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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Humanidade enfrentou epidemia de coronavírus há 20 mil anos

Humanidade enfrentou epidemia de coronavírus há 20 mil anos

A disseminação da doença foi tão arrasadora que deixou marcas evolutivas presentes até hoje no DNA humano.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

A estranha epidemia da doença que causava "congelamento" em quem fosse infectado

A estranha epidemia da doença que causava "congelamento" em quem fosse infectado

Por volta de 1915, uma estranha doença chamada encefalite letárgica assustou a Europa. 

domingo, 21 de março de 2021

Crianças tiveram aula pelo rádio durante epidemia de poliomielite em 1937

Crianças tiveram aula pelo rádio durante epidemia de poliomielite em 1937

Durante a pandemia de COVID-19 muitos pais tiveram que se acostumar com seus filhos em casa tendo aulas de forma remota. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Que espécie dominaria o planeta caso os humanos desaparecessem ???

Que espécie dominaria o planeta caso os humanos desaparecessem ???

As constantes ameaças climáticas e a atual epidemia pela qual o mundo atravessa são um lembrete que a existência humana no planeta está em risco. 

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Maria Tifoide - A triste história da mulher condenada a viver 26 anos em quarentena

Maria Tifoide - A triste história da mulher condenada a viver 26 anos em quarentena


Nos primeiros anos do século XX, uma epidemia de febre tifoide pegou de surpresa a cidade de Nova York, nos Estados Unidos. 

segunda-feira, 11 de maio de 2020

CIÊNCIA - Isaac Newton fez suas maiores descobertas durante quarentena contra a Peste

CIÊNCIA - Isaac Newton fez suas maiores descobertas durante quarentena contra a Peste


Entre 1665 e 1666, a Peste Negra devastou a Inglaterra: estima-se que 100 mil pessoas tenham morrido no país. 

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Cientistas descobrem o que dizimou astecas


Cientistas descobrem o que dizimou astecas


Em 1545, os astecas do México foram atingidos por uma tragédia quando a população começou a adoecer com febres e dores de cabeça e sangramentos nos olhos, boca e nariz. Geralmente, os doentes morriam em três ou quatro dias após o contágio.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Mortes, medo e o avanço da epidemia de febre amarela em Campinas no final do século XIX


Mortes, medo e o avanço da epidemia de febre amarela em Campinas no final do século XIX

Epidemia chegou de trem em Campinas em 1897 (Foto: Reprodução/ EPTV)


Impactos, dramas vivenciados pela população que não entendia como a doença era transmitida, além do retorno na forma silvestre são assuntos da série 'A Peste', da EPTV.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A volta da Peste Negra. Casos da doença voltam a assombrar o mundo e preocupam autoridades mundiais


A volta da Peste Negra. Casos da doença voltam a assombrar o mundo e preocupam autoridades mundiais


O sinal de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) está acionado. Desta vez, não é por conta do Ebola, mas de um possível novo surto da peste bubônica, em Madagascar, país insular da costa sudeste da África. De acordo com um comunicado da OMS, até o final do ano passado, foram confirmados ao menos 119 casos da doença, incluindo 40 mortes. "O surto que começou em novembro passado tem algumas dimensões preocupantes", disse a OMS, na última semana de janeiro. 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Ebola tem expansão mais lenta em comparação a outras doenças


Ebola tem expansão mais lenta em comparação a outras doenças


Cada paciente infecta, em média, outras duas pessoas, segundo a OMS.
Risco de epidemia se alastrar no Brasil é 'quase zero', dizem especialistas.

Desde o início do ano, a pior epidemia de ebola da história já infectou 9.216 pessoas, das quais 4.555 morreram, segundo dados oficiais. A transmissão é intensa em três países da África Ocidental: Libéria, Guiné e Serra Leoa. A velocidade de expansão da doença, porém, é mais lenta se comparada à de doenças transmitidas de outras formas.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Bomba Relogio - A Hepatite C

BOMBA RELÓGIO - A Hepatite C



Bomba! Não é mais um ataque terrorista. Mas a arma é biológica e causa um estrago daqueles. Pior: ela ataca o nosso organismo. E sem fazer alarde. Quietinha, quietinha, multiplica-se sem parar e come pelas beiradas um dos órgãos mais importantes do corpo: o fígado. Essa comilança pode durar décadas e, muitas vezes, só vai ser notada depois que o banquete foi servido. Sua ação é como a de uma bomba-relógio que, em geral, é descoberta apenas após explodir.

A arma é o vírus da hepatite C. Ou simplesmente HCV, na sigla em inglês. A doença que ele causa é uma das maiores e mais graves epidemias do planeta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são cerca de 200 milhões de pessoas infectadas pelo vírus. Isso mesmo: 200 milhões de seres humanos. Ou, se você preferir, 3% da população mundial, índice assustador para qualquer problema de saúde. Para se ter uma idéia, a aids, doença também causada por um vírus, atinge 38 milhões de indivíduos segundo a Unaids (programa da ONU para a doença).

A preocupação com a hepatite C, porém, não pára aí: ela está se alastrando de maneira assustadora e pouca gente tem noção disso. A cada ano - também de acordo com a OMS - surgem de 3 milhões a 4 milhões de novos casos. Além disso - e talvez o mais grave -, ela raramente produz sintomas e chega a provocar cirrose e câncer (veja infográfico à página 63). Ou seja, o HCV pode ficar anos a fio no organismo, trabalhando como uma bomba programada para acabar com o fígado. Dados dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, por exemplo, indicam que até 85% dos casos de hepatite C se tornam crônicos. São 170 milhões de pessoas, das quais 1,7 milhão a 8 milhões podem morrer por complicações decorrentes da doença.

"Poucos casos apresentam sintomas", afirma Carlos Ballarati, patologista clínico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. "Somente 5% e isso na fase aguda." Essa fase é a inicial e pode durar até três anos. "O fígado sofre calado e só dói quando está inchado, o que pode indicar um estágio avançado, como a cirrose", diz o gastroenterologista Flair Carrilho, responsável pelo setor de hepatologia do Hospital das Clínicas da USP.

Uma conseqüência dessa falta de sinais é o fato de quase sempre os pacientes descobrirem que têm o HCV por acaso. Sua detecção - assim como a da bomba-relógio - é tardia em geral, numa fase em que o fígado já está comprometido. A pesquisadora Suzete Notaroberto, da USP, mostrou bem esse aspecto da doença em sua dissertação de mestrado, defendida em outubro deste ano. Ela estudou um grupo de 700 pacientes e constatou que 88% deles souberam casualmente que tinham hepatite C - ou porque o médico pediu um exame de sangue completo ou porque foram doar sangue e acabaram flagrados nos testes. Apenas 7,6% relataram algum sintoma como motivo que levou ao diagnóstico. Em seu estágio inicial, a doença, quando dá sinal, costuma se manifestar como uma mera gripe (febre, dores musculares e cansaço, por exemplo). E quase ninguém apresenta nem urina escura nem coloração amarelada da pele e dos olhos, bastante comuns em outros tipos de hepatite. "A icterícia, nome que se dá a esse sintoma, é muito rara na hepatite C", afirma Flair.

Difícil diagnosticar uma doença praticamente invisível, né? Imagine quantas pessoas podem ter o HCV no Brasil e nem desconfiam. Não há nenhum levantamento oficial, mas a Secretaria de Vigilância em Saúde, um órgão do Ministério da Saúde, prepara um inquérito epidemiológico que deverá ser concluído até o final de 2005. O estudo, que começou em agosto deste ano, irá determinar a quantidade de infectados nas capitais dos estados. Enquanto ele não sai, o jeito é recorrer aos dados disponíveis em bancos de sangue, que realizam testes para hepatite antes das transfusões. "Em uma estimativa conservadora, podemos afirmar que cerca de 1% da população brasileira tem hepatite C", diz a pesquisadora Gerusa Maria Figueiredo, coordenadora do Programa Nacional de Prevenção e Controle das Hepatites Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde. Por baixo, são 1,7 milhão de infectados. Esse número, é bom repetir, é baseado em estatísticas de hemocentros, que fazem uma triagem dos doadores. Sem essa seleção prévia (quem é promíscuo ou usa drogas injetáveis, por exemplo, é excluído das doações) a estimativa ultrapassa os 3 milhões de infectados (1,7% dos brasileiros).

Epidemia mundial
Os índices brasileiros seguem a taxa de infecção em países ricos, como os Estados Unidos, que possuem 3,9 milhões de portadores do vírus, o equivalente a 1,8% da população. Em regiões mais pobres a situação é pior, pois assim como outras doenças infecciosas a hepatite C se aproveita de condições precárias de higiene. A África, de acordo com a OMS, tem cerca de 32 milhões de infectados, de um total de 600 milhões de habitantes. Isso representa 5,3% da população do continente. "É uma epidemia mundial", afirma o infectologista Fernando Gonçalves Junior, do Hospital das Clínicas da Unicamp.

A encrenca é grande, mas não há motivo para pânico. Afinal, o HCV não se propaga pelo ar. Quem convive com alguma pessoa infectada - mesmo que ela não saiba disso - não precisa ter medo de contrair a doença. Também não há perigo ao usar um banheiro público, por exemplo. O contato corporal é igualmente seguro. Ninguém pega o vírus com um beijo ou abraço. "A hepatite C não é considerada uma doença sexualmente transmissível, como a aids", diz Flair. Esse tipo de contágio, no entanto, não pode ser totalmente descartado porque ainda não há estudos suficientes sobre o assunto - o próprio vírus desse tipo de hepatite só foi descoberto em 1989, o que é pouco tempo em termos de ciência e pesquisa e a principal razão de os seus mecanismos de infecção ainda não terem sidos totalmente desvendados. O que se sabe é que entre casais monogâmicos a disseminação é rara, assim como a transmissão de mãe para filho. Mas o sexo sem proteção aliado à troca freqüente de parceiros pode oferecer um risco real.

O maior perigo é o contágio pelo sangue de uma pessoa infectada. E isso pode acontecer de várias maneiras. A mais comum, até o início de 1990, era a transfusão do sangue e seus derivados. "Naquela época, 18% do sangue usado em transfusões tinha o HCV. Hoje, esse índice é inferior a 1%", afirma Flair. Se as transfusões já não representam uma ameaça, o que, então, faz com que o vírus continue se propagando? "O que nos preocupa atualmente é o compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis", diz o médico. Em sua tese, a pesquisadora Suzete Notaroberto descobriu que 9,3% dos entrevistados usavam drogas injetáveis, índice que ficou atrás apenas dos 43,9% que disseram ter recebido transfusões antes de 1993, ano em que começaram a ser feitos testes para HCV nos bancos de sangue do Brasil.

Há um agravante: o HCV, ao contrário do HIV, sobrevive por várias horas ou até por alguns dias fora do corpo, em pequenos fragmentos de sangue coagulado. Por isso, além das seringas, é prudente também não compartilhar outros objetos, como alicate de manicure, agulhas de tatuagem e instrumentos odontológicos não esterilizados. Nesses casos, qualquer corte, mesmo aquele que não conseguimos ver, pode servir de entrada para o HCV.

O principal alvo do vírus é o fígado, uma massa esponjosa que faz de tudo no nosso corpo. Uma de suas funções mais conhecidas é a produção da bile, uma secreção esverdeada que ajuda na digestão das gorduras. Mas isso não é nada perto de suas outras tarefas. O órgão também participa do metabolismo de proteínas e carboidratos, armazena glicogênio - uma molécula que é transformada em glicose quando precisamos de energia - e diversas vitaminas. Para completar, ele é uma espécie de zelador do nosso sangue: fabrica fatores de coagulação, elimina substâncias indesejáveis e liqüida glóbulos vermelhos que não dão mais conta do recado.

Riscos
Um grande problema é detectar a infecção, já que ela pode ficar calada por até uma década. Sabe-se que há alguns fatores de risco: transfusões, internações e cirurgias feitas no Brasil antes de 1993, uso de drogas, sexo sem proteção com várias pessoas, parceiro sexual portador da doença, filhos de mães portadoras, tratamentos dentários sem esterilização adequada dos instrumentos e pessoas com risco profissional - quem trabalha com manipulação de sangue e derivados, por exemplo.

Quem se encaixa em pelo menos uma das situações não tem, necessariamente, a doença. Mas deve procurar um médico para afastar a possibilidade de infecção. O diagnóstico se dá por meio de exames de sangue. É possível fazê-los de graça em alguns estados, como em São Paulo, onde determinados hospitais públicos e postos de saúde garantem os testes desde que haja indicação médica. Em nível nacional, o governo ainda vai capacitar 250 centros de testagem do HIV - unidades do SUS que oferecem o exame gratuito a qualquer pessoa - para que eles também façam os exames para a hepatite C. O Ministério da Saúde promete concluir o processo até o final do ano. "Só poderemos oferecer os testes em âmbito federal depois que a capacitação terminar", diz Gerusa Figueiredo, da Secretaria de Vigilância em Saúde.

Ainda não há diagnóstico gratuito para todos, mas o governo já banca o tratamento dos infectados. "Os remédios são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde", diz Gerusa. "Naqueles que possuem o subtipo 1, mais freqüente no Brasil, a cura ocorre em 55% dos casos", afirma Flair. Os subtipos são pequenas variações na estrutura do vírus. Existem seis deles para o HCV e o 1 é o mais grave. Nos outros, os remédios funcionam melhor: 80% dos pacientes, em média, conseguem se livrar do vírus. Aqui, vale dizer que nem sempre quem contrai o HCV vai desenvolver cirrose ou câncer. As quatro fases da doença (aguda, fibrose, cirrose e câncer) não são uma evolução irrevogável e o fígado infectado pode permanecer por décadas "apenas" fibrosado. Mais: quanto mais precoce o diagnóstico, maior as chances de os medicamentos deterem a evolução da doença.

No tratamento, as substâncias mais usadas são o antiviral ribavirina e o interferon, proteína que estimula o sistema imunológico a combater o vilão. Este último ganhou uma versão conhecida como interferon peguilado, que exige menos aplicações e é mais eficiente nos pacientes com o subtipo 1. O problema é o preço. "Quem precisa usar o interferon peguilado gasta, em média, R$ 6 mil por mês, enquanto os outros pacientes precisam desembolsar cerca de R$ 600 mensais", afirma Flair.
Para os que não respondem aos tratamentos, a alternativa é esperar novos remédios. "Inibidores de proteases, usados contra o vírus da aids, estão sendo aperfeiçoados para servir de arma contra a hepatite C", diz o médico infectologista Fernando Gonçalves Junior, da Unicamp. "Mas não devem estar disponíveis antes de 2007." O albuferon, um outro tipo de interferon, também está em fase de testes e deve trazer mais possibilidade de cura aos doentes. A vacina é outra promessa distante, pois o HCV, assim como o HIV, é um vírus mutante, que troca de disfarce o tempo todo para enganar nosso sistema imunológico. "Ainda teremos que esperar de cinco a sete anos por uma vacina", diz o especialista.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

As grandes epidemias ao longo da História

AS GRANDES EPIDEMIAS AO LONGO DA HISTÓRIA



PESTE NEGRA

História - A peste bubônica ganhou o nome de peste negra por causa da pior epidemia que atingiu a Europa, no século 14. Ela foi sendo combatida à medida que se melhorou a higiene e o saneamento das cidades, diminuindo a população de ratos urbanos

Contaminação - Causada pela bactéria Yersinia pestis, comum em roedores como o rato. É transmitida para o homem pela pulga desses animais contaminados

Sintomas - Inflamação dos gânglios linfáticos, seguida de tremedeiras, dores localizadas, apatia, vertigem e febre alta

Tratamento - À base de antibióticos. Sem tratamento, mata em 60% dos casos

50 milhões de mortos (Europa e Ásia) - 1333 a 1351



CÓLERA

História - Conhecida desde a Antigüidade, teve sua primeira epidemia global em 1817. Desde então, o vibrião colérico (Vibrio cholerae) sofreu diversas mutações, causando novos ciclos epidêmicos de tempos em tempos

Contaminação - Por meio de água ou alimentos contaminados

Sintomas - A bactéria se multiplica no intestino e elimina uma toxina que provoca diarréia intensa

Tratamento - À base de antibióticos. A vacina disponível é de baixa eficácia (50% de imunização)

Centenas de milhares de mortos - 1817 a 1824



TUBERCULOSE

História - Sinais da doença foram encontrados em esqueletos de 7 000 anos atrás. O combate foi acelerado em 1882, depois da identificação do bacilo de Koch, causador da tuberculose. Nas últimas décadas, ressurgiu com força nos países pobres, incluindo o Brasil, e como doença oportunista nos pacientes de Aids

Contaminação - Altamente contagiosa, transmite-se de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias

Sintomas - Ataca principalmente os pulmões

Tratamento - À base de antibióticos, o paciente é curado em até seis meses

1 bilhão de mortos - 1850 a 1950



VARÍOLA

História - A doença atormentou a humanidade por mais de 3 000 anos. Até figurões como o faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida "bixiga". A vacina foi descoberta em 1796

Contaminação - O Orthopoxvírus variolae era transmitido de pessoa para pessoa, geralmente por meio das vias respiratórias

Sintomas - Febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no rosto. Posteriormente, pústulas que podiam deixar cicatrizes no corpo

Tratamento - Erradicada do planeta desde 1980, após campanha de vacinação em massa

300 milhões de mortos - 1896 a 1980



GRIPE ESPANHOLA

História - O vírus Influenza é um dos maiores carrascos da humanidade. A mais grave epidemia foi batizada de gripe espanhola, embora tenha feito vítimas no mundo todo. No Brasil, matou o presidente Rodrigues Alves

Contaminação - Propaga-se pelo ar, por meio de gotículas de saliva e espirros

Sintomas - Fortes dores de cabeça e no corpo, calafrios e inchaço dos pulmões

Tratamento - O vírus está em permanente mutação, por isso o homem nunca está imune. As vacinas antigripais previnem a contaminação com formas já conhecidas do vírus

20 milhões de mortos - 1918 a 1919



TIFO

História - A doença é causada pelas bactérias do gênero Rickettsia. Como a miséria apresenta as condições ideais para a proliferação, o tifo está ligado a países do Terceiro Mundo, campos de refugiados e concentração, ou guerras

Contaminação - O tifo exantemático (ou epidêmico) aparece quando a pessoa coça a picada da pulga e mistura as fezes contaminadas do inseto na própria corrente sangüínea. O tifo murino (ou endêmico) é transmitido pela pulga do rato

Sintomas - Dor de cabeça e nas articulações, febre alta, delírios e erupções cutâneas hemorrágicas

Tratamento - À base de antibióticos

3 milhões de mortos (Europa Oriental e Rússia) - 1918 a 1922



FEBRE AMARELA

História - O Flavivírus, que tem uma versão urbana e outra silvestre, já causou grandes epidemias na África e nas Américas

Contaminação - A vítima é picada pelo mosquito transmissor, que picou antes uma pessoa infectada com o vírus

Sintomas - Febre alta, mal-estar, cansaço, calafrios, náuseas, vômitos e diarréia. 85% dos pacientes recupera-se em três ou quatro dias. Os outros podem ter sintomas mais graves, que podem levá-los à morte

Tratamento - Existe vacina, que pode ser aplicada a partir dos 12 meses de idade e renovada a cada dez anos

30 000 mortos (Etiópia) - 1960 a 1962



SARAMPO

História - Era uma das causas principais de mortalidade infantil até a descoberta da primeira vacina, em 1963. Com o passar dos anos, a vacina foi aperfeiçoada, e a doença foi erradicada em vários países

Contaminação - Altamente contagioso, o sarampo é causado pelo vírus Morbillivirus, propagado por meio das secreções mucosas (como a saliva, por exemplo) de indivíduos doentes

Sintomas - Pequenas erupções avermelhadas na pele, febre alta, dor de cabeça, mal-estar e inflamação das vias respiratórias

Tratamento - Existe vacina, aplicada aos nove meses de idade e reaplicada aos 15 meses

6 milhões de mortos por ano - Até 1963



MALÁRIA

História - Em 1880, foi descoberto o protozoário Plasmodium, que causa a doença. A OMS considera a malária a pior doença tropical e parasitária da atualidade, perdendo em gravidade apenas para a Aids

Contaminação - Pelo sangue, quando a vítima é picada pelo mosquito Anopheles contaminado com o protozoário da malária

Sintomas - O protozoário destrói as células do fígado e os glóbulos vermelhos e, em alguns casos, as artérias que levam o sangue até o cérebro

Tratamento - Não existe uma vacina eficiente, apenas drogas para tratar e curar os sintomas

3 milhões de mortos por ano - Desde 1980



AIDS

História - A doença foi identificada em 1981, nos Estados Unidos, e desde então foi considerada uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde

Contaminação - O vírus HIV é transmitido através do sangue, do esperma, da secreção vaginal e do leite materno

Sintomas - Destrói o sistema imunológico, deixando o organismo frágil a doenças causadas por outros vírus, bactérias, parasitas e células cancerígenas

Tratamento - Não existe cura. Os soropositivos são tratados com coquetéis de drogas que inibem a multiplicação do vírus, mas não o eliminam do organismo

22 milhões de mortos - Desde 1981


Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS) e Fundação Oswaldo Cruz

terça-feira, 7 de setembro de 2010

‘Praga da dança’ matou centenas de habitantes

13/02/10 - 10h00 - Atualizado em 13/02/10 - 10h00

‘Praga da dança’ matou centenas de habitantes de Estrasburgo em 1518
Epidemia começou em julho, com mulher bailando sem parar por 6 dias.
Transe acabou envolvendo centenas de pessoas e durou até setembro.


Carnaval epidêmico - Vítimas da febre da dança morriam de ataque cardíaco, derrame ou exaustão (Imagem: reprodução)

Em julho de 1518, a cidade francesa de Estrasburgo, na Alsácia (então parte do Sacro Império Romano-Germânico) viveu um carnaval nada feliz. Uma mulher, Frau Troffea (dona Troffea), começou a dançar em uma viela e só parou quatro a seis dias depois, quando seu exemplo já era seguido por mais de 30 pessoas. Quando a febre da dança completava um mês, havia uns 400 alsacianos rodopiando e pulando sem parar debaixo do Sol de verão do Hemisfério Norte. Lá para setembro, a maioria havia morrido de ataque cardíaco, derrame cerebral, exaustão ou pura e simplesmente por causa do calor. Reza a lenda que se tratava de um bloco carnavaleso involuntário: na realidade ninguém queria dançar, mas ninguém conseguia parar. Os enlutados que sobraram ficaram perplexos para o resto da vida.




Para provar que a epidemia de dança compulsiva não foi lenda coisa nenhuma, o historiador John Waller lançou, 490 anos depois, um livro de 276 páginas sobre o frenesi mortal: “A Time to Dance, A Time to Die: The Extraordinary Story of the Dancing Plague of 1518”. Segundo o autor, registros históricos documentam as mortes pela fúria dançante: anotações de médicos, sermões, crônicas locais e atas do conselho de Estrasburgo.




276 páginas - Historiador recuperou documentos da época atestando as mortes pela fúria dançante (Imagem: reprodução)
Um outro especialista, Eugene Backman, já havia escrito em 1952 o livro "Religious Dances in the Christian Church and in Popular Medicine". A tese é que os alsacianos ingeriram um tipo de fungo (Ergot fungi), um mofo que cresce nos talos úmidos de centeio, e ficaram doidões. (Tartarato de ergotamina é componente do ácido lisérgico, o LSD.)

Waller contesta Backman. Intoxicação por pão embolorado poderia sim desencadear convulsões violentas e alucinações, mas não movimentos coordenados que duraram dias.

O sociólogo Robert Bartholomew propôs a teoria de que o povo estava na verdade cumprindo o ritual de uma seita herética. Mas Waller repete: há evidência de que os dançarinos não queriam dançar (expressavam medo e desespero, segundo os relatos antigos). E pondera que é importante considerar o contexto de miséria humana que precedeu o carnaval sinistro: doenças como sífilis, varíola e hanseníase, fome pela perda de colheitas e mendicância generalizada. O ambiente era propício para superstições.

Uma delas era que se alguém causasse a ira de São Vito (também conhecido por São Guido), ele enviaria sobre os pecadores a praga da dança compulsiva. A conclusão de Waller é que o carnaval epidêmico foi uma “enfermidade psicogênica de massa”, uma histeria coletiva precedida por estresse psicológico intolerável.

Nonstop dancing – Gravura do artista Henricus Hondius (1573-1610) retrata três mulheres acometidas pela praga da dança; obra é baseada em desenho original de Peter Brueghel, que teria testemunhado um dos surtos subsequentes, em 1564 na região de Flandres (Imagem: reprodução)
Outros seis ou sete surtos afetaram localidades belgas depois da bagunça iniciada por Frau Troffea. O mais recente que se tem notícia ocorreu em Madagascar na década de 1840.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Praga no game 'World of warcraft'

27/04/09 - 16h42 - Atualizado em 27/04/09 - 16h57

Praga no game 'World of warcraft' dá lição sobre pandemia de gripe
Acidente com epidemia virtual em 2005 contaminou população do jogo.
'Foi a 1ª praga online descontrolada a afetar milhões', dizem especialistas.



Foto: Divulgação Evento imprevisto no jogo 'World of warcraft' espalhou epidemia pela população virtual em 2005 (Foto: Divulgação) Nos calabouços de Zul'Gurub, frequentados por entusiastas dos jogos on-line, uma serpente alada chamada Hakkar, a Flageladora de Almas, pode oferecer importantes pistas aos epidemiologistas que tentam prever o impacto de uma pandemia.

Casos de gripe suína pelo mundo
Em setembro de 2005, uma praga chamada "Sangue Corrompido" causou tumulto no popular RPG on-line "World of warcraft". O que aconteceu em seguida ilustra a espécie de questão que as autoridades terão de enfrentar, à medida que um surto letal de gripe suína se espalha no México e em outros países.

Cerca de quatro milhões de jogadores foram afetados pela pandemia e, quando ela chegou ao final, cidades virtuais inteiras estavam recobertas pelos ossos dos mortos e a maioria dos sobreviventes havia fugido das áreas urbanas em busca da relativa segurança oferecida pelo campo.

Os epidemiologistas e encarregados de combater desastres tentaram por anos construir
modelos realistas sobre como uma doença altamente virulenta pode se espalhar e afetar a sociedade mundial e a economia.

Mas a praga do Sangue Corrompido acidentalmente ofereceu algo sem precedentes --uma chance de estudar uma pandemia seguramente, em um ambiente virtual unicamente complexo no qual milhões de indivíduos imprevisíveis tomavam decisões por conta própria.

Pandemia virtual
Em um artigo na revista "Lancet Infectious Diseases", em 2007, Nina Fefferman e Eric
Lofgren, da Tufts University School of Medicine, disseram que o incidente "suscitava a possibilidade de conteúdo científico valioso a ser adquirido devido a um erro acidental em um jogo", o que ofereceria percepções sobre pandemias no mundo real.



A Blizzard Entertainment, criadora de "World of warcraft", não tinha a intenção de que a epidemia escapasse ao controle dessa maneira.

Inicialmente, o problema só seria encontrado por jogadores relativamente avançados, quanto penetrassem nas profundezas de um novo calabouço oferecido como parte de uma atualização de software. Entre os muitos poderes de ataque de Hakkar, entre os quais "sugar sangue" e "causar insanidade", estava a capacidade de espalhar a praga do sangue corrompido.

Em 2005, jogadores infectados se transportaram de um calabouço para cidades no jogo 'World of warcraft'; as vítimas mais fracas logo começaram a cair como moscas (Foto: Divulgação) A maioria dos jogadores que haviam chegado a esse nível eram fortes o bastante para sobreviver, e não havia a intenção de permitir que a praga se espalhasse a tal ponto. Mas como acontece com muitos eventos do mundo real, as coisas não seguiram de acordo com os planos.

"Ao contrário de 'pragas virtuais' do passado, planejadas oficialmente, isso foi um efeito local que escapou ao controle --um surto virtual de ocorrência natural", disse Ran Balicer, da Ben-Gurion University, em Israel, para a revista Epidemiology.

O "World of warcraft" permite que os jogadores se "teletransportem" entre diferentes
locais. E alguns jogadores infectados se transportaram do calabouço para cidades, onde vítimas mais fracas logo começaram a cair como moscas. O jogo também permite que os jogadores tenham animais de estimação, que podem ser banidos e convocados a gosto. Os animais de estimação também desempenharam papel crucial em difundir a praga fora do calabouço.

Embora "teletransporte" e animais de estimação mágicos sejam parte do mundo de fantasia, esses desdobramentos inadvertidamente imitaram possíveis características de pandemias reais, dizem os dois estudos.

Pandemia real
Os riscos de que pandemias se espalhem por meio de sistemas rápidos de transporte mundial e de transmissão entre espécies são fatores cruciais que podem bem afetar surtos no mundo real.

Balicer disse que o impacto dos sistemas de transporte sobre "World of warcraft" era
"semelhante ao papel das viagens aéreas na rápida transmissão mundial da síndrome
respiratória aguda severa (SARS)", enquanto os estragos causados por animais infectados ecoam o papel desempenhado por patos assintomáticos na difusão da gripe aviária entre populações de aves.

A doença não demorou a se espalhar pelo mundo virtual.
"A doença logo atingiu as capitais densamente povoadas, causando índices elevados de
mortalidade e, o mais importante, o caos social que costuma acompanhar um surto em larga escala de uma doença mortífera", escreveram Fefferman e Lofgren.
"Aspectos aparentemente inócuos do mundo virtual, cada qual refletindo diretamente um aspecto da epidemiologia no mundo real, permitiram que aquilo que deveria ser um ponto de interesse relativamente menor em uma pequena área do jogo... se tornasse o primeiro exemplo de uma praga online descontrolada a afetar milhões de norte-americanos, europeus e asiáticos em seus lares", escreveram Fefferman e Lofgren.