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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

O Cabeleira - Parte 4 de 4 - Franklin Távora


O Cabeleira - Parte 4 de 4 - Franklin Távora



Os dois desconhecidos, um salvo das águas, outro salvo do tiro iminente, tinham corrido a 
refugiar-se no seio da espessura.

- E agora, Luisinha, terá ainda alguma coisa que dizer de mim ? - perguntou José com 
ingenuidade infantil.

- Os meus rogos foram ouvidos por aquele que dali nos vê e ouve como pai misericordioso. O 
medo que eu tenho agora é que as tropas o peguem e o roubem de meus braços ! Oh ! fujamos já deste lugar. Quem sabe se aqueles homens não correram a denunciá-lo ! Misericórdia, meu Deus ! 

Que fazemos ainda aqui ?

Puseram-se no mesmo instante a caminho na direção do ocidente.

O Cabeleira - Parte 3 de 4 - Franklin Távora


O Cabeleira - Parte 3 de 4 - Franklin Távora



- Vim em procura daqueles que ali estão para os urubus comerem - respondera o velho.

- Até que enfim deste com a língua nos dentes.

- Quiseste primeiramente provar o cipó de rego.

- Mas não nos dirás quem foi que te mandou a isso ?

O Cabeleira - Parte 2 de 4 - Franklin Távora


O Cabeleira - Parte 2 de 4 - Franklin Távora


    O poço ficava à beira de um capão de mato. De um lado o terreno elevava-se gradualmente, e 
acidentava-se mais adiante, formando ziguezagues quase inacessíveis e esconderijos escuros, a 
que a espessura das árvores dava um aspecto medonho. Do lado oposto a margem plana, igual e 
descampada, formava com a banda fronteira um admirável contraste.

O Cabeleira - Parte 1 de 4 - Franklin Távora


O Cabeleira - Parte 1 de 4 - Franklin Távora




O Cabeleira começa o Regionalismo na nossa literatura e apresenta marcantes qualidades tanto do Romantismo quanto do Naturalismo.

Resumo do Livro:
Cabeleira é o apelido de José de Gomes, um dos primeiros cangaceiros de Pernambuco. José era naturalmente bom, mas foi ensinado pelo pai, Joaquim Gomes, a ser cruel.

Junto com o pai e Teodósio, o traiçoeiro amigo, assim como vários outros comparsas, Cabeleira aterroriza a província de Pernambuco em 1776 (exatos 100 anos antes da publicação do romance). Mas quando ele reencontra Luísa, foge com ela e começa a se reformar, apesar de instintivamente ainda tentar se defender violentamente.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Cangaceiro idolatrado - Lampião - História


Cangaceiro idolatrado - Lampião - História


Olê mulher rendeira / Olê mulher rendá / Tu me ensina a fazer renda / Que eu te ensino a namorar." Esses versos, quando soavam no sertão nordestino dos anos 20 e 30, podiam ser prenúncio de muito sangue - ou de muita festa. Lampião e seu bando entravam nas vilas cantando. Se a população negasse o que queriam - dinheiro, comida, apoio -, eles revidavam. Seqüestravam crianças, incendiavam fazendas, matavam rebanhos, estupravam, assassinavam e torturavam. Se fossem atendidos, organizavam bailes e davam esmolas. Por isso, quando ouvia Mulher Rendeira, que aliás é de autoria de Lampião, a gente sertaneja oscilava entre o pavor e a curiosidade. Ou fugia ou ia espiar pelas frestas, para ver aquele cuja fama já fascinava o país.