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quinta-feira, 11 de março de 2021

FOOTLOOSE (1984) - Filme dos anos 80

 FOOTLOOSE (1984) - Filme dos anos 80

Footloose (Footloose, Ritmo Louco em português) é um filme americano de 1984, dirigido por Herbert Ross, estrelado por Kevin Bacon. 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Exploradores descobrem pinturas da Era do Gelo na Amazônia colombiana

Exploradores descobrem pinturas da Era do Gelo na Amazônia colombiana

Rochas têm desenhos de animais e figuras geométricas — Foto: José Iriarte/Arquivo Pessoal

Cenas de dança, caça e comida – mas também retratos de animais extintos – cobrem quilômetros de rochas na selva. Arte rupestre de pelo menos 12,5 mil anos estava em área isolada do antigo território das Farc.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Dança de estrela ao redor de buraco negro prova que teoria de Einstein estava correta

Dança de estrela ao redor de buraco negro prova que teoria de Einstein estava correta


Pesquisadores do Observatório Europeu do Sul (ESO) observaram pela primeira vez uma estrela orbitando o buraco negro supermassivo Sagitário A *, situado no centro da Via Láctea. 

terça-feira, 19 de março de 2019

José de Anchieta e o estudo do Tupi-guarani

José de Anchieta e o estudo do Tupi-guarani


Nascido há exatos 485 anos, o padre jesuíta pesquisou e redigiu a primeira gramática de tupi-guarani, que até hoje influencia nosso jeito de falar

segunda-feira, 24 de julho de 2017

A Arte da Capoeira - Parte 3 de 3 - Camille Adorno


A Arte da Capoeira - Parte 3 de 3 - Camille Adorno
A Arte da Capoeira - Camille Adorno



Tanto pode ser incluído na categoria de cítaras, quanto algumas formas
se encaixam com maior facilidade na classe das harpas. Mais uma vez,
qualquer que seja a opinião seguida, o arco musical se fez presente nas
antigas culturas egípcia, assíria, caldéia, fenícia, persa, indú. Na África,
muitas espécies de arco musical podem ser encontradas entre tribos de
Uganda, pigmeus do Congo, em Angola e noutras regiões.

A Arte da Capoeira - Parte 2 de 3 - Camille Adorno


A Arte da Capoeira - Parte 2 de 3 - Camille Adorno
A Arte da Capoeira -  Camille Adorno


Inclusive nas escolas e quartéis, surgindo aqui uma nova representação
social para essa prática, vista agora como "herança da mestiçagem no
conflito das raças" e, portanto, "nacional" (Moraes
Filho,1893/1979:257).


A Arte da Capoeira - Parte 1 de 3 - Camille Adorno


A Arte da Capoeira - Parte 1 de 3 - Camille Adorno
A Arte da Capoeira - Camille Adorno




Prefácio
       Herança africana legada à cultura brasileira, o jogo da Capoeira 
significa valioso contributo à formação da nossa identidade cultural.
       Neste livro estabelecemos os caracteres delineadores da 
Capoeira, propiciando uma oportunidade de iniciação à arte. Na leitura 
desse tema ampliam-se as possibilidade de compreensão da nossa 
história, onde  se insere a Capoeira e que preservou a lembrança das 
lutas sociais que forjaram a cidadania brasileira.
       Esta obra é um passo para se promover o resgate das tradições 
da Capoeira divulgando essa bela expressão nacional.
       
       Kleber Adorno

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

É Frevo - Carnaval


É Frevo - Carnaval


Música ou dança, o que veio primeiro?
Quando alguém fala em dança, música ou Carnaval brasileiro, todo mundo pensa logo no samba. Mas o frevo, nascido em Pernambuco, mais precisamente no Recife, não só é igualmente brasileiro como também explode no Carnaval. A grande diferença é que, ao contrário do samba, não se espalhou pelo país. 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Capoeira. O jeito brasileiro e ir a luta - Arte Marcial


CAPOEIRA. O JEITO BRASILEIRO DE IR À LUTA - Arte Marcial


Quando você vê um filme com Mel Gibson, Eddie Murphy ou Wesley Snipes, pode ter certeza: para fazer aquelas incríveis cenas de ação, eles incluíram a capoeira nos ensaios. É que essa técnica corporal, mistura de dança e exercícios, desenvolvida exclusivamente no Brasil, já ganhou adeptos em 48 países. Ambiciosa, desde o ano passado ela foi reconhecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro como esporte olímpico e está em campanha por um lugar nos jogos de 2004. O número de academias vem crescendo rapidamente e já soma 25 000. Veja por que essa luta brasileira está empolgando cada vez mais gente.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

A Máquina do Samba - Carnaval


A MÁQUINA DO SAMBA - Carnaval


Bumbum-paticumbum-prugurundum. Fevereiro taí e você já começa a ouvir a batucada. É impossível ficar indiferente às escolas de samba, copiadas no mundo inteiro. Há 65 anos elas vêm se especializando em fabricar o maior show de rua que se conhece. Tudo é regido por normas rigorosas, planejado minuciosamente e produzido dentro de um cronograma rígido. Mas, para quem só vê a festa pela televisão, fica difícil compreender o que está acontecendo. Aqui você vai entender como funcionam as engrenagens do desfile.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Candomblé - Religião


CANDOMBLÉ - Religião


Os navios negreiros que chegaram entre os séculos XVI e XIX traziam mais do que africanos para trabalhar como escravos no Brasil Colônia. Em seus porões, viajava também uma religião estranha aos portugueses. Considerada feitiçaria pelos colonizadores, ela se transformou, pouco mais de um século depois da abolição da escravatura, numa das religiões mais populares do país.

Quem gosta de cachaça é Exu. Quem veste branco é Oxalá. Quem recebe oferendas em alguidares (vasos de cerâmica) são orixás. E quem adora os orixás são milhões de brasileiros. O candomblé, com seus batuques e danças, é  uma festa. Com suas divindades geniosas, é a religião afro-brasileira mais influente do país. 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Expressão Corporal - Natureza


EXPRESSÃO CORPORAL - Natureza



A abelha tem um código próprio para dizer às companheiras que achou alimento, onde ele está e se é pouco ou muito: a dança. Os estudiosos estão admirados com essa linguagem.

Quando, em 1973, o zoólogo alemão Karl von Frisch, da Universidade de Munique, recebeu o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia por haver desvendado uma nova forma de comunicação no mundo animal, graças a pesquisas iniciadas em 1920 sobre a vida das abelhas, os cientistas passaram a encarar a abelha doméstica (Apis mellifera) não só como produtora de mel, mas importante fonte de material para a então recém nascida Etologia, a ciência que estuda o comportamento dos animais. Frisch, falecido em 1982, dedicou mais de cinqüenta dos seus 96 anos ao estudo das abelhas, de sua linguagem e métodos de orientação, tendo revelado ao mundo como elas se valem da dança para informar às companheiras a localização, distância e qualidade do alimento que encontram.
A melífera é sem dúvida alguma a espécie de abelha mais conhecida. A subespécie adansonii, a famosa abelha- africana, tem sido tratada com sensacionalismo em filmes e reportagens. Exageros à parte, ela realmente sabe se defender bastante bem. Esse atributo, aliado a sua estrutura social e a uma desenvolvida forma de linguagem, a torna muito adaptada a seu ambiente original assim como a outros onde o homem a introduziu. As abelhas (Apoidea) formam um grupo de organismos com aproximadamente 20 mil espécies, algumas das quais vivem em sociedades organizadas hierarquicamente, como certas formigas e cupins.
Esse tipo de organização social divide os membros da colônia conforme a função que exercem. No caso da melífera existem três categorias, a rainha, o zangão e as operárias. A rainha é responsável principalmente por duas funções, a reprodutora, colocando em média de 2 mil a 3 mil ovos por dia, e a de agregação da colônia. A rainha mantém a colônia coesa por odores - substâncias químicas produzidas por ela e disseminadas pelas operárias a toda a população do reino. O zangão tem somente a função reprodutora, sendo inútil para qualquer outra atividade. As operárias (de 50 mil a 80 mil indivíduos em cada colméia) dividem, conforme a idade, um número bastante grande de atividades - cuidar da cria, construir e limpar os favos, receber e buscar néctar e pólen, remover o lixo, guardar a colméia.
O propósito principal de Frisch era observar a atividade das operárias, já que são elas as dançarinas. Ele tentou associar esse comportamento à busca de alimento. Montou colméias com poucos favos, fechados por vidros nas laterais, para observar o movimento das abelhas. Ao redor, em leque e em diferentes ângulos em relação à saída da colméia, colocou vários alimentadores contendo xaropes de açúcar onde as abelhas pudessem buscar comida. Num dos alimentadores próximos à colméia marcaram-se algumas abelhas para ver o que faziam ao voltar à colônia com o alimento coletado. Montado o aparato do experimento e iniciada a observação, revelaram-se as mais surpreendentes descobertas. As abelhas marcadas dançavam na superfície do favo e assim comunicavam precisamente às outras abelhas a direção e a distância da fonte de alimento, sua quantidade e odor. Dançando num favo vertical e no escuro, as abelhas têm noção da posição do Sol e da direção a ser seguida para buscar o alimento lá fora, no plano horizontal. As melíferas transmitem essas informações basicamente por meio de dois tipos de dança: em círculo, para indicar distâncias curtas (por volta de 25 metros) e em forma de 8, a chamada "dança do requebrado", para distâncias além de 100 metros. Na União Soviética, um pesquisador observou que, quanto mais longe a fonte de alimento, mais duradoura a dança do requebrado a cargo da operária campeira, como é chamada a abelha cuja função é buscar néctar, pólen, resina e água fora da colônia. A distância é avaliada pelo gasto de energia durante o vôo, medido pela quantidade de açúcar que ela consome.
Um pesquisador treinou abelhas a andar dentro de tubos para obter alimento. Se a distância entre a colméia e o alimentador fosse de 3 a 4 metros, as abelhas dançavam como se tivessem voado de 50 a 100 metros. Mais tarde, outro grupo de pesquisadores verificou que o gasto de energia para uma abelha caminhar 3 metros equivalia a um vôo de 55 metros Quando a operária campeira chega à colméia, procedente de uma farta fonte de alimento, fornece uma gota de alimento a outras operárias. Isso para que a acompanhem na dança pela qual ela informará onde encontrou a comida. As operárias acompanham-na, procurando estar sempre em contato tátil com a dançarina, pelas antenas e corpo a corpo. No interior da colméia é como se houvesse uma linha imaginária, num fio de prumo vertical ao solo, que representaria a direção colméia-Sol. A partir dessa linha imaginária a dançarina indica a direção a ser tomada. Por exemplo, se a fonte de alimento estiver na direção do Sol a partir da saída da colméia, ela fará a dança do 8 virada para cima do favo. Se a fonte de alimento estiver 60 graus à direita do Sol, ela dançará rigorosamente a 60 graus desse fio de prumo. Foi também Frisch quem descobriu que, à medida que o Sol se movimenta, a abelha corrige o ângulo mediante novas danças em outras direções, sempre conforme a posição do Sol. As melíferas são capazes de ver o Sol mesmo em dias muito nublados, em virtude de sua sensibilidade à luz ultravioleta que atravessa as nuvens. A comunicação pela dança se tornou tão aperfeiçoada que, mesmo depois do anoitecer, as abelhas sabem a posição do Sol com alguma precisão. A quantidade de alimento é indicada pelas campeiras por sua empolgação durante a dança. Ou seja, quanto maior a oferta de comida, mais ela requebra ao traçar em ziguezagues o desenho do número 8 na superfície do favo. Essa dança pode ser observada tanto nas melíferas européias quanto nas africanas.
Um estudo comparativo entre duas subespécies, a cárnica e a italiana, revelou que seus membros não só se comunicavam pela dança, como tinham dialetos, por assim dizer. Além da dança em círculo e do requebrado, a italiana pratica ainda uma forma intermediária, a chamada dança em foice, para localizar alimentos entre 15 e 100 metros. A Apis florea faz ninhos dependurados em galhos sobre os quais as operárias dançam no plano horizontal, pois precisam ver o Sol para indicar a fonte de alimento. A Apis dorsata  consegue transpor a informação para o plano vertical, mas ainda necessita enxergar o Sol enquanto dança. Só as melíferas são capazes de transpor a informação horizontal para a vertical e memorizar a posição do Sol, executando a dança no escuro. Isso lhes permite instalar colônias em locais mais protegidos.
As melíferas também se utilizam da dança durante a enxameagem, o processo pelo qual as colméias se reproduzem. Consiste basicamente na formação de uma colônia a partir de algumas operárias que acompanharão a rainha para construir um novo lar. Enquanto isso, na colônia velha estará nascendo uma nova rainha. Durante o vôo migratório, o enxame pára em alguns pontos e algumas campeiras saem em busca do lugar ideal.
Quando voltam, dançam da mesma maneira. Se duas abelhas estiverem dançando próximas uma da outra mostrando lugares diferentes, a que estiver dançando menos intensamente partirá em busca de um ponto ainda melhor. Quando todas as campeiras indicam o mesmo lugar, portanto, o melhor de todos, o enxame então se desloca para ali, onde irá construir a nova moradia.
Outras maneiras de comunicação - químicas, táteis e sonoras - que poderia haver entre as melíferas também foram pesquisadas. A tal ponto que, num congresso internacional de apicultura, em Maryland, Estados Unidos, em 1967, o cientista Denis L. Johnson entre outros, criticou as descobertas de Frisch, por falta de controle em alguns experimentos, tornando inconsistente a hipótese da dança. Ao repetir o experimento de Frisch com algumas modificações, Johnson chegou a resultados que não apoiavam as teorias do alemão. Segundo os americanos, as melíferas indicam sua fonte de alimento por sinais químicos como também por sons. Johnson afirmou que na busca de determinada fonte de alimento bastava o contato com uma campeira recém-chegada. bem-sucedida, para que as outras achassem o alimento.
A polêmica estimulou um grupo de pesquisadores brasileiros a investigar o assunto. Foram coordenados pelo zoólogo Warwick Kerr, então pertencente ao Departamento de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, no interior paulista, atualmente lecionando no Departamento de Biociências da Universidade Federal de Uberlândia. O professor Lionel Gonçalves, da equipe de Kerr, passou a checar as duas hipóteses mediante onze experimentos. Concluiu que 67 por cento da informação que as abelhas obtêm se origina do cheiro da fonte de alimento e 33 por cento vem da dança. Isso não significa que a linguagem da dança seja menos importante. Pois, embora menor em porcentagem, a dança indica com maior precisão do que o cheiro o rumo a ser seguido até o alimento e a sua distância da colméia. De certa forma, é como se o homem transmitisse mais informações gesticulando do que falando. Mas as palavras designam as coisas com maior exatidão. Essa característica representa um grande feito adaptativo e confere às melíferas, que existem há mais de 30 milhões de anos, uma vantagem de peso na competição com outras espécies. Investigando algumas dessas espécies, o professor Kerr e seu colega Ronald Ribbands, do Departamento de Abelhas da Estação Experimental de Rothamsted, na Inglaterra, concluíram que a comunicação pelo cheiro é também um método eficiente. Segundo Kerr, diversas abelhas sem ferrão possuem como único sistema de orientação o cheiro da fonte de alimento e as substâncias químicas que deixam pelo caminho, formando uma trilha.
Algumas das abelhas sem ferrão, conhecidas como mandaçaias, comunicam a distância em que se encontra o alimento por sons diferentes: à medida que se aproximam (ou se afastam) da comida, o som que emitem se modifica, tornando-se mais ou menos intenso. Então Kerr concluiu que tanto as melíferas como as mandaçaias utilizam o mesmo sistema para indicar a distância, o som, mas que cada uma possui sistemas próprios de orientação. As pesquisas nesse campo estão longe de se esgotar. Atualmente, o cientista americano Mark W. Moffet tenta desvendar os detalhes da comunicação pela dança. Ele projetou um robozinho do tamanho de uma abelha. Ligado a um computador que imita as danças executadas, esse simulador mecânico emite sons e ainda fornece gotas de xarope de açúcar para que as operárias o acompanhem na dança.

A longa viagem das africanas

Na década de 50, o zoólogo Warwick Kerr provocou em Rio Claro, no interior paulista. cruzamentos entre abelhas-européias já criadas no Brasil e abelhas-africanas enviadas de além- mar. A intenção era boa, pois, apesar da maior agressividade da africana, ela tinha se mostrado muito mais produtiva do que a outra, podendo proporcionar lucros aos apicultores. As novas colméias foram mantidas em uma área reservada, podendo suas habitantes visitar as flores próximas e os alimentadores com xarope de açúcar, colocados por perto para que as colônias não se enfraquecessem. Para evitar o cruzamento desordenado entre colônias de européias e africanas, a enxameagem sem controle, colocou-se em frente à saída das colméias uma tela cujos orifícios impediam a passagem da rainha e dos zangões, embora permitissem o trânsito das operárias em busca do alimento.
Certa vez, porém, um encarregado da manutenção das colônias deixou de recolocar essas telinhas. Resultado: algumas dessas colônias formaram enxames com novas rainhas que abandonaram as colméias experimentais. O grupo, inicialmente com cerca de trinta enxames, conseguiu se multiplicar ao longo do tempo e assim a abelha-africana foi migrando rumo ao norte à velocidade de 200 a 300 quilômetros por ano. A partir do núcleo de Rio Claro, espalhou- se pela América do Sul e América Central, tendo se aproximado da fronteira sul dos Estados Unidos. No México existem atualmente dois centros que funcionam como barreira a essa migração.
São núcleos de abelhas-européias junto às quais as africanas param obrigatoriamente. Isso as fará cruzar com aquela subespécie, criando um híbrido menos assustador . A abelha- africana, por sinal, embora possa representar um perigo em potencial não é um monstro: sua agressividade tem sido pintada com tintas talvez carregadas demais. No Brasil ela representa um duplo benefício para os apicultores, pois as colônias híbridas africanizadas, além de muito produtivas, ao absorver a agressividade das Apis africanas, diminuem o índice de roubos nos apiários.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Máquina do Eterno Movimento - Corpo Humano

A MÁQUINA DO ETERNO MOVIMENTO - Corpo Humano



Os quase 650 músculos do corpo humano jamais param de trabalhar. Tudo o que fazemos são eles que fazem. E a ciência ensina como usá-los melhor.

Viver é mesmo uma ginástica. O coração se contorce para bombear o sangue que, por sua vez, corre o corpo inteiro. A respiração estica e encolhe os pulmões. O aparelho digestivo se dobra e desdobra com o alimento.Tudo na vida animal é movimento - músculos que se contraem, músculos que se estendem. Graças a cerca de 650 músculos o homem pode, além de viver, ficar em pé andar, dançar, falar, piscar os olhos, cair na gargalhada, prorromper em lágrimas, expressar no rosto suas emoções, escrever e ler este texto. Portanto, o desempenho da musculatura é muito mais forte que mera força bruta. Ao ver o movimento dos músculos do corpo, os antigos talvez tivessem a impressão de que existiam ratinhos caminhando sob a pele. Pois em latim musculus é o diminutivo de mus, ou camundongo. Na verdade, o músculo é um feixe com milhões de fibras capazes de se contrair. São 78 por cento água, 20 por cento proteína, 1 por cento carboidrato e, ainda, em quantidades mínimas, sais minerais e gordura.
As fibras podem ser milimétricas, como as dos músculos dos dedos, ou ter até 10 centímetros de comprimento, como as dos músculos da coxa; mas são sempre finíssimas, com um diâmetro nunca maior do que 1 décimo de milímetro.
As fibras musculares surgiram com os primeiros seres vivos que tinham de se deslocar em busca de água ou comida ou ainda para se reproduzir - portanto, animais pluricelulares, que apareceram na Terra há 570 milhões de anos. É a contração de músculos especiais que faz as lulas e águas-vivas expulsar os jatos de água que as impulsionam. Já com o aparecimento dos vertebrados, a musculatura passou também a cumprir uma tarefa essencial - sustentar o esqueleto.
A forma e o tamanho de um músculo variam conforme a sua função. A musculatura humana, que representa 40 por cento do peso do corpo, foi herdada dos outros mamíferos e precisou sofrer adaptações para manter o tronco em pé - essa tão envaidecedora peculiaridade humana. As mãos, livres do solo, tiveram de modificar os músculos típicos dos quadrúpedes, a fim de poder fazer movimentos complexos e elaborados.
No fundo, todo músculo faz o mesmíssimo movimento, que é contrair-se. Alguns músculos, porém, não obedecem à vontade de seus donos conscientes. São os músculos chamados lisos ou involuntários, que funcionam sob as ordens do sistema nervoso autônomo do organismo. São certos bizarros músculos involuntários, por exemplo, que deixam uma pessoa arrepiada de frio. Com apenas 1 milímetro de comprimento, ficam junto da raiz dos pêlos, que se eriçam quando ocorre a contração. Com os pêlos arrepiados como os de um gato em noite fria, o homem estaria mais protegido do clima. Essa função não faz mais sentido, pois no processo de evolução o homem deixou de ser um bicho peludo.
Mas quase todos os músculos involuntários são fundamentais, como os ciliares do olho. O olho humano pode ser comparado a uma máquina fotográfica que precisa focalizar um objeto de acordo com a distância em que se encontra dele. O dispositivo que usa para isso é uma estreita faixa de fibras musculares atrás da íris - o disco colorido do olho. Ao se contrair, aumenta a curvatura do cristalino, uma espécie de lente natural. A curvatura acentuada é necessária para se enxergar de perto. Por isso, certas atividades, como a leitura prolongada, podem "cansar" a vista, ou seja, cansar esses músculos que ficam contraídos por muito tempo. Eis também por que focalizar um ponto distante é um colírio para os olhos: a curvatura precisa diminuir e os músculos se estendem.
Apesar de toda a sua importância, os músculos involuntários são minoria. No corpo humano, predominam os quase 500 músculos voluntários que atendem aos comandos do sistema nervoso central. Como possuem estrias microscópicas, também são chamados estriados. Existe ainda um terceiro nome para eles: esqueléticos, porque terminam em forma de tendões, que são como cordas de fibras mais fortes, agarradas a ossos. O músculo cardíaco, o mais importante de todos, é considerado um tipo à parte porque, embora seja estriado, se contrai graças a um sistema nervoso próprio.
Qualquer que seja o músculo, suas fibras já estão formadas a partir da sexta semana de vida intra-uterina. A partir de então, cada fibra pode crescer isoladamente. Mas o número de fibras será sempre igual. Um atleta musculoso de 20 anos possui a mesma quantidade de fibras que tinha ao nascer. O que elas fizeram ao longo da vida e à custa de muito exercício foi desenvolver-se. Mesmo entre pessoas diferentes não há grandes diferenças: nos músculos de Maguila e nos equivalentes de Lucélia Santos, o número de fibras é praticamente igual - pode até ser que, em dado músculo, a suave Lucélia tenha mais fibra que o temível Maguila.
Músculos parecem gostar de trabalho, pois ficam mais ágeis e fortes à medida que são usados. Até quando se está dormindo, os músculos se mantêm num estado de pequena contração, mais conhecida como tônus muscular. Em pacientes de paralisia infantil, por exemplo, o músculo nem sequer sustenta essa ligeira contração - danificado, o nervo não consegue transmitir-lhe a ordem. Sem o exercício constante do tônus, o músculo acaba por se atrofiar.
Cada fibra muscular segue a lei do tudo-ou-nada: ou se contrai ao máximo ou se ignora o estímulo nervoso. Apesar disso, ninguém se movimenta aos trancos como uma caricatura de robô. Isso porque, em primeiro lugar, as fibras de um mesmo músculo se excitam em graus diferentes: algumas, mais sensíveis, iniciam a contração 4 milésimos de segundo após um estímulo; outras fibras respondem num período muito maior, caso o cérebro insista na ordem. Outro fator importante é o número de células nervosas motoras que o cérebro escalou para levar a ordem ao músculo, assim como o número de fibras que cada uma dessas células nervosas, por sua vez, controla.
As mínimas gradações de movimento dos dedos de um músico instrumentista, por exemplo, apenas são possíveis porque seus nervos motores controlam um número limitado de fibras. É claro que em situações muito especiais o cérebro pode perder temporariamente esse incessante controle sobre os movimentos. Quando a mão toca uma superfície quente, nervos sensitivos da pele e dos próprios músculos dão o alarme; diante disso, antes mesmo de verificar o que aconteceu - a mão encostou numa panela e se queimou -, o cérebro ordena uma contração súbita de todas as fibras daquela parte do corpo. O resultado será um movimento espasmódico.
Um músculo não precisa de duas ordens: basta que lhe mandem contrair-se. A extensão ocorre naturalmente quando cessa a ordem de contração. Assim, o popular bíceps - músculo da frente do braço - se contrai e diminui a distância entre os ossos, usando as articulações do cotovelo: essa é uma ação concêntrica, que qualquer pessoa executa no mero gesto de levar uma xícara aos lábios. Já para segurá-la na altura da boca é preciso uma ação isométrica, ou seja, capaz de manter a contração sem causar movimento. O cérebro consegue essa proeza bombardeando o músculo com cerca de 45 estímulos por segundo - uma ordem que deve se fundir com outra, sem dar tempo para o músculo se estender. Finalmente, a ação excêntrica é quando se abaixa a xícara. Mais uma vez o cérebro controla o movimento interrompendo gradualmente os estímulos às fibras.
Na realidade, um movimento qualquer nunca é obra de um único músculo. No exemplo de dobrar o braço, ao mesmo tempo em que o bíceps se contrai, um músculo oposto - o tríceps - se estende. E, quando o braço abaixa, é o tríceps que se contrai, puxando o antebraço para fora e obrigando o bíceps a se estender. O músculo contraído de qualquer movimento chama-se agonista; o estendido é antagonista. Todo músculo dança conforme a música, ou seja, pode ser tanto agonista como antagonista - depende do movimento.
Num movimento, há também músculos que se contraem apenas para fixar um membro ou o tronco inteiro e, dessa maneira, dar uma base de sustentação ao músculo que de fato se desloca. Por exemplo, ao cerrar o punho, aparentemente só os músculos da mão e dos dedos trabalham; mas, se os músculos do antebraço não ficassem bem contraídos para segurar o pulso, este se dobraria junto com os dedos. Para a contração, um músculo precisa de energia. Essa energia é liberada com a quebra de moléculas da substância adenosina trifosfato (ATP).
O estímulo nervoso possui determinada eletricidade que, em contato com uma substância gelatinosa que banha o músculo, encaminha uma partícula de cálcio para dentro das fibras; o cálcio, então, ativa enzimas próprias do músculo que quebram a ATP. A única questão é haver moléculas de ATP em quantidade suficiente. O fisiologista Turíbio Leite, professor da Escola Paulista de Medicina, ensina que existem três fontes de ATP. A primeira seria uma espécie de estoque particular do músculo. A segunda é a glicólise: reações dentro do músculo transformam a glicose das fibras ou a trazida pelo sangue em ATP e ácido láctico. Esta é uma substância inibidora que, ao se acumular nas fibras, causa tanta dor que a pessoa não agüenta mais contrair o músculo.
"Esse processo", explica o professor Turíbio, "produz grande quantidade de energia, mas por tempo limitado. Por isso, é um metabolismo para atividades que exigem velocidade. "Os atletas atenuam os efeitos do ácido láctico e por isso suportam melhor um acúmulo da substância. Mas quem não é atleta cede à dor e logo pára. Do contrário, corre o risco de sentir uma cãibra, a contração involuntária do músculo cansado, que serve de sinal de alerta. É claro que as cãibras também atacam em plena madrugada, quando se está quieto, dormindo. Mas aí o problema é neurológico - uma ordem equivocada para o músculo se contrair a toda velocidade, provocada muitas vezes por estresse psicológico.
Quando o mal é meramente muscular, uma massagem local ajuda de imediato. Ela provoca mecanicamente o relaxamento do músculo contraído e, ao ativar a circulação no lugar, ajuda o sangue a espalhar o ácido láctico. As massagens para aliviar a tensão funcionam da mesma maneira. Pois, quando a mente faz verdadeiras acrobacias por causa de um problema qualquer, a pessoa fica literalmente tensa - culpa das ordens do cérebro para contrair certos músculos que, como em toda ginástica, ficam ali gastando energia para manter a tensão e acumulando o ácido láctico.
A última fonte de ATP, o metabolismo aeróbio, é o oxigênio trazido pelo sangue, que produz a substância em reações químicas com a glicose. Nesse caso, a "sobra", gás carbônico e água, é eliminada na expiração. Esse é o metabolismo que mais se usa no dia-a-dia: não produz velocidade, mas tem a vantagem da resistência. Todo músculo possui dois tipos de fibras: as de tipo 1, que desenvolvem mais o metabolismo aeróbico; e as de tipo 2, que realizam melhor o metabolismo da glicólise. Pesquisadores supõem que a prática de determinado esporte pode transformar uma fibra tipo 1 em tipo 2 e vice-versa. Mas isso nunca foi observado na prática. "Nascemos com a proporção de fibras 1 e 2 determinada", diz o fisiologista Turíbio Leite, "o que significa que temos predisposição genética para esportes rápidos ou de resistência."
Qualquer reação para produzir ATP no músculo acaba liberando muito calor. São os músculos, portanto, os responsáveis pelos 36 graus centígrados do corpo humano - a temperatura ideal para que o organismo funcione direito. Quando o clima ameaça baixar essa temperatura, o cérebro manda os músculos se agitarem. É quando as pessoas tremem de frio.
Outra responsabilidade dos músculos é a postura corporal. Músculos enfraquecidos fazem a coluna despencar para algum lado. Por exemplo, a lordose (acentuação da curvatura lombar) é conseqüência de músculos abdominais fracos, incapazes de sustentar as vísceras; estas então caem sobre o osso da bacia que, por sua vez, joga todo o seu peso sobre a coluna lombar.
Mesmo quem não tem vocação para atleta olímpico deveria tirar o máximo proveito dos músculos que a natureza lhe deu. Está provado que músculos fortes evitam o tão doloroso endurecimento das articulações - e também doenças graves como a osteoporose ou desmineralização dos ossos. Sempre se soube, por exemplo, que os músculos do braço direito de um tenista destro são mais desenvolvidos que os do braço esquerdo. O que se descobriu faz pouco tempo é que também os ossos do braço direito desse tenista são mais largos. Antigamente, acreditava-se que, com o passar dos anos, os músculos deviam ser poupados. Nada mais errado. Todos devem dançar, andar, nadar. Enfim, o segredo de tratar bem os músculos é saber que ninguém pode se dar ao luxo de ficar parado.

O melhor da malhação

Um belo corpo, receita a Organização Mundial de Saúde, consiste em ter boa capacidade cardiorrespiratória, força, flexibilidade e obesidade sob controle. Atrás desse ideal estão as multidões que freqüentam academias de ginástica. Mas não existe nada de novo nesses saltitantes anos 80. No século passado, começou a aparecer a ginástica tal como é conhecida. Do ideal de civilização difundido pelos ingleses no seu vasto império fazia parte a aptidão física.
"A grande novidade é que hoje a Educação Física tem muito mais base científica", observa o professor Mauro Guiselini, da USP. "Existem áreas de estudo novas, como a Fisiologia do Esforço. E, graças à Biomecânica, que mostra quais músculos participam de cada movimento, pode-se tirar melhor proveito dos exercícios." A ciência, portanto, acabou esclarecendo muita coisa. Ela condena o uso de hormônios consumidos por halterofilistas - que ajudam a desenvolver os músculos, mas causam impotência sexual. Por outro lado, derrubou a idéia de que pessoas muito musculosas não têm flexibilidade. Com exercícios de alongamento para músculos e tendões, um fortíssimo culturista pode ter o jogo de cintura de um bailarino.
Outra idéia riscada é a de que quem faz muita ginástica nunca pode parar, senão os músculos "despencam". Não é bem assim. É verdade que os músculos armazenam tudo o que é ruim - como toxinas - por muito tempo e não guardam o que é bom, ou seja, o condicionamento físico. Para manter-se em forma, a pessoa não deve interromper a ginástica: 30 por cento de tudo o que conquistou em um ano de malhação na academia vai-se embora em apenas três ou quatro semanas de vida sedentária. Mas o pior que pode acontecer - e acontece - é os músculos voltarem a ser o que eram antes da ginástica. "Nunca ficam pior do que isso", consola o professor Guiselini.
Mais do que a musculação, a ginástica aeróbica, que chegou ao Brasil nos primeiros anos 80, é o grande sucesso de público. Não é para menos: está provado que levar o coração à freqüência de 130 batimentos por minuto, durante 20 a 30 minutos, três vezes por semana, é o suficiente para manter a bomba em excelente estado. "A aeróbica", aprova Guiselini, "tem a vantagem de utilizar a música como um elemento fundamental, tirando da ginástica a chatice do ´um, dois, três, quatro´. Além de reforçar o coração, condiciona os outros músculos e desenvolve a coordenação motora. É, portanto, um exercício completo."

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Fiesta de Ritmos - Dança


FIESTA DE RITMOS - Dança



Nem só de salsa e tango vive a música latino-americana. Nesse caldeirão de etnias, línguas, culturas e instrumentos, o processo de fusão é constante e subgêneros surgem sem parar. Conheça alguns dos ritmos que animam festas de rua e salões de dança no continente.



Cuba - Son

Mistura o violão espanhol com batidas de percussão. O son teve seu auge na era pré-Fidel Castro e é base de vários outros ritmos como a rumba, o mambo, o cha-cha-cha e a salsa.



Porto Rico - Bomba

Acredita-se que tenha origem puramente africana. O ritmo é dado por congas e a dança representa um duelo entre percussionista e dançarino, em que o objetivo é ser o mais rápido.



Rep. Dominicana - Merengue

Surge em meados do século 19. A base desse ritmo acelerado vem dos tambores e da güira. A dança, fácil de aprender, faz muito sucesso entre turistas.



Salsa

Fusão da música cubana, porto-riquenha, dominicana, jazz e R&B, "salsa" é, sobretudo, um nome comercial para este tipo de música.



México - Mariachi

Surgiu no estado de Jalisco, por volta de 1850 e varia de região para região. É popular em casamentos e serenatas. Violinos, trompetes, violão espanhol, viola e baixo formam a banda.



América Central - Punta

É uma releitura moderna de um ritmo africano chamado bunda. Chocalhos, tambores e até cascos de tartaruga ganham o reforço de instrumentos modernos. As letras falam de política, sociedade e economia.



Martinica - Zouk

Combina ritmos das Pequenas Antilhas, pop dos EUA e França, percussão africana e sons nativos. O zouk ("festa" em creole) lembra a lambada e sua dança chega a ser até mais sensual.



Países Andinos - Huayño

Romance, tristeza e alegria são cantados neste ritmo andino-peruano, de elementos pré-hispânicos (incas). Flautas, cordas e tambores animam os bailes.



Colômbia - Cumbia

Origens indígenas, espanhola e africana. As variações são mais populares que o estilo tradicional. Instrumentos de sopro, corda, percussão e acordeão são os mais usados. Os temas das canções vão de amor a pobreza.



Brasil - Samba

Do batuque improvisado na caixa de fósforos à "bateria pesada" de uma escola de samba na avenida. Cordas e percussão de ascendência africana fazem o som do ritmo-símbolo do Brasil.



Argentina - Tango

Nasce vulgar, em 1880, faz sucesso em Paris e só então é aceito em Buenos Aires. O som sofisticado mistura flauta, piano, violino e violão. Drama e sensuailidade marcam as coreografias.



Paraguai - Guarânia

Criada em 1925 por José Asunción Flores, pode ser cantada em espanhol, guarani ou jopará (mescla das línguas nacionais). As letras falam de nostalgia a heroísmo. Destaque para instrumentos sinfônicos e harpa.



Uruguai - Candombe
Chegou com os escravos de origem banto (Angola e Congo). Canta os lamentos e a nostalgia de uma gente que foi arrancada da terra natal. O som vem dos tambores, tocados pelas ruas da cidade.


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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

B.Boy na fita - Break

B.BOY NA FITA - Break



BBoy (pronuncia-se bi-boi) E o nome de quem pratica o break, danca que representa um dos três elementos do Hip Hop - os outros Dois são o rap e o grafite. O termo e a abreviacao de Break Boying e foi criado no Bronx (bairro de negros e hispânicos de Nova York), na decada de 70, pelo DJ Kool Herc

Break
O break tem esse nome porque os praticantes dançavam na "quebrada" da música. Ou seja, nas batidas que os DJ´s criavam "colando" as faixas do vinil. O gênero sofreu influência do funk - especialmente dos passos de James Brown - e dos filmes de Kung fu

Grafiteiro
Derf (na escada) foi quem mandou bem no grafite. A arte é a expressão visual do Hip Hop. Originou-se em Nova York e na Filadélfia na década de 70 e era bastante usado em protestos e no metrô

Batalha
A competição entre BBoys chama-se batalha. Era disputada por gangues rivais do Bronx. Hoje, há campeonatos nos EUA, Europa, Brasil e até Japão. A batalha acontece entre dois grupos colocados frente a frente. Cada um tem de seis a oito membros e cada disputa dura seis minutos. Ganha quem dançar melhor, de acordo com os juízes

O Som
O grupo, que também pode ser formado por meninas (BGirls), tem roupas e atitudes próprias. A rua é o palco das apresentações. O rádio, um sound-system portátil, toca a trilha sonora (rap)

Moinho
Esse movimento faz parte dos power moves. Além deles, um BBoy de verdade tem de saber executar o top rock, o footwork e o freeze (ver abaixo)

Top Rock
Movimentos ritmados dos pés que funcionam como o cartão de visita do BBoy. É executado na apresentação, quando ele entra na roda, e serve para mostrar o seu estilo

Going Down
Essa parte é a transição do top rock para o footwork. Acompanhando o ritmo da música, o BBoy desce para exibir suas proezas no solo

Footwork
Conhecido também por sapateado, é o trabalho intenso com os pés ao mesmo tempo em que o corpo se movimenta em círculos com o apoio das mãos. É a base do BBoy

Flare
É mais um dos power moves. Bastante parecido com os movimentos dos ginastas. É executado no chão com o apoio das mãos. Os quadris ficam no ar e as pernas, separadas no alto

Freeze
Parada repentina entre uma seqüência de movimentos. Deve durar pelo menos dois segundos. Quanto mais difícil a posição escolhida, maior a nota dos juízes. Os freezes devem ser bem planejados para que não se saia do ritmo

terça-feira, 7 de setembro de 2010

‘Praga da dança’ matou centenas de habitantes

13/02/10 - 10h00 - Atualizado em 13/02/10 - 10h00

‘Praga da dança’ matou centenas de habitantes de Estrasburgo em 1518
Epidemia começou em julho, com mulher bailando sem parar por 6 dias.
Transe acabou envolvendo centenas de pessoas e durou até setembro.


Carnaval epidêmico - Vítimas da febre da dança morriam de ataque cardíaco, derrame ou exaustão (Imagem: reprodução)

Em julho de 1518, a cidade francesa de Estrasburgo, na Alsácia (então parte do Sacro Império Romano-Germânico) viveu um carnaval nada feliz. Uma mulher, Frau Troffea (dona Troffea), começou a dançar em uma viela e só parou quatro a seis dias depois, quando seu exemplo já era seguido por mais de 30 pessoas. Quando a febre da dança completava um mês, havia uns 400 alsacianos rodopiando e pulando sem parar debaixo do Sol de verão do Hemisfério Norte. Lá para setembro, a maioria havia morrido de ataque cardíaco, derrame cerebral, exaustão ou pura e simplesmente por causa do calor. Reza a lenda que se tratava de um bloco carnavaleso involuntário: na realidade ninguém queria dançar, mas ninguém conseguia parar. Os enlutados que sobraram ficaram perplexos para o resto da vida.




Para provar que a epidemia de dança compulsiva não foi lenda coisa nenhuma, o historiador John Waller lançou, 490 anos depois, um livro de 276 páginas sobre o frenesi mortal: “A Time to Dance, A Time to Die: The Extraordinary Story of the Dancing Plague of 1518”. Segundo o autor, registros históricos documentam as mortes pela fúria dançante: anotações de médicos, sermões, crônicas locais e atas do conselho de Estrasburgo.




276 páginas - Historiador recuperou documentos da época atestando as mortes pela fúria dançante (Imagem: reprodução)
Um outro especialista, Eugene Backman, já havia escrito em 1952 o livro "Religious Dances in the Christian Church and in Popular Medicine". A tese é que os alsacianos ingeriram um tipo de fungo (Ergot fungi), um mofo que cresce nos talos úmidos de centeio, e ficaram doidões. (Tartarato de ergotamina é componente do ácido lisérgico, o LSD.)

Waller contesta Backman. Intoxicação por pão embolorado poderia sim desencadear convulsões violentas e alucinações, mas não movimentos coordenados que duraram dias.

O sociólogo Robert Bartholomew propôs a teoria de que o povo estava na verdade cumprindo o ritual de uma seita herética. Mas Waller repete: há evidência de que os dançarinos não queriam dançar (expressavam medo e desespero, segundo os relatos antigos). E pondera que é importante considerar o contexto de miséria humana que precedeu o carnaval sinistro: doenças como sífilis, varíola e hanseníase, fome pela perda de colheitas e mendicância generalizada. O ambiente era propício para superstições.

Uma delas era que se alguém causasse a ira de São Vito (também conhecido por São Guido), ele enviaria sobre os pecadores a praga da dança compulsiva. A conclusão de Waller é que o carnaval epidêmico foi uma “enfermidade psicogênica de massa”, uma histeria coletiva precedida por estresse psicológico intolerável.

Nonstop dancing – Gravura do artista Henricus Hondius (1573-1610) retrata três mulheres acometidas pela praga da dança; obra é baseada em desenho original de Peter Brueghel, que teria testemunhado um dos surtos subsequentes, em 1564 na região de Flandres (Imagem: reprodução)
Outros seis ou sete surtos afetaram localidades belgas depois da bagunça iniciada por Frau Troffea. O mais recente que se tem notícia ocorreu em Madagascar na década de 1840.