Mostrando postagens com marcador amazonia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amazonia. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Os últimos selvagens - conheça tribos sem contato com a civilização


Os últimos selvagens - conheça tribos sem contato com a civilização


Ainda existem no planeta tribos que habitam regiões isoladas, que vivem da mesma maneira como há milhares de anos, sem conhecimento dos avanços tecnológicos.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A Civilização perdida da Amazônia - Arqueologia


A CIVILIZAÇÃO PERDIDA DA AMAZÔNIA - Arqueologia


Caverna da Pedra Pintada 11 200 anos atrás. Enquanto mulheres e crianças saem para colher castanhas-do-pará, os homens estão no meio da mata úmida caçando anta. A cena foi reconstituída a partir de uma descoberta que está colocando a arqueologia de pernas para o ar. Ela indica que o homem chegou ao continente americano há muito mais tempo do que se supunha, se adaptou bem a um ambiente considerado hostil e criou uma cultura superior à de outros pré-históricos de sau época. Nos fomos até lá ver de perto o berço da cultura pré-histórica do Amazonas. Agora é a sua vez.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

O ano novo da Onça - Zoologia

O ANO NOVO DA ONÇA - Zoologia


O maior predador das Américas terá um feliz 1995: as 5 000 onças brasileiras ainda não estão na lista de animais em extinção. E se depender do trabalho de biólogos e ecologistas - o maior já realizado no país -, o ano que vem será ainda melhor.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Relatório da ONU prevê 'catástrofe ambiental'



Relatório da ONU prevê 'catástrofe ambiental' no mundo em 2050

Amazônia dá sinais de degradação por causa das mudanças climáticas (Foto: Divulgação/NASA/JPL-Caltech)

Pobreza extrema deve ser motivada também por degradação do planeta.
Estima-se que mais de 3 bilhões vivam na miséria nos próximos 37 anos.


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Onça-pintada - A dona da América


ONÇA-PINTADA: A DONA DA AMÉRICA



Ela é o maior felino das Américas. Tem também outro troféu de dar medo: o da mordida mais poderosa entre todos os grandes gatos, incluindo o leão e o tigre. A onça-pintada é capaz de partir com seus caninos mesmo os maiores ossos, como o crânio de uma anta, ou até cascos de tartaruga. Pode abater uma enorme variedade de presas - e as abate, pois quase nenhum animal escapa à sua voracidade. Fazem parte do menu mais de 80 espécies - há quem afirme que o número chega a 150. Ela se alimenta de jacarés, queixadas, capivaras, pacas, tatus - cutias também -, macacos, catetos, veados, aves, peixes, antas e até touros e búfalos. É uma exímia nadadora, capaz de atravessar até 1 quilômetro de rio atrás de comida ou de companheiros para reprodução, e consegue subir com destreza em árvores. Mas, devido ao porte encorpado e às pernas relativamente curtas, não é uma boa corredora - e prefere a emboscada.

"A onça-pintada é evolutivamente adaptada para encontrar, atacar, matar e se alimentar de sua presa de forma extremamente eficiente", afirma Fernando Azevedo, biólogo da Associação Pró-Carnívoros. "Para isso, ela precisa ter três sentidos bastante aguçados: a visão, a audição e o olfato. Em conjunto, são os responsáveis por seu sucesso em procurar e achar uma potencial presa." Apesar disso, o índice de bom êxito de uma caçada não passa de 10%.

Também conhecida como jaguar - nome de origem tupi mais popular no exterior do que aqui -, a onça costuma estar mais ativa à tarde ou à noite, o que dificulta o trabalho dos pesquisadores em observá-la caçando. "Sua atividade diária é solitária. As únicas fases de sua vida que são compartilhadas com outras onças são o período de acasalamento e a fase em que a mãe cria os filhotes", diz Fernando.

Os bebês ficam com as mães até completarem aproximadamente 2 anos. Durante esse período, a maior lição que aprendem é como caçar de forma eficiente. O aprendizado inicia já bem cedo - com 3 ou 4 meses de idade, as oncinhas acompanham a mãe durante as caçadas. No começo ficam só olhando, para depois começarem a ajudar de verdade. "Os felinos, em geral, têm infância bem maior que os outros animais", afirma Carlos C. Alberts, especialista em felinos da Unesp de Assis. "É durante esse período que eles aprendem as técnicas básicas de predação: escolher a presa, pegá-la, matá-la e prepará-la para ser consumida. A preparação é necessária porque as onças não comem pêlos nem penas. Se o filhote não for criado com a mãe, não saberá caçar." Quase adultos, a mãe os força a procurar o próprio território e achar o jantar sozinhos.

Peter Crawshaw, analista ambiental do Ibama e especialista em onças, teve duas oportunidades de assistir a uma mãe ensinando seus filhotes a caçar. "Em uma das vezes, eles haviam matado três queixadas, cujas carcaças estavam uma ao lado da outra", diz. Na outra, viu um filhotão de quase 1 ano correndo ao lado de um touro, acompanhado da mãe e de outro filhote. "Acredito que ela estava ensinando os filhotes o que não caçar, porque um touro é um animal perigoso", afirma.

Há dois tipos de predadores na natureza: os especialistas e os oportunistas. Os primeiros são aqueles que, como o nome diz, se especializam em determinado tipo de caça - caso dos guepardos, que perseguem quase exclusivamente duas espécies de gazela africana. Já o predador oportunista aproveita toda ocasião que surja para capturar qualquer animal que possa subjugar. "A pintada é um pouco dos dois tipos", afirma Crawshaw. "É oportunista por se alimentar de uma gama variada de presas, de tatus e primatas a sucuris e lagartos. E pode ser considerada especialista porque criou técnicas especiais para caçar determinados animais." No Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, por exemplo, as pintadas predavam mais queixadas do que seria esperado, em relação à densidade do animal no parque. "Isso indica uma preferência por essa espécie."

As onças passam a maior parte da vida em busca de comida. Ingerir entre 5% e 10% de seu peso é uma batalha diária - ou quase, porque, quando comem presas muito grandes, elas podem ficar alguns dias sem se alimentar. "Boa parte do tempo de uma onça é gasto no deslocamento dentro de seu território, no intuito de demarcá-lo, achar comida ou parceiros para reprodução", diz Fernando Azevedo. O território do macho normalmente é maior e tem pontos em comum com o de várias fêmeas - ele pode chegar a 200 quilômetros quadrados.

É dentro de sua área que a onça caça, se alimenta, se acasala. E a defende com unhas e dentes. Literalmente. "Por serem animais de uma constituição física muito forte, as onças evitam o contato físico com outras onças no caso de defesa do território. Uma briga entre elas pode acarretar danos físicos muito graves ou até mesmo a morte", diz Fernando. Isso porque os músculos da mandíbula do animal são muito desenvolvidos e ela tem uma mordida de potência bastante grande - mais ainda que a do tigre ou do leão.

Por causa da força na mandíbula, a onça costuma matar suas presas quebrando o pescoço delas. "Ela insere os caninos, que podem ter até 5 centímetros, entre a primeira e a segunda vértebra da presa. Assim, rompe sua medula espinhal. A morte é instantânea", diz Peter Crawshaw. Em outras ocasiões, ela morde o crânio da presa para matá-la. A forma como a onça agarra as vítimas varia bastante - pode ser pelo focinho, pelas costas, pela garganta ou pela cabeça. Em presas maiores, morde na garganta e mata por asfixia ou golpeia de forma que elas caiam no chão com o peso do corpo sobre o pescoço, quebrando-o.
Normalmente, a onça só come o animal que abateu. Não é comum ela se alimentar de bichos que morreram de causas naturais. "A pintada não precisa se preocupar em defender a carcaça de sua presa, porque não há nenhum outro competidor com ela em seu hábitat", diz Carlos C. Alberts. Vem daí a famosa expressão popular que diz respeito a seu hálito. O felino nem sempre tem um bafo de onça, mas, quando caça animais grandes, pode se alimentar da carcaça por dias. Acontece que a carne em florestas tropicais apodrece logo por causa da umidade. Assim, não tem quem agüente o odor exalado pela boca do felino. Nem quem é amigo da onça.


Dopada, mas não morta


Nem mesmo sedada uma onça perde seu instinto. Em julho de 1991, o biólogo Peter Crawshaw capturou e anestesiou uma onça-pintada no Parque do Iguaçu (PR), para colocar um rádio-transmissor. O processo foi acompanhado por um casal de turistas estrangeiros, que passeava pelo local. No final da tarde, a onça já se recuperava - mas ainda estava tonta - quando o casal resolveu tirar uma foto. O felino se assustou com o flash e arrancou na direção da mulher. Peter, num impulso, se colocou entre as duas. "Felizmente, as pessoas tiveram a presença de espírito de entrarem nos veículos", diz ele - que, depois de momentos angustiantes, fez o mesmo. Por sorte, o biólogo acabou apenas com ferimentos leves. Culpa da imprudência humana.


Fatos selvagens




Nome vulgar

Onça-pintada



Nome científico

Panthera onca



Dimensões

Até 2,60 metros do focinho à ponta da cauda



Peso

Até 160 quilos



Principais armas

A poderosa audição e caninos de até 5 centímetros



Comportamento social

É solitária, exceto na época de reprodução, e tem hábitos noturnos



Ataques a humanos

São raríssimos (o último registrado foi em 2004, na Argentina)



Quanto come

Até 16 quilos por dia



Expectativa de vida

Na natureza, 15 anos



Dieta

Queixadas, capivaras, tartarugas



Principais inimigos

Jacarés e cobras



Se você encontrar uma
Não corra. Olhe-a nos olhos para ela perceber que você a viu - a onça ataca de surpresa


Para saber mais




Na internet
www.savethejaguar.com - Site da Wildlife Conservation Society com informações sobre onças e um link para "adotar" financeiramente animais


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Imazon acusa 'aumento expressivo' do desmatamento na Amazônia

23/02/2011 16h16 - Atualizado em 23/02/2011 17h02

Imazon acusa 'aumento expressivo' do desmatamento na Amazônia
Detecção em dezembro de 2010 foi 994% maior que um ano antes.
Cobertura de nuvens impossibilitou análise de 70% da região.

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), organização que faz um levantamento paralelo ao oficial da devastação na região amazônica, registrou desmatamento de 175 km² de floresta em dezembro. A estimativa está em relatório do órgão divulgado nesta quarta-feira (23).


Mapa do Imazon mostra pontos de desmatamento detectados em dezembro. (Foto: Reprodução)De acordo com o instituto, o número representa um “aumento expressivo de 994% em relação a dezembro de 2009, quando o desmatamento somou somente 16 km²”. Já em janeiro de 2011, foram registrados 83 km² de desmatamento, o que representou um aumento de 22% em relação a janeiro de 2010 quando o desmatamento atingiu 68 km².

O instituto destaca que os números podem estar subestimados. Em dezembro de 2010, assim como em em janeiro de 2011, foi possível monitorar somente 30% da Amazônia. Os outros 70% estavam cobertos por nuvens, dificultando a análise, em especial no Amapá, Pará e Acre, que tiveram mais de 80% da área florestal cobertos por nuvens.

Degradação

O Imazon detectou ainda 541 km² de florestas degradadas (parcialmente destruídas) em dezembro e 376 km² em janeiro. Os números também são maiores em relação a um ano antes. O instituto estima que o carbono emitido pelo desmatamento no período de agosto de 2010 a janeiro de 2011 (seis primeiros meses do chamado "calendário de desmatamento") foi de 13,9 milhões de toneladas.

Em dezembro, Rondônia contribuiu com 43% da área total desmatada na Amazônia Legal. Mato Grosso teve 31% e o Amazonas, 16%. Nos outros estados, o desmatamento foi proporcionalmente menor, ficando o Pará com 5%, o Acre com 4% e Tocantins com 1%. O desmatamento detectado no Pará, no entanto, foi menor possivelmente devido à densa cobertura de nuvens.

Em janeiro de 2011, a devastação foi maior em Mato Grosso, com 57%. O estado foi seguido do Pará, com 20%, e Rondônia, com 18%. O restante ocorreu no Amazonas (4%) e Roraima (1%).

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que faz o levantamento oficial da destruição da floresta amazônica, já indicavam um aumento da devastação no fim do ano passado, em comparação a 2009.

.
.
.
C=43604
.
.
.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Amazônia - recanto selvagem

AMAZÔNIA - recanto selvagem



Embora o planeta inteiro fique de olho na Amazônia, andar no meio dela é desafio para poucos. Além da beleza, da magnitude e do exotismo, a floresta impõe a força de seu aspecto selvagem não só pelo tamanho, mas pelas mudanças bruscas de luminosidade, quantidade de sons bizarros em diversos momentos do dia, visibilidade complicada, perigos. Por dentro é um mundo aparentemente homogêneo, uma massa de verde que se altera com a escuridão das sombras. As árvores estão muito próximas, observa-se só o que está perto, não é como andar num campo ou numa praia. Um quati pode pular na sua frente, um bando de porcos selvagens virem em bando. Galhos caem, insetos aparecem. Faz um calor de até 40º C. Chove muito. Aventura incrível para alguns, ambiente inóspito para outros, a Amazônia é um santuário complexo, exuberante e necessário para a vida de todos.

Ocupa mais da metade da área do Brasil, que possui 67% da Amazônia em seu território. O bioma alarga-se pelos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Amapá, Pará, Roraima, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. O restante está em vários países: Peru, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Equador. A América do Sul é a região mais rica da terra em biodiversidade só por causa da Amazônia.

Vista de cima, a paisagem é completamente irregular. A vegetação vai de pedaços de cerrados a verdadeiras savanas, passando até por pedaços de pequenas praias de rios e circundando cachoeiras inesperadas. Em linhas gerais, a floresta divide-se em terra firme e alagada e tem o aspecto de um composto de ilhas separadas entre si por grandes ou pequenos rios. Cada um desses pedacinhos ainda pode ser cortado por igarapés - riachos menores, alguns têm quase a largura de uma canoa. Na floresta de terra firme, as árvores de até 50 metros de altura lembram a paisagem da mata Atlântica. Mais abaixo da altura dessas árvores há palmeiras e cipós.

É mais fácil andar numa floresta conservada do que numa regenerada. Nas florestas secundárias, revividas de um desmatamento, é mais difícil penetrar porque arbustos e emaranhados de galhos novos impedem a passagem. Na floresta antiga, basta caminhar com um facão na mão para cortar os cipós pela frente. Aliás, até os cipós, tipo de planta que começa a vida na terra e se apóia em suportes para chegar a grandes alturas, viraram objeto de estudo. Para as áreas de extração de madeira, são considerados pragas. Mas ajudam os macacos e preguiças a se locomover entre as árvores, produzem flores bonitas e têm função medicinal. Pena que não é fácil ver macacos pendurados em cipó. Na verdade, é fantasia imaginar na Amazônia um festival de bichos à mercê dos olhares de quem chega por ali. Há momento e lugares certos para observar a fauna.

Nas terras alagadas, por exemplo, ninguém vai encontrar muitos macacos. Essa parte da Amazônia sofre enchentes entre março e setembro, quando os capins se destacam do solo e bóiam na superfície d’água, com as vitórias-régias. Os mamíferos mais presentes nessas áreas são as antas e as capivaras, ótimos nadadores. As águas dos rios também são diferentes entre si. Turistas lotam os barcos para ver o fenômeno de encontro das águas escuras do rio Negro com a água turva do Solimões.

Os macacos estão aos montes na terra firme. Não necessariamente em terra. No chão é mais fácil encontrar sapos, pererecas e formigas gigantes. Animal considerado um dos principais símbolos da Amazônia, há mais de 100 espécies de macaco. Para vê-los, é melhor esticar o pescoço. De comportamento arisco, dificultam a aproximação dos pesquisadores, escondendo-se e pulando entre os galhos das árvores de 30 a 50 metros de altura. Dividem o espaço com papagaios, tucanos, pica-paus, pavões etc. Sempre a dezenas de metros de altura do chão, onde está a grande diversidade animal, para tristeza dos curiosos.

Um dos espetáculos mais incríveis da vivência na floresta Amazônica, porém, pode ser apreciado de olhos fechados: o barulho dos bichos que sobressai aos sons do vento nas folhas e o estalar dos galhos. Os sons da noite são diferentes dos do dia, e as aves são os bichos mais barulhentos. As diurnas mostram mais tipos de canto, caóticos e ritmados, a partir das 5 da manhã, depois de os bichos da noite se calarem. Aves noturnas são, entre outras, corujas e bacuraus, de canto mais simples e agudo, que aparecem ao cair da tarde. O pico da barulheira é por volta das 9 da manhã. Desse horário em diante, a temperatura esquenta e, de repente, um intrigante silêncio invade a mata, durando mais de três horas. Provavelmente, os bichos fogem do calor, para se alimentar e cuidar de suas crias.

A despeito da dificuldade em lidar com a mata e o pesadelo do desmatamento, a população sobrevive em pequenas cidades ou conglomerados na beira dos rios. O ribeirinho usa a canoa para movimentar-se, vive de caça e pesca e mantém viva uma cultura cabocla de folclores religiosos e pagãos.

Índios geralmente habitam aldeias ao longo dos rios e abrem trilhas que seus pés descalços percorrem com facilidade. Algumas comunidades entraram em contato com a sociedade nacional (estudiosos preferem chamar assim os "não-índios"), mas felizmente se estima dezenas de comunidades ainda selvagens. Ou, como no caso dos zo’és, indígenas que são protegidos pela Funai e vivem em estado praticamente isolado (à custa de muito trabalho por parte dos indigenistas). Esses índios, como ocorre com muitas tribos amazônicas, andavam vestidos e trabalhavam para o governo. A Funai lhes ajudou a retomar na medida do possível os hábitos genuínos da tribo, que nunca viu televisão e pouco sabe do que se passa além dos limites da mata. Quando os colonizadores europeus chegaram na região, nos idos do século 16, milhões de índios viviam lá. Até o fim da década de 40, quatro séculos depois, não houve interferência humana na paisagem vegetal. Depois dessa data, muito foi destruído, até mesmo as tribos. Sobraram poucos dos selvagens moradores mais respeitosos da Amazônia.



Área total - 6 683 926 km²

Área intacta - 80%
Área protegida - 8,3%


Conservação e ameaça


Infelizmente, o jeito com que as pessoas mais olham a Amazônia não é de cima ou de baixo: mas de fora. As ameaças a esse santuário são tão grandes quanto seu tamanho. O desmatamento continua sendo a pior delas. Em 2003, foi registrado o segundo maior da história da Amazônia: 23750 quilômetros quadrados. Na parte brasileira. Já foram desmatados nada menos que 652908 quilômetros quadrados dentro do país. É uma situação bastante grave. Empresas de alto porte investem pesado milhões de dólares para comprar milhões de hectares com o objetivo de sempre: extrair madeira. As reservas minerais também atraem exploradores de cobre, chumbo, ouro, estanho e outros. O Brasil pouco conseguiu proteger de forma adequada a região dos Carajás. A caça de animais silvestres e a pesca também são motivo de alerta, tanto pelo prejuízo da fauna quanto da flora. Um dos principais grupos envolvidos na prevenção da destruição de algumas regiões da floresta são os índios, que cuidam de 397 reservas indígenas, 24,4% da Amazônia brasileira. Os kayapós são os mais engajados. O governo brasileiro, depois que recebeu a notícia do crescimento de 40% do desmatamento, criou um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), que propõe medidas de redução do desmatamento. É uma união de esforços da Presidência da República com os ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Ciência e Tecnologia, da Defesa, do Desenvolvimento Agrário, da Justiça, da Indústria e do Comércio Exterior, da Integração Nacional, das Minas e Energia, dos Transportes e do Trabalho. Ainda existem grandes oportunidades de conservação nesse bioma que deveriam ser aproveitadas ao máximo pelas autoridades.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Nas aguas da Amazonia - Jacques Cousteau

COUSTEAU: NAS ÁGUAS DA AMAZÔNIA



Realizar uma expedição pelo rio Amazonas era uma idéia antiga de Jacques-Yves Cousteau. Em suas pesquisas marinhas, o explorador francês percebeu que a saúde da vida oceânica estava ameaçada pelas águas de origem continental. Depósito final das correntes fluviais, o mar havia se transformado em receptáculo de poluentes humanos e industriais. Para investigar o tamanho do estrago, ele começou a mergulhar também nos principais rios e lagos da Terra. Esteve no Nilo (Egito) e no São Lourenço (Canadá) antes de chegar ao maior rio do mundo, no dia 29 de maio de 1982. Na época, sabia-se muito pouco sobre a Amazônia, mas o oceanógrafo já vislumbrava o que estava por vir. "Hoje, o mundo está preocupado com a guerra nuclear, mas essa ameaça vai desaparecer. A guerra do futuro será entre os que defendem a natureza e os que a destroem. E a Amazônia vai ficar no olho do furacão. Cientistas, políticos e artistas desembarcarão aqui para ver o que está sendo feito com a floresta. "Foi uma das missões mais ambiciosas da equipe de Cousteau. Meses e meses de atividades administrativas e de pesquisa só para conseguir o dinheiro e as autorizações oficiais dos diversos países visitados. Em seguida, um cuidadoso planejamento dos equipamentos necessários para garantir a navegação nos rios - como instalações portuárias, disponibilidade de combustíveis, freqüências de rádio, locações para filmagens, situação das estradas e muito mais.

Três percursos
A expedição foi dividida em três equipes. A primeira, comandada pelo próprio Jacques Cousteau, percorreu o Amazonas e seus principais afluentes até Iquitos, na fronteira do Brasil com o Peru. A segunda, liderada pelo filho de Cousteau, Jean Michel, tinha mais sete integrantes e viajou por terra de Lima até os Andes em busca da nascente do rio, em picos onde helicópteros até poderiam pousar, mas não conseguiriam alçar vôo novamente devido ao ar rarefeito. O próximo passo era acompanhar o Apurimac, principal ramo fluvial andino do Amazonas. O terceiro grupo seguiu por terra e por ar com a missão de descobrir os limites da Amazônia, conhecer o Pantanal e encontrar caçadores de ouro.

Além de um enorme contingente de apoio (cozinheiros, camareiros, taifeiros, mergulhadores, pilotos, motoristas, fotógrafos, cinegrafistas, pesquisadores e guias locais, é claro), os exploradores precisaram de diversos tipos de veículos e equipamentos para cobrir tamanha vastidão (veja no mapa ao lado o percurso da expedição): o principal era o Calypso, embarcação adquirida por Cousteau em 1950. A bordo, o helicóptero Félix, a lancha Charland e botes infláveis. Havia também um hidravião, o Papagallo, e duas embarcações recém-adquiridas: um hovercraft francês com capacidade para nove passageiros e 700 quilos de carga, que, deslizando sobre um colchão de ar com velocidade de 35 nós, era ideal para adentrar rios, pântanos e terrenos abertos; e o amazonense Anaconda, que dispunha de beliches para 12 pessoas e ficou o tempo todo ao lado do Calypso, como um dormitório flutuante. A equipe terrestre dispunha de um jipe e um helicóptero, mas se deslocava quase todo o tempo no Amarillo, caminhão de fabricação italiana com tração nas seis rodas, que puxava um contêiner com 5 toneladas de equipamentos.

Até chegar ao Brasil, a equipe de Cousteau havia realizado 52 expedições oceânicas em 32 anos. Já se acostumara aos sinais de risco, como um tubarão nadando em círculos ou os ventos que prenunciam as tempestades. Na Amazônia, quase tudo era novidade. Rapidamente, os exploradores perceberam que os dois maiores perigos eram as tempestades repentinas (numa das regiões do mundo em que mais chove) e os rios sinuosos, com seus troncos submersos, bancos de areia mutáveis e uma vegetação aquática muito densa, que poderia se enroscar nas hélices dos barcos. Além disso, as distâncias colossais entre os pontos que precisavam ser visitados deixavam o helicóptero Félix e o hidravião Papagallo muito afastados da base, no Calypso.

No lado andino, o desafio era superar atoleiros, penhascos, corredeiras entre rochas e tribos indígenas às vezes pouco amigáveis - além do soroche, a doença das alturas, que provoca dor de cabeça, desidratação, falta de fôlego e pode levar à inconsciência. Comida? Muitas vezes, só havia cápsulas de astronauta, barras de chocolate e aspirina. Ao final, o grupo percorreu 6400 quilômetros até chegar a Manaus e se encontrar com a equipe fluvial, para brindar e comemorar. Só um mês depois entraria em cena a terceira equipe, liderada pelo mergulhador Raymond Coll, companheiro de Cousteau desde a primeira expedição arqueológica submarina, três décadas antes. O trajeto: 11 mil quilômetros por terra com o Amarillo e um caminhão anfíbio chamado Jacaré (veja o infográfico da página 42).
Dois anos depois de iniciada, a expedição chegou ao fim, com um levantamento minucioso sobre a composição da água do Amazonas e seus afluentes, um enorme acervo fotográfico das espécies animais e incontáveis histórias da vida na região - como a devastação provocada pela ação do homem e a forte influência do mercado de drogas. Foi assim que descobrimos que o Amazonas e seus mais de mil afluentes despejam no mar 900 milhões de toneladas de sedimentos a cada ano - é o mesmo que cada habitante do planeta jogar 150 quilos de terra no mar. A expedição revelou ainda que vivem na Amazônia mais espécies de peixes do que em todo o Oceano Atlântico e que a maior floresta do mundo é provavelmente a mais antiga formação vegetal da Terra, hábitat da mais exótica vida animal terrestre: aranhas, formigas, roedores, papagaios, cobras, morcegos e macacos, tudo ali é maior do que em qualquer outro lugar. Jacques Cousteau, que ensinara gerações a preservar o meio ambiente marinho, mostrou que essa imensa região, que se estende por nove países da América do Sul, ainda era um dos últimos refúgios onde a vida permanecia tão selvagem.

Na terra, no ar e na água

Félix
O helicóptero Félix levanta vôo de sua plataforma, na popa do Calypso, para mais uma excursão de reconhecimento aéreo pela floresta. Foi com ele que a equipe conseguiu as melhores imagens do encontro do rio Amazonas com as águas do mar

Calypso
Veículo-base da missão, o Calypso era um superbarco. Dispunha de guindaste hidráulico, laboratório fotográfico, câmera para observação subaquática, laboratório de ciências, compartimento de mergulho e sala de comunicação ultramoderna

Papagallo
Como o Félix, o hidravião Papagallo servia para missões de reconhecimento. Era usado principalmente quando se precisava cobrir grandes distâncias, como no dia em que a equipe sobrevoou a garganta do rio Apurimac, nos Andes

Jacaré
O caminhão anfíbio Jacaré foi fundamental na viagem ao Pantanal, permitindo que os exploradores subissem o rio Xingu para chegar à tribo dos txucarramães. Ali, eles ficaram cinco dias filmando os costumes tradicionais e a adaptação dos índios ao mundo exterior

Mergulho
Feito de neoprene fino, o traje de mergulho protegia da água fria sem sufocar no calor tropical. Tanques de ar duplos garantiam mais autonomia para os mergulhadores fotografarem e filmar com suas câmeras especiais a densa vida do rio Amazonas

Mestre dos mares
Oceanógrafo, mergulhador, cineasta e inventor, Jacques-Yves Cousteau nasceu em 11 de junho de 1910. Graduado pela academia naval da França, chegou a capitão-de-corveta. Pretendia seguir carreira na Marinha, mas suas aspirações foram interrompidas por um acidente de carro, em que quebrou os dois braços. Apaixonou-se pelo mergulho e, junto com o engenheiro Émile Cagnan, desenvolveu o aqualung. O cilindro portátil de ar comprimido regulado por uma válvula, também conhecido como scuba (sigla para self-contained underwater breathing apparatus ou aparelho autocontido de respiração subaquática), comercializado desde 1946, aposentou os escafandros e foi fundamental para as explorações petrolíferas submarinas e a pesquisa da vida marinha e fluvial. Cousteau criou também a câmera de TV submarina e dispositivos bastante simples que permitiam fotografar embaixo da água. Durante a Segunda Guerra, serviu como oficial de armas na França e foi membro da Resistência aos nazistas, o que lhe rendeu uma condecoração com a Legião de Honra. Terminado o conflito, fundou o Grupo de Pesquisas Submarinas da Marinha francesa. Foi um importante ecologista e produziu inúmeros livros, filmes e programas de televisão veiculados no mundo todo, como a série O Mundo Submarino de Jacques Cousteau e o filme O Mundo do Silêncio (1955), co-dirigido pelo cineasta Louis Malle, que ganhou o Oscar e a Palma de Ouro do Festival de Cannes. Morreu em 1997, antes da publicação de seu último livro, Man, the Octopus, and the Orchid.

domingo, 4 de abril de 2010

Camiseta que gerou piadas dispara em vendas na Amazon

21/05/09 - 16h39 - Atualizado em 21/05/09 - 16h47

Camiseta que gerou piadas dispara em vendas na Amazon
Peça com imagem de três lobos e a Lua registrou aumento de vendas de 2.300% em site.




Foto: Divulgação Comentários irônicos transformaram a camiseta dos lobos em fenômeno na loja on-line (Foto: Divulgação) Uma camiseta com estampa de lobos uivando para a Lua se transformou em um fenômeno de vendas na loja online Amazon nas últimas semanas depois de uma série de avaliações irônicas sobre o produto.

A camiseta Three Wolf Moon ("Lua dos Três Lobos", em tradução livre) teve um aumento de 2.300% depois que as avaliações irônicas se transformaram em uma verdadeira campanha de publicidade do produto.

A primeira avaliação da camiseta deu a ela a cotação máxima, cinco estrelas, e afirmava que ela "serve na minha estrutura larga, tem lobos, atrai mulheres", mas "não consigo ver os lobos quando cruzo os braços".

Esta avaliação levou a centenas de outras pessoas enviarem seus comentários bem-humorados, transformando a página da camiseta em um fenômeno da internet.

"Quando vesti esta camiseta pela primeira vez, minha mulher me abandonou! Obrigado, camiseta Lua dos Três Lobos", foi um dos comentários.

Outra pessoa escreveu - usando uma linguagem típica de jogadores de RPG (Role Playing Games) - que a "camiseta Lua dos Três Lobos me deu uma resistência +10 a ataques de energia, força +8... e eu resolvi sete crimes em minha cidade".

Russell Dicker, gerente de conteúdo de comunidades da Amazon, afirmou que a camiseta é o produto que mais vende no setor de roupas do site.

"Recentemente, a camiseta Lua dos Três Lobos aumentou suas vendas em 2.300%. Estamos gratos pelo fato de nossos comentaristas sejam tão apaixonados (pelo produto)", afirmou.

Leite e camisetas
A companhia Mountain, fabricante da camiseta, se mostrou surpresa com a recepção à camiseta.

"A Mountain é uma companhia atacadista e não vende camisetas na Amazon", escreveu a companhia no setor de comentários da página da Amazon, explicando que a popularização do produto passou despercebida "até que a camiseta ficou entre os dez mais vendidos na sessão de roupas da Amazon"."Gostamos de humor tanto como outras companhias, mas não aprovamos algumas das observações."

Esta não é a primeira vez que avaliações bem-humoradas na Amazon se transformam em uma campanha que favorece um produto. Em 2006, foram feitas mais de mil avaliações para o leite integral Tuscan.

"Foi então que soube. Ele estava cansado desta vida comigo, cansado de trazer para casa o leite integral Tuscan", dizia uma das avaliações, no estilo "roteiro de novela".

Outra avaliação, mais óbvia, dizia: "Alguém já tentou derramar esta coisa em cereal seco? D-E-M-A-I-S!".

domingo, 31 de janeiro de 2010

Internauta encontra inseto que se 'fantasia' de folha

13/05/09 - 07h05 - Atualizado em 13/05/09 - 09h09

Internauta encontra inseto que se 'fantasia' de folha
Espécie de louva-a-Deus é conhecida popularmente como 'folha-morta'.
Animal se 'hospedou' por uma semana no escritório da leitora de Rondônia.

Um inseto curioso apareceu na parede do escritório onde trabalha a leitora Elizane Costa, em Vilhena (RO), e resolveu ficar lá por uma semana. “Eu o coloquei em uma planta que tem aqui, para que ele ficasse mais protegido”, conta a internauta.

Interessada em descobrir que bicho era aquele, ela tirou uma foto dele e entrou em contato com o entomólogo (especialista em insetos) José Albertino Rafael, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).




Aparência de folha ajuda louva-a-Deus a se esconder de predadores e a capturar outros insetos. Animal foi fotografado em Vilhena (RO). (Foto: Elizane Costa/Arquivo pessoal)

“O louva-a-Deus da foto pertence à família Acanthopídeos, provavelmente do gênero Acanthops. Representantes desse gênero são conhecidos popularmente como ‘louva-a-deus-folha-morta’. Eles têm as asas semelhantes a folhas, geralmente secas, e olhos pontiagudos”, explica o especialista, acrescentando que o animal é inofensivo ao homem, e se alimenta de insetos menores.

Segundo Rafael, o formato de folha ajuda o animal a se esconder, fazendo com que ele capture com mais facilidade as suas presas e seja menos visto por seus predadores, que são principalmente aves, lagartos e sapos. “Mas essa isso só acontece quando eles estão no ambiente natural, no meio da vegetação ou sobre folhas mortas”, ressalta.

Se você tem fotos, vídeos ou relatos interessantes sobre animais da Amazônia, envie para globoamazonia@globo.com . Não se esqueça de colocar seu nome, e-mail e telefone

sábado, 16 de maio de 2009

Cientistas testam vacina contra malária

22/04/09 - 22h54 - Atualizado em 22/04/09 - 22h55


Cientistas testam vacina contra malária usando parasita de mosquito
(embargada até as 1h15 desta quinta-feira, horário de Brasília)

Washington, 22 abr (EFE).- A empresa farmacêutica Sanaria anunciou hoje que iniciou a primeira fase de testes nos Estados Unidos de uma vacina contra a malária a partir do uso de uma forma completa, mas enfraquecida, do parasita do mosquito transmissor propagado.
Os testes foram autorizados pela agência reguladora de alimentos e remédios dos Estados Unidos (FDA, em inglês) e serão realizados no Centro de Pesquisas Médicas da Marinha e no Centro para o Desenvolvimento de Vacina da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, indicou o anúncio.
Sanaria acrescentou que os testes para determinar a segurança e a eficácia da inoculação terão com a participação de 105 voluntários adultos, e espera-se que as vacinações dos primeiros grupos comecem em meados de maio.
"O começo do teste aumenta o espectro das vacinas contra a malária que estão em desenvolvimento clínico", explicou Christian Loucq, diretor da Iniciativa contra a Malária.

A malária é uma doença que se manifesta principalmente em zonas tropicais e é transmitida pelo mosquito Anopheles. EFE