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quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

A Incrível História do major William Martin - O homem que nunca existiu

A Incrível História do major William Martin - O homem que nunca existiu

Operação de espionagem durante a Segunda Guerra resultou em uma vitória fundamental para os Aliados.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Os espiões mais famosos da história

Os espiões mais famosos da história

O mundo da espionagem sempre fascinou as pessoas. Quando se fala em espiões, logo vêm à mente tramas secretas, disfarces, assassinatos, conspirações e sedução. A vida de muitos deles realmente parece ter saído das páginas de romances policiais.  

segunda-feira, 17 de abril de 2017

RÁDIO GALENA - Era proibido possuir um rádio em casa


RÁDIO GALENA - Era proibido possuir um rádio em casa


O GALENA
O galena surgiu em 1906, quando um coronel do exército norte-americano, H. H. C. Dunwoody, patenteou o detector de cristal. Consistia num fragmento de galena (sulfeto de chumbo natural), que se ligava a uma antena por meio de um arame fino (bigode de gato).

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Fomos nós: CIA assume responsabilidade por aparições de OVNIS


Fomos nós: CIA assume responsabilidade por aparições de OVNIS


Essa matéria pode mudar a maneira como você olha para o céu e assiste a filmes de ficção científica – além de acabar com a inspiração de dezenas de roteiristas e escritores de todo o mundo. Pelo visto, as aparições de OVNIS e luzes misteriosas que aconteceram no mundo todo nas décadas de 50 e 60 não eram os ETs – como todos acreditavam –, mas sim a Agência Central de Inteligência norte-americana.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Inimigo secreto - Espionagem


INIMIGO SECRETO - Espionagem


A espionagem vai bem, obrigada, e tem muito espião por aí. Claro que ela já não é tão glamourosa como nos tempos de James Bond, mas sobreviveu ao fim da guerra fria. A diferença é que hoje os espiões ganham seu dinheiro investigando crimes comuns ou bisbilhotando a briga entre empresas concorrentes.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Aurora: O Espião a 8.000 Km/h - Tecnologia


AURORA: O ESPIÃO A 8.000 KM/H - Tecnologia


Jamais fotografado, o avião hipersônico Aurora é um segredo da Força Aérea americana. Mas relatos de testemunhas permitem traçar um retrato da nave que voa a 40 quilômetros de altitude e abre caminho para os aviões espaciais.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Parceiros no Espaço - Satélites


PARCEIROS NO ESPAÇO - Satélites



Descobrir queimadas na Amazônia ou fazer previsão do tempo são previsões mais que conhecidas das imagens obtidas pelos satélites. Mas esse enorme banco de dados pode também ajudar a fiscalização do uso de crédito agrícola ou da expansão planejada de cidades. Uma amostra do uso que se pode fazer dessa imagens, na execução de trabalhos em terra, é apresentada a seguir em seis projetos desenvolvidos no Instituto de Pesquisas Espaciais, em São José dos Campos, SP

Em 23 agências do Banco do Brasil espalhadas por cinco Estados, os agricultores que entram à procura de financiamento para sua plantação deparam com uma estranha fotografia. Um atendente do banco Ihes mostra uma imagem feita pelo satélite Landsat cobrindo todas as fazendas da região, e cada um deve saber localizar a sua na foto. Se o agricultor pede dinheiro para plantar 100 hectares de soja, o funcionário do banco tem condições de calcular imediatamente, com uma régua especial, o tamanho da área indicada e conferir se ali há mesmo 100 hectares. Esse é só o primeiro passo do projeto Fiscalização de Propriedades Agrícolas por Satélite (Fisate), desenvolvido em convênio pelo Inpe e pelo Banco do Brasil para acompanhar a aplicação de créditos rurais.Tendo nas mãos os dados do satélite e os fornecidos pelos fazendeiros, uma equipe de quatro agrônomos do banco, supervisionada pelo Inpe, elabora um mapa no qual está indicado o que cada fazendeiro vai plantar, onde e em qual área. Alguns meses mais tarde, um pouco antes da colheita, quando a plantação estiver crescida, são analisadas novas imagens do Landsat da região cadastrada. É um jogo contra o tempo e a sorte - o período ideal para a plantação ser fotografada é de cerca de 45 dias, e, como o satélite passa por lá a cada dezesseis dias, há no máximo três chances de se obterem imagens. Se por muito azar chover nesses três dias, ou a região estiver coberta de nuvens, "cegando" o satélite, a fiscalização pode ir por água abaixo. Porém, se o tempo estiver bom, basta uma fotografia para revelar quais os fazendeiros que realmente plantaram o que prometeram com o dinheiro do banco.Isso é possível porque, pela foto do satélite, percebe-se a diferença entre uma área onde existe uma plantação desenvolvida e outra onde só há vegetação rasteira ou solo exposto. A fiscalização é simples e imediata - basta juntar o mapa que indica quais as áreas em que os fazendeiros prometeram plantar e a foto que mostra onde as plantas cresceram, processo feito num aparelho que sobrepõe imagens. Se um fazendeiro cultivou apenas metade do terreno prometido, o agrônomo do banco sabe disso apenas por olhar as imagens sobrepostas. Pode, então, mandar um fiscal até a propriedade para descobrir por que toda a área não foi plantada - e até se o dinheiro não foi desviado para outros fins.Por esse projeto, desenvolvido desde 1983 e colocado em prática desde 1986, os quatro agrônomos do banco conseguem fiscalizar até 1000 contratos de crédito agrícola por dia, de um total de 15 000 contratos por safra. Antes dele, esse trabalho tinha que ser executado no campo, com fiscais batendo de porteira em porteira atrás de informações sobre a produção da safra. "Com o Fisate criamos um método simples e impessoal de fiscalização", diz Valdete Duarte, pesquisador do Inpe e coordenador do projeto. "Sem sair do Inpe, podem-se fiscalizar lavouras no Rio Grande do Sul ou em Minas Gerais, independente de informações às vezes erradas dadas pelos próprios fazendeiros ou de intrigas de vizinhos encrenqueiros."A parceria entre o Banco do Brasil e o Inpe para aperfeiçoar a fiscalização de crédito agrícola pretende ir além da medição da área plantada. Paralelo ao Fisate corre o Projeto Estima (Estimativa de Produtividade Agrícola), tocado pelo agrônomo e pesquisador Maurício Alves Moreira. Assim que estiver concluído, o Estima vai permitir calcular, a partir de dados enviados por satélites, a produtividade de determinadas plantações - ou quantas toneladas serão colhidas por hectare. Saber o rendimento exato da colheita é fundamental para o banco: se o fazendeiro tiver algum problema na plantação e ocorrer quebra de safra, o prejuízo é coberto por um seguro. o Proagro, sustentado pelos cofres do governo.Porém, se por esperteza em excesso o fazendeiro mentir sobre a quebra da safra e conseguir ludibriar a fiscalização, lucrará duas vezes sobre o mesmo produto, vendendo sua colheita e recebendo ao mesmo tempo o seguro pelo prejuízo que não houve. É justamente isso que o banco quer evitar. Complementando o Fisate, que calcula em quantos hectares um fazendeiro plantou soja, o Estima dirá aproximadamente quantas toneladas de grãos ele vai colher. Mas até se chegar a esse cálculo o caminho é longo e complicado. Começa pela captação que o satélite Landsat faz da energia do Sol refletida pelas plantas, a chamada reflectância. Essa energia refletida aparece no espectro visível (as cores vistas pelos olhos humanos) e no infravermelho.A reflectância está diretamente relacionada com a área folhear, ou a quantidade de folhas que tem uma planta: quanto mais folhas, maior o índice de reflectância, e maior resposta se terá na região espectral do infravermelho próximo (logo abaixo do vermelho). Em tese, uma planta com maior área folhear é mais produtiva. Portanto, uma plantação com alta resposta no infravermelho próximo tem maior produtividade. Só que isso ainda não é suficiente para calcular quantas toneladas se colherão em determinada cultura. É preciso fazer a relação entre os números: saber a quantas toneladas de soja ou trigo corresponde uma determinada resposta no infravermelho captada pelo satélite. Isso só pode ser feito por pesquisar de campo, medindo-se o índice de reflectância com um radiômetro, um aparelho que capta dados como um satélite a 10 metros do solo, e comparando o índice com a produtividade da safra.Por enquanto, atendendo à necessidade do Banco do Brasil, o trabalho é feito apenas com lavouras de soja, trigo e cana-de-açúcar. É no estágio de definição de parâmetros que está o Estima atualmente. "Nosso trabalho é tentar estabelecer uma equação que permita calcular imediatamente, a partir do índice de resposta de radiação infravermelha captada pelo satélite, a produtividade de uma plantação", diz o pesquisador Maurício Alves Moreira. Quando isso for possível, ele pretende trocar o Landsat, que manda imagens a cada dezesseis dias de pedaços do Brasil, pelo satélite NOAA, esse com imagens diárias que mostram a América do Sul inteira numa foto. Em pesquisa para mais de dez anos, Moreira imagina colocar uma imagem dessas no computador e saber, com apenas um clique sobre determinado ponto, quantas toneladas uma plantação vai produzir.Nem insetos tão pequenos quanto cupins conseguem se esconder completamente dos olhos vigilantes de um satélite a 800 quilômetros de altitude. É claro que o Landsat não capta o bicho em si mas seu rastro. Por essas marcas, o agrônomo e pesquisador em sensoriamento remoto Antonio Tebaldi Tardin pôde acompanhar e medir o tamanho do estrago que os cupins causam na região de Floresta Amazônica do Parque Nacional do Xingu. A presença dos insetos na mata sempre foi normal, mas grandes quantidades deles a devastar determinada área caracteriza uma anomalia. Os primeiros alertas surgiram quando pesquisadores compararam fotografias feitas por aviões da Força Aérea americana, nas décadas de 40 e 60, com imagens de satélite captadas em meados da década de 80. Percebeu-se que algumas manchas nas fofos, correspondentes a alterações na cobertura vegetal da floresta, estavam crescendo.Como os dados do satélite revelam mudanças mas não explicam sozinhas por que ocorreram, a equipe pôs-se a campo e descobriu que as manchas crescentes eram provocadas pela ação de cupins. Em bandos, os cupins atacavam, devoravam e derrubavam árvores inteiras. A hipótese de Tardin para explicar a superpopulação de cupins é a presença do homem na região. Por causa de desmatamentos para instalação de projetos agropecuários, haveria afastamento dos pássaros, predadores dos cupins em determinada época da vida dos insetos. Numa área estudada de 12 000 quilômetros quadrados, equivalente a metade do Estado de Sergipe, o apetite dos cupins chegou a derrubar mais de 6% da mata.Cupins gostam de madeira dura, por isso comem o cerne do tronco de árvores mais velhas. Quando essas vão ao chão, deixam expostas as árvores mais novas, que têm maior atividade biológica - mais vida -, justamente por estarem em crescimento. O fervilhar de vida reflete mais radiação infravermelha da Terra para o céu e, quando captado pelo satélite previamente programado para isso, aparece na fotografia em tons mais claros. Somente pelo olhar já é possível, para quem entender o simples código das cores da foto, detectar quais são as regiões onde a vegetação está sendo afetada.Depois de pronto esse levantamento, em fins de 1986, os dados recolhidos viraram um relatório, que nunca teve aplicação prática, por falta de quem o utilizasse. Para o pesquisador Tardin, o trabalho de detectar o problema o Inpe já fez; era preciso que entidades atuantes em pesquisa científica na Amazônia estudassem a ação devastadora dos cupins, no mínimo para saber por que acontece. "Os cupins atacam árvores de grande porte e de maior valor comercial" diz Tardin. "Embora aquela não seja uma região de exploração de madeira, há o receio de que os cupins ataquem também em áreas de madeiras nobres ou onde se viva do extrativismo, casos da seringueira e castanheira", explica. A já séria questão da alteração da cobertura vegetal primitiva da floresta, e até do equilíbrio entre a população de bichos que a habita, passaria também a ser um problema econômico.O crescimento desordenado de qualquer cidade traz pilhas de problemas a longo prazo. Ora desmorona um barranco carregando para baixo uma favela, ora acontecem enchentes à menor chuva, ora contaminam-se fontes de água limpa. Para evitar que transtornos como esses possam ocorrer na região paulista do Vale do Paraíba, um projeto conjunto está sendo desenvolvido pelo Inpe e pelo Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba. É o Mavale, que faz o macrozoneamento de todo o Vale e do litoral norte paulista, com o objetivo de fornecer dados às prefeituras para que planejem para onde suas cidades vão crescer. Cerca de 1,7 milhão de habitantes de quarenta cidades serão de alguma forma beneficiados pelo projeto, que abrange uma área de 18 000 quilômetros quadrados.Por meio de imagens dos satélites Landsat e SPOT, várias equipes de pesquisadores trabalham sob o comando de Mario Valério Filho, do Inpe, desde novembro de 1989. Colhidas as fotos enviadas pelos satélites, foram elaborados mapas representando aspectos físicos da região, como topografia, características do solo, localização das águas subterrâneas ou definição das áreas urbanas. A fase agora é de integração de todos esses mapas e dados, para que se elabore uma base de informações pela qual os homens que governam as cidades possam planejar antes de expandi-las. Um dos mapas montados é o de Aptidão Agrícola das Terras. Juntaram-se informações tais como características físico-químicas e morfológicas do solo e chegou-se à escolha de terras que podem ser usadas para a agricultura. Sobre esses dados pode-se jogar o mapa que indica áreas de proteção ambientar para saber em que terras não se pode mexer.Esse mesmo mapa de proteção ambiental, quando relacionado com o que indica a vocação das terras, permite descobrir quais podem ser exploradas com o controle da lei e os locais onde não se deve desmatar nem plantar determinadas espécies. O mesmo princípio é aplicado à expansão urbana. Feito o levantamento de áreas sujeitas a inundações ou de solo erodível, evita-se a construção de casas nesses locais, para que depois não vivam debaixo d´água nem despenquem morro abaixo em qualquer chuva - ocasiões em que a natureza leva a culpa. Outro sério problema do Vale, a escassez de água para abastecimento urbano, é possível ser contornado do espaço pelos satélites.Noventa por cento da água consumida nas cidades vêm do poluído Rio Paraíba do Sul. Um jeito de conseguir água limpa é construir poços artesianos. Pois um mapa de localização de áreas potenciais para explorar águas subterrâneas indica os melhores lugares para abrir poços, além de precisar os locais onde essa água é captada, para preservá-los. "A finalidade básica do projeto é fornecer subsídios para a exploração racional do Vale, e mostrar a eficácia do sensoriamento remoto em projetos desenvolvidos para a comunidade", define Mario Valério Filho.Preocupada com a proliferação de doenças transmitidas principalmente por insetos nos países do Terceiro Mundo, a Organização Mundial de Saúde resolveu atacá-los pelas vias espaciais. No ano passado, a OMS promoveu um congresso nos Estados Unidos para discutir como as tecnologias espaciais podem ajudar a localizar vetores de doenças. Um estudo desses já foi realizado por ingleses, que procuraram localizar na África Central rastros da mosca tsê-tsé, transmissora da doença do sono. Pelas imagens dos satélites, eles detectam onde estão cursos d´água, vegetação típica e variação de climas propícios à eclosão de insetos. Também na África, uma equipe francesa monitora o nível dos rios à procura de focos de enchentes, que costumam favorecer o aparecimento de uma doença chamada cegueira do rio.Nos Estados Unidos, a NASA se preocupa em acompanhar novas plantações de arroz, pois, como a cultura é muito irrigada, a incidência de malária cresce devido ao acúmulo de água. Para o Brasil, um estudo desse tipo, indo atrás dos possíveis focos de malária por meio de satélite, seria muito útil na Amazônia, uma região de difícil acesso e de grande incidência da doença. "Há uma relação entre degradação ambientar e ocorrência de malária", acredita Roberto Pereira da Cunha, coordenador de Relações Institucionais do Inpe e especialista em sensoriamento remoto. Ele sustenta sua tese com o exemplo de Rondônia, o Estado com mais casos de malária, e também o mais degradado por garimpos e desmatamentos.Com as imagens de satélites, vendo-se a fechada mata amazônica de cima é possível mapear a ocupação humana, a degradação ambientar e a existência de água em lagoas, poças ou áreas alaga-das, onde o mosquito transmissor da malária adora viver. Então se saberia quais os lugares mais propícios à proliferação da doença. Um dos vetores de propagação a serem estudados é o próprio homem. Por causa da mineração, há uma grande atividade migratória, com garimpeiros circulando sempre atrás dos melhores veios, levando aqueles contaminados a possibilidade de transmitir a doença por onde passam. O sensoriamento remoto funcionaria como fonte primária de dados, que depois, na mão de especialistas em doenças infecciosas, precisariam ser estudados e cruzados com outras informações para se ter inteiro o processo de proliferação da doença.A defecção de vetores de doenças por satélite é, por enquanto, uma idéia à procura de um executor. Já houve interesse demonstrado pela Universidade de Brasília, pela Fundação Oswaldo Cruz e pela própria OMS para o desenvolvimento de um projeto conjunto com o Inpe, que talvez decole ainda este ano. As informações reunidas por uma pesquisa desse porte, unindo sensoriamento remoto a especialistas em terra, poderiam servir de subsídio a órgãos como a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) para planejar estratégias de controle e prevenção da malária.A primeira idéia do agrônomo Vitor Celso de Carvalho e seu aluno Ademir Fernando Morelli era tentar descobrir, via satélite, por onde andam as saúvas nas pastagens brasileiras. Elas são um dos sinais de que aquele terreno em que o gado se alimenta já dá sinais de degradação, e agravam ainda mais o problema. Mas como é muito difícil achar o rastro da saúva pelo satélite, a dupla resolveu estudar e mapear primeiro todas as causas da degradação de pastagens pelo país, começando pelo Pontal do Paranapanema, a área de fronteira entre São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Esse local possibilita uma bela amostragem, por conter pastagens de todo tipo, sejam boas, ruins ou degradadas. Em fase de coleta de dados, o projeto utilizará imagens do satélite SPOT, de resolução maior que o Landsat, e com uma característica que os pesquisadores pretendem explorar - as imagens oblíquas.Quando programado, o SPOT pode virar suas lentes sobre determinado ponto, mesmo que já tenha passado sobre ele, e em vez de captar a imagem na vertical mostra-a de lado. "Isso dá outra riqueza nas imagens em relação à cobertura vegetal e às pastagens, e talvez nos permita obter dados mais precisos", afirma Vitor Celso de Carvalho. Ao mesmo tempo em que se captam imagens, vai-se a campo colher as informações sobre as pastagens para que depois se estabeleça a relação entre elas. "Por meio da resposta da vegetação observada pelo satélite, tenta-se estabelecer uma chave de identificação - uma determinada resposta na imagem vertical e outra na imagem oblíqua corresponderia a uma certa situação verificada no campo", explica Carvalho.Vários motivos podem causar estragos numa área de pastagens. Erosão, mau uso do solo, superpastoreio (excesso de gado em pouco espaço) são alguns deles. A saúva, quando aparece, vem como sintoma de que a pastagem sofre e acaba de estragar a vegetação, provocando prejuízos ainda maiores. O primeiro estágio do projeto, a defecção de pastagens com problemas e a possível identificação de motivos, pode evoluir futuramente para a idéia original de mapear a saúva pelo país, para que se possa controlá-la, antes que vire praga. É um trabalho apenas acadêmico, a tese de mestrado de Ademir Morelli, mas quando concluído, poderia ter uma ampla utilização prática. Ao proprietário de grandes pastagens, e às grandes fazendas exploradas por empresas multinacionais na Amazônia ou no Pantanal, bastaria uma imagem de satélite para detectar problemas em seus domínios.Assim, se é dono de uma quantidade de terra a perder de vista, o fazendeiro pode ter um monitoramento contínuo via satélite e descobrir um problema logo que a vegetação da pastagem comece a se degradar. Isso permitiria tomar decisões para combatê-lo de forma mais rápida, precisa e econômica. Para um órgão governamental como o IBGE, seria uma boa forma de obter dados rápidos e precisos sobre a quantidade de terras destinadas a pastagens, ou mesmo tipos de pastagens e sua produção.


sábado, 29 de setembro de 2012

Computadores alugados clicaram secretamente usuários fazendo sexo nos EUA


Computadores alugados clicaram secretamente usuários fazendo sexo nos EUA

Investigação de autoridades americanas revelou ainda que dados sigilosos, como senhas e dados bancários, estavam expostos.



Computadores alugados clicaram secretamente usuários fazendo sexo nos EUA (Foto: BBC)

Uma investigação feita por autoridades americanas com sete companhias que alugam computadores nos Estados Unidos revelou que diversas das máquinas registraram secretamente fotos de seus clientes, alguns deles durante atos sexuais.

Os computadores investigados possuíam o software PC Rental Agent, da empresa Designerware, que coleta dados pessoais e até fotos dos usuários. Acredita-se que o PC Rental Agent esteja instalado em aproximadamente 420 mil computadores em todo o mundo.

A investigação foi feita pela Comissão Federal de Comércio (FTC, em inglês), uma agência do governo americano dedicada à proteção dos direitos dos consumidores.

A FTC disse que o aspecto mais nocivo do software é um dispositivo chamado Detective Mode ('modo detetive'), que é ativado quando os usuários não devolvem os computadores alugados dentro do prazo correto, ou quando não pagam pelo seu uso.

O Detective Mode era usado pelas locadoras americanas para rastrear os computadores e ajudar a recuperá-los das mãos dos usuários. O dispositivo faz com que uma janela se abra na tela, pedindo dados como telefone e e-mail dos usuários.

Mas o software vai além, e registra também dados como usuário e senha de contas de e-mail, sites de mídia social e de instituições financeiras.
A investigação revelou que dados ainda mais sensíveis foram coletados - como número da previdência social, históricos médicos, e-mails trocados com médicos e extratos de conta corrente e de cartão de crédito.

'Em vários casos, a ação do Detective Mode sobre a webcam tirou fotos de crianças, pessoas parcialmente nuas e casais realizando atividades sexuais', diz um dos relatórios da investigação.

A Designerware não comentou a investigação. A FTC determinou que esse tipo de software não pode ser usado pelas empresas americanas de locação de computadores.
Para o especialista em segurança online Graham Cluley, que trabalha na empresa britânica Sophos, este caso ressalta a importância de se verificar como funcionam todos os dispositivos do computador, especialmente em casos em que a máquina não pertence ao usuário.

'Sempre que você está usando o computador de outra pessoa, seja ele emprestado ou alugado, você pode nem sempre saber de todos os softwares que estão sendo utilizados e o que cada um está fazendo', disse Cluley à BBC.

'Se você for alugar um computador, leia a letra miúda no contrato, e pense duas vezes antes de fazer algo pessoal demais.'

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Como a Espionagem mudou o mundo - Segunda Guerra

COMO A ESPIONAGEM MUDOU O MUNDO - Segunda Guerra.



Popov, Dusko Popov

Conflito: Segunda Guerra Mundial

Quando: 1941

Nações envolvidas: EUA, Japão, Alemanha

Missão: alertar os americanos sobre a intenção japonesa de atacar Pearl Harbor

Arma secreta: Dusko Popov, o espião bon vivant que inspirou James Bond

Estratégia: roubo de dados



Elegante, mulherengo, amante da boa vida. Esse era Dusko Popov, espião iugoslavo que inspirou o escritor inglês Ian Fleming na criação do personagem James Bond. O 007 de verdade também era culto, fluente em diversos idiomas, frio e esperto. Ele fez uma das carreiras mais brilhantes da espionagem internacional graças ao trabalho que realizou no posto reservado aos melhores do mundo: o de agente duplo.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Popov atuava tanto para os nazistas quanto para os aliados. Mas só dava informações quentes aos aliados: os alemães ele enganava.

O ponto alto de sua carreira ocorreu em 1941, quando chegou aos EUA com um relatório dos alemães que trazia em 5 páginas todos os detalhes sobre um iminente ataque a Pearl Harbor. Durante um mês, Popov não obteve nenhuma resposta aos pedidos de encontro com o todo-poderoso do FBI, J. Edgard Hoover - que controlava o serviço secreto (a CIA só seria criada em 1947). Hoover duvidava das informações, dizia que estava tudo redondinho demais, com datas, lugares, nomes, etc.

Quando finalmente se reuniu com Hoover, os dois falaram o diabo um para o outro e saíram sem nada decidido. Para o chefão do FBI, Popov não passava de um bon vivant que estava nos EUA por farra - durante o mês de espera, Popov se esbaldou com belas mulheres e freqüentou os melhores lugares de Nova York. Para o agente secreto, Hoover era um irresponsável que deixaria o próprio país ser atacado.

No dia 7 de setembro, como havia sido adiantado por Popov, os aviões japoneses sobrevoaram a baía de Pearl Harbor, no Havaí, e atacaram a frota de navios do Pacífico, matando 2 235 militares e 68 civis. Popov soube quando voltava de uma viagem ao Brasil.

Até hoje não se sabe direito a razão da apatia do governo americano diante do seu relatório. Os EUA aprenderam a lição de Popov? Não, a julgar pelo atentado ao World Trade Center, que não foi evitado apesar das numerosas pistas levantadas pelo serviço de inteligência.



Dusko Popov arrancou dos nazistas informações sobre um ataque imininente do Japão a uma base dos EUA no Havaí. ...

... Mas os americanos não acreditaram no espião playboy e mulherengo. ...
... Pouco depois, os japoneses bombardeavam Pear Harbor. ...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Clarividência - Espionagem Mental

CLARIVIDÊNCIA: ESPIONAGEM MENTAL



Já pensou se você fosse capaz de, sem receber nenhuma pista, descrever objetos hermeticamente trancados numa caixa? E que tal dar detalhes sobre pessoas e lugares que você nunca viu na vida? Não seria legal enxergar mentalmente as questões de uma prova na véspera de ela ser aplicada? Pois há quem afirme ter a habilidade de ver locais distantes, coisas, pessoas e acontecimentos futuros, presentes ou passados. Se as informações não foram transmitidas por outra mente - como ocorreria na telepatia -, o sujeito pode ter experimentado a clarividência, uma forma de percepção extra-sensorial de algo físico. Uma arma poderosa para uma potência vasculhar segredos de países inimigos, certo? Foi isso que o governo dos Estados Unidos pensou quando, nos anos 70, começou a financiar um programa de visão remota - técnica de pesquisa experimental em que uma pessoa tenta obter informações de uma localidade distante, por meio da clarividência.

A experiência americana teve início em 1972 e foi desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa de Stanford (SRI), em Menlo Park, na Califórnia. Tudo começou quando o artista plástico Ingo Swann entrou em contato com o físico Harold Puthoff, pesquisador do SRI, e sugeriu que se fizesse um estudo de parapsicologia. Swann afirmava ser capaz de visualizar detalhes de objetos, lugares e pessoas mentalmente, sem usar os olhos ou outros sentidos. Puthoff o convidou então para passar uma semana no SRI. Antes de Swann chegar, o cientista trancou um magnetômetro - instrumento que mede a intensidade do campo magnético - num contêiner no porão, sem que o convidado soubesse. E se surpreendeu ao verificar que Swann não só "perturbou" o aparelho como também foi capaz de desenhá-lo a partir de uma visão mental. O feito chamou a atenção da CIA (Agência Central de Inteligência americana), que estava interessada em financiar um estudo sobre a aplicação da parapsicologia para fins militares, pois tinha informação de que a União Soviética já trabalhava nisso desde os anos 60. Em plena Guerra Fria, as duas nações teriam apostado na possibilidade de montar uma equipe de espiões clarividentes, capazes de obter informações valiosas sobre instalações militares e documentos secretos.



Bem na mariposa

Os agentes da CIA assistiram a alguns testes com Swann. Num deles, o clarividente tinha de descrever objetos que estavam fechados em caixas. Numa rodada, ele disse: "Vejo algo pequeno, marrom e irregular, uma folha ou algo com formato semelhante. Mas parece estar vivo e até se mexe". Era uma mariposa. Embora nem todas as descrições fossem precisas, foi o suficiente para que o SRI recebesse 50 mil dólares para recrutar os primeiros espiões e começasse a treiná-los. No ano seguinte, a CIA deu as coordenadas de uma base militar soviética em Semipalatinsk, na Sibéria, e pediu aos clarividentes que descrevessem o local por meio de desenhos. A experiência foi considerada um fracasso, tanto que a CIA decidiu suspender o projeto, em 1975. No entanto, um dos clarividentes, chamado Pat Price, rabiscou prédios vistos do alto e um enorme guindaste, de formato inusitado. Posteriormente, fotos feitas por satélite captaram uma imagem do tal guindaste, com uma incrível semelhança nos detalhes.

É claro que, por se tratar de um assunto confidencial e estratégico, o governo dos Estados Unidos não fica publicando relatórios anuais para divulgar suas descobertas nesse campo. Mas sabe-se que o treinamento de clarividentes para espionagem e os estudos sobre outros fenômenos da mente tiveram prosseguimento no país, por meio de um programa do Departamento de Defesa e de outras agências federais. Nos anos 80, o ex-militar e escritor Joe McMoneagle revelou ter usado técnicas de visão remota para ajudar a localizar funcionários da embaixada americana tomados como reféns no Irã, em 1979, entre outras ações. Sabe-se também que o Exército americano utilizou clarividentes na Guerra do Golfo, em 1991, para tentar localizar armas iraquianas. Em 1995, alegando não haver resultados, o governo de Bill Clinton pôs fim ao programa, que havia consumido mais de 20 milhões de dólares. Em tese, a Casa Branca teria abandonado as pesquisas sobre clarividência, mas há indícios de que ainda utiliza essa forma de espionagem, agora contratando empresas privadas de treinamento criadas por ex-integrantes dos primeiros projetos.

Apesar de alguns estudos sugerirem a possibilidade de existência da clarividência, essa percepção extra-sensorial não pode ser comprovada diretamente. É o que afirmam parapsicólogos como o padre Oscar Gonzalez-Quevedo, presidente do Centro Latino-Americano de Parapsicologia (Clap), em São Paulo. "A não ser que se matem todos os homens passados e futuros de todo o nosso globo numa margem de dois séculos. Do contrário, como garantimos que alguém conheceu diretamente uma coisa física, e não um pensamento que outra pessoa teve, tem ou terá sobre aquele fato?", indaga o padre.

Em um de seus livros, Quevedo relata casos que poderiam estar associados à clarividência. Uma das histórias é sobre o italiano João Belchior Bosco, o São João Bosco. Nascido em 1815, ele teria, quando criança, sonhado com um ditado que seria aplicado na escola no dia seguinte. Acordou e escreveu o texto. Como já tinha tudo registrado no papel, não prestou atenção durante a aula. Só que o apressado mestre ditou só a metade do material. Na hora da correção, o professor se surpreendeu ao ver que João tinha escrito tudo, inclusive a parte que não ditara. Chamado para se explicar, o garoto contou que vira o texto num sonho. "Clarividência? Talvez. Mas pode ser telepatia. Como saber?", diz Quevedo. Ele acrescenta que uma mente não pode ser treinada para a visão remota. "Todos nascemos com as faculdades. Quando se manifestam, são espontâneas, incontroláveis. Não podem ser provocadas nem repetidas em laboratório."

A explicação do parapsicólogo seria um balde de água fria na campanha de marketing de empresas privadas, como a americana PSI Tech, contratada em 1991 pelas Nações Unidas para tentar adivinhar os locais onde o ditador Saddam Hussein estaria escondendo armas de destruição em massa no Iraque. Seus profissionais são ex-militares que se apresentam como especialistas em desenvolver - em qualquer indivíduo - a capacidade de ver remotamente. Em maio de 1998, um telejornal do canal americano UPN lançou um desafio para Jonina Dourif, a presidente da PSI Tech: a produção escolheria um fato, uma coisa ou uma pessoa. A partir daí, Jonina deveria fazer uma descrição. O alvo escolhido foi um acidente com um helicóptero do Corpo de Bombeiros de Los Angeles, ocorrido em março daquele ano e no qual haviam morrido quatro pessoas. "Para cima, para baixo, diagonal, som mecânico, rodando como um ventilador, movimento. Estamos lidando com pessoas dentro de uma estrutura", disse ela. "Quantas pessoas?", questionou o repórter. "Uma, duas, três, quatro. Quatro pessoas, e nenhuma importante." Como diria o padre Quevedo, pode ser clarividência, mas também pode ser telepatia ou mesmo simples coincidência. Como saber?



A serviço da polícia

Talvez o filão mais rentável para os clarividentes seja a investigação policial. A americana Kathlyn Rhea leva o crédito pela solução de mais de uma centena de casos ao longo de três décadas. Um deles aconteceu na Califórnia com um homem chamado Russell Drummond. Ele estava acampando com a mulher, saiu para uma caminhada e não retornou. Mais de 300 policiais foram mobilizados no caso, mas seis meses se passaram e nada. Procurada pela mulher da vítima, Kathlyn descreveu o local, no meio da mata, onde dizia enxergar o cadáver de Russell. Com as pistas fornecidas pela clarividente, a polícia encontrou o corpo de Drummond, que havia morrido de ataque cardíaco. Apesar desse e de outros acertos, Kathlyn é vista por muitos como uma charlatã.

Mesmo quem realiza experimentos com a visão remota reconhece que, até o momento, os resultados não são satisfatórios. "Como os fenômenos parapsicológicos são, em quase sua totalidade, espontâneos, a sua repetibilidade em laboratório é de uma pobreza franciscana", diz Valter da Rosa Borges, presidente do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas. "Isso não quer dizer que os casos de clarividência espontânea devam ser rejeitados e, sim, que eles não apresentam a segurança que nos é dada pela pesquisa experimental", acrescenta Borges, reforçando a explicação de Quevedo sobre a dificuldade de comprovar o fenômeno. Ainda assim, Borges destaca um caso célebre registrado como sendo de clarividência. Foi uma pesquisa experimental realizada nos anos 20 pelos professores franceses Charles Richet e Gustave Geley com o engenheiro polonês Stephan Ossowiecki. Em um dos testes, Ossowiecki precisava adivinhar o conteúdo de envelopes fechados. "Estou num zoológico, uma luta está acontecendo com um animal grande, um elefante. Ele não está na água? Vejo a sua tromba enquanto nada. Vejo sangue", descreveu o polonês. "Bom, mas não é tudo", observou Geley durante o experimento. "Espere, ele não está ferido na tromba?", interrompeu Ossowiecki. "Muito bem, houve uma luta", reconheceu o cientista. "Sim, com um crocodilo", emendou o polonês. A frase dentro do envelope era: "Um elefante se banhando no Ganges foi atacado por um crocodilo, que mordeu a sua tromba".

Em 1923, durante um congresso internacional de pesquisa psíquica, em Varsóvia, Ossowiecki adivinhou parte do conteúdo de uma nota embalada várias vezes em papéis coloridos e guardada num envelope lacrado. A nota trazia desenhos de uma bandeira e de uma garrafa. No canto, havia uma data: agosto, 22, 1923. O polonês conseguiu reproduzir a bandeira e a garrafa, mas escreveu a data desta forma: 19-2-23. Mesmo assim, Ossowiecki foi ovacionado.
Mas a polêmica em torno dessas adivinhações persiste e, até hoje, os parapsicólogos não chegaram a uma explicação sobre o seu mecanismo. "Enquanto a pesquisa sobre as relações mente-cérebro não alcançarem um patamar de maior clareza a respeito de experiências psíquicas e estados cerebrais, é temerário procurar uma explicação científica consistente para os fenômenos psi", diz Borges ("fenômenos psi", para quem não sabe, é como alguns estudiosos se referem aos fenômenos parapsicológicos). "Temos dados sugestivos, temos procedimentos metodológicos confiáveis, mas não dispomos de meios para operacionalizar, com segurança, essas experiências."


Um atalho na caça ao tesouro




Em 1907, o arqueólogo Frederick Bligh Bond pediu ajuda ao clarividente John Allan Bartlett para encontrar a capela de Edgar, na Abadia de Glastonbury, Inglaterra, em ruínas desde o século 16. Seguindo as instruções de Bartlett, foi possível determinar o local exato para as escavações. A notícia se espalhou e outros arqueólogos passaram a ver a paranormalidade como um meio de agilizar as descobertas.
Em 1979, o americano Stephan A. Schwartz liderou uma expedição em busca de tesouros arqueológicos no Egito, incluindo as ruínas da Biblioteca de Alexandria. Um dos membros da equipe era a clarividente Hella Hammid. Mesmo antes de sair dos Estados Unidos, Hella deu as indicações para as escavações: "Uma rua estreita ou viela com muros altos dos dois lados, vigas caídas, grande, madeira... Um tubo ou um canal com luz no final". Em Alexandria, onde jamais havia estado, Hella conduziu o grupo ao local exato. Lá estavam a passagem estreita e a coluna de madeira desmoronada. Outro caso célebre com a clarividente se deu em 1987, no Mar do Caribe. Depois de uma hora a bordo de um pequeno barco, Hella determinou o ponto onde havia "algo". Quatro semanas de escavação revelaram uma embarcação coberta por vegetação e areia. Assim foi descoberto um navio mercante americano que havia afundado nas primeiras décadas do século 19.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Intimidade Escancarada - Monitoramento digital

INTIMIDADE ESCANCARADA - Monitoramento digital



Se você acha que sua privacidade já tem sido suficientemente desrespeitada pelas câmeras espalhadas por todos os cantos, pelos programas-espiões de computador, pelos telefonemas invasivos de telemarketing e por tantas outras pragas do mundo moderno, prepare-se: o futuro promete ser bem pior. O barateamento e a conseqüente difusão de determinadas tecnologias fará com que nenhum de nós consiga dar dois passos sem que alguém, em algum lugar, seja capaz de dizer por onde andamos.

Uma idéia do que vem por aí foi dada recentemente pela revista americana Reason. Em sua edição de junho de 2004, ela apresentou o que considera alguns aspectos positivos de uma sociedade com "privacidade zero". A capa da revista foi personalizada para cada um dos assinantes - são mais de 40 000 -, com o nome da pessoa, a foto aérea da casa de cada uma e a manchete: "Eles sabem onde você está!". O anúncio na contracapa foi também personalizado para cada assinante e sua vizinhança. A intenção da revista foi mostrar que, no futuro, será possível fazer uma publicação hiperindividualizada para cada leitor - com notícias, análises, comentários e anúncios preparados sob medida. E isso só será possível graças à "databasificação" da sociedade, ou seja, ao enorme e crescente volume de informações pessoais disponíveis nos mais diversos bancos de dados, ao alcance de quem quiser.

De acordo com o artigo da Reason, a perda da privacidade pode tirar o sono de muita gente, mas também tem suas vantagens: impulsiona a economia e torna a vida mais conveniente. Por exemplo, com informações que coletam sobre seus potenciais clientes, as empresas financeiras conseguem identificar quem são bons ou maus pagadores. Assim, podem barrar os caloteiros e conceder crédito mais barato aos que têm boa reputação na praça.



CAMINHO SEM VOLTA

No livro The Transparent Society (A Sociedade Transparente), de 1998, o físico americano David Brin defende a idéia de que já não adianta lutar contra a perda da privacidade. Agora, o jeito é brigar pela democratização e padronização das informações obtidas pelos métodos de controle da sociedade. Brin alerta para o fato de que, se as regras nesse sentido não forem estabelecidas desde já, a privacidade poderá se transformar em um privilégio reservado à elite.

Sob muitos aspectos, a perda da privacidade deve contribuir para realçar as diferenças sociais. Se hoje os vendedores de uma loja avaliam o potencial de um cliente com base apenas na aparência, no futuro eles terão embasamento instantâneo para definir quem deve receber um tratamento vip. A previsão é que, por volta de 2050, um grande banco de dados com informações sobre toda a população deve transformar a vida de cada um em um verdadeiro "livro aberto". Quem entrar em qualquer loja será imediatamente identificado não apenas pelo nome, mas também por outras informações pessoais, como a idade, o estado civil e os hábitos de compra.

Em 2030, o sistema atual de identificação com RG e CPF soará como pré-histórico graças aos avanços da biometria, a ciência que estuda características únicas dos indivíduos, capazes de diferenciá-los dos demais integrantes da população. O método de biometria mais cotado para se tornar o predominante daqui a alguns anos é o da identificação pela íris. Equipamentos ligados ao sistema de identificação estarão espalhados por todos os lugares, controlando o acesso a espaços públicos como empresas, lojas, estádios, condomínios, universidades e aeroportos. O sistema será acionado também nas movimentações financeiras. Assim, todos os passos de um cidadão ficarão registrados eletronicamente. Na verdade, nem precisamos ir tão longe no futuro. Hoje, ferramentas de busca como Google e Yahoo! conseguem manter um histórico de todas as pesquisas que você faz na internet.



OLHO NO CELULAR

Por volta de 2010, o telefone celular deverá ter-se consolidado como objeto não apenas de comunicação, mas de vigilância coletiva. Em 2004, foram vendidos em todo o mundo quase 200 milhões de celulares com câmeras embutidas. Já há casos nos Estados Unidos de assaltantes presos graças a fotos tiradas por aparelhos de celular e fornecidas à polícia. A possibilidade de que situações assim - para o bem ou para o mal - se tornem mais comuns aumenta à medida que a tecnologia gera produtos cada vez mais compactos e fáceis de ocultar. Em 2020, as indiscretas câmeras estarão nos óculos, nas canetas e nos anéis, exatamente como imaginado nos filmes de James Bond.

O potencial de vigilância dos celulares não se limitará às câmeras. Em mais alguns anos, os aparelhos terão incorporado a localização pela tecnologia GPS, recurso que, em função do alto custo causado pela utilização de satélites, esteve inicialmente reservado a situações como expedições a lugares inóspitos ou monitoramento de caminhões. O GPS será também aplicado a automóveis de passeio e até mesmo a roupas sofisticadas, tudo para facilitar a localização de pessoas em caso de seqüestro.

Com a mesma intenção de rastrear crianças desaparecidas ou seqüestradas, muitos pais decidirão implantar microchips de localização em seus filhos. As crianças, aliás, serão umas das maiores vítimas da invasão de privacidade nas próximas décadas. Muitas escolas já têm câmeras instaladas nas salas de aula e conectadas em tempo real à internet, tendência que tende a se tornar regra diante de pais cada vez mais ansiosos com o desempenho escolar dos filhos.

A presença dos "olhos artificiais" também tem sido cada vez mais percebida pelos funcionários das grandes corporações. Muita gente já se habituou a trabalhar o tempo todo sob a mira de uma câmera de vigilância. Nas próximas décadas, entretanto, a privacidade será ameaçada não apenas pelas ações do governo ou das empresas, mas também pelo cidadão comum. A democratização do acesso a recursos de vigilância deve despertar uma onda de voyeurismo. Quem garantirá que o simpático organizador daquele churrasco no salão de festas não terá instalado uma microcâmera nos banheiros?
Os legisladores já começam a se preocupar seriamente com essas possibilidades. Em setembro de 2004, o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei que ficou conhecida como "antivoyeurismo". Ela prevê até um ano de prisão para quem fotografar genitais, nádegas e seios em lugares públicos sem consentimento. A lei foi criada a partir da proliferação de casos de câmeras escondidas em chuveiros, piscinas, quartos de hotel, banheiros e provadores de roupas em lojas.


Tendências




- RASTREAMENTO

Dentro de mais alguns anos, a popularização de tecnologias como o GPS vai permitir a localização de pessoas em qualquer parte do mundo.



- OLHOS ARTIFICIAIS

Em 2020, microcâmeras deverão ser instaladas nos lugares mais improváveis, como em óculos e anéis.



- IDENTIFICAÇÃO

Em 2030, equipamentos de identificação estarão espalhados por toda a parte, controlando o acesso a lugares como empresas, condomínios e universidades. Todos os passos de uma pessoa ficarão registrados.



- CRIANÇAS
As crianças serão umas das maiores vítimas da invasão de privacidade nas próximas décadas. Alguns pais vão implantar microchips nos filhos para poder monitorar seu paradeiro.


Seqüestro de e-mail




Imagine receber o seguinte e-mail: "Interceptamos a mensagem enviada por você no último dia 12, às 10h47, e a julgamos sigilosa o suficiente para que você não queira torná-la pública. Para evitar que isso aconteça, esteja às 14 h de amanhã na floricultura da praça em frente ao seu escritório, com 5 mil reais em dinheiro dentro de uma pasta. Qualquer tentativa de inviabilizar o negócio trará péssimas conseqüências para você e sua família".

Pode parecer ficção científica, mas o seqüestro de e-mails ou de qualquer outra informação importante que esteja na memória de um computador é mais uma modalidade criminosa que deve se espalhar em breve. Especialistas prevêem que todo tipo de crime praticado na "vida real" acabará, de alguma forma, transferido para o universo virtual.
O correio eletrônico é um sistema vulnerável, especialmente no período em que a mensagem fica armazenada no servidor, antes de ser distribuída. Fazendo uma analogia com o correio convencional, os especialistas em informática dizem que os e-mails são como aqueles cartões-postais sem envelope: qualquer um pode ler antes da entrega ao destinatário.


São Paulo, 15 de janeiro de 2035




Colocou o dedão no identificador. Aí veio o desastre previsível: além de borrar o esmalte, o bicho fez o favor de avisar que ela deveria remarcar seu papanicolau. O porteiro não precisava saber disso, mas ela confiou que ele também não soubesse o que era um papanicolau. Subiu no elevador tentando esconder a falha de esmalte com cuspe. Não conseguiu, mas pelo menos os vigilantes do prédio tiveram um momento de diversão com o vídeo. Quando se sentou em frente ao computador, desistiu de se lamentar pela unha da mão e resolveu apreciar seu pé, pela primeira vez esmaltado de vermelho. Tirou uma foto das unhas e subiu no fotolog. Aproveitou o momento, apontou a webcam para os pés e mostrou aos amigos do Messenger seu ato de ousadia. Isso rendeu uma hora de conversa, dez posts em blogs e um saudável adiamento do trabalho. Às 16h30, foi chamada para uma videoconferência com Miami.

Lá soube que sua meta de vendas deveria aumentar e que o gerente de Miami não usava fio dental. Saiu da reunião, voltou ao computador e enviou seu currículo para a concorrência, onde ela não seria tão exigida nem precisaria ver brócolis entre os dentes de seu chefe. Fim do expediente: apagou a pasta com 4 178 spams. No carro, a balança do automóvel avisou que ela havia engordado um quilo. Chegou em casa e ouviu a mãe na secretária eletrônica pedindo notícias. Não retornou. A última coisa que precisava era de alguém se metendo em sua vida.


Daniela Abade é escritora, criadora do site www.mundoperfeito.com.br e autora de Depois que Acabou (Gênese, 2003) e Crônicos (Agir, 2004)



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quinta-feira, 28 de julho de 2011

ESPIÕES E SEUS TRUQUES



A dobradinha entre James Risen, jornalista do New York Times, e Milt Bearden, ex-agente da CIA, a Agência Central de Inteligência americana, rendeu um livro caudaloso. E que poderia muito bem ser um estrondoso thriller no cinema, tamanho o ritmo frenético em que os fatos acontecem.

James e Milt cobrem os tempos finais da Guerra Fria - de 1985, o chamado "Ano dos Espiões", quando muitos informantes americanos foram presos ou mortos em Moscou, até 1991, ano em que a derrocada da União Soviética sepultou as rivalidades. Os dois destrincham as meticulosas ações dos agentes americanos em Moscou e também o trabalho clandestino da CIA para "fustigar" os russos do Afeganistão. É uma aula de geopolítica. Dá para entender em minúcias por que raios Estados Unidos e Arábia Saudita viraram grandes aliados, as origens do Talibã e o surgimento de Bin Laden.

Entender todo esse contexto político é bom. Mas mais gostoso ainda é conhecer o cotidiano de uma equipe especializada em viver em território inimigo cometendo crime de espionagem. Apesar da narrativa no estilo "patriotada americana", o livro, que teve trechos censurados pela CIA, não se furta a revelar presepadas de seus agentes, a incapacidade da agência em competir com a velocidade das informações da CNN e o marasmo em que se encontrava no final da década de 1990. "Não passava de um serviço para tempos de paz atolado em batalhas burocráticas mesquinhas", afirmam os autores.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Empresa dos EUA desenvolve 1º 'beija-flor-robô' para espionagem

18/02/2011 10h03 - Atualizado em 18/02/2011 11h13

Empresa dos EUA desenvolve 1º 'beija-flor-robô' para espionagem
Protótipo tem uma envergadura de 6,5 polegadas.
Pássaro foi desenvolvido para a Agência de Defesa dos EUA.

Uma empresa da Califórnia, nos Estados Unidos, apresentou o primeiro "robô" em forma de beija-flor que pode ser controlado remotamente para voar como um pássaro de verdade.

Por meio da instalação de uma câmera, a AeroVironment divulgou um vídeo (assista) na quinta-feira (17) para mostrar como o pássaro artificial pode ser controlado remotamente para voar com precisão. Ele foi desenvolvido para a Agência de Defesa dos EUA.


Beija-flor artificial tem uma envergadura de 6,5 polegadas e voa com precisão (Foto: AP)O beija-flor usa apenas as suas duas asas para a impulsão e o controle do voo. Para o vídeo, um operador controlou o pássaro ao ar livre e depois o conduziu até a entrada de um prédio. O protótipo tem uma envergadura de 6,5 polegadas e um corpo feito em forma de um beija-flor de verdade.


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domingo, 13 de setembro de 2009

Governo britânico quer monitorar e-mails

04/05/09 - 09h15 - Atualizado em 04/05/09 - 09h15

Governo britânico quer monitorar e-mails de cidadãos, diz jornal
Tecnologia permitirá interceptar e supervisionar mensagens eletrônicas.
Isso seria possível graças a ‘caixas-pretas’ instaladas na infraestrutura.

O governo britânico está desenvolvendo uma tecnologia secreta para controlar todas as mensagens eletrônicas enviadas pela internet, revelou neste domingo (3) o jornal "The Sunday Times".

O Centro de Comunicações do Governo poderá interceptar e supervisionar todos os e-mails, os acessos à internet e a atividade nas redes sociais, além de qualquer tipo de ligações telefônicas. Para isso, recorrerá a uma série de "caixas-pretas", que serão inseridas secretamente na infraestrutura de comunicações, afirma o jornal.

O programa foi lançado há um ano, mas se soube de sua existência graças a uma oferta de emprego publicada pelo Centro de Comunicações na imprensa especializada.

Na semana passada, a ministra do Interior britânica, Jacqui Smith, anunciou que o governo tinha decidido renunciar a seu tão ambicioso e polêmico plano de criar uma base de dados única, na qual seriam guardadas todas as comunicações feitas no país.

A ministra não mencionou, no entanto, que o governo tinha decidido destinar mais de 1 milhão de euros em três anos a esse programa de espionagem dos cidadãos, denunciou o "Sunday Times".

‘Cortina de fumaça’
Segundo a diretora da organização de defesa dos direitos humanos Liberty, Shami Chakrabarti, ela mesma uma vítima recente da espionagem do governo, o anúncio da ministra é só "uma cortina de fumaça".

"Fomos contra a base de dados 'Big Brother', porque permitia ao Estado ter acesso
diretamente às comunicações de todos os cidadãos. Com essa rede de caixas-pretas,
pretende-se conseguir o mesmo, mas pela porta traseira", disse a advogada.

Segundo fontes citadas pelo jornal, o governo já concedeu um contrato no valor de 200
milhões de libras (224 milhões de euros) ao gigante americano do setor da defesa Lockheed Martin. Também foi assinado um segundo contrato com a Detica, empresa britânica de tecnologia da informação, que mantém estreitos vínculos com a espionagem britânica.

Segundo essas fontes, o diretor do Centro de Comunicações do Governo, Iain Lobban,
supervisiona atualmente a construção de um novo complexo no interior desse quartel-general, situado nos arredores da localidade de Cheltenham, no condado de Gloucestershire.

Estrutura
Uma enorme sala com supercomputadores permitirá aos espiões do governo supervisionar e gravar os dados que passarem pelas caixas-pretas instaladas nas conexões dos serviços de internet e nas companhias telefônicas.

Por enquanto, os espiões que trabalham nessa central só podem interceptar as comunicações em casos concretos e com autorização expressa do titular do Interior ou de um secretário de Estado, mas, com os novos planos do governo, todos os cidadãos do país poderão ser espionados o tempo todo, afirma o jornal.

O anúncio publicado na imprensa especializada que revelou esses planos solicitava uma pessoa que pudesse assumir um programa governamental batizado de Mastering the Internet (Dominando a Internet), a quem prometia um salário anual de até 112 mil euros.

O governo afirma que não se trata de ler o conteúdo das mensagens trocadas na internet, mas de saber com quem se comunicam determinados indivíduos, quais sites ou redes sociais visitam habitualmente, algo imprescindível para combater o terrorismo internacional.





PUBLICADOS BRASIL NO ORKUT

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