagou Pereira, olhando para Meyer.
     
        Este esbugalhou mais os olhos e confirmou tudo com um sinal gutural que ecoou em toda a sala.
     
        -Ele o que tem, continuou José é que é muito teimoso. Eu lhe digo, sempre: Mochu, isto de viajar de noite é uma tolice e uma canseira à-toa... Qual! pensa lá no seu bestunto que assim é melhor. Também a gente anda por estas estradas afora como se fosse alma do outro mundo a penar... algum currupira... ou boitatá ... Cruzes!
     

Inocência - Parte 1 de 4 - Visconde de Taunay


Inocência - Parte 1 de 4 - Visconde de Taunay


Inocência é um romance regionalista brasileiro de Alfredo d'Escragnolle Taunay, dividido em 30 capítulos - que são introduzidos por uma citação - mais um epílogo.

Foi publicado em 1872 e retrata costumes, pessoas e ambientes do leste sul-mato-grossense (sertão), notadamente a cidade de Paranaíba e a frente colonizadora dos Garcia Leal.

Como o Romantismo estava em decadência na época em que a obra foi escrita, pode-se considerá-la de transição para o Naturalismo, devido a uma grande e infalível caracterização do homem como produto do meio, isto é, ele age de acordo com o tipo de vida que leva.

sábado, 16 de junho de 2018

FARÓIS - PARTE 2 DE 2 - CRUZ E SOUSA


FARÓIS - PARTE 2 DE 2 - CRUZ E SOUSA


     Luxúrias de virgens mortas
     Das tumbas rasgam as portas.

(SEGUE ABAIXO A PARTE FINAL DESTA OBRA)     

FARÓIS - PARTE 1 DE 2 - CRUZ E SOUSA


FARÓIS - PARTE 1 DE 2 - CRUZ E SOUSA


Obra póstuma Faróis de Cruz e Sousa, composta por poemas em verso e organizada pelo amigo Nestor Victor que nos comentários a esta edição diz: Cruz e Souza confiou-me antes de partir para a estação do Sitio, onde três dias depois faleceu, todos aqueles de seus manuscritos que ele destinava á publicação. Esta é uma obra póstuma publicada em 1900.

(SEGUE ABAIXO A OBRA COMPLETA DIVIDIDA EM 2 PARTES)

terça-feira, 15 de maio de 2018

A Mão e a Luva - Parte 3 de 3 - Machado de Assis


A Mão e a Luva  - Parte 3 de 3 - Machado de Assis



Infelizmente, Mrs. Oswald, sabedora daqueles secretos desejos e mais ou menos confidente dos sentimentos de Jorge, achara azada ocasião esta para patentear toda a gratidão de que estava possuída e a profunda amizade que a ligava à família da baronesa. Interpôs-se para servir aos outros, e mais ainda a si própria. Viu a dificuldade, mas não desanimou; era preciso armar ao reconhecimento da baronesa. Por isso não hesitou em confiar a Guiomar o desejo da madrinha, exagerando-o, entretanto, -- porque nunca a baronesa dissera que "tal casamento era a sua campanha", e Mrs. Oswald atribuiu-lhe esta frase mortal para todas as esperanças e sonhos da moça. Mas, se falava demasiado ao pé de uma, era muito mais sóbria de palavras com a outra, e da exageração ou da atenuação da verdade resultara aquele perene estado de luta abafada, de receios, de indecisão e de amarguras secretas.

(SEGUE ABAIXO A PARTE FINAL DESTA OBRA)

A Mão e a Luva - Parte 2 de 3 - Machado de Assis


A Mão e a Luva  - Parte 2 de 3 - Machado de Assis


Suponho que o leitor estará curioso de saber quem era o feliz ou infeliz mortal, de quem as duas trataram no diálogo que precede, se é que já não suspeitou que esse era nem mais nem menos o sobrinho da baronesa, -- aquele moço que apenas de passagem lhe apontei nas escadas do Ginásio.

A Mão e a Luva - Parte 1 de 3 - Machado de Assis


A Mão e a Luva  - Parte 1 de 3 - Machado de Assis


Machado de Assis
A Mão e a Luva

A Mão e a Luva é o segundo romance escrito por Machado de Assis, publicado em 1874, sua primeira experiência como folhetinista de jornal, seguindo o exemplo de seus amigos Manuel Antônio de Almeida e José de Alencar. Publicado em 20 folhetins, com o subtítulo "Um perfil de mulher", nos rodapés de O Globo, jornal dirigido por Quintino Bocaiúva, entre 26 de setembro e 3 de novembro (não diariamente).

"A mão e a luva" se trate de uma "história de amor" — de uma mulher de personalidade forte, Guiomar,assediada por três pretendentes a marido — enquadrada na fase "romântica" do autor, em vez dos recursos clássicos do romantismo — enredos rocambolescos, plenos de coincidências, reviravoltas, surpresas, suspenses — Machado, como já ocorrera no romance de estreia, Ressurreição, prefere um texto contido, minimalista em termos de trama, de análise psicológica, mas com uma elegância estilística que continuaria aperfeiçoando até atingir seus píncaros na chamada "fase realista". A história transcorre em Botafogo, então um simples arrabalde (o que hoje chamaríamos de subúrbio) repleto de aprazíveis chácaras.

(SEGUE ABAIXO ESTA OBRA COMPLETA DIVIDIDA EM 3 PARTES)

sábado, 21 de abril de 2018

Luzia Homem - Parte 5 de 5 - Domingos Olímpio


Luzia Homem - Parte 5 de 5 -  Domingos Olímpio



Pela estrada, abeirada à casa, passavam mulheres e meninos conduzindo as rações. Vinham 
da cidade ou do morro do curral do Açougue; deviam de saber de Alexandre e Teresinha, 
mas Luzia não ousou interrogá-los. Apareceu, depois, Romana à frente do grupo de 
bandoleiras desenvoltas. A roliça cabocla, de dentes aculeados não ria dessa vez.

(SEGUE ABAIXO A PARTE FINAL DESTA OBRA)

Luzia Homem - Parte 4 de 5 - Domingos Olímpio


Luzia Homem - Parte 4 de 5 -  Domingos Olímpio



- Quero muito bem a ele... Sa Luzia também gosta dele? Luzia não respondeu; e a menina 
continuou: 

- Todo o mundo gosta daquele homem...

- Mas... a que vem isso?

- Eu lhe conto. Sa Luzia sabe onde é a casa de Chica Seridó? Pois fui lá, outro dia, buscar 
um remédio, que a mamãe mandou pedir e estava esperando entretida com a Gabrina, 
aquela mocinha bonita, que também gosta de seu Alexandre, quando ela me largou de... 

Luzia Homem - Parte 3 de 5 - Domingos Olímpio


Luzia Homem - Parte 3 de 5 -  Domingos Olímpio



E, pois lhe a rapariga respondesse com simples gesto negativo, disse, à puridade, 
suspeitar da interferência maligna de algum interessado em desgraçá-lo.

- Sabe o que me fizeram - continuou, amargurado - Levantaram-me uma calúnia... Você 
conhece a Gabrina, aquela moça morena, que perdeu a mãe, há pouco tempo?... Pois não 
inventaram que eu lhe havia dado dinheiro e dois cortes de vestido?...

Luzia Homem - Parte 2 de 5 - Domingos Olímpio


Luzia Homem - Parte 2 de 5 -  Domingos Olímpio




- Deus te pague - repetia a velha, fazendo uma careta de repugnância e escarrando com 
ruído - e perdoe os teus pecados. Bem sabia que o teu coração é bom... Ai... o que te falta é 
cabeça...

Luzia Homem - Parte 1 de 5 - Domingos Olímpio


Luzia Homem - Parte 1 de 5 -  Domingos Olímpio


Luzia Homem
Domingos Olímpio


DADOS BIOGRÁFICOS:
DOMINGOS OLÍMPIO BRAGA CAVALCANTI, cearense de Sobral. Nasceu em 18 de setembro de 1850 e faleceu em 06 e outubro de 1906, no Rio de Janeiro. Advogado e jornalista. 
Por sua composição "Luzia-Homem", publicada em 1903, é considerado um clássico, enquadrando-se no gênero "Ciclo das Secas", da Literatura Nordestina. Compôs várias peças teatrais, tendo se realçado também na carreira jornalística. Fundou e dirigiu a revista "Os Anais", onde publicou o romance "O Almirante", deixando incompleto "Uirapuru", também romance. 
Alguns de seus romances são realistas, de cunho regionalista como se observa nos tipos e cenas que descreve. Sua prosa é exuberante, dúctil e pitoresca. É considerado o precursor do moderno romance brasileiro. 


RESUMO DO ENREDO:
O cenário é o interior do Ceará, nos fins de 1878, durante uma grande seca. Na construção da penitenciária de Sobral, pequena cidade do Ceará, muitos retirantes trabalham para não morrerem de fome. 
Uma linda morena chama a atenção de todos. É Luzia que faz serviços de homem para poder receber ração dobrada, em virtude de ter a mãe doente em casa. Seu corpo é esbelto e feminino e, acostumada que fora na antiga fazenda do pai a trabalhar em serviços pesados, tinha muita força, fazendo o que muitos homens não podiam. Por isso recebera o apelido de Luzia-Homem. Recatada e silenciosa, não tinha muitas relações de amizade. No entanto, o soldado Crapiúna era apaixonado ou pelo menos atraído fisicamente com violência por Luzia. Esta não correspondia aos seus cortejos, desprezando-o e tornando o soldado cada vez mais obcecado por ela.

(SEGUE ABAIXO ESTA OBRA COMPLETA DIVIDIDA EM 5 PARTES)

terça-feira, 17 de abril de 2018

10 LIVROS NACIONAIS QUE NÃO PODEM FALTAR NA SUA ESTANTE


10 LIVROS NACIONAIS QUE NÃO PODEM FALTAR NA SUA ESTANTE


A nossa seleção com os melhores livros alcançou tantos leitores, que decidimos fazer uma seleção nacional com as sugestões que recebemos. 

sexta-feira, 16 de março de 2018

DIVA - Parte 3 de 3 - JOSÉ DE ALENCAR


DIVA - Parte 3 de 3 - JOSÉ DE ALENCAR


Surpreendi seu olhar... Que olhar,  meu Deus!... A voragem de uma alma revolta pela paixão, e 
abrindo-se para tragar a vítima!

(SEGUE ABAIXO A PARTE 3 DE 3 DESTA OBRA)