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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Estas são as 5 drogas mais viciantes, de acordo com a Ciência


Estas são as 5 drogas mais viciantes, de acordo com a Ciência


Legais ou não, estas são as cinco drogas mais viciantes que o homem consome, de acordo com a ciência:

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O Hábito é uma Droga - Comportamento


O HÁBITO É UMA DROGA - Comportamento


Embora muitos achem que tudo não passa de exagero dos psicólogos, coisas inocentes como comida, trabalho ou compras podem se tornar vícios tão fortes quanto as drogas ou o álcool.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

É possível substituir o cigarro por sexo ?


É possível substituir o cigarro por sexo ?


Antiga caixa de cigarros Peggy O'Neal (foto: Wikimedia Commons)

A campanha publicitária “Alegria gera Saúde”, de um hospital da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, tenta chamar a atenção da população para problemas de alguma maneira relacionados à saúde como stress ou limpeza pública (há uma com bancos de balanço em pontos de ônibus e outra que transforma lixos em cestas de basquete). 

terça-feira, 28 de maio de 2013

1.861 jogos de Super Nintendo para jogar online


1.861 jogos de Super Nintendo para jogar online

Atenção! Antes de continuar por aqui, fique sabendo sua produtividade vai cair, que seu interesse no trabalho será reduzido a zero e que você fará uso constante do “alt+tab” sempre que alguém ameaçar “comer sua tela” – eu devia fazer um termo de responsabilidade para me isentar de qualquer acusação posterior.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Fuga do beco sem saída - Comportamento

FUGA DO BECO SEM SAÍDA - Comportamento



Entre a polícia e as clínicas de recuperação, pouquíssimos dependentes conseguem largar as drogas. Além das ilegais, como o grande problema no Brasil são as drogas fáceis de obter. Como álcool, cola de sapateiro e tranqüilizantes.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Deixando de Fumar - Vicio

DEIXANDO DE FUMAR - Vicio



A luta para largar o cigarro é um vale-tudo. Sem muita força de vontade não há campanha ou pressão que resolva.

Há pelo menos quatro anos o ator Nuno Leal Maia anota todos os dias na agenda a quantidade de cigarros que fumou. Assim, descobriu que nunca ultrapassa a marca de quinze-melhor ainda, alguns dias a agenda fica em branco, prova de que não fumou nada. Essa proeza ele conseguiu submetendo-se a um treinamento curto e grosso: trancou-se um dia inteiro dentro de casa sem fumar. "Foi ai que comecei a me libertar um pouco da muleta", conta o ator, um homem bem menos simplório na vida real do que o bicheiro Tony Carrado por ele interpretado na novela Mandola. Mesmo assim, ainda não conseguiu vencer o vício: basta ficar tenso para acabar fumando. Assim como Leal Maia, um número indeterminado mas ao que parece cada vez maior de brasileiros levanta todos os dias com a disposição-inabalável porém nem tanto, como se verá-de romper relações com o cigarro. Eles são a fatia arrependida de uma legião de 33 milhões de pessoas (algo como quatro em cada dez habitantes) que devem queimar este ano 168 bilhões de cigarros. É uma áspera peleja, essa de apagar o derradeiro cigarro e não tornar nunca mais a acender outro. Só os que tentaram e conseguiram sabem o quanto custa. Para começar, o candidato a ex-fumante vive num mundo onde é mais fácil ele ser estimulado a retomar o hábito do que o contrário.
Além disso, nos primeiros tempos de abstinência, os sintomas físicos e psíquicos tendem a ser desencorajadores. Por fim, como o cigarro está associado a uma série de situações prazerosas, das quais não há razão para se privar, o desejo de voltar atrás muitas vezes ameaça afogar as mais firmes promessas. Não são raros, por isso, os que acabam voltando. Estimativas sugerem que sete entre dez pessoas as desistem antes de completar um ano longe do fumo. Depois, porém, as chances de recaída diminuem drasticamente. O segredo, aparentemente, está em tentar de novo-e de novo-até vencer a batalha. Foi o que aconteceu com o pianista Arthur Moreira Lima, que fumou dos 15 aos 40 e libertou-se há sete anos, cansado de respirar mal e do gosto ruim que Ihe deixavam na boca os quatro maços consumidos por dia. Ele já fizera três tentativas, até que um dia decidiu procurar um acupunturista na esperança de que a aplicação de agulhas em pontos da orelha o ajudasse, como tinha ouvido dizer. "Era uma sexta-feira e a consulta estava marcada para a tarde. Aí pensei comigo: "Por que não paro agora mesmo de manhã? ", lembra-se ele com precisão. Moreira Lima não sabe, a rigor, se foi a acupuntura ou a força de vontade o que resolveu a parada. Mas recorda como se fosse ontem os heróicos tempos sem o cigarro: o primeiro fim de semana foi terrível e para me ocupar fiquei arrumando os armários de casa. O primeiro mês também foi o mais difícil. Eu comia chocolate feito doido; engordei uns 5 quilos. Mas depois fui me acalmando. Comecei até a pensar melhor".
Ex-fumante há nove anos, depois de 24 de cigarro entre os dedos, a atriz Dina Sfat também tinha tentado parar mais de uma vez, porque se sentia cansada e não respirava direito. "De repente, depois de vários fracassos, resolvi que fumar era ridículo e larguei", diz. A decisão mexeu com muita coisa em sua vida cotidiana. "Minha primeira providência foi cortar o café da manhã, para desfazer uma forte associação com o cigarro. Em compensação, passei a comer doces", lembra. Moral da história: Dina engordou 6 quilos (que perdeu um ano e meio depois à custa de muita ginástica), mas nunca mais fumou. Como Moreira Lima e Dina Sfat, muita gente engorda quando pára de fumar-algo que, nestes tempos de culto à forma física, pode submeter a dura prova uma decisão de banir o cigarro, mas na verdade é uma das evidências mais palpáveis das mudanças que ocorrem no organismo. Isso porque as células passam a respirar melhor e a metabolizar melhor os alimentos.
Não há dúvida, porém, de que se engorda também por causa de tudo que se leva à boca (e ao estômago) para compensar a falta de um cigarro nos lábios, principalmente balas, chocolates, chicletes e assemelhados. Outras válvulas de escape diminuem a tensão sem a desvantagem de aumentar o peso-no máximo, podem virar cacoetes: morder lápis, tampas de caneta, hastes de óculos ou o que estiver ao alcance da mão.
Afinal, explica o psiquiatra Arthur Kaufman, da Universidade de São Paulo, "como o cigarro representa quase um companheiro, as pessoas ficam sem apoio afetivo quando param de fumar; por isso alguns passam a consumir mais café, analgésicos e tranqüilizantes, na tentativa de substitui-lo". Em sua opinião, os motivos que levam o fumante a tentar abandonar o hábito-conselhos médico, campanhas educativas, conhecimento sobre os males do fumo, uma doença em família-não bastam logicamente para garantir a vitória na batalha. "É acima de tudo uma questão de resistir à frustração", acredita ele, credenciado por sua condição de ex-fumante.
Depois de vinte anos, Kaufman deixou de fumar pela primeira vez quando começou a escrever um artigo sobre os aspectos psicológicos do tabagismo. Duas recaídas mais tarde (a primeira ao cabo de vinte meses), recorreu à acupuntura e está sem fumar há um ano e meio. "Mas a determinação ajuda bastante", diz o médico. Resistir à frustração, como todos sabem, não é um desafio simples e é justamente quando enfrentam situações emocionais difíceis que alguns ex-fumantes acabam sucumbindo. Assim aconteceu com a assistente social Cecy Gonçalves, que parou duas vezes e duas vezes recomeçou por causa de complicações sentimentais. "Há questão de um ano resolvi segurar a barra tentar parar de vez", diz. "Por isso, conto cada cigarro que fumo-cinco em média por dia-e cada vez a consciência pesa mais, porque sei que estou me prejudicando", confessa ela.
De modo geral, problemas de saúde, menos ou mais graves, são a causa principal das decisões de abandonar o tabagismo. Não se sabe que influência em no Brasil as campanhas antifumo ou as notícias sobre restrições ao cigarro em outros países. Tampouco se sabe porque certas pessoas deixam de fumar e não sentem nada. Há quatro anos o advogado Luis Antônio Campos Arrudão descobriu que precisava fazer exercícios para baixar a taxa de gordura no sangue. Por isso ele deixou o cachimbo que fumava há dez anos. "Foi tranqüilo. Não tive qualquer tipo de ansiedade", garante.
Situação bem mais dramática-pelo motivo e pela dificuldade de parar -viveu um dos fumantes mais notórios do país, o senador paulista Mário Covas, quatro maços por dia. Em conseqüência de uma angina, que há dois anos o obrigou a uma semana de hospedagem no Instituto do Coração de São Paulo, muito a contragosto Covas deixou o partido dos fumantes. Isso, porém, não o livrou de uma cirurgia de ponte de safena no ano passado. O senador, que anos a fio ignorou os apelos de parentes, amigos e eleitores para aderir ao antitabagismo, ainda hoje não resiste à tentação de levar um cigarro aos lábios-felizmente para ele, o cigarro está sempre apagado. Tamanha é a força do hábito que, além disso, Covas mantém os gestos típicos de fumante: bate o cigarro na cinzeiro e o "apaga".
Às vezes nem o bisturi é suficiente. O prefeito de Petrópolis (RJ), Paulo Rattes, deixou de fumar após uma cirurgia de safena em 1984. Resistiu bravamente até 1986, mas a agitação da campanha eleitoral de sua mulher Ana Maria à Câmara dos Deputados revelou-se mais forte que o medo de um novo susto cardíaco. "É um hábito mecânico, tanto dos dedos como dos lábios", justifica o prefeito. Embora não fume mais os quase seis maços de antigamente, o cinqüentão Rattes fila um maço por dia dos amigos e costuma mastigar hastes de óculos, obrigando sua secretária a mandar trocá-los a cada quinze dias. Pressionado pela familia e pelos amigos que colocaram em sua mesa um pequeno cartaz com a frase "Ame-se e deixe-o", Rattes confessa que todos os dias pensa em parar de fumar. "Vou conseguir", promete.
Por mais que o cumprimento de tais promessas dependa da disciplina de cada um, é claro que o clima social, menos ou mais tolerante em relação ao fumo, joga um papel de peso. No Brasil, onde provavelmente há mais novos fumantes do que ex, o ambiente, de modo geral, ainda não é hostil ao tabagismo, ao contrário do que ocorre, por exemplo, nos Estados Unidos, onde os fumantes são hoje apenas 26 por cento da população (contra 42 por cento há vinte anos). Ali, um relatório da Academia Nacional de Ciências, chamando a atenção para os riscos de saúde que correm os fumantes passivos ou involuntários- aqueles que convivem com o fumo alheio em casa ou no trabalho-, vem tornando o ar muito pesado para os dependentes da nicotina. Em Nova York, por exemplo, uma lei recente proíbe fumar em táxis, lojas, hospitais, escritórios, museus, teatros e bancos e ainda obriga os restaurantes com mais de cinqüenta lugares a reservar metade das mesas a não-fumantes. Ao mesmo tempo, uma lei federal baniu o fumo de todos os vôos domésticos de duração inferior a duas horas. Os Estados Unidos são reconhecidamente os campeões mundiais da atual onda antitabagista.
Na maioria dos países europeus, sem falar no enfumaçado Oriente, fumar ainda é um hábito aceito pela grande maioria das pessoas. No entanto, em 68 países existem leis de combate ao tabagismo, incluindo (em 42 casos) medidas de proteção aos não fumantes. Às vezes, porém, o fumo faz inimigos onde menos se espera. Quem diria que o presidente do país que é o terceiro maior produtor mundial de tabaco começasse uma guerrilha contra o tabagismo? Pois foi o que aconteceu em Cuba, onde há dois anos Fidel Castro não só jogou fora o charuto que sempre esteve associado à sua imagem como também mandou promover ampla campanha antifumo. Nem por isso Cuba deixou de produzir seus afamados charutos. No Brasil, quem gostaria de se livrar do cigarro pode encontrar algum apoio nas campanhas que o governo começou a promover de dois anos para cá.
Existe até um Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto) como parte do Programa Nacional de Combate ao Fumo. O alvo da propaganda contra o fumo são principalmente os jovens. Faz sentido: 20 por cento da população entre 15 e 19 anos -quase 3 milhões de pessoas-são fumantes. "A meta é criar uma consciência nacional para que os jovens nem comecem a fumar", explica o pneumologista José Rosemberg, do Grupo de Controle ao Tabagismo do Ministério da Saúde e seguramente a maior especialista brasileiro no assunto. Não há quem não perceba que as coisas começam a mudar. "Muitos fumantes, hoje, já perguntam aos outros se podem acender um cigarro", observa com satisfação Rosemberg.
De fato, ao acender o cigarro, o fumante é visto como aquele egoísta que incomoda muita gente. Para reforçar ainda mais essa idéia, os antifumantes espalham onde podem cartazes e adesivos contra o cigarro e fazem desaparecer os cinzeiros. É quase certo que essa pressão social induza os fumantes a pensar duas vezes antes de acender um cigarro-se não por amor à saúde, pelo menos por vergonha. No início do ano passado, ao criar cinco cartazes para uma campanha antitabagista, o cartunista Ziraldo Alves Pinto aproveitou a ocasião e deixou de fumar. "Era complicado viver a situação - do "faça o que eu mando mas não faça o que eu faço", explica ele, outro sócio do vastíssimo clube dos que tentaram parar mais de uma vez. "Deixar de fumar é uma saga", discursa Ziraldo. "Você tenta uma, duas, três vezes e acaba voltando." Para não voltar de novo, ele descobriu que o jeito é "botar na cabeça que você tem ódio do cigarro". Não porque tivesse ódio ao cigarro, mas porque a tosse e o pigarro estavam interferindo em seu trabalho, a atriz Cristiane Torloni deixou de fumar no primeiro dia deste ano. "Pouco depois", conta, "senti a maior gratificação em cena, quando percebi minha voz muito melhor." Isso, mais o aplauso dos filhos gêmeos de 9 anos, dão-lhe ânimo para não desistir. "De qualquer forma", observa, "a situação está ficando chata para quem fuma."
Leis contra o fumo no Brasil existem há bom tempo-mas poucas pessoas conhecem direito e menos ainda se preocupam em cumprir a legislação. Em São Paulo, por exemplo, é proibido fumar em elevadores, meios de transportes urbanos, hospitais e áreas de saúde, museus, lojas e supermercados, cinemas, teatros e garagens. No Rio de Janeiro é proibido fumar em recintos fechados e estabelecimentos comerciais É ainda proibido (desde 1958) fumar em ônibus. Também em outras capitais, como Florianópolis e Porto Alegre, existem leis semelhantes. É humanamente impossível fiscalizar o cumprimento desse tipo de lei. Ela será ou não respeitada conforme a atitude das pessoas -fumantes e não fumantes - diante da transgressão.
Se em muitos ambientes o fumante se sente uma espécie de agressor, isso resulta, não da existência de leis e fiscais, mas da iniciativa das vítimas- os não-fumantes reivindicando os seus direitos. Da mesma forma, não há lei no mundo capaz de fazer com que alguém deixe de fumar. A última tragada vai depender sempre dos pulmões e da consciência de cada um.

"Uma bela tarde, depois que deixei o cigarro, tomei um copo de vinho. Foi um prazer extraordinário como eu nunca tinha sentido"Dina Sfat, 49 anos, atriz, ex-fumante"Logo que saí do hospital, não tinha desejo de fumar, porque o receio era mais forte que a vontade "Paulo Rattes, 54 anos, prefeito de Petrópolis, fumante. "Não posso ver defunto sem chorar. Sempre que alguém acende um cigarro perto de mim me dá vontade de fumar"Nuno Leal Maia, 40 anos, ator, fumante"Sem fumar, o estudo rende muito mais e me livrei do problema de queimar as teclas do piano com os cigarros caídos do cinzeiro" .Arthur Moreira Lima 47 anos pianista, ex-fumante"Vou para o Instituto do Coração mas não deixo de fumar." (1983)"O caminho mais curto para o Incor é o maço de cigarro." (1986)Mario Covas, 58 anos, senador, ex-fumante


O mal e o bem da abstinência

Quem deixa de fumar geralmente experimenta um conjunto de sintomas desagradáveis que variam em intensidade e duração-de 24 horas a dois meses, em média. É a síndrome da abstinência, que se caracteriza por inquietação, ansiedade, nervosismo, fadiga, perturbações do sono e do ritmo cardíaco, dificuldade de concentração no trabalho e, naturalmente, intensa vontade de fumar. O motivo é a supressão da nicotina, um alcalóide presente nas folhas do tabaco; sua ação no sistema nervoso central cria a dependência, cujos mecanismos ainda são desconhecidos. É isso que explica o pouco êxito das drogas antagônicas à nicotina.
Depois de uma tragada, as substâncias tóxicas do fumo chegam ao pulmão, vão para o sangue e se difundem pelo organismo. Quando a nicotina chega ao cérebro, aumenta a produção de substâncias que através da circulação atingem o coração. Sem a nicotina, o organismo passa por uma readaptação. Livres do monóxido de carbono (que combinado com a hemoglobina do sangue acaba limitando a oxigenação do organismo), as células tornam a respirar. A irrigação sangüínea se normaliza e a pele recupera o viço. Sem as substâncias tóxicas do fumo, que lesam as papilas gustativas e o nervo olfativo, os ex-fumantes redescobrem cheiros e sabores. Com a desintoxicação do cérebro, o sono também melhora.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Jogo - Podemos apostar nele ?

JOGO - PODEMOS APOSTAR NELE?



O mundo dos jogos de azar é muito parecido com o das drogas. Você não injeta, fuma nem cheira as apostas, mas, se quiser, tem ao seu dispor jogatinas legais como a bebida ou ilegais como a cocaína. Existem também jogos viciantes como o crack e outros menos perigosos. Há quem aposte durante a vida inteira sem qualquer problema e há quem sinta tonturas, enjôos e depressão se passar um só dia longe de um caça-níqueis. Até os problemas sociais são parecidos: alguns acreditam que os jogos estejam intimamente ligados à criminalidade e outros não encontram relação alguma. Mas, acima de tudo, os dois - narcóticos e cassinos - movimentam bilhões e não se chega a um acordo sobre se o melhor é proibir ou liberar.

Existe, no entanto, uma grande diferença: a turma pró-jogo até agora está ganhando a partida no planeta. O Brasil está entre as exceções. Além de Cuba, somos o único país entre as principais nações turísticas que ainda não colocou todas as fichas em um negócio que, pelo menos à primeira vista, é uma mina de ouro. Os cassinos norte-americanos, por exemplo, faturam por ano mais de 30 bilhões de dólares. Será que estamos certos ou errados? Com a polêmica em torno dos bingos ainda fresca na memória (em março último, o governo Lula fechou as casas e depois teve que voltar atrás), esse é um bom momento para debater o assunto em toda sua complexidade médica, econômica, social e moral. É o que tentamos fazer nas próximas páginas.

Como nossas leis tratam os jogos de azar?

Em tese, o modelo atual é bastante simples: o governo federal detém o monopólio da jogatina no Brasil. Pode parecer um tanto fora de moda, mas é assim que a coisa funciona há mais de meio século. Desde então, se você lida com jogos de azar e não é o governo federal, você teoricamente é um contraventor. "No entanto, a lei não vem sendo cumprida. Até mesmo os estados desrespeitam a legislação vigente. As loterias estaduais se tornaram concorrentes diretas do governo federal", diz Paulo Campos, Superintendente Nacional de Loterias da Caixa Econômica Federal.

Reza a lenda que a jogatina caiu em desgraça por obra da mulher do presidente Getúlio Vargas, Darcy Vargas. Um belo dia, ela teria voltado da igreja com a missão de convencer o marido a acabar de vez com um "antro de perversão", o Cassino da Urca, a mais famosa casa de jogos do Rio de Janeiro, então capital federal. Lenda ou fato, a realidade é que em 1941 a lei 3688/41 botou na ilegalidade todo mundo que ganhava a vida girando roletas. Duas décadas depois, em meados dos anos 60, o governo estatizou de vez os jogos de azar, criando as loterias esportivas. A intenção na época era nocautear o jogo do bicho, que, apesar de fora da lei, ia muito bem. O tiro não acertou o alvo, mas também não saiu pela culatra. O jogo do bicho está aí até hoje, atualmente com três extrações diárias. No entanto, as loterias foram um sucesso e se transformaram em excelente fonte de renda. Só no ano passado, as nove modalidades existentes (Mega-Sena, Lotomania, Dupla Sena, Lotofácil, Quina, Instantânea, Loteria Federal, Loteca e Lotogol) arrecadaram juntas 3,5 bilhões de reais. Para comparar, o movimento de loterias nos Estados Unidos é de 44 bilhões de dólares e, na Europa, entre 7 e 10 bilhões de dólares.

Em 1993, o cenário da jogatina mudou e casas de bingo começaram a pipocar país afora. Estranho? Sim, mas não é difícil entender como isso aconteceu. Uma nova lei, apelidada de Lei Zico, abriu o precedente. No cargo de ministro dos Esportes, o ex-jogador do Flamengo adaptou para o Brasil uma experiência espanhola em que os recursos obtidos com bingos são revertidos para o esporte. A Lei Zico determinava que entidades esportivas oficiais, com a fiscalização do governo federal, poderiam operar casas de bingo desde que 7% do faturamento bruto fosse investido em programas sociais. Como as tais entidades esportivas não tinham dinheiro para viabilizar negócios tão vultosos, ficou estabelecido que seriam permitidas parcerias com a iniciativa privada. Daí novas leis surgiram, outras regras foram estabelecidas e não se criou uma legislação específica para uma modalidade de jogo que, no fim das contas, acabava com o monopólio do Estado sobre a atividade. Virou uma bagunça geral, com os bingos funcionando - até agora, diga-se - na fronteira entre a legalidade e a ilegalidade. Afinal, basta se associar a um clube ou federação e você já poderá desafiar a regra que proíbe o jogo no país.

Por que o jogo é proíbido no Brasil?

Dos 108 países que formam a Organização Mundial de Turismo, somente dois proíbem o jogo: Cuba e Brasil. O caso cubano dispensa explicações. A ilha de Fidel Castro é um mundo à parte. Por aqui, a proibição da jogatina se sustenta em três pilares: jogo exige uma estrutura de fiscalização de que o país não dispõe, atrai a bandidagem e vicia. As justificativas fazem sentido: cassinos e afins são historicamente ligados a problemas sociais e criminalidade. Mas os defensores dos jogos de azar também têm seu arsenal de argumentos que, no mínimo, merecem ser levados em conta. Cigarro e álcool também causam dependência e problemas sociais e nem por isso são proibidos. Por que então banir somente o jogo? É quando começa então a disputa em torno de cada um dos três argumentos.

O primeiro ponto - o de que a jogatina é muito difícil de se regular - tem bastante verdade. "Quando conseguimos comprovar uma irregularidade em uma empresa de bingos, ela desaparece e outra brota no lugar, o que torna impossível recuperar os impostos sonegados. Os donos são geralmente laranjas. Não temos nem como executar bens", diz o secretário-adjunto da Receita Federal, Paulo Ricardo Souza Cardoso. Ele, que lida no dia-a-dia com os obstáculos para controlar a jogatina, diz que existem motivos suficientes para banir o jogo. "Posso garantir que essas casas sonegam, operam com equipamentos contrabandeados e, em muitas delas, a sorte do cliente é manipulada", afirma. O ex-secretário da Receita Federal e hoje consultor tributário Everardo Maciel compartilha da opinião. "Pode um país em desenvolvimento, com tanta demanda de fiscalização, desviar recursos humanos e financeiros para o controle de uma atividade de alto risco? É uma visão ingênua, de quem está fora da máquina do governo, imaginar que há condições de fiscalizar um setor com tamanha tradição de corrupção", diz.

O fato é que um mínimo de controle já traz bons resultados. Entre 2000 e 2001, os bingos foram fiscalizados pela Caixa Econômica Federal e, nesse período, a arrecadação de impostos girava em torno de 200 milhões de reais. Mas a Caixa logo saiu de cena por causa de um conflito de interesses: já controlava as loterias federais, concorrentes diretas dos bingos. "Depois que a CEF saiu do páreo, a arrecadação é praticamente insignificante", diz Paulo.

Ok, a sonegação existe, mas nem todos concordam que erradicar os cassinos seja a única alternativa. No livro Teoria da Imposição Tributária, o jurista Ives Gandra, um dos mais renomados tributaristas do país, defende com unhas e dentes a liberação de toda e qualquer atividade que transite no limite entre a licitude e da ilicitude. Ele acredita que proibir diminui as receitas e estimula o crime organizado a assumir o controle (e os lucros) desses negócios. "A forma mais eficaz de desestimular uma atividade indesejável é a tributação elevada. Controle rigoroso e muito imposto são melhores para um país do que a clandestinidade", diz Ives. Atualmente, como não há leis específicas, as casas de bingo pagam praticamente os mesmos impostos de um negócio qualquer. No caso do cigarro e da bebida, a história é diferente. De cada cinco cigarros vendidos, o governo abocanha quatro. Dependendo do tipo de bebida, paga-se até 75% do valor total.

A segunda questão do debate, a relação entre o jogo e o crime, também é polêmica. O principal ponto é a possibilidade de se utilizarem as casas de jogos de azar para a lavagem de dinheiro de outras operações ilícitas. Para o norte-americano James Wygand, ex-presidente no Brasil da Control Risks, uma das maiores empresas de investigação de riscos do mundo, não há dúvida de que jogo é um ramo que facilita a ação do crime organizado. Mas isso não seria uma razão para proibir o negócio. "Locais onde o giro de dinheiro em espécie é grande são propícios para lavar dinheiro. O problema, no entanto, não é do jogo em si. Nos Estados Unidos, a máfia já foi afastada dos cassinos. Depende de ação", diz. Em tese, lavar dinheiro em apostas é bastante simples: basta combinar com o dono da casa e simular um prêmio. Com o comprovante de que o dinheiro foi ganho no jogo, o dinheiro, de onde quer que ele tenha vindo, sai limpinho. Só que, na prática, pode não ser tão vantajoso. "Lavar dinheiro em bingo é burrice e sai caro. O ganhador paga 30% de imposto sobre o valor do prêmio. Tem formas bem mais baratas", garante Olavo Sales Silveira, presidente da Associação Brasileira de Bingos (Abrabin). Resta então o terceiro argumento a favor da proibição - o vício.

Jogar faz mesmo mal à saude?

Taí uma pergunta que não gera polêmica. Entre os estudiosos, a resposta é um consenso: jogo, assim como álcool ou cocaína, pode causar dependência. A inclusão oficial do vício em jogatina no rol das patologias aconteceu em 1992, quando a Organização Mundial de Saúde botou o jogo compulsivo no Código Internacional de Doenças. Mas há muito tempo já se suspeitava que jogar faz mal à saúde.

No ensaio intitulado "Dostoiévski e o Parricídio", escrito em 1928, o psicanalista Sigmund Freud associou o descontrole do escritor russo Fiódor Dostoiévski nas roletas aos eventos traumáticos de sua vida, principalmente a morte do pai. Para Freud, Dostoiévski, o jogador mais célebre da história, não jogava por dinheiro. Jogava porque era um viciado. A melhor descrição da sua compulsão está em seu livro O Jogador, de 1866, época em que não conseguia se afastar dos cassinos. "Com que emoção, que aperto no coração, eu ouvia os números do crupiê. Com que avidez eu olhava a mesa de jogo, na qual são esparramadas pilhas de peças de ouro que se desmancham sob o rodo em montes reluzentes como brasa. Antes mesmo de alcançar o cassino, só mesmo de ouvir o tilintar das moedas, eu me sentia prestes a desfalecer", escreve Dostoiévski em um trecho do livro.

Se não fumamos, bebemos, cheiramos ou injetamos apostas, como nos viciamos em jogo? Para responder a questão, cientistas da Universidade Harvard (que, aliás, foi criada com o dinheiro do jogo), nos Estados Unidos, realizou uma experiência elucidativa. Eles deram cocaína a uma pessoa e uma máquina de apostas a outra e analisaram os dois com ressonância magnética funcional, uma parafernália que mede a atividade em cada parte do cérebro por meio do fluxo sanguíneo em cada região. O resultado foi que a cocaína e a máquina de apostas ativavam as mesmas estruturas cerebrais. "Quando um jogador está em ação, ele fica superexcitado, provocando no cérebro um aumento exacerbado de dopamina (neurotransmissor associado ao prazer). Quando ele pára de jogar, os neurônios alterados pedem mais dopamina, assim como pedem mais cocaína a um viciado na droga", afirma a psiquiatra Valéria Lacks, do Programa de Atendimento ao Dependente (Proad), da Universidade Federal de São Paulo.

Não se sabe com precisão o número de jogadores compulsivos no Brasil - o que normalmente se faz é uma estimativa com base no tamanho do problema em outros países. Segundo a OMS, em sociedades urbanas desenvolvidas, 80% da população adulta faz uma fezinha pelo menos uma vez por ano. Desse mundaréu de jogadores esporádicos, 3% enfrentam problemas por causa de jogo, como dívidas ou desentendimentos familiares, e 2% são efetivamente doentes. Fazendo as contas, temos 4,08 milhões de potenciais jogadores patológicos e 2,72 milhões de viciados entre nós. Embora a ciência ainda não explique por que algumas pessoas viciam em jogo e outras não - já que praticamente todo mundo joga -, existem alguns indícios que lançam um pouco de luz na escuridão. Sabe-se que filhos de pais acoólatras têm predisposição a jogar. E que pessoas que são expostas freqüentemente a jogos de azar, como quem mora perto de um cassino, também. Os outros fatores de risco são: personalidade impulsiva, tendência ao isolamento, ansiedade e depressão. "Os jogadores patológicos têm perfil parecido. São pessoas muito inteligentes e estáveis financeiramente. Quando sofrem algum trauma, se descontrolam e destroem a vida no jogo", diz a psicóloga Juliana Bizeto, do Proad.

O mundo dos jogadores compulsivos é bem mais sombrio do que imaginamos. Em estágios avançados da doença, eles sofrem com crises de abstinência: sudorese, tremores, náuseas, depressão aguda e até mesmo ataques cardíacos. Cerca de 18% deles tentam o suicídio. Assim como os dependentes de drogas, os viciados em jogo também se isolam do mundo, perdem o interesse pela família e pelo trabalho e só conseguem obter prazer apostando. Basta ir a uma reunião do Jogadores Anônimos, JA (no Brasil, são 14 grupos, espalhados em sete estados), para se ter a noção exata da ruína financeira, moral e física provocada pela jogatina. "Em 20 anos de jogo, perdi muito mais que dinheiro. Perdi o caráter. Só estou aqui porque fui parar na cadeia. Sou biomédico e minha sócia me denunciou por desvio de dinheiro no laboratório", diz um homem de 45 anos. "A minha única inspiração na vida era o jogo. As máquinas caça-níqueis foram a minha ruína. Com elas arrumei o jeito ideal de perder dinheiro e de me destruir. Vim para cá depois de tomar mais de 100 comprimidos para dormir. Eu queria dormir para sempre", afirma uma moça de 32 anos.

Todo tipo de jogo vicia?

Sim. Mas, do ponto de vista médico, existem jogos leves e jogos pesados, tal como as drogas (veja a tabela à esquerda). Máquinas caça-níqueis, por exemplo, são consideradas o crack da jogatina. Segundo os estudiosos, entre 40% a 60% das pessoas que usam freqüentemente essas máquinas tornam-se compulsivas. Já as loterias seriam, digamos, a maconha. Não fazem bem para a saúde, mas também não causam grandes danos. "Quanto maior o intervalo entre a aposta e o resultado, menos viciante é o jogo. O resultado das loterias demora uma semana para sair. Então elas não são um grande problema. Nos jogos eletrônicos, o tempo é de microssegundos. A rapidez alimenta a compulsão", explica Hermano Tavares, psiquiatra e fundador do Ambulatório do Jogo Patológico e outros Transtornos do Impulso (AMJO), do Instituto de Psiquiatria da USP.

Mas não é só a rapidez nos resultados que faz um compulsivo. Outros detalhes interferem, como o barulho de moedas caindo nas maquininhas caça-níqueis. "Alguém já viu cair notas?", pergunta a psicoterapeuta Thais Grace Maluf, do Proad. "Os apostadores recolhem o dinheiro em baldes. Isso aumenta a sensação de ganho e, conseqüentemente, a vontade de jogar", diz. Ela relata um teste feito nos Estados Unidos em que colocaram lado a lado duas máquinas, uma com barulho e outra silenciosa. "As pessoas jogaram menos nas máquinas sem barulho", afirma Thais. O ambiente dos cassinos e bingos também são considerados fatores de risco. "Os jogadores ficam extremamente confortáveis. Algumas casas oferecem bebida e comida de graça. Como não há relógios ou janelas por ali, perde-se facilmente a noção de tempo", diz a psicóloga Regina Britzky De Sorde, também do Proad. "Tudo é preparado para seduzir. E o intervalo de apostas, claro, é o menor possível. Normalmente nem esperam a pessoa saber se perdeu ou ganhou para iniciar outra rodada", diz.

A distinção entre jogos leves e pesados criou até mesmo uma opção diferente de tratamento para os jogadores compulsivos. O novo conceito não propõe como meta que o jogador abandone o vício de uma vez por todas. A idéia é apenas reduzir os danos. É a mesma lógica de se oferecerem seringas a viciados em drogas injetáveis para evitar a aids. "No caso dos jogadores, mostramos opções de modalidades de jogo menos aditivas", afirma a psicóloga Juliana.

Proibir resolve o problema da dependência?

Muito pouco se sabe sobre a relação entre a facilidade de jogar e o jogo compulsivo. Pesquisadores defendem a relação como fato, mesmo sem pesquisas conclusivas sobre o tema. De tempos em tempos, surgem estudos que levantam a discussão. Pesquisadores da Escola de Medicina de Auckland, Nova Zelândia, por exemplo, fizeram o seguinte teste em 1996: analisaram ligações recebidas por um centro de apoio a jogadores patológicos seis meses antes e seis meses depois da inauguração do segundo cassino da Nova Zelândia. O número de chamadas aumentou de 510 para 826. Nos primeiros seis meses, 25% das ligações estavam relacionadas a corridas de cavalos e de cachorros, 49% a máquinas caça-níquel, 24% a cassinos e 2% se referiam a outras modalidades de jogo. Na segunda metade do trabalho, os telefonemas mencionando cassinos saltaram de 24% para 44%.

"Antes da liberação dos jogos de azar em praticamente todos os Estados Unidos, era facilmente perceptível a prevalência de jogadores patológicos nos locais onde a lei favorecia a exposição às apostas. Atlantic City, por exemplo, tinha a maior incidência de doentes do país", diz Hermano Tavares, psiquiatra e fundador do AMJO. "O número de jogadores patológicos que atendemos quadruplicou com a abertura de casas de bingo em São Paulo", afirma a psicóloga Juliana Bizeto, do Proad.

Como faltam provas e sobram indícios, muitos países onde o jogo é liberado estão alterando suas leis aqui e acolá na tentativa de diminuir o número de viciados e minimizar o impacto na sociedade. Na Austrália, país onde mais se joga no mundo (90% da população aposta pelo menos uma vez por ano), máquinas caça-níqueis e toda sorte de versões eletrônicas dos jogos de azar estão espalhados pelas cidades, em bares ou boates. O governo, no entanto, já acenou com a possibilidade de confiná-las apenas a lugares restritos ao jogo - ou seja, a cassinos.

Afinal, vale a pena legalizar?

"A legalização do jogo, de fato, trouxe muito lucro para o país. O dinheiro que antes abarrotava o bolso de criminosos agora enche os cofres públicos. Mas há uma conseqüência muito relevante nesse debate. O governo se tornou extremamente ambicioso na exploração de uma atividade que claramente causa problemas sociais", afirmou o economista Peter Reuters, da Universidade de Maryland, Estados Unidos, no livro Drug War Heresies ("Heresias da Guerra contra as Drogas", inédito no Brasil). Liberal convicto, Reuters defende que, mesmo que o jogo gere renda, o Estado não pode se tornar também um jogador compulsivo. Tem, sim, que impor limites.

À primeira vista, jogos de azar são uma mina de ouro. É uma das indústrias que mais crescem nos Estados Unidos. Durante a década de 90, o faturamento dos cassinos mais que triplicou - saltou de 8,7 bilhões para 31,8 bilhões de dólares. Há uma década, havia roletas em apenas 20 cidades norte-americanas. Hoje existem cassinos em 200 cidades e a expectativa é de mais crescimento. A previsão de faturamento para 2004 dos cassinos de Las Vegas, meca dos jogadores, gira em torno de 7,6 bilhões de dólares. Atlantic City, outro reduto da jogatina, espera 4,4 bilhões. No geral, os cidadãos daquele país gastam atualmente mais dinheiro jogando que na soma dos gastos em entretenimentos como cinema, jogos esportivos, parques de diversões, compra de CDs e de livros.

No entanto, qualquer que seja o jogo, existe uma pessoa que perde para cada pessoa que ganha - e a regra continua valendo mesmo nessa escala de bilhões de dólares. É por isso que alguns pesquisadores começaram a investigar o desvio do dinheiro de outras atividades econômicas para a indústria da jogatina. Uma das principais pesquisas nesse ramo foi feita pelos economistas Earl Grinols, da Universidade de Illinois, e David Mustard, da Universidade da Geórgia, ambas nos Estados Unidos. Segundo eles, não se pode contabilizar o lucro dos cassinos sem subtratir do balancete final algumas pendências, como o efeito negativo das roletas em outros tipos de negócio, o gasto com jogadores patológicos e o aumento de criminalidade nos locais de jogatina. Botando tudo na ponta do lápis, os dois economistas calculam que os custos superam os ganhos em 27,5 bilhões de dólares todos os anos. "Essa é uma história engraçada. Em Atlantic City, há alguns anos, ficou muito famoso o caso do roubo de geléias e pães dos hotéis. A polícia descobriu que os funcionários perdiam todo o salário na roleta e, para não apanhar em casa, assaltavam a despensa", diz o economista americano James Wygand, da Control Risks.
É claro que grande parte da discussão em redor do jogo - assim como acontece com as drogas - envolve questões morais e os valores de cada pessoa. Mas é essencial considerar todos os fatores econômicos, sociais, médicos e legais antes de defender um lado ou outro. Qualquer que seja a decisão, ela irá alterar o destino de milhões de pessoas e de bilhões de dólares. Pode apostar.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Brasileiros têm 4º maior consumo de álcool das Américas, diz OMS

12/02/2011 20h15 - Atualizado em 12/02/2011 20h15

Brasileiros têm 4º maior consumo de álcool das Américas, diz OMS
No continente americano, país fica atrás de Equador, México e Nicarágua.
Homens consomem 24,4 litros por ano; mulheres, bem menos, 10,6 litros.

Os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que os brasileiros consomem 18,5 litros de álcool puro por ano. No continente americano, o valor é menor apenas que os do Equador (29,9 litros), do México (27,2 litros) e da Nicarágua (20,5 litros) (veja quadro abaixo). Os dados dizem respeito a pessoas acima de 15 anos que bebem (não à média da população).

País americano Consumo per
capita (em litros)
Equador 29,9
México 27,2
Nicarágua 20,5
Brasil 18,5
Uruguai 17,9
Guatemala 17,7
Belize 17,2
Barbados 16,9
Estados Unidos 14,4
Dominica 13,3
Paraguai 12,8
As informações foram divulgadas em um relatório global sobre saúde e consumo de álcool da OMS, com dados referentes até o ano de 2005. Entre os homens, o consumo anual é de 24,4 litros. Já as brasileiras tomam 10,6 litros por ano.

No Brasil, 54% das pessoas que bebem escolhem cerveja. Destilados são a opção de 40%. Vinho responde por 5% e outros tipos de bebida somam 1%.

Uma conta simples é capaz de mostrar como não é difícil chegar ao valor apontado pela OMS: as principais cervejas brasileiras têm um teor alcoolico de até 5%. A latinha comum, distribuída em bares e mercados do país, tem 350 mililitros - ou 17,5 mililitros de álcool puro. Usando esses valores como exemplo, um brasileiro precisaria tomar menos de 3 latinhas por dia para ultrapassar 18,5 litros por ano.

Segundo a OMS, o consumo global de álcool mata 2,5 milhões por ano, por causa das doenças relacionadas ao abuso da bebida. O valor é equivalente a 4% de todas as mortes no mundo, tornando o álcool mais letal que a Aids, a violência urbana e a tuberculose.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Kindle supera Harry Potter como produto mais vendido pela Amazon

27/12/2010 13h58 - Atualizado em 27/12/2010 14h35

Kindle supera Harry Potter como produto mais vendido pela Amazon
Terceira geração de aparelho chegou ao mercado no final de agosto.
Empresa teve recorde histórico de encomendas em 28 de novembro.


Nova versão do Kindle chegou aos EUA no
final de agosto. (Foto: Divulgação)A varejista online Amazon afirmou nesta segunda-feira (27) que a terceira geração de seu leitor digital Kindle se tornou o produto mais vendido em toda a história da empresa.

O Kindle ultrapassou a marca de vendas do último livro da série do bruxo Harry Potter, até então o item mais vendido na Amazon.com. A companhia não revelou números de vendas do leitor digital.

A Amazon.com também informou que em 29 de novembro registrou recorde de encomendas em um único dia, com 13,7 milhões de pedidos em todo o mundo, ou o equivalente a 158 itens por segundo.

sábado, 31 de julho de 2010

Estudo mostra peso negativo do consumo de álcool

26/06/09 - 06h00 - Atualizado em 26/06/09 - 06h00

Estudo mostra peso negativo do consumo de álcool para a saúde mundial
Uma em cada 25 mortes no planeta pode ser atribuída à bebida.
No geral, impacto deletério do alcoolismo equivale ao do tabaco.




Foto: Reprodução Bebida recreativa é, infelizmente, apenas um dos lados da moeda (Foto: Reprodução)Embora o uso de álcool ainda seja muito aceito e até incentivado socialmente no mundo todo, seus efeitos negativos para a saúde são, em geral, tão ruins quanto os do cigarro. Uma em cada 25 mortes no planeta podem ser atribuídas ao seu consumo, de acordo com uma pesquisa publicada nesta semana na revista médica "Lancet", quantificando o impacto global da bebida sobre a saúde humana.

Ainda de acordo com a pesquisa, coordenada por Jürgen Rehm, do Centro de Estudos sobre Vício e Saúde Mental de Toronto (Canadá), 5% dos anos de vida com algum tipo de de deficiência planeta afora também estão relacionados com o consumo de álcool. Quanto maior o consumo médio, maior o risco de problemas de saúde, e o efeito é ainda maior em populações pobres e marginalizadas.

Os pesquisadores também avaliam que, apesar dos aparentes efeitos benéficos para a saúde ligados ao consumo constante e moderado de álcool, o saldo da bebida é muito mais negativo do que positivo, em especial entre os homens.

Além de doenças diretamente relacionadas ao álcool, como problemas de fígado, alguns dos males ligados à bebida são tumores de boca, garganta, do cólon e do reto, de mama; depressão, derrames; além de acidentes de trânsito e violência, entre outros.

O consumo médio per capita no mundo é de 6,2 litros de etanol puro por ano, com valores próximos de 12 litros anuais na Europa, os campeões da bebedeira. Na antiga União Soviética o caso é o mais dramático: 15% das mortes estão associadas ao alcoolismo.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Imposição da lei reduz número de adolescentes fumantes

08/05/09 - 07h00 - Atualizado em 08/05/09 - 07h00

Imposição da lei reduz número de adolescentes fumantes nos EUA
País reforçou controle sobre venda de cigarro para menores.
Medida diminui número de fumantes regulares e ocasionais.

A imposição rigorosa das leis sobre a venda do tabaco, incluindo o uso de pessoas se passando por compradores menores de idade, reduziu significativamente a taxa de fumantes entre adolescentes, conforme descobriu um novo estudo. Escrevendo na publicação BMC Public Health, pesquisadores dizem que as chances dos alunos da 10ª série dos EUA (equivalente ao segundo ano do ensino médio no Brasil) se tornarem fumantes regulares caíram 20,8% desde que o governo federal começou a exigir dos estados o reforço na proibição do cigarro a menores.

Os pesquisadores, conduzidos pelo Dr. Joseph R. DiFranza, da Escola de Medicina da Universidade de Massachusetts, baseou suas descobertas numa pesquisa com mais de 16 mil adolescentes e revisão de leis antifumo em 36 estados.

Em 1996, segundo o estudo, foi sancionada uma lei federal, conhecida como a Emenda Synar, que pressionava os estados a conduzir compras-teste para descobrir quais estabelecimentos estavam cumprindo a proibição de venda a menores e para multar os que violassem a lei. “Embora alguns estados tenham agido por iniciativa própria”, escrevem os autores, “não há dúvidas de que a Emenda Synar, com suas ameaças de penalidade aos estados, foi a principal motivadora para uma imposição mais rigorosa de suas leis".

Quanto mais os estabelecimentos cumpriam a lei, segundo descobriu o estudo, menos alunos da décima série respondendo à pesquisa relatavam fumar diariamente. Tornar os cigarros mais difíceis de conseguir afeta tanto os fumantes regulares, compradores dos próprios cigarros, quanto os ocasionais – já que os fumantes regulares se tornam menos propícios a compartilhar, disse o estudo.


PUBLICADOS BRASIL NO ORKUT

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